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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Museus atacam taxa sobre obra de arte na França



Instituições como o Louvre reclamam de sua possível inclusão no cálculo de fortunas

As principais galerias e museus de arte de Paris fizeram apelo contra a tentativa do governo de incluir obras de arte avaliadas em mais de € 50 mil (R$ 132 mil) no cálculo do imposto sobre a fortuna, alegando que a medida poderia mandar coleções históricas para fora do país.

O jornal "Libération" publicou um trecho de carta que foi assinada por chefes de museus como Louvre, d'Orsay e Centro Pompidou.

"A França contribuirá para o desaparecimento das coleções de arte passadas através das gerações", diz documento enviado à ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, e ao presidente François Hollande, reforçando que uma tributação como essa esmagaria o mundo da arte.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, tentou amenizar e negou em entrevista à rádio Europe 1 que as obras de arte entrarão no cálculo do imposto.

Já o ministro do Orçamento, Jerome Cahuzac, alertou para o fato de que a proposta ainda não foi votada. "Nós vamos ter uma conversa franca com o grupo socialista. É possível que o governo seja derrotado por sua maioria parlamentar", afirmou à rádio France Inter.

Em julho deste ano, a França anunciou medidas de austeridade para conter a crise econômica e minimizar o deficit público, que chega a 4,5% do PIB do país.

Hoje, apenas ativos como imóveis ou poupança entram no imposto sobre fortunas.

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Noite dos Museus de Buenos Aires será em novembro



A nona edição da Noite dos Museus de Buenos Aires, na Argentina, começa no dia 10 de novembro, às 20h – e se prolonga às 3h do dia seguinte.

O evento, visitado por mais de 700 mil pessoas no ano passado, prevê a participação de 174 museus e espaços culturais no circuito. Mais informações sobre o destino, acesse: www.bue.gov.ar

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Os suíços amantes de arte “primitiva”


