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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Museu do Açude (RJ) inaugura exposição “Castro Maya e a Natureza do Rio”

O Museu do Açude, que integra a estrutura do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), inaugurou neste domingo (23) a exposição de longa duração  Castro Maya e a Natureza do Rio: paisagem e patrimônio.


   

A mostra registra o envolvimento de Castro Maya com a natureza em duas dimensões: a de colecionador de imagens sobre a paisagem natural do Rio de Janeiro e a de gestor da Floresta da Tijuca (de 1943 a 1946), com sua atuação em favor da preservação do patrimônio natural da cidade.

 Paisagem e patrimônio formam, portanto, o fio condutor da seqüência de imagens expostas em duas salas da Galeria Rugendas, localizada no Museu.
São 81 imagens, reproduzidas a partir do acervo dos Museus Castro Maya, que revelam a primorosa iconografia de obras dos artistas viajantes europeus do séc. XIX, e uma série de fotografias em preto e branco, que serviram de registro para o seu trabalho de recuperação das áreas degradadas da Floresta da Tijuca, devolvendo à cidade um legado paisagístico e ambiental revitalizado.



“A ideia foi valorizar Castro Maya, sua obra de colecionador e sua paixão pelo Rio de Janeiro”, explicou o curador da exposição, Paulo Sá (foto ao lado). “São imagens do relevo, da beleza natural da cidade, da floresta que Castro Maya tanto gostava”, completou ele.

Presente ao evento, o presidente do Ibram, José do Nascimento Junior, lembrou que a inauguração coincide com o início da 6ª Primavera dos Museus: “É importante lançar a Primavera no Museu do Açude com a reabertura do último pavilhão fechado por causa das chuvas de 2010 e com uma mostra tão significativa da vida de Castro Maya”.

A 6ª Primavera dos Museus (veja a programação completa) segue até o dia 30 de setembro com a participação de 803 instituições que realizarão 2.045 atividades em 364 municípios de todos os estados do país.

Serviço:
O quê: ExposiçãoCastro Maya e a Natureza do Rio: paisagem e patrimônio
Quando: Diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h.
Onde: Museu do Açude (Estrada do Açude, 764 – Alto da Boa Vista)

Mais informações:
Ingresso: R$ 2,00. Entrada franca às quintas-feiras. Gratuidade para menores de 12 anos, maiores de 65 anos, grupos escolares, professores e guias turísticos em serviço, membros da Associação dos Amigos do Museu e do ICOM. Tel: 21 3433.4990 ou 21 3433.4984 (para agendamento de visitas orientadas).

Texto: Museu do Açude e Ascom Ibram
Fotos: Rita de Cássia Barga (Núcleo Educativo/Museu do Açude)

Museu abriga universo particular da escritora Cora Coralina

Localizado na histórica Cidade de Goiás, o Casa de Cora Coralina reúne artefatos que contam a trajetória de um dos expoentes da literatura brasileira
Cora Coralina: uma das maiores escritoras brasileiras do século XX. (Acervo Museu Casa de Cora Coralina)

Goiana, poetisa e doceira. Cora Coralina enriqueceu o hall de escritores brasileiros com seus versos simples e belos além de se transformar em uma das maiores escritoras brasileiras do século 20.

A poetisa nasceu na Cidade de Goiás, antiga capital do Estado, na época chamada de Vila Boa de Goiás. Apesar de a família pertencer à classe média, Cora teve a vida marcada pelo olhar simples de enxergar o mundo, característica também presente em suas obras.

Apesar de ser considerada uma das melhores escritoras do Brasil, a fama de Cora Coralina chegou tarde: publicou seu primeiro livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais aos 74 anos. A paixão pela vida interiorana e os elementos que a cercavam formavam o mosaico poético que encantou o cenário literário brasileiro.

Às margens do Rio Vermelho, na Cidade de Goiás, está a casa que pertenceu à família e abrigou a poetisa durante grande parte de sua vida. O local se transformou no museu Casa de Cora Coralina e está entre os principais pontos turísticos do Estado de Goiás.

Conjunto de malas da escritora goiana. (Acervo Museu Casa de Cora Coralina/Sara Campos)

Em estilo colonial, com batentes, janelas e portas verdes, a casa abriga artefatos que fizeram parte do dia a dia de Cora Coralina. A visita guiada mostra o universo da poetisa começando pela cozinha, repleta de tachos de cobre utilizados por Cora para o preparo de doces artesanais.

