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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Existem mais de 3500 museus na China


Existem 3589 museus, de diversos tipos, na China. Um número que demonstra o rápido desenvolvimento do país asiático nesta área.

O vice-diretor da Administração Estatal do Patrimônio Cultural da China, Song Xinchao, apresentou recentemente em Taiyuan, capital da província de Shanxi, os dados estatísticos relativos ao final do ano de 2011, o número dos museus abertos no país aumentou de 2200 unidades para 3589 unidades, ao longo da última década, e mantem um crescimento de 100 novas unidades, anualmente. 

Atualmente, existe um museu por cada 400 mil habitantes, e até 2020, prevê-se que a média seja de uma unidade por cada 250 mil habitantes.

Os museus particulares marcam também uma outra tendência no setor. De acordo com as palavras de Song Xinchao, os museus não-governamentais registrados na China atingiram as 400 unidades, e caso se considere aqueles que ainda não foram oficializados, esse número pode chegar a mil unidades.

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Luiz Armando Bagolin: “Ninguém achou absurdo o Museu do Carro, da Moda e da Canção”


Os 2 novos centros culturais na periferia propostos por Haddad são criticados pela Folha, mas nunca se fez objeção ao Museu da Língua ou outros no centro

Oswald de Andrade dizia que um dia a massa comeria o biscoito fino que ele fabricava. Talvez precisemos dizer hoje que comeremos o biscoito fino que a massa fabrica.

A cultura na periferia de São Paulo é muito rica, mas por vezes dificilmente acessível, pois não encontra espaço para ser exibida nem estímulos ou fomentos que possibilitem a sua recepção. Alguns não acreditam, mas há biscoito fino em Cidade Ademar, Parelheiros, Perus. Basta os tirarmos da lama do esquecimento e da cultura feita de puxadinhos.

Essa reflexão me ocorreu ao ler o editorial da Folha “Cultura na periferia” (3/11), que faz uma leitura do plano de cultura do prefeito eleito Fernando Haddad, censurando-o com uma boutade: “O que é bom não é novo, e o que é novo não é bom”.

É preciso que se diga ao leitor deste importante jornal que a elaboração do plano de cultura de Haddad resultou de inúmeras reuniões com os diversos setores culturais. Um primeiro diagnóstico, confirmado pelos depoimentos de pessoas da periferia e coincidente com o levantamento feito pela Rede Nossa São Paulo, revelou que as coisas não andam tão bem como propõe o autor do editorial, afirmando que as políticas em curso “são bem sucedidas” e “não podem ser descontinuadas”.

Tal opinião não condiz com a realidade: dos 96 distritos da cidade, 45 não têm biblioteca municipal; 59, nenhuma sala de cinema; 71 não contam com museu; 52, com sala de show ou concerto; e 54, com teatro.

Entretanto, o ponto do plano de cultura do novo prefeito que mais incomoda o autor do editorial é a proposta de construção de dois novos centros culturais na periferia. Escreve: “Antes de ceder à cultura da engenharia civil e das placas de obras, que tanto seduz governantes, o prefeito eleito ganharia se usasse um pouco mais a imaginação”.

O mesmo argumento foi usado quando a prefeitura propôs a construção dos primeiros CEUs. Segundo vários artigos da época, seriam caros e desnecessários, difíceis de serem mantidos. Hoje, são elogiados pelo autor do editorial, pois “são mais eficazes quando congregam lazer, esporte, cultura e educação”.

O mais curioso é que sou leitor assíduo da Folha há muitos anos e não me lembro de ter lido nenhuma objeção dos editores deste jornal à construção do Museu da Língua Portuguesa (que custou R$ 37 milhões) ou do ainda inacabado Museu da História de São Paulo (estimado em R$ 52 milhões), todos localizados, mais uma vez, na região central.

Ninguém achou absurdo gastar dinheiro com a construção do Museu do Carro, da Moda e da Canção, como sugeria Serra. Mas construir mais dois centros culturais na periferia de uma cidade gigante que tem apenas dois centros culturais em funcionamento parece inconcebível.

Há no plano de cultura de Haddad o projeto de readequação e ampliação de equipamentos já existentes, principalmente nos CEUs. Mas isso apenas não é suficiente.

O plano insiste na descentralização do equipamento e das atividades relacionadas à cultura, assim como na gestão partilhada com artistas. Ao mesmo tempo, faz os grandes equipamentos girarem em torno da formação e da educação (criando escolas de artes nos novos centros), em vez de só ofertar alternativas de lazer e de entretenimento.