A Suíça foi um dos primeiros países a se interessar pela arte extra-europeia. Ela agora possui extensas coleções e especialistas de renome. Este mercado cresce de forma constante, mas a polêmica gerada pelos pedidos de restituição de obras ainda resta em aberto.
“Os suíços apresentam uma curiosidade excepcional e a primeira coleção etnográfica do mundo foi criada em Neuchâtel, há mais de 200 anos”, diz Charles-Edouard Duflon, especialista em arte, em Genebra.
Hoje, algumas coleções particulares têm renome mundial, como Barbier-Mueller e Baur, em Genebra, Rietberg, em Zurique, Abegg, em Riggisberg (cantão de Berna), etc. Mais de 20 museus também possuem um acervo. “A França, antiga potência colonial, parece, no entanto, muito pobre em comparação. O Museu de Civilizações não ocidentais do Quai Branly, em Paris, só foi inaugurado em 2006″, comenta Charles-Edouard Duflon.
” Expropriados de nossa cultura, despojados dos valores que amamos, todos índios agora, estamos fazendo a nós mesmos o que fizemos com eles. “
“Tristes Trópicos”, de Claude Lévy-StraussTabu político
A Suíça nunca foi uma potência imperialista, mas por volta do século XVIII, muitos expatriados suíços mergulharam na cultura colonial. Muitos missionários trouxeram com eles diversos artefatos. Além disso, “o melhor acervo do mundo é o do Vaticano”, nota o especialista.
O mesmo vale para os protestantes, como os de Basileia e Genebra. “Os missionários divulgavam o evangelho e pediam aos convertidos que renunciassem às suas crenças. Máscaras e objetos rituais eram frequentemente destruídos, mas os mais bonitos eram procurados na Europa”, acrescenta Duflon.
Havia também os mercenários suíços. Um dos mais famosos, o general Charles Daniel de Meuron, cujo regimento foi enviado em 1783 para o Cabo da Boa Esperança pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, foi responsável pela origem do acervo de Neuchâtel e de seu Instituto de etnologia. Sem falar dos empreendedores, empresários, engenheiros e agricultores que também saíram em busca de fortuna.
Para Jean-François Staszak, professor de geografia cultural da Universidade de Genebra, a Suíça desempenha um papel importante nas artes extra-europeias justamente por não ter sido um império. “Não há nenhum tabu político, porque não há problemas de memória colonial, como ainda existe na França, por exemplo.”
O professor acrescenta que esta vantagem é compensada por um aspecto negativo: “Os suíços não se sentem envolvidos no debate político, enquanto que as empresas têm um passado colonial em ramos como o chocolate, algodão, bancos, seguros etc.”
Pioneiros leigos
“O que é interessante é que são viajantes, portanto leigos no assunto, que se interessavam pelos artefatos dos povos chamados ‘primitivos’ “, observa Anna Schmid, diretora do Museu das Culturas de Basileia.
Esses objetos eram considerados como uma versão atrasada da história da arte que se resumia exclusivamente à história do Ocidente. “Foi só depois da Segunda Guerra Mundial que a visão de mundo se expande”, diz Anna Schmid. Além disso, a etnologia só foi reconhecida como ciência em 1980.
Por outro lado, os artistas europeus desempenharam um papel desencadeador na promoção da arte “primitiva”. Fauvistas, cubistas e expressionistas foram influenciados por essas novas visões e sensações na revolução estética que realizaram. “Em 1905, Picasso foi um dos primeiros a se inspirar nas esculturas africanas. Ou Gauguin, um grande apaixonado do Taiti, com suas pinturas paradisíacas”, aponta Anna Schmid.
Um mercado linear
Depois de conquistar o seu lugar no mundo da arte, esses artefatos passaram a ser valorizados. Para Boris Wastiau, diretor do Museu de Etnografia de Genebra (MEG), eles são considerados antiguidades. “O que dá valor a essas obras é a sua raridade e o fato de não serem mais reproduzidas, já que a função simbólica delas desapareceu. Ainda é um mercado que tem potencial porque suas peças estão com um valor mínimo e não há nenhuma razão para que o preço fique no nível atual.”
Na verdade, esse mercado não conhece crise. “Há 50 anos que as vendas seguem um crescimento linear”, diz Duflon. Quais são os objetos mais procurados? “As máscaras e esculturas do Havaí e da Polinésia. Algumas obras das Ilhas Carolinas chegam a custar 25 milhões de dólares”, diz o especialista de Genebra, que cita o exemplo de uma estatueta da Ilha de Páscoa adquirida por 20 mil dólares há 25 anos e vendida hoje por 500 mil.
” Estes objetos não pertencem a outra esfera da humanidade, mas a pessoas como nós. “
JMG Le Clézio, escritor e filho de colono francês, “Télérama” 2011Pilhagem ou proteção?
Nos últimos anos, afirmando terem sido saqueados, alguns países exigem o retorno de seus tesouros patrimoniais da antiguidade, objetos rituais, múmias ou relíquias. A resposta nem sempre é simples.
“Hoje, não se encontra mais nada na África, mas, curiosamente, poucos países africanos têm pedido alguma restituição”, diz Anna Schmid. Para Jean-François Staszak, o problema seria que “esses países não estão equipados para conservar esses objetos.”
O perito recorda que muitos objetos haviam sido abandonados porque não serviam mais. “Eles nem sempre eram destinados a resistir ao tempo, já que sua função simbólica original havia desaparecido. ‘Salvando’ essas peças, os colecionadores desempenharam um papel de conservadores. Mas, dando um valor puramente estético para esses objetos, eles também os traíram de certa forma, porque os países de origem deles não sabiam que tinham status de obra de arte.”
Boris Wastiau é favorável à restituição: “Se o pedido tem fundamento, não há razão para se opor, especialmente se for restos humanos (múmias, cabeças). Quanto mais avançamos, mais a legislação e os instrumentos legais se aprimoram.”
Isabelle Eichenberger, swissinfo.ch
Adaptação: Fernando Hirschy

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Museu interrompe atividades temporariamente


A Secretaria de Cultura informa que, em razão da montagem da exposição ‘Solar do Barão – 150 anos’, o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí estará fechado para visitação no período de 23 de outubro a 09 de novembro. Já o expediente administrativo e as atividades da Sala Jahyr Accioly de Souza não terão o horário de funcionamento alterado.
Espaço no Centro ficará fechado para montagem especial da exposição 'Solar do Barão – 150 anos’

O Museu Solar do Barão está localizado à rua Barão de Jundiaí, nº 762, Centro

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Eike quer Maracanã para instalar museu, loja, bar e restaurante


Eike quer Maracanã para instalar museu, loja, bar e restaurante
O empresário Eike Batista estará entre os concorrentes para obter a concessão do estádio do Maracanã e já tem planos a respeito de como pretende explorar o local nos próximos 35 anos.


