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terça-feira, 31 de julho de 2012

Para comemorar - Para homenagear essa trajetória longeva, o artista plástico baiano, idealizador e diretor do Museu Afro Brasil (SP), Emanoel Araujo, sugeriu o nome da instituição aos realizadores da coleção de livros Museus Brasileiros, iniciada em 1982 pelo Instituto Cultural Safra, do banco homônimo.

No ano em que completa oito décadas, o Museu do Ceará passa a integrar a coleção Museus Brasileiros
Um presente e tanto, digno da idade redondinha do aniversariante. É o que está garantido ao Museu do Ceará, que em 2012 completa oito décadas de existência. Para homenagear essa trajetória longeva, o artista plástico baiano, idealizador e diretor do Museu Afro Brasil (SP), Emanoel Araujo, sugeriu o nome da instituição aos realizadores da coleção de livros Museus Brasileiros, iniciada em 1982 pelo Instituto Cultural Safra, do banco homônimo.

Fachada do Museu do Ceará
A ideia foi aceita e, neste ano, o Museu do Ceará é o equipamento escolhido para o 31° livro da coleção, que inclui ainda volumes sobre o Museu da Casa Brasileira (SP), Fundação Iberê Camargo (RS), Museu Nacional de Belas Artes (RJ), Museu Paraense Emílio Goeldi, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu da Inconfidência (MG) e o próprio Museu Afro Brasil (SP), entre outros.

Assim, a coleção funciona como um mapeamento de museus e instituições culturais de todo o País. O projeto é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet), e conta com a colaboração de Emanoel Araujo, ao lado do diretor-executivo do Banco Safra, José Roberto Marcelino dos Santos, que coordena as edições. No ano passado, a instituição escolhida foi o Museu da República/Ibram, do Rio de Janeiro (RJ). O Museu do Ceará é o sexto do Nordeste a fazer parte do projeto, depois do Museu de Arte da Bahia, do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), do Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, do Museu do Estado de Pernambuco e do Museu do Homem do Nordeste, em Recife (PE).

O artista plástico e diretor do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo Fotos: Fabiane de Paula/ Viviane Pinheiro

Exposições
A inclusão do Museu do Ceará deu-se a partir da visita de Araujo à instituição cearense, em 2011, em busca de peças do acervo para a exposição "O Sertão", que o artista montou no Museu Afro Brasil.

"Na ocasião, estive com a Cristina Holanda (diretora do Museu do Ceará), que me falou sobre os 80 anos da instituição. Pensando nisso, e também no fato de que nenhum museu do Ceará havia sido contemplado pelo projeto até então, sugeri o nome ao Instituto Cultural Safra", recorda o baiano.

"O Sertão - da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste", como o próprio nome indica, é uma exposição ampla sobre o universo sertanista do Nordeste, especialmente do Ceará.

Composta por cerca de 800 itens - entre pinturas, esculturas, gravuras, roupas, fotografias, instalações, documentos e recursos multimídia -, a mostra divide-se em núcleos temáticos, dedicados, por exemplo, à iconografia do cangaço, ao Padre Cícero, aos artistas populares do Ceará, a Canudos e Antônio Conselheiro, entre outros assuntos. "Essa exposição era um sonho oriundo das minhas vindas ao interior do Ceará, principalmente à região do Cariri. Sempre me fascinaram os elementos míticos, a produção dos artistas de lá", conta Araujo. "O Sertão", cujo período de exibição foi estendido até setembro deste ano, conta ainda com uma versão reduzida da exposição ´Vaqueiros´, do Memorial da Cultura Cearense (Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura).

Entre os desdobramentos de "O Sertão" está a exposição "Meu Padinho Padre Cícero", em cartaz até o final de agosto no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, no Rio de Janeiro.

Contribuição
Após a indicação de Araujo, a elaboração do livro fica basicamente a cargo da direção do museu escolhido e do Instituto Cultural Safra. Cabe à Holanda e aos coordenadores da coleção, portanto, a escolha dos nomes para assinar os textos da edição.

"Ainda estamos fechando quem vai participar, obviamente vamos escolher pessoas que já estudaram as coleções do museu, que conheçam seu acervo ou sua formação", destaca Cristina Holanda. "Atualmente estamos na fase de seleção de fotografias e confecção das legendas", complementa.

As imagens dos itens do acervo foram feitas pelo fotógrafo Rômulo Fialdini - que, segundo Araujo, trabalhou em quase todos os livros da série. "Foram três dias inteiros aqui para fazer essas imagens. Ele fotografou tudo o que está em exposição e grande parte da reserva técnica do Museu", recorda Holanda.

"Mas Fialdini provavelmente retornará para complementar o trabalho. Algumas peças da coleção de arqueologia, por exemplo, ficaram de fora porque, na ocasião, não estávamos acompanhados de um especialista na área", complementa a diretora.

A previsão é que o livro seja lançado na primeira semana de dezembro. "Será um catálogo de capa dura, de 396 páginas em papel cuchê colorido, com tiragem de 10 mil exemplares", adianta Holanda.

Boa parte dos exemplares são distribuídos entre escolas, bibliotecas, instituições nacionais e estrangeiras, embaixadas brasileiras, personalidades ligadas à cultura etc. "O livro contribui não só para a visibilidade do Museu do Ceará, mas para ampliar o acesso ao seu acervo. É uma forma de levar a instituição para além das fronteiras do Estado", comemora Holanda.

