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domingo, 17 de junho de 2012

Ibermuseus convoca para o III Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus 2012

A convocatória fica aberta até o dia 30 de julho

Ibermuseus, o programa intergovernamental de cooperação cultural na área de museus para a criação e fortalecimento de políticas públicas, com sede no Brasil, apresenta a terceira edição do Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus.

Esta edição dará continuidade aos trabalhos desenvolvidos pelo Programa no tocante ao incentivo à criação de projetos que promovam a ação educativa nos museus para o desenvolvimento e a coesão social, que ainda não tenham sido implementadas ou que estejam em fase de implementação.

O Programa Ibermuseus aproveita ainda a ocasião para celebrar o Lançamento da Década do Patrimônio Museológico (2012-2022), que prevê a execução de ações de fortalecimento de políticas públicas para os museus por um período de dez anos, e que comemora os 40 anos da Mesa de Santiago do Chile, uma iniciativa que reivindicou a museología social e o papel educativo essencial dos museus.

O PRÊMIO

O III Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus tem como objetivo identificar, premiar e dar visibilidade, no âmbito Ibero-americano, às boas práticas de ação educativa promovidas pelos museus e instituições vinculadas a estes.

Relembrando o fomento da responsabilidade dos museus como agentes essenciais para o desenvolvimento, o Prêmio dará atenção aos projetos que promovam o desenvolvimento e a coesão social utilizando o patrimônio histórico e natural como recurso educativo.

PRAZO DE INSCRIÇÃO E SELEÇÃO

A convocatória estará aberta de 30 de maio a 30 de julho de 2012.

Os projetos aspirantes à participação do Prêmio devem ter sido iniciados antes do presente ano 2012. Poderão também ser apresentados projetos que já estejam em andamento. O Comitê Técnico terá caráter plural e será composto por especialistas de países da Ibero-América.



A ação educativa tem sido uma das principais áreas de atuação dos museus com significativa contribuição para a promoção da harmonia social, para o fortalecimento dos direitos humanos e para uma cultura de paz.

O Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus tem como objetivo identificar e premiar práticas de ação educativa que promovam o desenvolvimento pessoal e a cohesión social.

As inscrições da terceira edição desta iniciativa estarão abertas do dia 30 de maio até o dia 30 de julho de 2012, e poderão participar museus, instituições afins e vinculadas dos países da Ibero-América, públicas ou privadas sem fins lucrativos, que tenham ações na área da Educação. Os documentos de inscrição devem serem enviados para o correio convocatorias@ibermuseus.org.

O programa Ibermuseus é uma iniciativa intergovernamental vinculada à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e conta com o apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECID).

Edital III Prêmio Ibero-americano de Educação e Museus

Formulário Categoria 1: Projetos realizados ou em andamento.

Formulário Categoria 2: Fomento a projetos de Educação e Museus para a Ibero-América.



Acesse os documentos para concorrer o Prêmio na seção Ação Educativa no nosso portal.

http://www.ibermuseus.org/iii-premio-ibero-americano-de-educacao-e-museus-2012/

Jardim Botânico reinaugura Museu do Meio Ambiente

Após dois anos em reforma, espaço cultural fica à disposição da população do Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira (14/06). No local foram investidos R$ 4,9 milhões

Sophia Gebrim

No dia do aniversário de 204 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, comemorado nesta quarta-feira (13/06), foi reaberto ao público o Museu do Meio Ambiente. Inaugurado em 2008 em comemoração ao bicentenário do Jardim Botânico, já passou por uma série de exposições temporárias. Em 2010, suspendeu suas atividades por dois anos para obras de adequação, reforma a ampliação. Agora, o espaço pode receber novas programações e exposições com padrões técnicos internacionais.

A solenidade aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (13/08) e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Guilherme Narciso do presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, e da chefe do Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico, Lídia Vale. Estará aberto ao público a partir do dia 14 de junho, quando também será inaugurada a exposição Meu Meio.

ESTRUTURA MODERNA

Os projetos de reforma, restauração e ampliação do museu foram desenvolvidos com recursos orçamentários do Jardim Botânico, cerca de R$ 4 milhões, além do apoio de R$ 900 mil do BNDES para a obra de impermeabilização do subsolo. Foram implantados novos sistemas de climatização, que permite controle de temperatura e umidade em cada ambiente, tratamento acústico, segurança patrimonial com detector de movimento em todas as salas, segurança de incêndio com detector de fumaça, áudio e vídeo, rede digital e luminotécnica.

