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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Políticas públicas para a Moda geram concurso e desfile em João Pessoa

A moda é um relevante setor a ser tratado pelas políticas públicas. É parte integrante da diversidade cultural e promove um diálogo entre valores culturais locais, nacionais e internacionais. Outro aspecto é a importância econômica da moda e os segmentos relacionados como o design e a indústria.

CVT – Centro Vocacional Tecnológico de Confecções de João Pessoa é resultado de uma ação pioneira entre as prefeituras do Brasil. O órgão é vinculado a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia e tem como objetivo gerar conhecimento e capacitar mão-de-obra para a cadeia produtiva de moda.

Em 2011 a instituição criou o concurso FashionTech. O tema Tecnologia Artesanalatraiu várias inscrições e um júri composto por Jum Nakao, José Rufino, Margarete Almeida, Pantera Costa e Romero Sousa (diretor do CVT) escolheu como vencedor Anderson George Morais de Araújo com sua coleção Redes. Como prêmio, o novo estilista ganhou reconhecimento, uma viagem para conhecer o Senai/Cetiqt no Rio de Janeiro (RJ), a produção completa da sua coleção e um desfile.

Agora chegou a hora de conferir a coleção Redes. O desfile será no Salão Panorâmico da Estação Cabo Branco – Ciência Cultura e Artes, em João Pessoa-PB.

Convite para apresentação desfile vencedor do concurso FashioTech

Curiosidade: Mais de 80% da produção da moda no país é proveniente das regiões Sul e Sudeste. O Nordeste tem participação de somente 12% sobre o total. No que diz respeito à formação profissional, a oferta de cursos de graduação se concentra nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.

fonte:
babeldasartes

Plano Nac. de Cultura quer ampliar em 50% o número de bibliotecas públicas e museus no Brasil video com 27min

NBR ENTREVISTA: O Ministério da Cultura anunciou 53 metas do metas do Plano Nacional de Cultura, que aborda áreas de artes visuais, circo, culturas indígenas, culturas populares, dança, livro, leitura e literatura, moda e teatro. 


Com as metas, o Ministério da Cultura pretende, dentre outros pontos, ampliar para 50% o número de bibliotecas públicas e museus modernizados; alcançar uma média de quatro livros lidos fora do aprendizado formal, por ano, por cada brasileiro; incluir em 100% das escolas públicas a disciplina de Arte no currículo escolar; aumentar em 95% o emprego formal do setor cultural; chegar a 20 mil professores de Arte de escolas públicas com formação continuada; 15 mil Pontos de Cultura em funcionamento; 150 filmes brasileiros de longa-metragem lançados anualmente em salas de cinema; 100% das unidades da federação e 60% dos municípios atualizando o SNIIC; 12 milhões de trabalhadores beneficiados pelo Programa de Cultura do Trabalhador (Vale Cultura); e dezenas de outras metas. 


Quem explica é Sérgio Mamberti, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.


link:
http://www.youtube.com/watch?v=bD0CERg8L3g

Prêmio Diário estimula a reflexão e criação

Desde sua primeira edição, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia concilia três vias de atuação no âmbito das artes: o incentivo à produção artística, o estímulo à reflexão sobre a imagem e, um importante resultado de suas atividades, a contribuição para a formação de acervos.

Esta noite, estes três pontos serão contemplados em evento no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, com o lançamento oficial da terceira edição do projeto, o lançamento do catálogo de 2011 e a doação de uma obra da artista Roberta Carvalho, Prêmio Diário do Pará do ano passado, ao Museu da Universidade Federal do Pará.

A diretora do Mufpa, Jussara Derenji, explica que “a formação de acervos em instituições públicas obedece a regras burocráticas que originam longos e difíceis processos que, não raro, acabam impedindo as compras e até mesmo as doações. A maioria dos museus necessita recorrer, então, ao mecanismo incerto de editais lançados por empresas públicas ou privadas, para aumentar e atualizar seus acervos”. Por todos estes fatores, ela ressalta o valor da “iniciativa de empresas ou produtores de eventos que se disponham a contribuir, com doações de qualidade, à formação de acervos institucionais”.

A obra de Roberta Carvalho se une aos trabalhos premiados do fotógrafo Octávio Cardoso, doados ao Mufpa na primeira edição do Prêmio. De acordo com Jussara Derenji, “as obras dos dois autores premiados, entregues à instituição parceira na exposição, contribuem para a atualização do acervo de fotografia do Mufpa com fotos cuja contemporaneidade foi atestada pela escolha de júris e curadores. No caso do trabalho de Roberta Carvalho, em especial e pelas características da proposta da artista, houve de imediato uma identificação com o Mufpa, em cujo entorno a obra foi exposta em perfeita integração”.

Na terceira edição do projeto, em mais um ano de parceria, o Mufpa receberá obras do artista homenageado, Miguel Chikaoka.