A opinião é compartilhada por Emanoel Araujo. "A coleção é um reforço para chamar atenção para o espaços museológicos do País. Esperamos que esta seja mais um motivo para celebrar os 80 anos do Museu do Ceará".

FIQUE POR DENTRO
Oito décadas de existência e acervo amplo
O Museu do Ceará foi a primeira instituição museológica oficial do Estado, criada por decreto em 1932, mas aberto oficialmente ao público em janeiro de 1933. Inicialmente, foi concebido como uma das dependências do Arquivo Público, na rua 24 de Maio (Centro). Desde então, foi deslocado para diversos outros endereços, até o atual edifício na Rua São Paulo, 51, também no Centro. Ao longo dos anos, sofreu reformas e recebeu novas peças para seu acervo, além de ter passado pelas mãos de vários administradores. Eventualmente, saiu da tutela do Instituto Histórico e foi vinculado à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult). O prédio onde hoje funciona foi tombado como monumento nacional pelo Iphan em 1973. O acervo do Museu do Ceará é variado e representativo, com mais de sete mil peças, resultado de compras e, sobretudo, de doações de particulares e instituições públicas. Há desde moedas e medalhas até quadros, móveis, peças arqueológicas, artefatos indígenas, bandeiras e armas. Há também peças de arte popular e uma coleção de cordéis publicados entre 1940 e 2000 (950 exemplares). Hoje a instituição funciona com exposições de longa duração (a exemplo do Memorial Frei Tito de Alencar) e com projetos e programas especiais (com publicações de livros, oficinas e outras atividades). Fonte: http://secult.ce.gov.br

ADRIANA MARTINSREPÓRTER

Premiados – Concurso Internacional de Ideias – Museu de Arte Contemporânea – Buenos Aires


Foi anunciado o resultado do Concurso Internacional de Ideias – Museu de Arte Contemporânea, em Buenos Aires. O projeto vencedor é de autoria da equipe Shelby Ponce e Eduardo Ponce, dos Estados Unidos.


fonte:

veja os projetos no link acima

História da moda brasileira é tema de exposição em São Paulo


A partir do dia 12 de agosto, a moda nacional receberá uma exposição em sua homenagem em São Paulo. O Museu de Arte Brasileira, da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB-FAAP), abrirá ao público a exposição Moda no Brasil: criadores contemporâneos e memórias.
A mostra, que ficará em cartaz até 30 de setembro, traz um olhar diferente sobre o segmento: em 10 núcleos distintos, serão expostos objetos que levam a um passeio pela história da moda brasileira, que ainda não é muito conhecida pelo público em geral. Um dos núcleos de maior destaque é o "Criadores Contemporâneos", que traz 20 looks de grandes estilistas. A escolha foi baseada na projeção nacional e internacional do profissional, o percurso da produção desenvolvida no Brasil e a visibilidade comercial nos últimos 10 anos.
Estão no espaço, Alexandre Herchcovitch, André Lima, Carlos Miele, Clô Orozco, Dudu Bertholini e Rita Camparato (Neon), Fause Haten, Gloria Coelho, Isabela Capeto, Jefferson Kulig e Jum Nakao. Reforçam o time, os profissionais Karlla Giroto, Lenny Niemeyer, Lino Villaventura, Lorenzo Merlino, Marcelo Sommer, Martha Medeiros, Reinaldo Lourenço, Ronaldo Fraga, Samuel Cirnansck e Walter Rodrigues.
Ainda há núcleos específicos para publicações, indústria e comércio, feiras e desfiles, modistas, costureiros, formação profissional e um último destinado exclusivamente para os novos talentos da passarela brasileira. Na mostra, alguns produtos nacionais ganham destaque, como as Havaianas e os jeans nacionais.
O MAB-FAAP fica na Rua Alagoas, 903, em Higienópolis, na capital paulista. O espaço funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. É fechado às segundas-feiras, inclusive quando feriado.  

Museu das Reduções, cujas miniaturas encantam os visitantes, luta para sobreviver


Expectativa de um futuro promissor, depois do sufoco da ameaça de fechar as portas. Essa é a realidade do Museu das Reduções, que funciona em Amarantina, distrito de Ouro Preto. O diretor, Carlos Alberto Xavier de Vilhena, conta que a arrecadação da bilheteria, dinheiro destinado aos custos fixos, não tem chegado ao necessário, R$ 9 mil por mês. Em média, a receita soma R$ 4,8 mil mensais. Motivo: o difícilacesso ao espaço. A sede é muito bonita, mas, de fato, fica escondida. A boa notícia é que o projeto ganhou terreno de 12 mil metros quadrados no Km 62 da BR-356


Fotos: Túlio Santos/EM/D.A Press
Casario colonial mineiro foi reproduzido fielmente em miniaturas expostas no Museu das Reduções
 


Criado em 1980, talvez ele seja o museu mais encantador de Minas. Fazem a delícia de quem visita o local as 26 réplicas de imóveis históricos brasileiros, 25 vezes menores que os originais. Há edificações do período colonial, como a ouro-pretana Casa dos Contos, e obras-primas da arquitetura moderna, como o Palácio da Alvorada, de Oscar Niemeyer. As peças foram feitas com alvenaria e receberam acabamento em metal, madeira e cerâmica – tudo com preciosa minúcia. Isso exigiu até a criação de ferramentas adequadas para o trabalho em escala. A Igrejinha da Pampulha, por exemplo, traz a recriação do painel externo de Portinari e minúsculos azulejos.