Com a conclusão dessa primeira etapa de reestruturação, o Museu do Meio Ambiente entra em sua segunda fase, que será a construção de dois anexos. O primeiro, que irá oferecer 1000 m2 de área expositiva e hospedar exposições de longa duração, e o segundo, que além da administração do Museu, terá um auditório de 120 lugares. Os prédios a serem edificados atenderão aos conceitos da arquitetura sustentável, sendo eles mesmos elementos de visitação.

CULTURA E CIÊNCIA

"Acredito que, para avançar na gestão ambiental do país, precisamos caminhar em parceria com a ciência e a sociedade", disse a ministra do Meio Ambiente durante a reinauguração do Museu. Para Izabella Teixeira, a partir do conhecimento gerado pela ciência e das redes que existem com a sociedade e com os museus, será possível não somente restaurar e reabrir o espaço, mas também torná-lo um canal para discussão sobre o que a sociedade faz para cuidar do meio ambiente.

A ministra apontou, ainda, que o museu é aberto a todos e deve ser usado por todos envolvidos ou não com questões ambientais. "Esse é um lugar para toda a sociedade, um local que tem o espírito daquilo que nós estamos trazendo hoje para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), um olhar para o futuro a partir do aprendizado do passado com respeito pela nossa história", explicou. Desta forma, é um lugar que acolhe não só a história ambiental, mas a história política do país. "Parte do Brasil passa necessariamente pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro", acrescentou.


fonte:
http://www.mma.gov.br/informma/item/8408-jardim-botânico-reinaugura-museu-do-meio-ambiente

Museu do Tietê recebe hoje obras sobre sustentabilidade



Peças farão parte do acervo permanente do espaço localizado no Parque Ecológico do Tietê

Oito obras de arte, com o tema "A Intervenção do Homem na Natureza", ficarão expostas a partir desse sábado, 16, no Museu do Tietê, que pertence ao Núcleo Engenheiro Goulart, do PET (Parque Ecológico do Tietê).

As peças doadas foram confeccionadas por nove artistas plásticos - Rodrigo Machado, Oswaldo Oliveira, José Prette, Consuello Matroni, Rosely Ferraiol, Morgana Cruz, Marcilio Fernandes, Juarez Martins, Patricia Felippe - a partir de material reciclável, com o intuito de chamar atenção para questões de sustentabilidade.


SERVIÇO
Museu do Tietê
De terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 16h;
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h
Entrada Gratuita
Telefone: (11) 2958-1477/1450/9035 (para agendamentos e informações)
Rua Guira Acangatara, 70.

IPHAN incentiva a ampliação do Museu de Arqueologia de Presidente Médici, em Rondônia


Nesta semana o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), através da Superintendência em Rondônia, se reuniu com os representantes do Centro de Pesquisa e Museu Regional de Arqueologia de Rondônia (CPMRARO), Eletronorte e Prefeitura de Presidente Médici para ajustar o destino para guarda e curadoria do acervo arqueológico proveniente da LT 230 Kv Ji-Paraná – Vilhena, empreendimento de responsabilidade da Eletronorte.

Segundo o arqueólogo do IPHAN/RO, Danilo Curado, a iniciativa de encaminhar o material arqueológico para o Museu Regional se dá por conta da proximidade da instituição com os sítios arqueológicos, deixando o acervo próximo a sua origem. “É importante que o acervo resgatado naquela região permaneça lá para que os moradores e visitantes compreendam melhor o contexto histórico. Outro fator relevante é o volume do acervo que é considerável, implicando que ocorra a ampliação do atual espaço”, salientou Curado.

De acordo com o Superintendente do IPHAN em Rondônia, Beto Bertagna, o processo que vem ocorrendo no Museu Regional pode servir de exemplo para outros municípios de Rondônia e do Brasil. “Decididamente, podemos afirmar que as deliberações do IPHAN para a formação do museu foi um caso de sucesso e exemplar. Hoje, aquela instituição é uma das únicas do Estado com funcionamento integral e plano museológico instituído. Porém, tratando-se de arqueologia, é o único museu de Rondônia construído exclusivamente para esta matéria”, afirmou Bertagna.