A fotografia em seus vários questionamentos

A diretora do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Marisa Mokarzel, frisa o valor que as contribuições para acervos têm para o público e para os museus. “A proposta de doar obras dos premiados e dos homenageados aos museus parceiros é como estabelecer um prêmio mais amplo, que envolve não somente os museus, mas também a população em geral, uma vez que a obra ao integrar um acervo público poderá ser disponibilizada como objeto de pesquisa, ser exibida inúmeras vezes e em tempos diferentes, de forma distinta, podendo propor os mais variados conceitos conforme as tessituras criadas com obras provenientes de outras coleções. Agrega-se o valor da difusão da arte contemporânea ao de identidade do museu, pois o acervo determina o seu perfil, a sua tipologia.”

MEMÓRIA

Ela destaca que “o Prêmio está constituindo-se na formulação de um pensamento que se volta para a fotografia em seus diferentes desdobramentos e questionamentos. E em um mundo entranhado, lotado de imagens, torna-se importante reavivar a memória, pensar a cidade, o mundo tenso e conflituoso que delineia o nosso cotidiano”.

Segundo Marisa Mokarzel, “ao respeitar a tradição fotográfica de um lugar específico, Belém, sem perder a dimensão macro”, o Prêmio “abre-se a outras culturas, a outras manifestações artísticas”, postura que se afina ao conceito da Casa das Onze Janelas, que abrigará a mostra principal do projeto este ano e que esta noite receberá a projeção da obra Symbiosis, de Roberta Carvalho.

O evento terá início às 19h e a entrada é franca. O projeto é uma realização do jornal Diário do Pará e conta com o patrocínio da Vale e apoio do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas do Sistema Integrado de Museus/Secult-PA, do Museu da UFPA, da Sol Informática e do Instituto de Artes do Pará.

PRESTIGIE

Hoje, às 19h, coquetel de lançamento do III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, com o tema “Memórias da Imagem”, e do catálogo da segunda edição, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Na programação, projeção da obra Symbiosis da artista Roberta Carvalho, vencedora do Prêmio Diário do Pará de 2011. Entrada franca. Patrocínio: Vale. Informações: 3184-9327 / 8128-7527. (Diário do Pará)


fonte:
http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-150351-PREMIO+DIARIO+ESTIMULA+A+REFLEXAO+E+CRIACAO+.html

Moda e preservação de museus serão contemplados na Rouanet



O guarda-chuva da Lei Rouanet cresceu: os setores de moda e preservação de museus, agora, têm sinal verde para usar o incentivo fiscal --que permite deduzir patrocínios à cultura do imposto.

A criação das novas categorias foi publicada anteontem no "Diário Oficial da União", com assinatura da ministra Ana de Hollanda.

Música gospel e jogos eletrônicos foram outros "sócios" recentemente convidados para o "clube" Rouanet.

Na prática, já era possível encaixar propostas desses gêneros em outras brechas da lei. Mas nem sempre era fácil.

O estilista Ronaldo Fraga bem que tentou aprovar um projeto. Era sobre a cultura popular ao redor do "Velho Chico", o rio São Francisco, com participação de Maria Bethânia e Wagner Moura. Matéria-prima: a pesquisa feita para uma coleção na São Paulo Fashion Week de 2008.

Da primeira vez, nada feito. Até pouco, o Ministério da Cultura não entendia a moda como manifestaçãocultural.

Fraga tentou de novo e, em 2010, conseguiu usar o incentivo fiscal. Com algumas condições. "Tinha que sair qualquer coisa que o relacionasse à moda. Tive que tirar as palavras 'estilista', 'coleção'..."

A exposição, segundo Fraga, foi o "marco zero" da moda na Rouanet. Naquele ano, o MinC criou um colegiado para o setor. Entre os membros estão o próprio estilista, Jum Nakao e Paulo Borges (SPFW).

Fraga afirma que a diretriz é aprovar projetos em sintonia com memória, pesquisa, tecnologia e formação de profissionais na moda. "Não há museu que registre a nossa história. Pergunta para a nova geração o que ela sabe do [estilista] Dener [1937-1978]."

Ele concorda que, em tese, é possível investir dinheiro de imposto em pesquisas que sejam depois aplicadas em coleções caras -suas próprias peças, em lojas, podem sair por centenas de reais.

Fraga ressalta que uma banca vai priorizar propostas com contrapartidas sociais. Não bastaria pegar um "shape" da Prada, somar ao trabalho de uma bordadeira local e pôr nas lojas, por exemplo.

MUSEUS

Segundo José do Nascimento Júnior, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro dos Museus), a Rouanet agora "reconhece um conceito mais amplo de museu".

Não que o segmento não aprovasse projetos para preservação de seu patrimônio. Até conseguia. "Mas agora fica mais claro que envolve acervos, coleções e edifícios."

Isso beneficia "museus comunitários, que poderiam achar que a Rouanet não é da sua alçada", ele exemplifica. Também serve ao Museu Nacional de Belas Artes, que precisa terminar seu restauro.

Em 2011, o TCU (Tribunal de Contas da União) finalizou auditoria que detectou lentidão e falhas na gerência da Rouanet dentro do MinC. As recentes mudanças na lei vêm de exigência do TCU, "que determina o detalhamento dos segmentos a serem entendidos como culturais", segundo o advogado Fábio Cesnik.

*Por Anna Virgínia Balloussier

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