O conceito do novo Museu das Reduções já está definido: será um parque temático ligado à educação ambiental e patrimonial, mas não se limitará a esses dois setores. Com direito a paisagismo, arenapara apresentações folclóricas, infraestrutura de serviços e espaço de exposições temporárias, ele vai contar com quiosques representando as regiões do Brasil, onde ficarão as réplicas.

Lá funcionará o Instituto Nacional de Desenvolvimento e Integração Cultural (Indic), criado para gerir o museu. Trata-se de aposta no turismo pedagógico – caminho descoberto a partir do momento em que professores passaram a visitar o espaço. “Pesquisa de alunos de turismo mostrou que temos potencial para receber de 15 mil a 20 mil visitantes por mês, se nossa sede ficar na margem da rodovia”, informaCarlos Alberto. No auge do museu, em 2006, o número de turistas chegou a 1,8 mil por mês. Naquele ano, ele ganhou prêmio do Guia Quatro Rodas. Hoje, a média é de 800 pessoas. “E esse número vem caindo”, conta o diretor. “O novo projeto representa mudança da água para o vinho”, aposta.
 
Orgulho de família 
 
O Museu das Reduções foi criado pela família Alves Vilhena, de Campanha, no Sul de Minas. Ennio e Sílvia eram bancários; Décio piloto de avião; e Evangelina funcionária pública. Todos já morreram. Aposentados, os irmãos observaram a habilidade de Ennio para construir miniaturas. Decidiram mergulhar no projeto. A inspiração veio de instituição que Sílvia e Evangelina conheceram na Holanda. Por volta de 1978, a família alugou pequeno ateliê em Amarantina. Em 1980, os irmãos compraram pequena área e construíram a sede. 
 
Ennio era o “artesão mor”, criou a técnica de construção e as ferramentas. Encarregava-se da alvenaria, de trabalhar o metal e a madeira bruta. Décio cuidava das plantas, da escala referencial e de entalhes finos. Sílvia era responsável por desenhos, pinturas e esculturas. “Evangelina coordenava tudo. Ela foi muito importante, pois aparava brigas e vaidades, cuidava da casa”, observa Carlos Alberto.
 
Entre os fãs do projeto, conta ele, estão intelectuais e escritores como Paulo Sérgio Rouanet, Ângelo Oswaldo de Araújo, Rui Mourão e Murilo Badaró, já falecido, que presidiu a Academia Mineira de Letras. Diante do empenho da família, Carlos Alberto sente “responsabilidade moral” de manter o acervo. Até pediu demissão no banco em que trabalhava para cuidar de tudo.
 
“O mais bonito, até mais que a obra, é o contexto em que surgiu a coleção. Este museu é a realização de quatro idosos aposentados, que foram em busca de um sonho”, explica ele. O diretor acompanhou o pai e os tios, com álbum de fotos nas mãos, em sua peregrinação em busca de patrocínio. “Várias vezes, as pessoas nos trataram com ironia, ao ver aqueles quatro com mais de 70 anos propondo a criação de museu para miniaturas”, relembra. O apoio veio da entidade filantrópica europeia Lateinamerika-Zentrum (LAZ).
 
No anexo, funciona uma escola de informática, que oferece aulas gratuitas e educação patrimonial para alunos da rede pública de Ouro Preto, Mariana, Nova Lima e Itabirito. Desde 2010, foram atendidos 4,5 mil estudantes, informa Carlos Alberto.
 
MUSEU DAS REDUÇÕES
Rua São Gonçalo, 131, Amarantina, distrito de Ouro Preto. Funciona das 9h às 17h. Fecha para manutenção às terças-feiras. Ingresso: R$ 8. Menores de 5 anos não pagam. 

BIG projeta museu aproveitando elementos da Segunda Guerra Mundial




Blavand Bunker Museum, na Dinamarca, terá quatro edifícios que se conectam nos pisos inferiores




O escritório de arquitetura Bjarke Ingles Group (BIG) apresentou seu projeto para o Blavand Bunker Museum, na Dinamarca. A estrutura será construída em um terreno ocupado pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial na cidade de Blavand.



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Divulgação: BIG

Com 2.500 m², o projeto é composto de quatro edifícios: três museus e uma galeria de exposições especial. Os prédios funcionarão independentemente, com seus próprios horários, mas o público poderá circular livremente entre as unidades.
As estruturas serão encaixadas dentro de um aterro do terreno. Para isso, serão feitos quatro cortes na topografia, formando um pátio central entre os edifícios. A entrada ficará localizada em um café no pátio do nível superior.
Os visitantes poderão acessar o andar inferior por meio de diversas escadas. Um túnel fará a conexão entre os museus e o Tirpitz Bunker, estrutura remanescente da 2ª Guerra. No topo deste espaço, uma estrutura de vidro será construída para relembrar o espaço de armamento.  Os canhões servirão de telescópio para os visitantes.

