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sábado, 3 de novembro de 2012

Museu dos Escravos em São Vicente, SP, é tombado após abandono

O Museu dos Escravos de São Vicente, no litoral de São Paulo, foi tombado pela prefeitura da cidade na manhã desta terça-feira (30). O pedido foi feito no final de 2011, após o local ficar fechado mais de 7 anos. O museu foi inaugurado em 13 de maio de 1976, com aproximadamente 800 obras do artista plástico Geraldo Albertini, que viveu na cidade. O imóvel foi construído em taipa, feito de madeira e barro, e nele era possível aprender sobre a história dos escravos desde a colonização até a Lei Áurea.




Para o turismólogo Renato Marchesini, o museu faz parte do patrimônio da cidade. "Isso aqui é nossa história, cultura, nosso patrimônio. Todo mundo que entra aqui tem um sentimento de dor, de perda", conta.
Segundo presidente do CONDEPHAAT-SV, o tombamento vai possibilitar outras obras. "A partir daí a gente pode trabalhar mais até a própria edificação. Esse é um trabalho do conselho, da sociedade civil organizada em volta da cultura de São Vicente e da própria administração que tombou esse imóvel que agora fica para a posteridade", diz.
O imóvel fica no parque ecológico do Voturuá e está tomado por cupins, pela umidade e sujeira. Além disso, as obras de arte do local estão abandonadas e cheias de pó. Por causa dessa situação, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade (CONDEPHAAT-SV) criou um grupo para catalogar e retirar da casa todas essas obras de arte abandonadas.
De acordo com a turismóloga da Secretaria de Turismo da cidade, Márcia Aguiar, as obras serão catalogadas. "Vamos limpar as obras com pincel, fotografar, e a gente vai levar para um espaço seguro dentro do parque. Tem obras de madeira que são mais fáceis de transportar, mas tem obras muitos sensíveis. Nós trouxemos um especialista, um artesão que trabalhou com o Albertini e ele vai nos ajudar nessa remoção", finaliza.

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Exposição sobre o nu masculino causa polêmica em Viena

Para promover uma exposição sobre nudez masculina, o Museu Leopold espalhou pela capital austríaca cartazes com três jogadores de futebol despidos. Mostra questiona por que o nu masculino é mais polêmico que o feminino.