Todos os utensílios como a pequena geladeira amarela e o liquidificador continuam preservados no mesmo local escolhido por ela. A acolhedora sala de jantar permanece com o aparelho de jantar original da família e reflete a simplicidade da poetisa, com poucos adornos.

O quarto de Cora abriga algumas peças de roupa, malas e acessórios como o baú com as iniciais de seu nome, artigo comum nos lares brasileiros entre as mulheres da geração da poetisa.

Uma das personagens que ganham destaque na casa de Cora Coralina é Maria Grampinho, uma andarilha que perambulava sem rumo nas ruas da Cidade de Goiás, sempre levando consigo uma trouxa de roupas.

Mobília e máquina de escrever utilizadas pela escritora. (Acervo Museu Casa de Cora Coralina)

Cora Coralina tornou-se sua grande amiga e lhe deu abrigo em seu porão para passar as noites. Os diversos grampos no cabelo renderam-lhe o curioso apelido e a transformaram em uma personagem folclórica da cidade. Além de imagens, o museu preserva documentos que pertenceram à Maria Grampinho.
 
Outro grande destaque no acervo está na escrivaninha de madeira onde a poetisa digitava seus versos em uma máquina de escrever Olivetti Studio 44 da cor azul celeste. A mobília e seu equipamento de trabalho estão em uma redoma de vidro para garantir uma maior preservação.

Um dos quartos da casa abriga condecorações e reconhecimentos pela contribuição da poetisa ao cenário literário de Goiás e do Brasil. Um deles é uma carta escrita por Carlos Drummond de Andrade em 1979, que elogia seu trabalho e projeta seus versos além das fronteiras goianas.

Entre os reconhecimentos de Cora estão sua entrada na Academia Goiana de Letras, Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, Prêmio Juca Pato concedido pela União Brasileira de Escritores e Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás em 1983.
Cora Coralina transmitiu para o Brasil a importância da cultura do interior de Goiás e seguiu fielmente seu estilo de escrita até o fim da vida, sem se adaptar a modismos literários. Seu legado contribuiu para a formação da identidade cultural do Centro Oeste brasileiro.

fonte:
http://www.epochtimes.com.br/12438/

Herculano Alvarenga descobriu fósseis e hoje dirige seu próprio museu de história natural


Herculano Alvarenga é um faz-tudo. Já foi médico ortopedista e observador de pássaros. Hoje é paleontólogo, taxidermista, curador e diretor do museu de história natural que criou


O SÁBIO E SUA FERA Alvarenga, ao lado  do esqueleto da ave do terror exposta  no museu de Taubaté. Ele achou seus  fósseis em 1977.  Eles são raríssimos  (Foto: Guilherme Zauith/ÉPOCA)


 O SÁBIO E SUA FERA
Alvarenga, ao lado do esqueleto da ave do
terror exposta no museu de Taubaté. Ele achou
seus fósseis em 1977. Eles são raríssimos
(Foto: Guilherme Zauith/ÉPOCA)



Herculano Alvarenga é o homem certo no lugar certo. Ele é um paleontólogo, o cientista que estuda formas de vida extintas. A região em que Alvarenga vive, o Vale do Paraí­ba, é um manancial quase inesgotável de fósseis.





Há 23 milhões de anos, o Vale do Paraíba era o fundo de um lago que se estendia por 150 quilômetros, de Jacareí a Cruzeiro, ambas em São Paulo. O Lago Tremembé era estreito, pouco profundo e espremido entre as serras da Bocaina e da Mantiqueira.

O lago era cercado por florestas luxuriantes, lar de pássaros, mamíferos e répteis hoje extintos. Alguns daqueles animais se aventuravam pelo lago para pescar. Quando isso acontecia, suas patas podiam se prender no lodo, imobilizando-os. Os animais acabavam morrendo afogados. Seus ossos, preservados na lama do fundo, viravam fósseis.

O médico Herculano Alvarenga, de 64 anos, descobriu que vivia sobre um tesouro científico quando, em 1977, decidiu por curiosidade investigar as rochas de uma mina de argila em Tremembé, cidade ao lado de sua Taubaté natal. A argila da Mina Santa Fé formava o lodo do antigo lago. Do local haviam saído fósseis de pequenos peixes e insetos, mas nada comparado ao magnífico exemplar que Alvarenga teve a sorte de encontrar. “Aqueles ossos elegantes e compridos pertenciam claramente a uma ave. Mas uma ave com dimensões inacreditáveis.”