Divulgação: BIG


Divulgação: BIG


Divulgação: BIG


Divulgação: BIG


Divulgação: BIG


Divulgação: BIG


Divulgação: BIG





fonte:
 

Mostra 'Caravaggio e Seus Seguidores' chega ao Masp


Violência, drama, erotismo, genialidade, maestria na técnica do claro-escuro na pintura - Caravaggio "punha em cena a humanidade atormentada, envolvida pelas trevas, junto aos eventos salvadores por onde se libertava a luz", como define a superintendente do Patrimônio Histórico do Polo de Museus de Roma, Rosella Vodret. Há sempre algo de teatral nas telas de um dos maiores pintores do século 17 - por meio de um estilo revolucionário, Caravaggio colocava as figuras de seus temas em primeiro plano, fazendo com que um fecho de luz "forte e direto" sobre a cena deixasse a composição com uma "realidade vital".

Na última vez que o Brasil recebeu obras do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610), em 1998, vieram ao Masp só duas telas do artista, "Narciso" e "Os Trapaceiros". Agora, após mais de uma década, o País abriga novamente suas pinturas, com a mostra "Caravaggio e Seus Seguidores", que o mesmo Masp inaugura na quarta-feira para convidados e na quinta-feira para o público. Foram dois anos de negociações para que a exposição pudesse reunir um conjunto expressivo de sete obras do pintor - entre elas, "São Jerônimo Que Escreve" (da Galeria Borghese de Roma), "São Francisco em Meditação" (do Palazzo Barberini da capital italiana) e "Medusa Murtola" (de colecionador privado).

Primeiramente, a exposição foi apresentada em Belo Horizonte, na Casa Fiat de Cultura, onde recebeu quase 90 mil visitantes. Quando inaugurada em Minas, em maio, abrigou seis pinturas de Caravaggio porque a sétima obra do artista, "São João Batista Que Alimenta o Cordeiro", de coleção particular, chegou ao Brasil apenas em meados de julho para integrar-se à mostra. "Atravessamos muitas dificuldades", diz o museólogo Fabio Magalhães, que assina a curadoria da exposição ao lado do italiano Giorgio Leone, do Patrimônio Histórico do Polo de Museus de Roma. Rosella Vodret, superintendente do órgão, foi fundamental também no projeto. "Na verdade, a seleção de obras de Caravaggio foi o que pudemos trazer ao Brasil", conta Magalhães. Pelas leis de incentivo, foram utilizados R$ 5,5 milhões para realizar a exposição.

Apesar de a mostra ser considerada a primeira grande exibição de Caravaggio no País - em 1954, no 4.º Centenário de São Paulo, a cidade recebeu três pinturas do artista ("Sacrifício de Isaac", "Cena in Emmaus" e "Davi com Cabeça de Golias"); e em 1998, "Narciso" e "Os Trapaceiros" -, há no conjunto duas obras que ainda são apenas atribuídas ao pintor: "São Januário Degolado" (1610), do Museu Diocesano de Palestrina, e cópia de "São Francisco em Meditação" (1606- 1618), de coleção particular de Malta. "As revisões de autoria são constantes na história da arte, ainda mais agora, com as possibilidades novas para pesquisa como o uso de raio X e de infravermelhos", afirma Magalhães.

Nesse sentido, a exposição abriga duas peças recentemente creditadas a Caravaggio, "Medusa Murtola" (1597), atribuída ao artista no ano passado, em Milão, e agora considerada a primeira versão da famosa obra do pintor, criada sobre um escudo de madeira, e "Retrato do Cardeal" (1599- 1600), da Galleria degli Uffizi, de Florença. "Há apenas cerca de 70 Caravaggios no mundo", diz Magalhães. O Masp não possui em seu acervo nenhuma obra de Caravaggio. Como diz seu título, a mostra "Caravaggio e Seus Seguidores" ainda exibe 15 pinturas realizadas por artistas contemporâneos do pintor, de gerações distintas e de origens italiana, francesa, espanhola e flamenga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES
Masp (Avenida Paulista, 1.578). Tel. (011) 3251-5644. 3ª a dom., 11 h/18 h, (5ª, 11 h/20 h). R$ 15 (3ª grátis). Até 30/9. Abertura na quinta-feira.

Inscrições para a 6ª Primavera do Museus vão até o dia 10

Entre os dias 24 e 30 de setembro de 2012 acontecerá a 6ª Primavera dos Museus, período em que instituições museológicas de todo o País e o tema: a Função Social dos Museus.

Museus e entidades culturais interessados em participar da 6ª Primavera dos Museus devem inscrever eventos e promover sua realização no período, convidando, assim, a comunidade a refletir, discutir e trocar experiências sobre a responsabilidade da própria instituição que as inscrever, bem como a viabilização para seu desenvolvimento. Ao Ibram e ao cabem divulgar a programação nacional e estadual da Primavera, produzir e distribuir o guia da programação.