Por fim, com quatro centros culturais em zonas distintas, eles poderão funcionar em rede, colocando a produção local em circulação.

As discussões levantadas pelo editorial são importantes, mesmo que discordantes em relação à perspectiva que defendemos. Por isso, proponho que os interessados leiam nosso plano e participem do debate. Todos são bem-vindos.

LUIZ ARMANDO BAGOLIN, 48, é professor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo
PS do Viomundo: Notável o esforço que petistas, simpatizantes do PT ou eleitores de Fernando Haddad fazem para acreditar que a luta de classes foi abolida na Barão de Limeira. A Folha nunca acreditou nisso, tanto que fez o que fez para apoiar um regime que servia a uma determinada classe. Ou não? Alguém acredita que a Folha está mesmo preocupada com a cultura na periferia de São Paulo? Já perguntaram pelo jornal lá na Brasilândia? O horizonte intelectual dos Frias, quando se trata de cultura na periferia das metrópoles brasileiras, é descolar alguns leitores na “nova classe média”, se possível em iPads pagos com dinheiro público — tanto faz se da Dilma, do Geraldo ou do Kassab. Apesar do put down que tomaram da revista britânica Monocle, que lembrou a seus leitores que na Folha os jornalistas também são encarregados da revisão, por motivos mercadológicos o jornalão faz com seus leitores o que a Monocle fez com ela: simula ares de superioridade intelectual. Não, não é hora de debater o plano de cultura de Haddad com a Folha, nem com os leitores da Folha. O plano de Haddad foi apresentado aos eleitores e aprovado no dia das eleições. Mãos à obra, pois.

PS do Viomundo2: E se estiverem faltando ideias ao PT, vai uma no vídeo abaixo. A escola de cinema da África do Sul, que forma jovens cineastas, muitos dos quais se dedicam a fazer documentários sobre aspectos da África do Sul desconhecidos ou deturpados pela historiografia oficial do regime do apartheid. Quem sabe não aparece um jovem cineasta da periferia de São Paulo para contar toda a história da Folha?



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Meu Tesouro: pedaços de Londres e Pequim rolam no 'museu' de Fabi


Retalho do 'solo sagrado' onde Fabi levou último ouro, bolas oficiais dos Jogos de 2008 e 2012 e várias camisas fazem líbero virar o 'baú da seleção'