O Museu Leopold em Viena negou que tenha tido a intenção de chocar ao espalhar pela cidade pôsteres com a fotomontagem de três jogadores de futebol completamente nus, feita pelos artistas franceses Pierre & Gilles para promover a exposição Homens nus – de 1800 até os dias de hoje, em cartaz na cidade.
Mas as imagens chocaram a conservadora capital austríaca, que colocou em dúvida a verdadeira intenção do museu ao escolher um pôster tão revelador.
Sejam quais forem os méritos da exposição – e eles são muitos – os cartazes espalhados ao redor da cidade garantiram uma publicidade que não pode ser comprada. A faixa vermelha que cobriu os pênis em alguns dos cartazes só serviu para chamar ainda mais a atenção.
Folha de parreira do século 21
"Você não pode dizer que é uma estratégia de marketing apelativa", disse o diretor do museu, Peter Weinhäupl. "O que queremos é incentivar uma discussão." O museu declarou que teve mais reações positivas do que negativas em relação ao pôster – mas parece preferir destacar as negativas.
"Uma mulher ameaçou pegar um pincel e pintar as imagens das genitais", disse um porta-voz, num tom que revela um desejo implícito de que emissoras de televisão registrem a profanação.
E por que o próprio museu cobriu os pôsteres com uma tarja vermelha, uma espécie de folha de parreira moderna escondendo as partes mais polêmicas do trabalho de Pierre & Gilles? "Bem, podemos dizer que estamos tornando os pôsteres mais interessantes", é a resposta do porta-voz.
Na verdade, apenas alguns das centenas de pôsteres foram censurados. O trabalho intitulado Vive la France mostra três estrelas do futebol francês de diferentes origens étnicas e tem como intuito celebrar a diversidade cultural da França.
"Mr. Big", da artista austríaca Ilse Haidler, na entrada do Museu Leopold
Olhar feminino
A curiosa contrapartida à foto censurada do trio de jogadores franceses toma forma do lado de fora da entrada do museu. Mr. Big é uma gigantesca escultura de um homem nu, feita de madeira pela artista austríaca Ilse Haidler. O multidimensional homem nu está posicionado ao lado das escadas que levam à exposição, convidando jovens mulheres a posar e se divertir com seu comprimento lânguido.
O porta-voz do museu disse que Mr. Big é "como um parquinho para crianças". Mas também é uma oportunidade de refletir sobre o "olhar feminino" em oposição ao "olhar masculino" – termo usado por Laura Mulvey na década de 1970 para descrever o domínio dos homens na indústria cinematográfica e seu impacto sobre a representação das mulheres.
Na verdade, Mr. Big parece atrair muito mais a atenção das mulheres do que dos homens. Elas riem, apontam para ele e algumas até tiram fotos posando em frente à obra.
É neste ponto que a exposição supera seu barato golpe de publicidade. Entre as 300 obras há, claro, uma abundância do "olhar masculino", incluindo o voyeurismo homossexual. Inevitavelmente, Robert Mapplethorpe está representado com Cock and Jeans, juntamente com obras de Andy Warhol.
Mas o diferencial da exposição são as mulheres lançando o "olhar feminino" sobre os homens. Mr. Bigé o melhor e, bem, também o maior exemplo disso.
Obviamente o número de obras criadas por mulheres está em desvantagem em relação às feitas por homens, mas a exposição fez um esforço para escapar das acusações de sexismo.
A co-curadora Elizabeth Leopold, cujo falecido marido fundou o museu, diz que, quando o conceito da exposição lhe foi apresentado, ela insistiu em deixá-lo "mais perturbador". "Não há apenas jovens belos – há também maravilhosos homens mais velhos", disse ela, dando a entender que o olhar feminino não é tão obcecado com o erotismo como o masculino pode ser porque não exclui as possibilidades eróticas de um homem mais velho.
Fillette (Sweeter Version), de Louise Bourgeois, é um grande pênis e está na exposição como um antídoto à perspectiva masculina. A escultura já foi censurada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.
"Torso", de Fritz Wotruba (1930), e "Sem título", de Heimo Zobering
Qual o problema?
Outra óbvia questão levantada pela planejada polêmica em torno dos jogadores de futebol franceses é por que o nu masculino é tão mais controverso que o feminino.
"Está relacionado com o fato de estarmos acostumados com a imagem de mulheres nuas," disse Tobias Natter, um dos diretores do museu, defendendo a decisão de primeiro colocar os cartazes e depois censurá-los.
Ele citou a falta de reação à uma campanha do Museu de História da Arte de Viena, que usou a figura nua de uma mulher egípcia no pôster de uma grande exposição. "Ela estava completamente nua e nada aconteceu, mas quando há homens nus os protestos acontecem. Queremos chamar a atenção para essa distinção cultural", completou.
O foco da exposição é no nu masculino na arte ocidental nos últimos 200 anos, com um olhar na antiguidade. A obra mais antiga da exposição é uma estátua do oficial da corte egípcia Snofruner, de 2400 a.C.
Homens nus – de 1800 até os dias de hoje está em cartaz no Museu Leopold em Viena até 28 de janeiro de 2013.
Autor: Kerry Skyring (mas)
Revisão: Alexandre Schossler

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Museu de caricaturas se dedica ao humor alemão