As inscrições começam dia 10 de julho e encerram dia 10 de agosto. Primeiramente, deve-se fazer a inscrição do museu ou entidade cultural. Depois, a inscrição das ações a serem realizadas, como seminários, exposições, oficinas, espetáculos musicais, de teatro e de dança, mesas-redondas, visitas guiadas, exibições de filmes, entre outras. A efetiva participação do museu dá-se apenas com a inscrição de uma ou mais atividades.

fonte: Ibram

Rio sedia encontro para discutir papel dos museus na cidade



De 20 a 24 de agosto, acontecerá no Rio, no auditório do Memorial Getúlio Vargas, na Glória, o Encontro Internacional Museus de Cidade. O objetivo do evento é propor a discussão pública sobre o papel assumido pelos Museus de Cidade no mundo frente às complexas demandas e à ação de novos agentes na vida dos grandes centros urbanos. Representantes de instituições nacionais e internacionais estarão presentes durante a semana do evento, que é gratuito. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: eimc2012.inscricoes@gmail.com
O projeto visa também à reflexão sobre as diretrizes que orientam os novos projetos de museus nas principais cidades do mundo e se propõe a traçar um panorama amplo sobre o tema e as questões paradigmáticas a ele associadas. Para isso será reunido um grupo de interlocutores qualificados, brasileiros e estrangeiros com ampla experiência na elaboração e gestão de projetos na área.
As conferências prosseguem durante toda a semana, abordando temas específicos, em duas sessões distintas: uma enfocando questões históricas e outra colocando em perspectiva desafios contemporâneos a ele relacionados. O evento se encerra trazendo profissionais com experiências variadas para discutir desafios relacionados ao tema “Gestão e Sustentabilidade”

fonte:

Minicurso "História e visões do futuro: Distopias em filme e ficção" - Inscrições (entrada franca)

O Programa de Pós-Graduação em História Social e o Núcleo de Estudos em História da Cultura Intelectual (NEHCI-USP) da Universidade de São Paulo convidam para o minicurso


* * HISTÓRIA E VISÕES DO FUTURO * *
* * Distopias em Filme e Ficção * *


Com Daphne Patai
Professora da University of Massachusetts, Amherst. Autora dos livros What Price Utopia? Essays on Ideological Policing, Feminism, and Academic Affairs e História oral, feminismo e política, co-organizadora de Theory's Empire: An Anthology of Dissent, entre outros trabalhos.

Dias 1, 3 e 7 de agosto de 2012
Das 14h às 18h

Universidade de São Paulo
Prédio de Geografia e História
Av. Lineu Prestes, 338
Cidade Universitária, São Paulo

Departamento de História
Sala de vídeo

Inscrições (entrada franca)

Alunos de pós-graduação da USP podem se inscrever na disciplina FLH5318-1/1 pelo e-mail ncaetano@usp.br. Receberão dois créditos  pela conclusão do minicurso.

Os demais interessados devem enviar nome completo, e-mail e telefone para contato para nehciusp@gmail.com. Receberão declaração de participação no minicurso.

Mais informações:
nehciusp@gmail.com
Tel.: (11) 3091-3778

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A magia da Internet... no Museu da Ciências em Londres

Lançado em beta, como a Google gosta, o Web Lab é um laboratório de experiências que tem dois formatos: uma instalação no Museu da Ciência em Londres e uma versão Web. 

site

Na Internet é possivel experimentar cinco projetos: Universal Orchestra, Data Tracer, Sketchbots, Teleporter e o Lab Tag Explorer. Tudo com a ajuda do browser Chrome, claro. E há integração entre a Internet e as pessoas que estão na instalação física, em Londres. 

No Museu a exposição dura o ano inteiro e a entrada é gratuita. Na Internet não foi comunicada nenhuma data limite.... 


fonte:
http://tek.sapo.pt/extras/site_do_dia/a_magia_da_internet_no_museu_da_ciencias_em_l_1259250.html

No museu regional de artes plásticas de Kemerovo: dirigentes do museu anunciaram o início da ação Adote um quadro.



O problema da conservação de obras de pintura em muitos museus russos, sobretudo os que estão em cidades de província, suscita há muito sérios receios.


© Flickr.com/Underpuppy/сс-by-nc-sa 3.0
Muitas são as causas disto: a impossibilidades de garantir condições climáticas nas salas de exposição, o que inevitavelmente influi sobre o estado da tela e da camada de tinta e ausência de recursos para a realização de restauração oportuna. E se para a conservação de obras de pintura do século XIX e início do século XX ainda encontram algumas possibilidades, o patrimônio artístico do período soviético gradualmente se desfaz e existe o perigo real de desaparecimento de uma camada inteira de arte nacional.

A solução do problema foi proposta no museu regional de artes plásticas de Kemerovo: dirigentes do museu anunciaram o início da ação Adote um quadro. Aos mecenas em potencial propõem tomar sob tutela uma tela que lhe agradou – com isto o quadro permanece no acervo do museu e seu tutor financia a conservação, garante o convite de restauradores qualificados e paga seu trabalho e decoração do quadro. Além da satisfação moral pelo que faz, os tutores receberão também satisfação perfeitamente material: se quiserem eles podem pendurar o quadro, por algum tempo, em seu escritório, por exemplo. Esta prática é há muito tempo difundida no mundo, na Itália, por exemplo, desse modo salvam há tempos os afrescos antigos.

No acervo do museu de Kemerovo estão milhares de obras de pintura, que necessitam de tratamento profissional e dispendioso.. Muitas vezes artistas que trabalharam nos anos 1950-1980 usaram telas de má qualidade, fizeram experiências com os fundos, com as tintas, por isso hoje, apesar de ter-se passado relativamente pouco tempo depois da pintura dos quadros, a camada de tinta descasca e, em alguns lugares até mesmo cai, cobre-se de um rede de rachaduras -craquelures.

