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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Agência Brasil: Plano da Secretaria de Economia Criativa do MinC prioriza parcerias multilaterais

A Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC) divulgou
hoje (23), na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, um plano
referência para o órgão. O plano prioriza as parcerias com os demais
ministérios, secretarias estaduais e municipais, agências de fomento de
todas as áreas e instituições do Sistema S (Sesi, Senai, Senac).
 
O documento foi lançado durante o 2º Seminário Internacional de Políticas
Culturais e traça diretrizes, políticas e ações para a economia criativa
brasileira, entre 2011 e 2014.
 
A secretária de Economia Criativa, Claudia Leitão, disse à Agência Brasil
que o plano é resultado de um trabalho iniciado em abril deste ano que
envolveu setores considerados importantes para a própria estruturação da
secretaria. "Nós percebemos que a secretaria pode estar em qualquer
ministério porque, como o negócio dela é desenvolvimento, ela articula
desenvolvimento onde quer que esteja". Outro ponto importante é que o plano
extrapola um único mandato. Por isso, vem sendo trabalhado um planejamento
"para um Brasil Criativo".
 
Está sendo levantado o material relativo à construção da Convenção da
Diversidade Cultural brasileira, "não só como patrimônio, mas como recurso
econômico", declarou. Segundo ela, o presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, comprometeu-se
a trabalhar junto com a secretaria para a criação de mais linhas de crédito
voltadas para o segmento criativo.
 
"Nós temos necessidade de trabalhar políticas públicas de forma específica
para as áreas. Pensarmos a infraestrutura desse ciclo de produção,
distribuição e consumo desses bens". Claudia Leitão ressaltou que o Brasil
não aparece nas pesquisas da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
o Desenvolvimento (Unctad), que cuida da economia criativa.
 
"Porque nós não temos metodologia, não temos números confiáveis, não temos
números dos estados comparáveis com outros países da América Latina". De
acordo com a secretária, isso faz com que o Brasil não apareça como
exportador de serviços criativos, nem tenha dados sobre o Produto Interno
Bruto (PIB) dessa economia, que está crescendo a taxas de 4% a 6% em todo o
mundo. "O que prova que ela tem uma sustentabilidade, não polui, trabalha
mais com a abundância do que com a escassez, é uma economia cooperativa, é
desconcentradora".
 
Ela ressaltou que o Brasil precisa ter números, construir políticas
públicas, além de envolver os estados e usar planos de exportação dessa
economia. Claudia Leitão entende que a Copa do Mundo de 2014 é uma
oportunidade para que o Brasil desenvolva esse segmento. Destacou a
importância do Rio de Janeiro nessa área. Daí o estado ter sido escolhido
para o lançamento do plano da secretaria.
 
Para resolver o problema da falta de dados sobre a economia criativa, a
secretária disse que está trabalhando com o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (*Ipea*) visando à criação de um indicador para o setor, "para até
o ano que vem termos metas do que construiremos nesses próximos três anos".
 
Claudia Leitão vai lançar nos próximos dias, com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a Conta Satélite da Cultura, que vai
desagregar os dados do setor. A secretaria está lançando também dois
produtos, que são o Observatório Nacional de Economia Criativa e agências de
serviços de suporte ao empreendedor criativo brasileiro (Creative Bureau)
nos estados que sediarão a Copa de 2014. Fruto de parceria com diversos
ministérios e entidades, essas agências facilitarão, inclusive, a exportação
dos produtos criativos do Brasil.

fonte da notícia:
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=10672
link para o *plano*:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2011/09/Plano-da-Secretaria-da-Economia-Criativa.pdf