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terça-feira, 13 de março de 2012

Museus em Números

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) lança a publicação Museus em Números em dois volumes, oferecendo um panorama estatístico nacional e internacional do setor de museus e textos analíticos sobre a situação dos museus nas unidades federativas.

Os dados são referentes a 1,5 mil instituições museológicas brasileiras que responderam ao questionário do Cadastro Nacional de Museus (CNM) – cadastradas entre as mais de três mil instituições mapeadas em todo o país à época do levantamento de dados para a pesquisa (setembro 2010). Seguem os arquivos para baixar:


Pesquisas e estudos de Grossmann sobre curadoria; ação, mediação e política cultural; museologia; crítica, teoria e história da arte e da arquitetura; e história das ideias.

Instituto de Estudos Avançados da USP tem novo diretor

Agência FAPESP – Martin Grossmann, professor titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), é o novo diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA).
O pesquisador foi escolhido pelo reitor João Grandino Rodas a partir de lista tríplice definida pelo conselho deliberativo do IEA. O mandato é de quatro anos.
Grossmann foi diretor do Centro Cultural São Paulo de 2006 a 2010 e vice-diretor do Museu de Arte Contamporânea (MAC) da USP de 1998 a 2002. É o criador e coordenador do Fórum Permanente: Museus de Arte, entre o Público e o Privado, uma plataforma de mediação e ação cultural.
Graduado em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Grossmann fez mestrado na ECA e o doutorado na University of Liverpool, no Reino Unido. Foi o idealizador e coordenador do primeiro portal da USP na internet (USP Online) de março de 1995 a julho de 1998.
Desde o mestrado, as pesquisas de Grossmann discutem a transição da cultura material para uma cultura na virtualidade; a relação entre arte contemporânea, seus agentes e as instituições; os processos de mediação cultural e artística; e o desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação para a arte e a cultura.
Sua atuação como gestor de instituições e projetos culturais apoia-se nas pesquisas e estudos que realiza sobre curadoria; ação, mediação e política cultural; museologia; crítica, teoria e história da arte e da arquitetura; e história das ideias.
Mais informações: www.iea.usp.br/iea/martingrossmann.html.

Museu da Lâmpada, em São Paulo, conta a trajetória do homem na busca pela luz.

Do fogo ao LED: a história da iluminação


O acervo inclui mais de 70 modelos diferentes, produzidos a partir do século 19. Saiba mais e veja uma entrevista com o idealizador do projeto


Divulgação
Ficar sem energia elétrica por alguns minutos é um tormento na vida moderna: cada minuto que passamos na escuridão, sem computador, televisão e outros equipamentos fortemente incorporados na nossa rotina, parece uma eternidade. Imagine, então, como era o cotidiano das pessoas antes do empresário americano Thomas Edisoninventar a lâmpada. A criação deste objeto revolucionou a história e para mostrar como isso tudo aconteceu, São Paulo inaugura no próximo dia 15 de março o Museu da Lâmpada. 




Divulgação
















O espaço, único do tipo na América Latina, conta com um acervo composto por peças antigas, produzidas a partir do século 19, e também por equipamentos mais modernos, utilizados nos dias de hoje. Tudo para contar como aconteceu a evolução da iluminação, desde que o homem começou a sentir necessidade dela, na pré-história, até os efeitos desta invenção na humanidade. "Havia dúvidas constantes de clientes e interessados sobre os princípios da luz. Como tínhamos um acervo de lâmpadas antigas, resolvemos investir e colocar a ideia em prática", explica o idealizador do projeto, Gilberto Pedrone. A iniciativa é da empresa especializada em materiais elétricos Gimawa.

PASSEIO ILUMINADO 
Além de ver de perto mais de 70 modelos de lâmpadas diferentes em exposição, o público também poderá assistir a vídeos explicativos, para saber mais sobre cada um deles. Outra atração do museu é o Teste de IRC. Interativo, permite que os visitantes experimentem e entendam como funciona a visualização de cores por meio da luz e a variação dos tons de acordo com a fonte de iluminação. O espaço também trata do processo de reciclagem das lâmpadas e de sustentabilidade. 

Em entrevista ao site de Casa e Jardim, Gilberto Pedrone conta um pouco mais sobre o assunto:

Casa e Jardim – Cite alguma evolução muito importante para a humanidade que só aconteceu porque tínhamos luz. 
Gilberto Pedrone – Existem muitas, mas acredito que a principal foi o advento da organização social. O homem começou a utilizar a luz tanto para sua vida, em casa, como também à noite criando toda uma cultura de hábitos e conceitos. 