Muitos quadros já têm protetores. Segundo informam no site do museu, o primeiro tutor é o governador da região de Kemerovo, Aman Tuleev, que adotou o quadro “Iconóstase Siberiano” do artista do povo da Rússia, Viktor Zevakin. Hoje o número de tutores aumentou já para 15.

fonte:

REDE DE EDUCADORES DE MUSEUS DA PARAÍBA DISCUTE NOVAS DINÂMICAS


Rede de Educadores em Museus da Paraíba realiza no próximo dia 30 de julho (segunda-feira) um encontro para discutir educação patrimonial. O evento será realizado no Centro Social do município de Areia, com atividades ministradas pela Museóloga da UFPB, Marisa Pires Rodrigues, e a educadora e coordenadora do Museu e Biblioteca Olho do Tempo, Maria da Penha Teixeira de Souza.
A programação é aberta aos alunos da rede pública municipal de ensino, além de adolescentes e jovens participantes do Ponto de Cultura Viva o Museu, que poderão trocar idéias com os integrantes da REM-PB a respeito da preservação das histórias locais e o desenvolvimento dos espaços de memória para a comunidade. Assuntos como criatividade e formação de público para os museus também estão na pauta, que será contemplada com a exibição de animações entre as atividades. Mais informações podem ser acessadas pela página oficial no Facebook: www.facebook.com/rem.paraiba ou pelo email rem.paraiba@gmail.com.
PROGRAMAÇÃO:
Oficina de Educação Patrimonial, com a  Educadora Social e Conselheira da Rede de Educadores em Museus (REM/PB) Maria da Penha Teixeira de Souza e a Museóloga da UFPB Marisa Pires Rodrigues
Manhã: 
Tema: “A minha história e a cidade de Areia”. Abordando questões sobre: memória; cultura; história, patrimônio material e imaterial.
Público: os alunos da rede pública municipal de ensino; adolescentes/jovens que participam do Ponto de Cultura Viva o Museu; integrantes da REM-PB.
Tarde: 
Tema: Como trabalhar as histórias locais nos espaços de memória? Abordando questões sobre: as histórias da comunidade; o público de museu; criatividade.
Público: adolescentes/jovens que participam do Ponto de Cultura Viva o Museu; integrantes da REM-PB.
Serviço
Encontro da Rede de Educadores em Museus da Paraíba
Quando? 
30 de julho de 2012 (segunda-feira)
Local:
Centro Social/Areia-PB
Horário
Das 07h às 16h30
Texto: Juliano Mendes da Hora – Ascom MinC / RRNE

domingo, 29 de julho de 2012

Pesquisa do Ibram/MinC reúne dados sobre Cadeia Produtiva dos Museus




Trabalho inédito


Museu Casa Histórica de Alcântara - Alcântara (MA)
Brasília – O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), deu início nesta segunda-feira (23) à pesquisa inédita sobre a cadeia produtiva dos museus.
Até 10 de agosto as instituições museais poderão preencher o questionário, disponibilizado na página do Ibram.
A pesquisa objetiva identificar quais elos econômicos são mobilizados no contexto das atividades da área de museus e o peso dessa participação nos segmentos produtivos identificados.
Segundo o Ibram, o conceito de cadeia produtiva representa um esforço em compreender quem são os agentes econômicos e de que forma eles participam da economia gerada pela atividade de determinado setor, seja contratando serviços ou comprando e transformando insumos, realizando eventos ou mesmo executando atividades rotineiras.
O questionário
As perguntas da pesquisa somam 133 e abordam os seguintes assuntos: dados institucionais, dados organizacionais (gestão de coleções, serviços de biblioteca e arquivos, serviços de comunicação e imagem, serviços educativos, gestão administrativa, serviço comercial e segurança) e fonte de recursos. Há também uma análise de fatores positivos e negativos internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças).
As respostas fornecidas serão confidenciais e terão seu conteúdo preservado. O Ibram pontua que o conteúdo da pesquisa não será utilizado para fins de fiscalização ou de controle, nem de divulgação.
A análise e o tratamento dos dados e informações serão realizados de maneira agregada, sem permitir particularizar ou identificar a instituição participante.
(Texto: Lara Aliano, Ascom/MinC)
(Foto: Divulgação/Ibram)

Especialista britânica fala sobre as transformações dos museus


Na última terça-feira (24/7), o British Council do Brasil promoveu um encontro entre diversos especialistas e profissionais envolvidos com o setor museológico no país, com o intuito de lançar seu Programa de Desenvolvimento de Museus Brasil-UK.
Dentre os convidados, estavam José do Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); Claudineli Moreira Ramos, da secretaria de Estado da Cultura de São Paulo; Mariana Varzea, superintendente de museus da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro; Leonardo Bahia, superintendente de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Minas Gerais; e a consultora britânica Jane Weeks.

Há 10 anos trabalhando no British Council, Jane veio ao país para apresentar a iniciativa, que já estabeleceu parcerias de capacitação em mais de 40 países, focada em planejamento estratégico, gestão financeira, programas educativos, conservação, desenvolvimento de público, marketing e geração de renda.
Após o evento, a britânica deve seguir em visita por museus nacionais, mas antes, cedeu entrevista ao Cultura e Mercado para falar sobre as transformações pelas quais os museus em todo o mundo vem passando.
Cultura e Mercado - Uma pesquisa feita em 2010 no Brasil indicou que 70% dos brasileiros nunca tinham ido a um museu, o que parece ser um desafio diferente dos enfrentados na Europa. Isso de fato é diferente lá?
Jane Weeks - No Reino Unido a maioria das pessoas vive perto de um museu, o acesso físico não é um problema, mas o acesso intelectual ainda é um desafio. Algumas pessoas, especialmente as pessoas com menor escolaridade e os desempregados não se identificam com museus. Esta é uma barreira que os museus britânicos estão tentando superar.