O empresário Eike Batista durante uma cerimônia

"O Maracanã só vai ficar viável se for um complexo como um todo, com museu do futebol, lojas, cafés, [um lugar] para a família passar o dia lá", afirmou Eike na última sexta-feira, em entrevista exclusiva para a Folha.

Entre as empresas do grupo EBX está a IMX, voltada para a área de entretenimento e responsável pelo estudo de viabilidade econômica para a licitação do complexo esportivo no Rio de Janeiro.

A IMX surgiu da associação de Eike com a IMG Worldwide e representa no Brasil eventos como o Rock'n'Rio e o Cirque du Soleil. O grupo que ficar com a concessão poderá explorar também o ginásio do Maracanãzinho.

"Nós já temos a Marina da Glória e queremos ter outras arenas no Brasil, nos moldes da HSBC Arena, na Barra, para 12 mil pessoas", disse.

"Mas a arena tem que ser desenhada não como essas coisas que fazem no Brasil. Fizeram o Engenhão sem estacionamento. Como pode? É preciso que tenha estacionamento. Se não como as pessoas vão para lá?".

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UFPE inaugura primeiro museu de oceanografia do Norte e Nordeste



Investimento na estrutura foi de R$ 2 milhões.
São 32 mil amostras de espécies marinhas.


Um museu com 32 mil amostras de espécies marinhas será inaugurado na terça-feira (23), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste doRecife. O acervo foi coletado nos últimos trinta anos e traz espécies raras da fauna e da flora marinha que ainda não são nem conhecidas e que já estão extintas. O investimento no prédio e nos equipamentos do museu, que é o único do Norte e Nordeste, foi de R$ 2 milhões.

Os principais estudos a serem realizados no museu serão de taxonomia, que é a identificação das espécies. Com o material detalhado, será possível aprimorar as técnicas de manejo, fazer trabalhos de conservação e beneficiar indústrias como a de medicamentos, que produz remédios contra alguns organismos.

O acervo vai ser utilizado por pesquisadores pernambucanos e também de outros estados e até de outros países. “Essas espécies, que originaram a vida nos oceanos, através delas começa toda a teia da vida, a cadeia alimentar. Desses organismos são retiradas substâncias importantes na cura de doenças graves, como câncer e Aids. A indústria farmacêutica utiliza drogas retiradas do ambiente marinho na produção”, contou a o professora Sigrid Leitão, coordenadora do departamento de oceanografia da UFPE.

As amostras são conservadas em vidros. O museu tem a segunda maior coleção do Brasil de esponjas e a terceira de crustáceos. Outros acervos importantes são os de moluscos, estrelas do mar e ouriços. Nos peixes, há um fóssil de 125 milhões de anos. Ainda estão expostos a conhecida “barata do mar” e um camarão de água doce de tamanho avantajado.

O Museu Professor Petrônio Alves Coelho, localizado no prédio em frente ao Departamento de Oceanografia, no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), tem 600 metros quadrados, possui sete laboratórios e um auditório. A visitação deve ser agendada. “Para o público em geral, visitas podem ser feitas de maneira agendada. Temos abertura para receber escolas desde nível fundamental até os universidades de outros locais”, falou Jesser Fidelis, curador do espaço. Para agendar visitas, é preciso ligar para o telefone 2126.8225.

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Um jogo didático criado por uma empresa portuguesa, em parceria com o Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa, foi premiado no International Audiovisual Festival on Museums and Heritage - FIAMP, que decorreu no Canadá.







O jogo “Ludi Saeculares", desenvolvido pela empresa Sistemas do Futuro, conquistou o "Bronze Web’Art Special Prize”, na categoria “Special Web'Art: online exhibit or program”, dedicado a exposições ou programas "online", do FIAMP, indicou à agência Lusa fonte da Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

O FIAMP é um festival internacional promovido pelo International Committee for the Audiovisual and Image and Sound New Technologies (AVICOM), pertencente ao International Council of Museums (ICOM - Conselho Internacional de Museus), entidade internacional que promove e divulga a atividade museológica mundial, parceira da Unesco, organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura.