A caminhada por um dos corredores da Arena de Londres, minutos depois da premiação, foi interrompida por uma voz com sotaque, que pedia para que Fabi esperasse. Ainda com a cabeça ocupada por flashes da vitória sobre os Estados Unidos, e com os olhos vidrados na medalha de ouro, a líbero atendeu ao chamado. Recebeu os parabéns e uma caneta para deixar sua assinatura, ao lado das de outras companheiras de seleção, num pedaço grande do piso da quadra dos Jogos, especialmente recortado para ganhar lugar no Museu Olímpico de Lausanne. Em troca da gentileza, ganhou um retalho, de aproximadamente 15 centímetros, que considera uma das relíquias de seu acervo. As outras duas, que demandaram muito mais trabalho para serem conseguidas, são as bolas oficiais usadas em jogos dos dois títulos olímpicos. 
Entrevista FAbi, Vôlei (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Fabi apresenta as maiores relíquias do seu minimuseu: bolas oficiais dos Jogos de 2008 e 2012 e retalho do piso da quadra da grande final das Olimpíadas de Londres (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- A Tchichenko (central russa que foi prata nos Jogos de Atenas-2004 e agora trabalha na Federação Internacional de Vôlei) me chamou e pediu que eu deixasse meu autógrafo e depois me deu um dos 15 pedacinhos que tinha cortado para dar para cada integrante da nossa equipe. Achei uma das recordações mais legais. Surreal. É uma recordação bacana, simples e singela que pode não representar muito para as pessoas, mas para mim... Isso aqui é um pedaço da conquista! Solo sagrado - ri.
- Não tem essa de só ver o ouro deste ano, não. Tem que ver o de Pequim também!  E aí depois eu mostro o piso, as bolas autografadas pelas meninas (na dos Jogos de 2008 só faltam assinar Walewska e Fofão), a minha coleção de camisas e as fotos. Tenho isso de guardar as coisas. Tenho registro fotográfico de todo lugar que vou. Hoje já posso contar a minha história através de imagens. Virei o baú da seleção. As meninas vivem me pedindo fotos de, sei lá, sete anos atrás. Lá em Londres, consegui tirar uma foto com o Karch Kiraly (ex-jogador americano campeão na quadra e na praia). Estava tentando há dois anos, mas tinha vergonha. E ele se surpreendeu ao ver que eu conhecia a história dele. Então, toda vez que alguém vai me visitar eu sinto toda a emoção das conquistas de novo.Nos últimos três meses, quem passa pela porta da casa de Fabi não demora muito tempo para perguntar pela medalha do bicampeonato. E também não faz cerimônia para tocá-la quando a vê ao alcance das mãos. A cortesia não termina ali. Ninguém pode deixar o apartamento sem antes ver outros itens do "minimuseu" e ouvir as histórias contadas por Fabi.
E ai de quem fizer uma proposta para que Fabi se desfaça de alguma das peças que garimpou. Tem ciúme de todas. Principalmente das que precisou ter paciência, persistência e inteligência para driblar os outros interessados. Teve um bom professor. O técnico José Roberto Guimarães faz parte do grupo que se empenha para levar uma bola olímpica na bagagem. De acordo com a pupila, ele costuma doá-las para instituições. Fabi, não. Deixa as dela bem perto dos olhos e não admite que ninguém brinque ou ensaie um joguinho com as duas. Só as tirou de casa para serem fotografadas.
Nos outros dias, ficam bem guardadinhas. A ideia agora é que ganhem um local de destaque, numa estante ou numa redoma, talvez. O pedacinho de piso também vai ganhar um lugar especial. 
Fabi, Coleção, Olimpiadas (Foto: Divulgação)Fabi tem até agora 30 camisas em sua coleção. Próxima a ser obtida será de Logan Tom  (Foto: Divulgação)
-  Quando a gente vai aos Jogos procura trazer algo para ter uma lembrança que tem esse valor de relíquia. Nas Olimpíadas são muitas bolas, mas parece que tem um guardinha para cada uma (risos). Por isso, em Pequim eu não consegui pegar. Até que fomos para a Copa dos Campeões, no Japão, e as bolas oficiais estavam lá. E eu falei para a comissão, brincando: "Se não me derem eu vou pegar!". Aí o Zé Roberto sugeriu trocar uma nossa por uma deles. Então, peguei essa. Já a de Londres eu garanti lá mesmo. A comissão técnica bolou uma estratégia para conseguir pegar as bolas. Por meio da inteligência da comissão, consegui, com muito custo, ficar com a que o nosso estatístico tinha pego. Fui conversando, pedindo, lembrando que eu já tinha a de Pequim, e na hora de ir embora e ele disse: "Você é muito chata." E me deu a bola. Sabe como é, né? Se uma menina quer, todas querem. Mas o meu museu tem coisas bem valiosas - diverte-se.
O próximo item a entrar no catálogo deverá ser a camisa de Logan Tom. Fabi quer que a passagem da americana - que amargou dois vices nas Olimpíadas - pelo time do Rio de Janeiro fique devidamente registrada.

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Encontro aborda a preservação do patrimônio aeronáutico no mundo


 

Museu da TAM, em São Carlos, SP, recebeu especialistas de 8 países.
Especialistas da aviação discutiram nesta quinta a criação de museus.


Especialistas em patrimônio aeronáutico de oito países se reuniram nesta quinta-feira (8) no museu da TAM, em São Carlos, para discutir formas de preservar a história da aviação brasileira.
O museu da TAM abriga gigantes do céu como o Curtis Robin de 1928, o mais antigo do Brasil ainda em condições de voo. Ao todo, são 90 aeronaves de vários modelos.
Preservar essas relíquias é cuidar do passado e também pensar no futuro. Afinal, é a chance das próximas gerações conhecerem a história de perto. Apesar disso, poucos museus se dedicam a essa tarefa e enfrentam o desafio de manter viva a memória da aviação. “Só nos Estados Unidos tem mais de 800 museus e aqui no Brasil nós somos em três, o Rio de Janeiro, o museu de São Carlos e o de Bebedouro que guardar também relíquias maravilhosas”, disse o o presidente do museu, João Amaro.
O encontro internacional discutiu a criação de mais espaços como o de São Carlos. “Essa reunião é muito importante porque nós estamos trocando ideias, vendo o que fazem os outros museus e as políticas públicas para o desenvolvimento desses museus e da cultura aeronáutica”, afirmou o brigadeiro Márcio Bhering Cardoso, responsável pela organização do evento.
Diretores de museus aeronáuticos de oito países conheceram o acervo da TAM. “Nós temos um desafio, que é a preservação da memória e esse desafio passa pelos museus", destacou a diretora do Instituto Brasileiro de Museus(Ibram), Eneida Rocha

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