CeM - Como instigar a curiosidade das pessoas nesta situação?
JW - Primeiro precisamos descobrir por que as pessoas não estão visitando os museus – o edifício é pouco convidativo ou de difícil acesso? As exposições não são interessantes para o público? Levar as coleções de museus para lugares onde as pessoas se encontram, tais como lojas, festivais, escolas e hospitais, tem sido um grande sucesso. Uma vez que as pessoas se envolvem com a exposição, as barreiras começam a ser quebradas.

CeM - Os museus em todo mundo parecem estar passando por transformações, criando uma maior interação com o público. Você identifica este movimento? Arriscaria dizer para onde ele aponta?
JW - Sim, a mudança mais empolgante nos museus nos últimos 10 anos tem sido a forma como eles se comunicam com seu público. No passado, costumava ser uma conversa de mão única, agora é uma conversa de duas vias entre o museu e o visitante. Eu não sei aonde este processo vai nos levar, mas é justamente o que o torna tão empolgante. Talvez no futuro os museus não serão em edifícios dedicados somente para esta finalidade.

CeM - O livro Reprograme, do jornalista brasileiro Luis Marcelo Mendes, enfatiza a importância da comunicação, do branding e de relacionamentos para as instituições museológicas. Na sua opinião, qual a importância disso tudo na gestão de museus?
JW - A relação do museu com o seu público é absolutamente crucial e se comunicar bem é fundamental para o sucesso de um museu. Museus do Reino Unido estão começando a perceber a enorme importância da marca em termos de seu relacionamento com seu público. Alguns, como o British Museum e o Museu Victoria & Albert, já têm marcas de enorme sucesso.

CeM - Um projeto brasileiro, o Mutz, propõe a colaboração e a troca de informações entre museus. Isso é uma realidade nas instituições ao redor do mundo?
JW - Eu acho que museus no mundo já estão em contato entre si, através de redes especializadas. Em algumas cidades, os museus já falam entre si. No entanto, eu acredito que ainda há oportunidade para troca de informações e qualquer movimento nesse sentido é bem vindo.

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Inventário de arte sacra inspira criação de museu na Baixada


RIO — Para proteger o acervo de arte sacra do Rio, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) saiu a campo para levantar os bens móveis guardados em igrejas do estado. Iniciado em 2008, o trabalho já rendeu dois volumes de um inventário que só deverá terminar em 2014 e, até o momento, conta com mais de dez mil peças catalogadas. Tem imagens de Nossa Senhora, santos protetores, querubins, retábulos e pias batismais, entre outros objetos que, uma vez listados, poderão ser mais facilmente preservados. Mostrar à população parte dessas relíquias também é uma meta que deverá ser alcançada, em 2013, pela Diocese de Nova Iguaçu. Motivada pelo levantamento, ela espera abrir o primeiro Museu de Arte Sacra da Baixada Fluminense.

Historiador e responsável pelo Arquivo Histórico da Cúria de Nova Iguaçu, Antonio Lacerda de Meneses diz que a instituição tem a maior fonte documental da Baixada, com originais datados de 1640. O material não se restringe ao tema religioso. Há papéis da época da ditadura. Mas o museu será dedicado à arte sacra. Inicialmente serão cerca de 60 peças catalogadas, mas o acervo promete crescer:

— Fala-se muito do barroco de Minas e da Bahia, mas a Baixada tem rica produção de imagens. O museu deverá ficar no Centro de Nova Iguaçu, no Seminário Diocesano Paulo VI ou na Catedral de Santo Antônio. Temos peças confeccionadas entre os séculos XVIII e XX já catalogadas pela diocese, mas esperamos que donos de acervos particulares doem objetos para a coleção do museu — diz Antônio, que já negocia parcerias para a criação do espaço. — Estamos alinhavando tudo com os governos municipal, estadual e federal, com a iniciativa privada e com o Instituto Brasileiro de Museus.

Região tem igrejas tombadas pelo Inepac

Cidades como Angra, Paraty e Rio já têm museus do tipo, mas o historiador acha que há pouca divulgação do acervo. Na Baixada, região estigmatizada pela violência, ele pretende criar programações culturais, como apresentação de corais e de música sacra, em lugares como a antiga Matriz de Queimados, abandonada após a construção da nova igreja:

— A região tem várias igrejas tombadas pelo Inepac. Essas atividades e o museu são uma forma de garantir a segurança e a manutenção do acervo de arte sacra.

Os dois primeiros volumes do inventário do Inepac abrangem a Baixada Litorânea e o Norte e Noroeste fluminenses. Atualmente, os pesquisadores atuam na Região Serrana, no Médio Paraíba e no Centro-Sul do estado. Embora Nova Iguaçu já esteja colaborando com o Inepac, as regiões de Baixada, Costa Verde, Niterói e São Gonçalo só serão visitadas no ano que vem. Já o Rio ficará para 2014.