Na Alemanha as pessoas não só têm senso de humor como guardam milhares de caricaturas em um lugar especial. Em comemoração aos seus 75 anos, o Museu Wilhelm Busch expõe obras que fazem os alemães rir.
O senso de humor alemão é algo que muitos acreditam não existir. Segundo o clichê, os alemães são simplesmente incapazes de achar algo hilário. A prova de que isso não é verdade está no Museu Wilhelm Busch, dedicado a caricaturas e desenhos, em Hanover. Lá estão reunidas mais de 35 mil obras de quatro séculos diferentes. Em nenhum outro lugar da Alemanha se concentra tanto humor, perspicácia e crítica social.
Este ano o museu celebra seu 75 º aniversário. Bom motivo para reunir os melhores trabalhos em uma exposição principal, com o título "Caricatura e Desenho".
As risadas são garantidas por obras de artistas do século 19, como Wilhelm Busch, e do século 20, como Marie Marcks, Tomi Ungerer e Robert Gernhardt. E não poderia faltar, é claro, o ícone do humor alemão, Vicco von Bülow, mais conhecido como Loriot.
A exposição também mostra os primórdios da sátira visual, com desenhos de alta categoria de artistas como William Hogarth, caricaturista do século 18 que ironizava seus compatriotas ingleses; e o artista espanhol Francisco de Goya, que ilustrou como ninguém, entre 1800 e 1814, o terror da guerra com sua série Desastres de la Guerra. A mostra inclui ainda trabalhos do mestre caricaturista francês Honoré Daumier, também do século 19, em sua exposição crítica Maldade.
Loriot, 1965: "Segundo descobertas científicas, mulheres demoram mais para pegar no sono do que homens."
Em memória de Wilhelm Busch
O museu de caricaturas foi fundado em 1937, em meio ao mais negro período da história alemã. Ele surgiu de uma iniciativa da Sociedade judaica Wilhelm Busch, fundada em 1930, que tinha o objetivo de manter o trabalho do artista para estudos e torná-lo acessível ao público. Depois de 1933, os membros da sociedade sentiram que já não eram bem-vindos na Alemanha.
Os nazistas usaram algumas obras de Wilhelm Busch para propaganda política. Algumas das fotos utilizadas na época são inclusive propriedade dos judeus – o museu trabalha para esclarecer a questão da propriedade original.
Em Hanover, a maior parte do trabalho de Wilhelm Busch é preservado, exibido apenas em partes. Além de obras populares do artista, como os personagens Max e Moritz, estão ainda disponíveis mais de 50 de seus manuscritos, 350 pinturas e cerca de 900 rascunhos.
No período nazista e durante a Segunda Guerra Mundial, a conservação das primeira obras de Busch foi particularmente importante. A coleção foi mandada para fora do país em 1943, para ser poupada da destruição em meio aos bombardeios.
Museu Alemão de Caricatura
Wallmodenpalais é sede do Museu Alemão de Caricatura desde 1950
O Museu Wilhelm Busch se transformou em um importante local de exposição para a caricatura nacional e internacional, bem como para arte satírica e desenhos. Desde 1950, o museu está instalado em uma magnífica construção do pré-clacissismo, no Wallmodenpalais.
O museu de caricatura proporciona não apenas exposições, mas também uma experiência notável para os amantes de arquitetura.
Juntamente com a exposição de aniversário, o museu abrirá também a mostra "Pergaminhos e Mangás" na seção de desenhos, para estabelecer uma ponte entre a arte do leste asiático e o seu papel na Europa.
No próximo ano, duas exposições estão planejadas para atrair visitantes jovens e adultos: Nick Knatterton, escrito por Manfred Schmidt, e Gruffalo.
Autora: Birgit Görtz (afn)
Revisão: Francis França

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Acusados negam fraudes em museus


Acusados de omissão na apuração de supostas fraudes nos Museus da Casa Brasileira (MCB) e da Imagem e do Som (MIS), os arquitetos Carlos Bratke e Ricardo Ohtake negaram ontem ter tido conhecimento ou participação em qualquer irregularidade. Eles tiveram seus bens bloqueados por decisões judiciais na semana passada, conforme revelou ontem o Estado. O crítico de cinema Amir Labaki, diretor do MIS de 2003 a 2005, também afirmou que não houve prejuízo ao erário durante sua gestão.
As ações civis públicas que motivaram o bloqueio dos bens foram ajuizadas pelo promotor Silvio Antonio Marques. Segundo ele, houve desvio de dinheiro público, uso de notas frias e cessão irregular de espaço dos museus para festas, exposições, livraria e restaurante nos últimos 15 anos. Ele pediu o bloqueio dos bens de nove acusados e o ressarcimento de cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos. A Justiça concedeu o primeiro pedido e vai ouvir os réus antes de decidir por sua condenação ou absolvição.
"Todas as irregularidades foram posteriores à minha gestão", defende-se Bratke, responsável pelo MCB entre 1992 e 1995. "Fico muito triste com uma situação como esta porque eu e todas as outras pessoas envolvidas sempre quisemos o bem da instituição", disse Ohtake, diretor do MIS de 1989 a 1991 e conselheiro da Associação dos Amigos do MIS e da Associação de Amigos do Museu da Casa Brasileira entre 1995 e 2006. "Contesto veementemente as acusações e no final essa decisão vai ser revertida", afirmou Labaki. Seu advogado vai recorrer.