Era o esqueleto de um temível predador, uma ave do terror. Quando vivo, o animal media 2,20 metros e pesava uns 200 quilos. Era maior que um avestruz. O bicho era armado com um bico do tamanho da cabeça de um cavalo. Parentes distantes das seriemas, as aves do terror evoluíram após a extinção dos dinossauros e tomaram seu lugar como os predadores supremos das Américas, que infestaram por 60 milhões de anos. Conhecem-se várias espécies.

Nenhuma é tão completa como o Paraphysornis brasiliensis, nome que Alvarenga escolheu para batizar seu espécime. “Na Argentina e nos Estados Unidos existiam até aves maiores, mas o que se achou dos esqueletos é uma porção ínfima quando comparada aos 75% do Paraphysornis”, diz Alvarenga. O achado do esqueleto foi um acontecimento único. Alvarenga vasculha a argila da mina há 35 anos. Nunca mais achou outra ave do terror. O Paraphysornis é a estrela do Museu de História Natural de Taubaté. O museu deve sua existência àquele bicho precioso – e também à paixão de Alvarenga pela natureza.

Herculano Marcos Ferraz de Alvarenga nasceu em Taubaté em 1947. Ainda adolescente, começou a observar os pássaros da região. Aquilo acabou virando um hobby. “Adoro tudo quanto é bicho desde criança.” Enquanto os garotos de sua idade juntavam selos e tampas de garrafa, Alvarenga começou uma coleção de aves. Para colecioná-las, antes era preciso aprender a arte de empalhar. Aos 15 anos, Alvarenga quis passar férias em São Paulo para aprender o ofício da taxidermia. Os exemplares que ele empalhava eram exibidos nas exposições de ciências no colegial. Seu interesse por anatomia e biologia o levou a estudar medicina. Ele se especializou em ortopedia. Em 1975, após os anos de residência em São Paulo, Alvarenga voltou a Taubaté e prestou concurso para professor na Faculdade de Medicina da cidade. Em 1977, a faculdade entrou em greve. “A paralisação foi longa. De repente, fiquei com muito tempo livre. Resolvi empregá-lo indo procurar fósseis na mina de argila.” A coleta revelaria o tesouro paleontológico que mudaria sua vida.

Alvarenga levou dois anos para extrair da rocha e limpar o esqueleto da ave do terror. “A antiga argila tinha virado uma rocha muito dura. Os ossos eram muito delicados. Limpá-los deu um trabalhão”, diz Alvarenga. Os passos seguintes foram apresentar a nova espécie à comunidade científica e também produzir moldes para com eles construir réplicas do esqueleto.

A mensagem 
Para aprender
Um dos melhores museus de história natural do país está no interior de São Paulo
Para inspirar
Um colecionador amador criou uma das principais coleções de paleontologia
do Brasil
  
De maneira geral, os museus de história natural não são instituições ricas, amparadas por polpudos doadores dispostos a bancar a aquisição e a ampliação de seu acervo. Quando alguém encontra um exemplar único como o Paraphysornis, ele vira uma moeda de troca. Alvarenga começou a receber propostas de instituições importantes. Em troca de uma cópia do esqueleto da ave do terror brasileira, o Museu de História Natural de Londres enviou uma réplica do fóssil do Archaeopteryx, a mais antiga das aves, além de fósseis de moas, as aves gigantes extintas da Nova Zelândia, e do pássaro dodô das Ilhas Maurício, extinto em 1662. Do Museu de Los Angeles veio um crânio de tiranossauro rex. De Tóquio veio a ave-elefante de Madagascar, a maior que existiu, com 3 metros e 400 quilos. Do Museu Nacional do Rio de Janeiro veio o estauricossauro, o mais antigo dinossauro brasileiro. Seattle mandou esqueletos de gorila e dragão-de-komodo.


Apesar do sucesso, Alvarenga interrompeu a troca de materiais com outros museus faz sete anos. “Desisti de trocar réplicas quando a alfândega começou criar problemas. Alegavam que eu não trabalhava numa universidade, que não era isso, que não era aquilo. E que era importação indevida. Aí, desisti. Tinha de pagar R$ 3.500 de imposto para liberar um quivi, uma ave da Nova Zelândia. Recusei. Não sei o que fizeram com ele. Devem ter leiloado.”

