sábado, 30 de novembro de 2013
Colecionadores pressionam e MinC pode mudar a lei
Estatuto dos Museus, segundo 'Estado' revelou, dá a governo prerrogativa de proteger e monitorar acervos privados
Divulgação
Angelo Oswaldo, presidente do Ibram
Reunidos quinta-feira à tarde na casa da galerista Luisa Strina, em São Paulo, colecionadores, marchands e artistas tiveram um encontro com Angelo Oswaldo, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O clima entre colecionadores de arte e governo estava tenso desde o dia 31 de outubro, quando o Estado noticiou que o texto do decreto que regulamentou o Estatuto dos Museus dava ao governo a prerrogativa de tornar obras de arte e coleções privadas de interesse público (a partir de agora, se selecionadas por comissão federal, dependem de autorização do Estado brasileiro para serem movimentadas, restauradas ou vendidas).
O pintor Antonio Henrique Amaral, o colecionador João Carlos Figueiredo Ferraz, a marchand Alessandra Villaça, representantes do Itaú Cultural e da Escola Parque Lage, entre muitos outros profissionais ligados ao mercado, participaram do encontro. Angelo Oswaldo levou dois técnicos do Ibram para explicar o decreto.
O mercado de arte exigia que o governo limasse do decreto “mal entendidos e desencontros”, além de exigências burocratizantes. Por exemplo: pela nova lei, uma obra só poderia sair de um museu como o Masp, por exemplo, para outro País, após autorizações tanto do Iphan como do Ibram.
Ao final, houve avanços dos dois lados. Os colecionadores reconheceram que “o espírito da lei é bom para a cultura”, porque a criação de um banco de dados sobre todas as obras importantes do País é algo que está previsto na própria Constituição; por outro lado, o governo reconheceu que há campos no decreto “que podem criar entendimentos confusos” e comprometeu-se a editar uma instrução normativa mudando o polêmico decreto.
Ainda há dúvidas sobre como ficará a relação do governo com os acervos privados. A declaração de interesse público é questionada pelos colecionadores, que decidiram criar um grupo de trabalho para propor mudanças a Angelo Oswaldo.
Em cerimônia ontem no Museu Lasar Segall, em São Paulo, a ministra Marta Suplicy rebateu a alegação de que o decreto promove uma “venezuelização” do mercado de arte no Brasil. Afirmou tratar-se de um exagero e disse que, com “pequenos ajustes”, lei ficará adequada.
fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,colecionadores-pressionam-e-minc-pode-mudar-a-lei,1102270,0.htm
Neto de Lasar Segall doa 110 obras do avô para o museu que seu pai ajudou a criar
Entre os trabalhos está uma tela fundamental: um autorretrato de 1930 em que artista se pinta como um negro; veja imagens
Seguindo a tradição familiar, Mário Lasar Segall, neto do pintor, doou ontem ao museu que leva o nome do avô 110 obras do artista. Entre elas está uma tela fundamental, segundo o diretor da instituição, Jorge Schwartz, um autorretrato de 1930 em que Lasar Segall se pinta como um negro, audácia numa sociedade ainda conservadora e racista como a brasileira – e que um ano antes promoveu no Rio um congresso de eugenia justamente contra os imigrantes, vistos como "um perigo capaz de frustrar por contaminação" o "aprimoramento da raça brasileira". O retrato é tão ou mais relevante se lembrarmos que em 1930 crescia na Alemanha um movimento totalitário e racista liderado por Adolf Hitler. Segall, judeu de origem lituana, morava em Paris, na época. Foi naquele ano que nasceu seu segundo filho, Oscar. O autorretrato, portanto, reflete o sentimento de um homem deslocado, indesejado na Europa dominada pelo fascismo e ainda pouco à vontade no país para o qual retornaria em 1932.
Outro momento familiar importante para o pintor acontecera em 1927, quando seu pai Abel Segall morreu, em São Paulo. Entre as obras doadas ontem ao Museu Lasar Segall – 12 pinturas (quatro sobre tela e oito sobre papel), 18 gravuras e 80 desenhos – está um grafite em que o pintor retrata o pai no leito de morte, antecipando em 20 anos o procedimento do artista Flávio de Carvalho, que desenhou a mãe Ophelia morrendo de câncer (Série Trágica), em 1947.
O neto do pintor, Mário, ressaltou a influência que seu pai Maurício teve em sua formação, incentivando-o a doar as obras. "Ele me ensinou que a arte só vale se for compartilhada", disse na cerimônia de doação, em que estavam presentes a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o diretor do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, o secretário de Cultura do Estado, Marcelo Araújo, e o presidente do Conselho do museu, Celso Lafer.