CJ – Quantos modelos de lâmpadas o museu tem? Foi difícil reunir todos eles? 
GP – O museu possui cerca de 70 modelos de lâmpadas. Foi difícil sim! Demorou cerca de dois anos para reunirmos um acervo de pesquisa. 

CJ – Qual foi a maior dificuldade? 
GP – A maior dificuldade foi achar uma réplica da primeira lâmpada de Thomas Edison. 

CJ – Qual é a peça mais antiga do museu? 
GP – É uma lamparina do ano de 1800. 

CJ – Como ela funciona? 
GP – Com acendimento a querosene. 

CJ – Na sua opinião, qual é a peça mais curiosa? 
GP – Acredito que a peça mais seja um lustre que tematiza o momento de várias lâmpadas incandescentes. O objeto é adornado por fibras óticas. 

CJ – Por quê? 
GP – Porque é a junção dos tempos: passado e futuro, unidos por um único ideal, que é a iluminação. 

Serviço 
Museu da Lâmpada 
Inauguração: 15 de março de 2012 
Av. João Pedro Cardoso, 574 
Aeroporto – São Paulo, SP 
Ingresso: um quilo de alimento não perecível 
As visitas deverão ser agendadas pelo telefone             (11) 2898-9333      

O Museu da Lâmpada tem mais de 40 modelos que mostram a evolução da peça



Família Mandela construirá museu no povoado natal do ex-presidente

O conselho tradicional de Mvezo, localidade onde nasceu o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e que é presidido por seu neto, iniciará em abril a construção de um museu em homenagem ao seu filho mais ilustre.

A empresa encarregada pelo projeto, Afesis-Corplan, explicou à agência Efe que o "centro de interpretação de Mandela" - que pretende explicar a história do clã Mandela e as raízes familiares do ex-governante - é a primeira obra de um projeto ambicioso, que inclui albergue e hotel cinco estrelas.

Com orçamento de US$ 2,7 milhões, a construção será financiada pela Fundação das Loterias do Estado. A obra foi licitada em 20 de fevereiro e tem previsão de início para 28 de fevereiro de 2013, conforme relatório da empresa Afesis-Corplan.

O museu faz parte de um projeto maior em uma área de cinco hectares. O terreno inclui os vestígios da casa onde nasceu o ex-presidente, lote que atualmente é alvo de uma disputa entre a família Mandela e o governo da África do Sul.

A área foi declarada de interesse público em 2000 e confiada ao Museu Nelson Mandela, ligado ao departamento de Cultura da África do Sul, para a construção de um centro expositivo. Em 2007, no entanto, os terrenos foram ocupados por Mandla Mandela, neto do prêmio nobel da Paz de 1993.
O pai de Nelson Mandela, Mphakanyiswa, foi chefe zulu da localidade até ser expulso de Mvezo pelo governo colonial e obrigado a ir para Qunu, onde Mandela viveu dos dois aos nove anos.

A curadoria do museu do líder da luta contra a segregação racial na África do Sul reconheceu em fevereiro de 2011 que a questão permanecia insolúvel.
Ena van Schalkwyk, que faz parte do principal partido da oposição na África do Sul, a Aliança Democrática (AD), e da comissão de Cultura, disse que, até o momento, não houve nenhum avanço na disputa pela área.

O projeto turístico, liderado por Mandla Mandela, encontrou a oposição de três habitantes de Mvezo, que levaram aos tribunais os planos de construção do hotel cinco estrelas. Esses moradores garantem que o complexo hoteleiro será construído sobre os túmulos de seus familiares.

Está previsto que a Corte Regional de Umtata (comarca da qual Mvezo faz parte) emita uma sentença nas próximas semanas. Apesar de as disputas sobre o hotel ainda não terem sido resolvidas, a empresa encarregada pelo projeto confirmou que deve iniciar a construção do museu no próximo mês.

fonte:

Ucraniano monta museu particular de Pelé com mais de 3 mil itens

O sonho do menino pobre que se tornou o maior jogador de futebol da história e o atleta do século XX continua sendo inspiração mundo afora. Que o diga Nikolai Hudobin, um ucraniano de 51 anos que há mais de 40 coleciona ítens sobre a vida de Pelé e abriu o que seria o único museu particular sobre o Rei do Futebol em sua cidade natal, Lugansk, na Ucrânia. 