Paulo Vidal, diretor-geral do Inepac, diz que o inventário não é um trabalho apenas para quem gosta de arte, mas fundamental para o futuro dos acervos.

— Temos que despertar o sentimento de pertencimento, mostrar à população o que significa aquilo que, para ela, era só uma estátua — conta Paulo, que também pretende chamar atenção para peças que desapareceram de igrejas nos últimos anos. — Há um arquivo com cerca de cem peças desaparecidas. Esse é um trabalho de formiguinha. O inventário é um trabalho de salvamento. Fazemos pesquisa de campo, localizamos a peça, identificamos e analisamos as condições do material.

Começar o trabalho pelo interior não foi por acaso. Segundo o Inepac, havia uma “sangria” maior nesta região, por falta controle dos bens.

— Algumas cidades não têm noção da importância histórica. Cabo Frio e Angra dos Reis ainda têm que desenvolver essa consciência — diz o diretor de Bens Móveis e Integrados do Inepac e coordenador do inventário, Rafael Azevedo.

Para controlar melhor o acervo, o Inepac criou endereços na internet, abertos à consulta popular: www.artesacrfluminense.rj.gov.br e www.bcp.rj.gov.br



Complexo Cultural e Científico de Peirópolis é reestruturado


Complexo Cultural e Científico de Peirópolis passa por reforma em quase todos os setores e irá apresentar ao público novas exposições, únicas na América do Sul, com expectativa de abertura para agosto. O museu e os estudos arqueológicos, que atualmente estão ligados à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), têm conseguido verbas da União para restaurar e ativar novas áreas no complexo, com a parceria do Conphau (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba).
Hoje o complexo trabalha com uma verba disponível de R$3 milhões, aplicada, inclusive, em novas escavações na região. Este valor e outros R$2 milhões, já utilizados integralmente, foram conseguidos por meio dos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia e da Fapemig (Fundação Apoio à Pesquisa MG), explica o professor e um dos coordenadores do Complexo, Vicente Antunes.
O anfiteatro teve reestruturado o sistema de som e imagem, e a fiação será totalmente trocada para instalar o sistema de ar-condicionado. Algumas salas do complexo foram readaptadas, o telhado revisado e o maior destaque será a sala da curadoria, onde ficará a reserva técnica do museu, ou seja, o material que ainda não está catalogado ou não completo para entrar em exposição.

Para o mês de agosto são preparadas novas réplicas para ser expostas. A maior delas é a de dinossauro do Brasil, o Abelissauro, correspondente ao dinossauro Tiranossauro Rex, montado no saguão principal e que possui características naturais. Este dinossauro é de material sintético que imita a imagem real do animal, diferentemente do que se tem apresentado nos museus arqueológicos do país.
Também é preparado o espaço que se destinará à menor réplica brasileira exposta: uma rã de mais de 70 milhões de anos, que convivia com os dinossauros. A outra novidade para agosto são nove réplicas da cabeça de hominídeos, que são os precursores dos homo sapiens, e uma réplica em tamanho natural. No local já existe uma preguiça gigante com características reais, como pelo e unha feitos por um paleoartista do distrito de Peirópolis. “Estamos potencializando a criação de novas réplicas.”

A área do museu entra em obras no próximo ano e prevê uma área toda envidraçada e preparada para exposição dos fósseis. Serão reformas estruturais, hidráulicas, elétricas, sanitárias e adequações às atuais regras governamentais de acessibilidade, que todo museu deve oferecer. Uma área destinada ao jardim ainda está sob avaliação do Conphau e com as obras suspensas. A equipe da universidade contratou empresa terceirizada e especializada para executar a reforma.

Três entre as quatro escavações que estão ativas no momento estão no município de Uberaba. A outra fica em Campina Verde (MG), iniciada em 2010, e já foram descobertas duas novas espécies fósseis nunca descritas no mundo, cujo nome científico é "Campinasuchus dinizi" e o"crocodilomorfhos".

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Museu de Arte Sacra tem oficina de fotografia neste sábado


Leve sua câmera e registre o acervo do museu. 

A entrada é gratuita
O Museu de Arte Sacra de São Paulo reservou uma atividade especial aos amantes da fotografia. Neste sábado, 28, leve sua câmera ao Museu de Arte Sacra e aproveite para registrar os espaços e as composições do acervo gratuitamente, já que aos sábados não é cobrada a entrada.

A participação na oficina de fotografias, promovida pelo setor educativo do museu, é totalmente livre e funciona das 10h às 18h. A seção de presépios, um dos destaques do local, estará aberta ao público. É uma oportunidade de fotografar um conjunto de peças do século 18, assim como mostra a imagem ao lado.

E como o tema é foto, a exposição "Luz da Fé – Fotógrafos brasileiros anos 80", vale ser vista em seu penúltimo dia de exibição. A mostra é composta de 49 fotografias realizadas nos anos de 1980 que retratam a devoção do povo brasileiro por meio de imagens de procissões, festas e outras representações de caráter religioso. 


SERVIÇO
Oficina de fotografias
Data: 27 de julho - sábado
Local: Museu de Arte Sacra
Endereço: Av. Tiradentes, 676, Luz, São Paulo
Horário de funcionamento: 10h às 18h
Entrada: gratuita
Telefone: (11) 3326-5393 /1373











Do Portal do Governo do Estado