Todas as réplicas reunidas por Alvarenga foram parar em sua casa. “O acervo foi aumentando com as peças que ia comprando, achando, juntando, trocando e ganhando.” Para bancar essa brincadeira, Alvarenga dava aulas na faculdade e atendia pacientes no consultório e no ambulatório. Todo o tempo livre era dedicado à pesquisa de novas espécies fósseis (depois do Paraphysornis, Alvarenga descobriu várias) e ao cuidado das coleções. Só a de aves ocupava uma dezena de armários. “Havia ossos, esqueletos, aves empalhadas, peles e ovos para todo o lado. À medida que minhas três filhas iam saindo de casa, seus quartos viravam depósitos. Minha mulher é muito legal. Ela nunca reclamou de nada.”


Onde viveu a ave do terror (Foto: Renata Cunha )
Ao longo dos anos, sua reputação científica foi aumentando. Alvarenga passou a ser procurado por paleontólogos de todo o mundo para ajudar na descrição de aves extintas. Muitos deles começaram a visitar Taubaté para estudar os ossos da ave do terror. Ao fazê-lo, ensinavam a Alvarenga o ofício da paleontologia. A preparação dos fósseis é um trabalho delicado e minucioso. Usam-se brocas especiais e agulhas para ir retirando, de grão em grão, a rocha incrustada que aprisiona o fóssil. Todo cuidado é pouco para não destruí-lo.

Pouco a pouco, Alvarenga foi deixando de ser um estudioso amador para se tornar um cientista profissional. Em 1998, um ex-prefeito de Taubaté teve a ideia de criar um museu de história natural na cidade. O projeto avançou e, em 2000, a prefeitura doou o terreno e financiou a construção do edifício. O museu foi inaugurado em 2004. Lá estão hoje 14 mil peças, 4 mil em exposição. “A maior parte do acervo continua em casa.” O museu recebe a visita de 2 mil estudantes por mês. “Ainda é pouco. Esse museu precisa crescer.”

Alvarenga abandonou a medicina em 2010 para se dedicar ao museu em tempo integral. “Trabalho de manhã, de tarde e de noite. Trabalho em feriado e fim s de semana. Faço tudo aqui dentro. Mas gasto tempo demais cuidando da administração, mexendo com números. Meu sonho é ser apenas o paleon¬tólogo deste museu”, diz. No prédio não há uma sala do diretor. O museu inteiro é a sala de trabalho de Alvarenga. Não há uma rotina de trabalho. Ele pode escolher passar a manhã cuidando da administração, das compras e das contas. De tarde, pode se dedicar à curadoria de fósseis, à descrição de espécies ou à taxidermia.
No momento, Alvarenga está montando um urso-negro e um jacaré. As carcaças originais foram cobertas com gesso para a obtenção de moldes. Eles serviram para a criação de manequins, esculpidos em espuma de poliuretano. Feito o manequim, a pele e o couro que foram curtidos são costurados, os olhos são pintados, os dentes e a língua são modelados. Além de médico e cientista, Alvarenga é também artista.

POR DENTRO DO MUSEU 1. O alossauro, um dinossauro americano de 150 milhões de anos 2. Um pelicano empalhado pronto para a exposição 3. O crânio do purussauro, o maior dos jacarés. Tinha 15 metros. Viveu na Amazônia há 7 milhões de anos  (Foto: Guilherme Zauith/ÉPOCA)


Os cadáveres do urso e do jacaré, assim como da girafa de 4 metros que fica no hall de entrada do museu, vieram do Zoológico de São Paulo, onde Alvarenga é conselheiro. Quando algum animal morre, telefonam para ele. Um exemplo é o caso do rinoceronte. Há alguns anos, era fim de tarde quando ligaram dizendo que o bicho tinha morrido.

Perguntaram se Alvarenga queria ficar com ele. “Quero! Tô indo aí pegar!” Alvarenga conseguiu um caminhão e pegou a Via Dutra em direção a São Paulo, a 130 quilômetros dali. Era noite quando o rinoceronte de 3,5 toneladas foi içado para dentro da caçamba. E madrugada quando o caminhão estacionou no pátio do museu. Na manhã seguinte, Alvarenga comprou facas de açougueiro e, com a ajuda dos estagiários do museu, começou a desmembrar o bicho. Não havia empilhadeira.

O único jeito de tirar o animal da caçamba era aos pedaços. A carcaça foi posta em sacos de lixo, fechados com grampeador. Os sacos ficaram largados ao relento por cinco meses. “Quando abrimos, não havia mais cheiro. As larvas das moscas limparam o esqueleto inteiro. Aí ficou fácil prepará-lo para a exposição.”