Créditos: Arquivo Pessoal de Nikolai Hudobin
Nikolai já encontrou o Rei três vezes

Ao longo de todos esses anos, Hudobin conseguiu reunir, incrivelmente, mais de 3 mil objetos que contam a história de Pelé. "Não tive parceiros. Tudo eu arrumei sozinho. Algumas coisas me foram dadas, outras, compradas por mim", explica o ucraniano, que gosta de lembrar que tudo começou com recortes de jornal e revistas, que eram comprados com o dinheiro que seus pais, na então União Soviética, lhe davam.

Mas o primeiro grande "negócio" feito pelo menino de 10 anos envolveu uma bicicleta novinha. "Um amigo, sabendo que eu colecinava coisas sobre Pelé, ofereceu trocar uma enorme foto de Pelé com Lev Yashin, lendário goleiro da URSS, pela tal bicicleta. Não pensei duas vezes e fiz a troca", conta, o hoje orgulhoso proprietário do museu.

O que começou apenas com recortes de jornais acabou ganhando contornos de coleção respeitável. O primeiro item valioso, comprado por Hudobin, foi um relógio que o zagueiro soviético Valentin Afonin recebeu por marcar Pelé em um amistoso. Depois vieram flâmulas, troféus, ingressos de jogos do Rei, camisas, fotos, uma bola da Copa de 1966 e até uma foto da Copa de 1958, que esteve, durante muito tempo, na Estação Espacial "Mir", autografada por todos os cosmonautas da época.

Mas, após muitos anos acompanhando a vida de Pelé e colecionando itens sobre o Rei, ainda faltava conhecê-lo pessoalmente. Isso aconteceu, finalmente, em 1997, quando Pelé estava em Moscou para uma campanha publicitária. "Eu consegui burlar todas as leis e entrar na sala VIP onde ele estava. Um amigo me apresentou e contou sobre minha coleção e meu desejo de criar um museu. Ele foi muito simpático e disse que ficaria muito feliz se isso acontecesse".

Hudobin encontrou o Atleta do Século ainda outras duas vezes: mais uma em Moscou e outra em Santos, em 2006, quando o ucraniano visitou a primeira casa do Rei, foi atração de jornais e revistas e ouviu "causos" de contemporâneos do ídolo do Santos. A surpresa ficou por conta de Pelé lembrar do admirador e presenteá-lo com um livro.

Ele autografou um de seus livros e o dedicou 'a meu amigo Nikolai' - conta, aproveitando para revelar mais um fato curioso de sua visita a Santos: "Quando saí da casa, aproveitei para pegar uma pequena pedra de seu muro, para a coleção. Provavelmente, isso soa engraçado para alguns, mas não para mim", revela, emocionado, ao lembrar que a viagem foi como um sonho. Afinal, 40 anos após o início de sua paixão, ele estava ali, na terra de seu ídolo."Para mim foi mais ou menos como para os americanos chegar à Lua".

Mas se tem uma pergunta da qual o ucraniano sempre escapa é afinal, quanto vale sua coleção? Ele diz que nunca revela. "Mas posso dizer que gastei muito dinheiro. O preço de minha coleção é minha alma e minha vida. É claro que eu sei o quanto gastei, mas sua vida e sua alma não têm preço. Não dá para medir seu sonho com dinheiro", completa.

No início, Hudobin tentou abrir seu museu em Moscou, mas então a URSS se desfez, e a ideia passou a ser a capital ucraniana, Kiev. A iniciativa não deu certo e o fã de Pelé abriu as portas em Lugansk. Recentemente, tentou incluir, sem sucesso, seu museu no roteiro turístico para a Eurocopa de 2012, que acontecerá na Polônia e na Ucrânia. Mas, mesmo ainda não inaugurado oficialmente, o museu sobre Pelé de Nikolai Hudobin atrai desde jogadores brasileiros a fanáticos por futebol de toda a Ucrânia.

"Eu sei que Pelé foi convidado para a Euro. Gostaria muito que ele e a viúva de Yashin inaugurassem o museu. Seria um sonho que o Rei do Futebol deixasse um pouco de sua alma aqui", convida Hudobin. Agora, quem dá a bola é o próprio Pelé.