HISTÓRICO

O Museu Regional de Arqueologia foi criado em 2007, através de uma parceria firmada entre IPHAN/RO e Prefeitura de Presidente Médici. Desde então, para receber o acervo arqueológico da LT 230 kv Jauru-Vilhena, a instituição passou por uma grande ampliação em 2011. O Museu, gerido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, desenvolve atividades junto à comunidade, às escolas e recebe constantemente os pesquisadores interessados pelo patrimônio arqueológico.

fonte:
http://www.rondonoticias.com.br/?noticia,110292,iphan-incentiva-a-ampliao-do-museu-de-arqueologia-de-presidente-mdici-em-rondnia

Os museus para o futuro


Em 2009, foi criado uma autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura para cuidar dos museus -são 3.100, espalhados pelo país

Em meio a uma crise mundial, o Brasil se mostra preparado para enfrentar o futuro. Nossa economia está forte, as ofertas de emprego em alta, a renda do trabalhador tem aumentado e a preocupação com nossa memória e a busca por mais oferta cultural é crescente.

A Rio+20 dá início a uma série de eventos mundiais de grande porte que o Brasil recebe neste e nos próximos anos: Jornada Mundial da Juventude e ICOM, em 2013; Copa de Mundo em 2014; Olimpíadas em 2016. Nós, da área cultural, estamos trabalhando em conjunto com outros setores do governo e da sociedade para que tudo isso deixe um legado para o país e para seu povo.

Com mais de 3.100 museus, o Brasil ainda tem muito a avançar nesse campo, precisando mais e mais de investimentos.

Criado em 2009, o Instituto Brasileiro de Museus é a autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura responsável pela Política Nacional de Museus e pela melhoria dos serviços do setor museal. Entre suas prioridades, está a universalização do acesso à memória do Brasil.

Além de administrar 30 museus federais, ele promove importantes ações de divulgação, qualificação e fomento do setor museal. Desde março, o instituto vem percorrendo os Estados brasileiros com o projeto Conexões Ibram.

O objetivo é disseminar o desenvolvimento de temas estruturantes para a área museal e pactuar metas com Estados e municípios. O plano de ação conjunta, resultado dos encontros, orientará as políticas do Ibram para os próximos anos.

O Programa de Fomento Ibram 2012 lança dez editais para apoiar e premiar iniciativas que vão da construção e modernização de museus até a memória do esporte olímpico, passando por incentivo a artistas contemporâneos e experiências de memória social. Neste ano, também será realizado o 5º Fórum de Museus, que reunirá cerca de 2.000 pessoas para debater as diretrizes do Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM) entre 2010 e 2020.

Além disso, eventos como a Semana Nacional de Museus, cuja décima edição foi realizada entre 14 e 20 de maio, e a Primavera dos Museus, que terá sua sexta edição em setembro, integram instituições museais de todo o país. A partir de um mesmo tema, os museus são convidados a propor ações que intensificam suas relações com a sociedade.

Considerando os museus como instituições estratégicas de inclusão social e de garantia de direitos culturais, o Ibram se empenha em ampliar ações de promoção, valorização, preservação e fruição do patrimônio museológico brasileiro e acredita que o Brasil está olhando para o futuro ao colocar a memória como fator de desenvolvimento social e de fortalecimento da cidadania.


ANA DE HOLLANDA, 64, é ministra de Estado da Cultura
JOSÉ DO NASCIMENTO JUNIOR, 45, é antropólogo e presidente do Instituto Brasileiro de Museus


fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/49249-os-museus-para-o-futuro.shtml

Projeto une museu e comunidade da Baía de Todos os Santos

“Ela é uma das maiores e mais bonitas baías do mundo, com espaço para mais de dois mil navios”. Com essas palavras o engenheiro francês François Froger (1676-1715) tentava definir – no relato Relation d’un Voyage Fait en Brésil – a beleza, amplitude e importância da Baía de Todos os Santos, quando chegava a Salvador em 1698.

Mais de 300 anos depois, as águas dessa baía continuam deslumbrando visitantes e até mudando a vida de pessoas que habitam ou trabalham nas suas margens. É o que está acontecendo com moradores da Comunidade do Unhão, surgida com pescadores que moravam vizinhos ao Forte de São Paulo (séc. XVIII) e o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) sediado num antigo engenho à beira-mar, conhecido também como Solar do Unhão (séc. XVII).