O Brasil é muito pobre em museus de história natural, instituições que nos Estados Unidos, na Europa e no Japão são recordistas de bilheteria. Aqui, os museus são poucos, seus acervos são minguados, e as condições de exposição costumam deixar a desejar. O museu de Taubaté é uma exceção. É talvez o melhor de todos. Ele é a iniciativa de um homem só. Sem o amparo de uma grande instituição, o museu de Taubaté pode um dia acabar.

A manutenção custa R$ 10 mil por mês. A prefeitura dá R$ 7 mil e o resto é pago pela bilheteria. “Não ponho dinheiro aqui. Já doei minhas coleções. Este museu precisa se viabilizar comercialmente. Caso contrário, quando eu morrer ele fecha.” A solução é a expansão. “Museu é como empresa. Não existe empresa pequena. Este museu só tem dois caminhos: crescer ou morrer.” Alvarenga tem planos para triplicar a área do museu. “Costumo dizer que a experiência até aqui foi muito boa. Chegou a hora de fazer um museu de verdade.” Só falta o dinheiro. Alvarenga não desiste. Além de médico, cientista e
artista, ele é um empreendedor nato.

fonte:
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/09/herculano-alvarenga-descobriu-fosseis-e-hoje-dirige-seu-proprio-museu-de-historia-natural.html

Impressionistas tomam conta da moda no Museu d'Orsay

PARIS, 24 Set 2012 (AFP) -O parisiense Museu d''Orsay, templo da pintura impressionista, apresenta a partir desta terça-feira a exposição de 70 quadros de Manet, Monet, Renoir, Degas e Caillebote, entre outros, acompanhada de 40 vestidos utilizados por mulheres durante a época em que floresceu este movimento artístico, na segunda metade do século XIX.

A exposição, aberta até 20 de janeiro de 2013, é organizada de maneira conjunta pelo Museu d''Orsay, pelo Metropolitan Museum of Art de Nova York e o Art Institute de Chicago. O diretor de ópera Robert Carsen multiplicou o efeito das obras-primas impressionistas, que desfilam uma atrás da outra, como modelos. "Os impressionistas, apaixonados pela modernidade, se interesam pela moda, fenômeno que estava nessa época em pleno auge, com o desenvolvimento das revistas especializadas e das grandes lojas", diz Gloria Groom, curadora da exposição.

"Ao estudar seus grandes retratos de mulheres, me dei conta que pintavam roupas contemporâneas que podiam ser encontradas nos desenhos de moda", explica Groom, do Art Institute de Chicago. A partir daí veio a ideia de utilizar o acervo do museu Galliera, vestidos que se aproximavam desses desenhos, revivendo as silhuetas de quem os usava. Os impressionistas faziam posar as mulheres que os rodeavam, suas companheiras e amantes, mas o verdadeiro herói do quadro é o vestido, sua maneira de captar a luz, seus reflexos.

Os pintores desse movimento eram especialistas em reproduzir a transparência da luz, seu resplendor fugidio. Em "Mulher com papagaio" (1866), de Manet, a camisola rosa pálido de Victorine Meurent, modelo do pintor, provocou muitos comentários ao ser apresentada no salão de 1868. "Um rosado falso e raro", segundo o escritor Théophile Gautier, uma roupa "suave" para Emile Zola. Uma silhueta em S Manet conhecia bem a moda. Sua "parisiense" veste uma roupa preta com anquinhas, ajustada na cintura e adornada com um chapéu alto.

Ela arrasta a cauda do vestido com segurança, deixando entrever suas botas. Os impressionistas se interessam "pela mulher em movimento", diz Groom. Nos anos 1870, as crinoligas, anáguas usadas para armar os vestidos, eram rebaixadas na frente, enquanto na parte traseira eram infladas com almofadas.

É o triunfo da silhueta em S, que se aprecia de perfil. O corpete ainda está lá para emprestar uma "cinturinha de vespa" às mais elegantes. Albert Bartholomé pinta em "Invernar" sua esposa vestida com um traje de verão de algodão branco estampado com círculos e detalhes lilás.

A roupa da senhora Bartholomé, exposta ao lado da tela na exposição, ostenta uma cintura de 32 centímetros. A cor preta já estava na moda. No grande quadro "Senhora Charpentier e seus filhos", de Renoir, a esposa do célebre editor usa um traje amplo de muita elegância. Com "Naná", Manet explora o que está por baixo.