Confira algumas fotos do arquivo pessoal de Nikolai Hudobin:


Museus em Washington, porque DC é muito mais que a Casa Branca e o Capitólio

Antes de vir para Washington, DC, me falavam que a cidade tinha uma infinidade de museus. Eu imaginava que iria ter muita coisa para ver, mas quando cheguei aqui vi que era muito mais do que isso! A cidade tem museus para todo tipo de gente e dos mais variados gostos. Dos quadros de Monet na National Gallery of Art aos foguetes do Air Space Museum, tem coisa para ver todos os dias do ano. Vou enumerar os que, na minha opinião, não podem deixar de ser visitados!!!


Primeiro, não posso deixar de falar da Smithsonian Institution. Instituição que inclui 19 museus e galerias, além de um zoológico, foi criada pelos ideais do naturalista britânico James Smithson com o objetivo  de “aumentar e difundir o conhecimento entre os homens”. O melhor de tudo é que todos os museus administrados pelo Smithsonian são de graça! Vamos então aos meus favoritos:
Air & Space Museum – É o museu mais visitado do mundo e tem muitas coisas interessantes para ver. Entre elas está a amostra do primeiro avião dos irmãos Wright (que segundo os americanos foram os primeiros a voar), o módulo de comando da Apolo II, além dos trajes espaciais usados pelos primeiros homens que pisaram na Lua.
National Museum of Natural History – Sinceramente, é igual aos museus de história natural em NY e Londres, mas eu super recomendo a visita e na minha opinião o must see do museu é o famoso Hope Diamond de 45 quilates (em volta dele estão 16 diamantes brancos e a corrente do colar possui 45 diamantes brancos). Logo na sala ao lado estão à mostra poderosíssima joias, inclusive uma que segundo boatos pertenceu a Marie Louise, segunda mulher do Imperador  Napoleão I da Franca. Fiquei impressionada com tanta riqueza e beleza!!!!!!!
National Postal Museum -  Conta toda a história do surgimento das primeiras cartas coloniais, de como era feito o transporte, e de sua evolução ao longo do tempo com o desenvolvimento de novas tecnologias.
Antes de continuar, uma observação: Washington possui outros tantos museus que não são parte do Smithsonian e que são também excelentes. Dentre esses, recomendo uma visita aos seguintes museus:
National  Gallery of Art - Eu costumo brincar que essa é a versão americana do Louvre. O museu é enorme e consiste de duas alas, o West e o East Building. O West Building tem várias obras de arte, do Renascentismo ao Impressionismo, como tapeçarias chiquérrimas, esculturas do Rodin ao Degas, quadros de grandes pintores como Rafael e Leonardo Da Vinci, como o famoso quadro Ginevra de’ Benci, que é o único quadro dele no continente americano. No East Building estão os artistas modernos até aos mais atuais, como Matisse, Picasso, Miro, Andy Warhol, Lichenstein, dentre outros. 
Para quem gosta  e se interessa por  história da arte o museu oferece aulas de graça, cada dia sobre um tema diferente. Vale a pena passar pela passagem subterrânea entre as duas alas do museu que conta com lojas e restaurantes. 
A arquitetura dos prédios em si é muito bonita e imponente. Além desses prédios, o Jardim das Esculturas também faz parte do complexo da National Gallery e é muito bonito, inspirado nos jardins franceses. Tem uma linda fonte no meio que no inverno vira pista de patinaçao de gelo. Durante o verão, todas as sextas-feiras acontecem apresentações de jazz ao vivo e também gratuitas!
The Holocaust Museum - O museu retrata toda a história do nazismo e o horrível genocídio contra os judeus. É de impressionar!!!!! O visitante tem que lembrar que por estar na capital dos EUA, existe uma grande propaganda americana como sendo os grande salvadores da Segunda Guerra Mundial e da própria libertação dos judeus.
National Archives -  Lá se encontram os documentos originais da independência americana, dentre eles a Constituição original dos EUA.
Madame Tussauds – Esse famoso museu é praticamente igual aos outros Madame Tussauds pelo mundo. O que o diferencia dos demais são as figuras dos ex-presidentes americanos e as respectivas primeiras damas, além da figura do querido presidente Obama e de sua esposa Michelle.
Newseum – Ele também não faz parte do Smithsonian Institution, mas super recomendo. O ideal é dividir a visita em dois dias pois tem muita coisa para ver, e ver tudo num dia fica muito cansativo. O museu conta toda a história do entretenimento desde os primeiros jornais ate o surgimento da televisão, internet e da evolução da midia ao longo do tempo. Tem uma parte que conta a narração dos atentados do 11 de Setembro, inclusive a antena original de uma das torres está exposta.