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VI Encontro Ibero-Americano de Museus Aeronáuticos e Espaciais no Brasil



O presidente do Ibermuseus estará presente no Museu Aeroespacial de Rio de Janeiro
De 5 a 9 de novembro, o Comando da Aeronáutica do Brasil, através do Museu Aeroespacial de Rio de Janeiro, está organizando o VI Encontro Ibero-Americano de Museus Aeronáuticos e Espaciais, cujo tema é “A Museologia e as Novas Formas de Registro Documental“.
O evento reunirá mais de cinquenta representantes de museus da área, vindos da Argentina, da Bolívia, do Chile, da Colômbia, do Equador, do Paraguai, do Peru, do Uruguai, da Venezuela e do Brasil.
Como destaque, nos dias 7 e 8, haverá a incorporação de aeronaves no Museu Aeroespacial e será feita uma visita técnica ao Museu da TAM, respectivamente.
No dia do encerramento do evento, será realizada uma reunião dos diretores de museus para a aprovação da “Carta do Rio”.
A programação do Encontro pode ser conferida neste link.

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Jovens criam obras inspiradas na cidade e nas comunidades do RJ


Nem Cristo, nem Pão de Açúcar e nem Ipanema. Incentivados pelo programa Ação na Arte Urbana no Rio, oito grupos de jovens se dedicaram a criar instalações artísticas inspiradas em um tipo de espaço que passa longe das tradicionais imagens de cartão postal da cidade: as favelas.
O programa faz parte do Fundo Carioca, um braço da Brazil Foundation, e reúne jovens de 15 a 30 anos que se inscreveram no edital lançado pela fundação na metade do ano. Agrupados por proximidade e tendo a ajuda dos artistas Alexandre Vogler, Gugo Ferraz e do grafiteiro Márcio SWK, as equipes passaram dois meses debatendo formas de expressar graficamente as suas inquietações referentes à realidade atual do Rio.
"A gente trabalhou com arte urbana, focando em grafite, escultura e pintura", explica o coordenador do projeto, Charles Siqueira. Para ele, um dos pontos mais importantes é criar redes de artistas além do eixo zona sul. "Não sei como o projeto vai ficar ano que vem, só sei que quero continuar trabalhando com eles. Eles já são artistas", afirma ao citar alguns dos trabalhos realizados.
"A ideia é tratar do Rio em geral, mas com um olhar para a comunidade. Com o que tem de bom, de importante acontecendo lá", acrescenta a coordenadora do Fundo Carioca, Eliane Birman, que promete novas edições do projeto para 2012.
Enquanto o grupo Central, que reúne moradores do Centro da cidade, morros da Providência e Santo Cristo, optou por fazer um "cavalo de troia", uma das equipes da Rocinha, que venceu o concurso, escolheu pintar um barraco de dourado a fim de discutir, entre outras coisas, a especulação imobiliária no morro.
"Queríamos fazer um questionamento sobre todas as transformações que estão acontecendo. Até que ponto esse 'presente de grego' é bom", explica Vinicius Vaitsmann, da Central. Ele e os colegas de grupo rechearam o seu cavalo andante - o projeto ganhou uma base e oito rodinhas - de bilhetes com anseios dos moradores e fizeram questão de levá-lo até o Aterro do Flamengo, meio termo entre a zona sul e o centro da cidade. "Todo mundo tem o cavalo de troia no inconsciente".
A equipe Norte, que conta com moradores das comunidades do Arará, Morro dos Macacos, Engenho Novo e Grajaú, preferiu eliminar até o registro físico ao tratar do processo das remoções das favelas em curso na cidade. Dezenas de casas verdes e amarelas construídas com madeira de pipa e papel de seda foram levadas aos ares por balões a partir do alto da favela da Mangueira a fim de "fazer desaparecer as memórias de gerações desalojadas de suas próprias histórias pela arbitrariedade de 'novas políticas'".
"Cada grupo lidou com as suas inquietações. No norte eles decidiram que como não iriam ficar no local não fazia sentido fazer algo permanente", ressalta Charles.
Já em Santa Teresa, o olhar voltou-se para a comunidade que ganhou uma escadaria colorida, misturando afeto e protesto. "A gente caminhou a comunidade inteira atrás de um espaço em que pudéssemos fazer um trabalho que durasse o tempo que tivesse que durar, para mostrar que esse espaço precisa de carinho, de cuidado", diz Victor Damado ao mostrar os desenhos, que se unem criando a ilusão de um palhaço movimentando marionetes escada acima.
Tão importante quanto o resultado foi o processo, documentado em vídeo e fotos por jovens que participaram do edital do Fundo Carioca no ano passado. A própria comissão de jurados, que inclui o estilista Oskar Metsavaht, o diretor de animação Carlos Saldanha, o artista plástico JR, além de uma equipe da LCM Commodities, patrocinadora do evento, julgou o material online, transformado a partir desses registros em um minidocumentário e galerias no site Flickr.
Prêmio fica com Barraco do Ouro da Rocinha
Anunciado na sexta-feira (26) à noite, o vencedor do concurso foi o trabalho "Barraco de Ouro", da equipe Rocinha Oeste, que reúne moradores das favelas Rocinha e Rio das Pedras e dos bairros de São Conrado e Recreio dos Bandeirantes.
Um barraco localizado no alto da comunidade foi pintado de dourado a fim de lembrar uma barra de ouro encravada no morro. "Nosso objetivo inicial era criar algo que causasse impacto, que fosse viral, mais do que um simples grafite", explica Gabriel Carvalho.Ferreira, um dos quatro integrantes do Rocinha oeste.
Segundo Ferreira, o projeto surgiu de discussões sobre valores e a relação com a especulação imobiliária no morro. "A Rocinha é uma comunidade estratégica, localizada numa área da cidade que recebe muita atenção. Onde está a riqueza? Na comunidade? Quanto custa o trabalho do morador? Tem gente que gasta R$ 2 mil num pingente de ouro... Quanto seria uma casa de ouro?", questiona.
O grupo também espalhou "pepitas de ouro" feitas de gesso e spray dourado em pontos estratégicos da favela como esgotos e valas cheias de lixo que vão contra a ideia de progresso total trazida pela pacificação.
Com o prêmio, dois integrantes do grupo ganharam uma viagem a Nova York, sede da Brazil Foundation, onde irão acompanhar uma exposição digital das obras em uma galeria de Manhattan. O plano é trazer a exposição para o Rio no fim do ano.
O grupo Central, que reúne moradores do centro do Rio de Janeiro, morros da Providência e Santo Cristo, optou por fazer um cavalo de troia. Foto: Mauro Pimentel/Terra
O grupo Central, que reúne moradores do centro do Rio de Janeiro, morros da Providência e Santo Cristo, optou por fazer um "cavalo de troia"