O corpete de cetim azul-céu da atriz que serviu de modelo, suas anáguas, seu salto alto, exibidos sob a atenção de um homem vestido, ofenderam a moral da época: o quadro foi rechaçado no salão de 1877.

Os trajes brancos florescem nos quadros ao ar livre. Para "Mulheres no Jardim" (1866), de Claude Monet, a companheira do pintor, Camille, veste quatro roupas diferentes para encarnar quatro mulheres em diversas poses. pcm/dab/kat/jo/ahg/cr/dm

fonte:
http://diversao.terra.com.br/noticias/0,,OI6176942-EI25,00-Impressionistas+tomam+conta+da+moda+no+Museu+dOrsay.html

Amantes da obra do pintor Vincent Van Gogh (1853-1890) poderão contemplar seus quadros mais conhecidos em outra pinacoteca de Amsterdã, o Hermitage

Museu Van Gogh transfere obras ao Hermitage de Amsterdã


Quadro "Noite estrelada", de Van Gogh
O quadro "Noite estrelada", de Van Gogh:

 A reabertura oficial do museu Van Gogh está prevista para ocorrer no início de maio de 2013

Haia - O museu Van Gogh de Amsterdã fechou suas portas ao público nesta segunda-feira para realizar uma reforma de suas instalações, a qual se estenderá até o início de maio, mas as obras mais conhecidas do famoso pintor holandês seguirão expostas no Hermitage da capital holandesa.

''Trata-se de uma pequena reforma de caráter técnico para atendermos a lei de segurança do edifício. A retirada de toda a coleção é porque também renovaremos toda a instalação climática que mantém os quadros na temperatura adequada'', explicou hoje à Agência Efe a porta-voz do museu, Ingrid Looijmans.

No entanto, os amantes da obra do pintor Vincent Van Gogh (1853-1890) poderão contemplar seus quadros mais conhecidos em outra pinacoteca de Amsterdã, o Hermitage - uma filial do famoso Hermitage de São Petersburgo, na Rússia.

''Selecionamos um total de 75 obras, entre elas os quadros mais conhecidos de Van Gogh e os mais queridos pelo público, assim como alguns trabalhos em papel e cartas'', explicou Ingrid.

''Não é que organizamos uma exposição no ''Hermitage''. Nos mudamos temporariamente para uma de suas asas para que o público possa seguir desfrutando da obra de Van Gogh'', assinalou a porta-voz.

Ingrid também afirmou que a mudança temporária do Van Gogh dará uma ''oportunidade única aos amantes da arte'', já que as obras do conhecido artista holandês ''serão mostradas paralelas a uma exposição dedicada aos impressionistas''.

A restauração do museu Van Gogh sucede a realizada no Rijsksmuseum, que, após 12 anos de reforma, voltará a ser reaberto no próximo mês de abril, e a do museu Stedelijk, que foi reinaugurado no último fim de semana.

As obras estão administradas pela instância responsável da manutenção dos edifícios públicos, Rijksgebouwendienst, cuja porta-voz, Caroline Acherbos, preferiu não especificar os custos totais dessa reforma para não atrapalhar os processos de licitação que ainda estão abertos.

A reabertura oficial do museu Van Gogh está prevista para ocorrer no início de maio de 2013.

fonte:
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/entretenimento/noticias/museu-van-gogh-transfere-obras-ao-hermitage-de-amsterda

Jornada sobre Arte - Salões, Bienais e Feiras de Arte em debate que acontecerá dia 28 de setembro de 2012


Uma oportunidade extremamente rica e interessante de conhecer e aprofundar a reflexão sobre  os salões, as Bienais e as Feiras de arte.

Teremos entre vários palestrantes especialistas em curadorias, a participação do Profº Noel Coret, especialista e presidente do Salão de Outono de Paris, momento que será uma oportunidade aurea de conhecê-lo e ouvi-lo.  
 
Encaminhamos a programação da Jornada sobre Arte - Salões, Bienais e Feiras de Arte em debate que acontecerá dia 28 de setembro de 2012.
As inscrições para o evento podem ser feitas pelo email:
 
Divulgue aos colegas e interessados
 
Este evento foi feito para você!! 
Contamos com a presença de todos!!
 
Atenciosamente
Gabriela Abraços- ECA/USP