O tema da edição deste ano do festival, que decorreu entre 09 e 12 de outubro em Montreal, na província do Quebeque, foi "O desenvolvimento de tecnologias e a emergência de novas profissões na museologia".

Foram selecionadas, para o concurso, 60 produções de instituições de 25 países, sendo o júri internacional composto por sete especialistas em novas tecnologias e museus.

O projeto português galardoado é um jogo lúdico didático, "Ludi Saeculares", disponível em formato digital via internet, inspirado na ocupação romana na região Norte de Portugal.

"Ludi Saeculares" era o nome dado aos grandes jogos romanos que se realizavam uma vez em cada século, e que consistiam em jogos, corridas, peças de teatro, cerimónias religiosas e sacrifícios destinados a obter a proteção das divindades romanas.

Esta festa lúdica realizou-se não só em Roma, mas também em outras cidades do império romano e, nas escavações em Braga - que os romanos designavam por Bracara Augusta -, foi encontrada uma ficha de jogo, com a inscrição desta festa, que inspirou o nome do jogo.

O projeto português consistiu em desenvolver uma ferramenta que pudesse ser usada nos museus, na escola ou em casa, dando a possibilidade aos utilizadores de percorrer as vias romanas da região Norte de Portugal, descobrir sítios, artefactos e outras informações sobre a época da ocupação romana, na região.

O Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa, criado em 1918 para acolher um espólio de arqueologia e de arte, foi parceiro no desenvolvimento do projeto, tendo participado no estudo e investigação de conteúdos.


Diário Digital com Lusa
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Programação do VIII COngresso do Programa de pós graduação em Estética e História da Arte que será realizado no MAC USP entre os dias 23 a 26 de outubro.


Programa

23, 24, 25 e 26 de outubro de 2012 – Auditório MAC USP Cidade Universitária

1º dia – 23/10 – 3a. feira

Manhã
9h00 –10h00 – Credenciamento
10h00 – 10h30 – Abertura oficial

10h30 – 12h00
Palestrante: James Haywood Rolling Jr.
(Chairman and Associate Professor of Art Education – Syracuse University)
“Artistic Method in Research as a Flexible Architecture for Theory-Building”
Coordenação: Artur Matuck (Docente ECA USP)
Palestra em inglês com tradução simultânea
Debate: 12h00 – 12h30

Tarde
15h00 – 17h00
Palestrante: Rodrigo Queiroz
(Docente FAU USP)
"O desenho do espaço infinito: relações entre forma e espaço no projeto
moderno"
Coordenação: Lisbeth Rebollo Gonçalves
Debate: 16h30 – 17h00

2º dia – 24/10 – 4a. feira

Manhã
10h30 - 12h00
Palestrante: Celso Favaretto
(Docente FE-USP)
“Arte e Conhecimento”
Coordenação: Katia Canton (Docente MAC USP)
Debate: 12h00 – 12h30

Tarde
15h00 – 16h30
Palestrante: Edson Leite
(Docente EACH-USP)
“Patrimônio imaterial e seu registro no Brasil”
Coordenação: Carmen Aranha (Docente MAC USP)
Debate: 16h30 – 17h00

17h00 – 18h00
Lançamento do livro do congresso

3º dia – 25/10 – 5a. feira

Manhã
10h30 – 12h00
Palestrante: João Frayze-Pereira
(Docente IP-USP)
“Sobre a especificidade da psicanálise e a pesquisa em arte: o modo
psicanalítico de pensar”
Coordenação: Eliane Dias de Castro (Docente FM USP)
Debate: 12h00 – 12h30

Tarde
15h00 – 16h30
Workshop: “Narrativas enviesadas na arte contemporânea”
Katia Canton
(Docente MAC USP)

4º dia – 26/10 – 6a. feira

Manhã
08h30 – 10h30
Apresentação de trabalhos discentes
Mesa 1
Coordenação: Carmen Aranha (Docente MAC USP)

Mesa 2
10h30 – 12h30
Coordenação: Guilherme Rodolfo (Mestre PGEHA)

fonte:
Gabriela Abraços