fonte:http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI6274215-EI3615,00-Jovens+criam+obras+inspiradas+na+cidade+e+nas+comunidades+do+RJ.html

O Triunfo do Detalhe reúne mestres da pintura no Masp



Houve um período da arte ocidental em que a capacidade de retratar detalhes determinava o valor das obras e dos pintores, explica o curador do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Teixeira Coelho. Sobre esse tempo, que vai do século 16 ao começo do século 19, foi organizada a exposição O Triunfo do Detalheaberta hoje (2) no museu paulistano.

São 15 obras do próprio acervo do Masp que incluem nomes como Rembrandt, Tiziano, Velázquez e Goya. Todas têm em comum a valorização dos detalhes. “ O detalhe é na verdade uma espécie de partida, a escolha, a perspectiva, a estrutura central que organiza o trabalho”, explica Teixeira Coelho.

Entre os destaques da exposição está o autorretrato de Rembrandt Harmensz van Rijn, pintado em 1635. Na obra o pintor retrata-se encarando o espectador. A intensidade dos olhos serve para evidenciar que o principal tema do artista é o próprio mundo interior.

A exposição espalha as poucas obras da mostra por uma ampla galeria do museu. A disposição defende uma forma diferente de apreciar a arte. “ A ideia é chamar a atenção das pessoas para que a quantidade não é documento em arte e que as pessoas deveriam ir aos museus para ver poucas obras por vez, mas verem em profundidade”, diz o curador.


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