“Esta é a primeira vez, em toda a minha vida, que visito uma exposição neste museu, que é vizinho da minha casa”, diz a moradora da comunidade do Unhão, Ana Lúcia de Jesus, de 72 anos. A ideia de aproximar moradores das redondezas e o museu é de um projeto do Núcleo de Arte Educação do MAM-BA que tem o sugestivo nome de ‘Linha do Abraço’.

“Visamos comunidades previamente contatadas para aproximar o museu delas, mas também para recebê-los e realizar visitas guiadas para quem nunca frequentou uma exposição”, diz a coordenadora do núcleo de educação, Roseli Amado. O projeto objetiva ainda buscar parcerias entre o museu e outras instituições privadas e públicas, assim como, organizações não-governamentais, com fins de responsabilidade social.

A coordenadora do MAM-BA explica que, especialmente neste ano, aconteceu mais do que o previsto. “Surpreendente, as representantes da comunidade que vieram visitar o museu são, igualmente, parte integrante da exposição ‘Estranhamente possível’ que está aberta gratuitamente até 22 de julho”, relata Roseli.

Segundo ela, os videoartistas Mauricio Dias (carioca) e Walter Riedweg (suíço) que estão com trabalhos expostos no museu, decidiram durante a residência artística realizada em janeiro deste ano (2012), em Salvador, filmar e gravar depoimentos de lavadeiras dessa comunidade, integrando-as a um trabalho inédito ao qual deram o nome de ‘Água de chuva no mar’.

“Havíamos planejado um trabalho sobre circuitos e roteiros dentro do complexo arquitetônico-histórico do museu, mas quando conhecemos a comunidade do Unhão nos surpreendeu a força dessas mulheres que sobrevivem com tanta dificuldade e alegria ao lado do museu, mas que nunca tinham visto exposições do local”, comenta Mauricio Dias.

Com reconhecimento artístico em vários países, 45 coletivas, 23 individuais e 13 prêmios internacionais no currículo os artistas Dias&Riedweg resolveram documentar em fotos, vídeos e entrevistas a vida dessas mulheres. “O título surgiu porque elas trabalham com água – pois são lavadeiras – e porque separando a comunidade do Unhão e o MAM-BA existe um braço de mar numa pequena enseada, tendo novamente água como tema”, afirma Dias.

E como o vídeoarte com as lavadeiras é uma das atrações da exposição o núcleo educativo convidou-as para visitar a mostra e realizar palestra voltada para crianças e adolescentes. No primeiro encontro ocorrido ontem (14) apareceram 15 crianças, entre meninas e meninos de 5 a 16 anos, e foram promovidas oficinas educativas para 40 adolescentes nos horários das 15h e 18h. “Hoje (16), promovemos mais uma oficina para jovens das 9h às 11h30”, diz Roseli.

“Fiquei muito feliz de fazer parte desse trabalho. E hoje, olhando o mar de perto daqui do museu vi o movimento da água – com a qual trabalho todos os dias – e como ela é cristalina, bonita e nos dá vida”, conta a lavadeira da comunidade Unhão, Ana Lúcia de Jesus. Ela diz que a experiência com os artistas Dias&Riedweg foi um momento único na vida dela, proporcionando “uma lembrança maravilhosa e da qual estou falando agora para essas crianças”.

Os encontros acontecem no Pátio das Mangueiras e Galpão das Oficinas direcionados especialmente para crianças que residem na comunidade do Unhão. As lavadeiras contaram das suas experiências de vida pessoais e profissionais. Para Claudia Rodrigues, de 30 anos, mãe de Fabrício (9) e Juliana (7) as oficinas foram muito proveitosas. “É maravilhoso poder contar com o MAM-BA para complementar a educação dos meus filhos, sem contar que eu também aprendi muito”, ressalta Claudia.

As visitas no MAM-BA são feitas via agendamento. Cada um com cerca de 60 participantes. O museu atende média de 52 agendamentos/mês. Quem ainda não visitou a exposição ‘Estranhamente Possível’ tem até 22 de julho quando será encerrada em Salvador. MAM-BA está na Avenida Contorno, s/nº, Solar do Unhão. A realização da mostra é do Governo do Estado, através da Secult/IPAC/MAM, com apoio da Fundação Pro Helvetia e Consulado Geral da Suíça no Brasil.

Mais informações via telefone (71) 3117-6139, ou nos sites: www.mam.ba.gov.br , bahaimam.org e www.ipac.ba.gov.br

fonte:
http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=118907