Vale lembrar que a instituição, idealizada por Jenny Klabin Segall, mulher do pintor, foi criada pelos dois filhos, Oscar e Maurício, na antiga residência e ateliê do artista, com a doação de mais de 3 mil obras da família, que migraram para a esfera pública graças à consciência comunitária que Mário disse ter herdado do pai. Isso não escapou ao diretor do Ibram. Angelo Oswaldo classificou a data como especial por coincidir com a polêmica em torno do decreto 8.124, assinado pela presidente Dilma Rousseff, que veio regulamentar a Lei n.º 11.904, criadora do instituto que dirige. "Temos agora uma lei não para interditar qualquer coisa ou perturbar a salvaguarda dos bens artísticos", disse, numa clara referência aos bens culturais passíveis de musealização nas mãos de colecionadores particulares – como as 110 obras agora doadas ao Lasar Segall.
A ministra Marta Suplicy seguiu na mesma linha, lembrando que "a sociedade se assusta" de forma injustificada com a lei. "A política nacional dos museus insere o Brasil entre os países que defendem seu patrimônio cultural e foi discutida amplamente", disse. O Lasar Segall, integrado ao Ibram, único museu federal em São Paulo, será beneficiado, como revelou a ministra, com R$ 1,5 milhão para a reforma do telhado e do seu sistema elétrico. Os investimentos para restauração de museus deve chegar a R$ 20 milhões no próximo ano, bancados pela Petrobrás. Ela também anunciou a construção do Museu Afro-Brasileiro em Brasília, "para contar uma história não contada e resgatar a autoestima do povo negro".
Os museus já existentes, garante ela, não serão esquecidos. "Estamos batalhando para a digitalização do acervo de todos eles, mas esbarramos na lei de direitos autorais, que impede a circulação das imagens das obras." Um gesto de filantropia como o de Mário Lasar Segall pode servir de incentivo, ao disponibilizar peças raras do avô, criadas entre 1905 e 1955.
fonte:
http://estadao.br.msn.com/cultura/neto-de-lasar-segall-doa-110-obras-do-av%C3%B4-para-o-museu-que-seu-pai-ajudou-a-criar
Seguindo a tradição familiar, Mário Lasar Segall, neto do pintor, doou ontem ao museu que leva o nome do avô 110 obras do artista. Entre elas está uma tela fundamental, segundo o diretor da instituição, Jorge Schwartz, um autorretrato de 1930 em que Lasar Segall se pinta como um negro, audácia numa sociedade ainda conservadora e racista como a brasileira – e que um ano antes promoveu no Rio um congresso de eugenia justamente contra os imigrantes, vistos como "um perigo capaz de frustrar por contaminação" o "aprimoramento da raça brasileira". O retrato é tão ou mais relevante se lembrarmos que em 1930 crescia na Alemanha um movimento totalitário e racista liderado por Adolf Hitler. Segall, judeu de origem lituana, morava em Paris, na época. Foi naquele ano que nasceu seu segundo filho, Oscar. O autorretrato, portanto, reflete o sentimento de um homem deslocado, indesejado na Europa dominada pelo fascismo e ainda pouco à vontade no país para o qual retornaria em 1932.
Outro momento familiar importante para o pintor acontecera em 1927, quando seu pai Abel Segall morreu, em São Paulo. Entre as obras doadas ontem ao Museu Lasar Segall – 12 pinturas (quatro sobre tela e oito sobre papel), 18 gravuras e 80 desenhos – está um grafite em que o pintor retrata o pai no leito de morte, antecipando em 20 anos o procedimento do artista Flávio de Carvalho, que desenhou a mãe Ophelia morrendo de câncer (Série Trágica), em 1947.
O neto do pintor, Mário, ressaltou a influência que seu pai Maurício teve em sua formação, incentivando-o a doar as obras. "Ele me ensinou que a arte só vale se for compartilhada", disse na cerimônia de doação, em que estavam presentes a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o diretor do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, o secretário de Cultura do Estado, Marcelo Araújo, e o presidente do Conselho do museu, Celso Lafer.
Vale lembrar que a instituição, idealizada por Jenny Klabin Segall, mulher do pintor, foi criada pelos dois filhos, Oscar e Maurício, na antiga residência e ateliê do artista, com a doação de mais de 3 mil obras da família, que migraram para a esfera pública graças à consciência comunitária que Mário disse ter herdado do pai. Isso não escapou ao diretor do Ibram. Angelo Oswaldo classificou a data como especial por coincidir com a polêmica em torno do decreto 8.124, assinado pela presidente Dilma Rousseff, que veio regulamentar a Lei n.º 11.904, criadora do instituto que dirige. "Temos agora uma lei não para interditar qualquer coisa ou perturbar a salvaguarda dos bens artísticos", disse, numa clara referência aos bens culturais passíveis de musealização nas mãos de colecionadores particulares – como as 110 obras agora doadas ao Lasar Segall.
A ministra Marta Suplicy seguiu na mesma linha, lembrando que "a sociedade se assusta" de forma injustificada com a lei. "A política nacional dos museus insere o Brasil entre os países que defendem seu patrimônio cultural e foi discutida amplamente", disse. O Lasar Segall, integrado ao Ibram, único museu federal em São Paulo, será beneficiado, como revelou a ministra, com R$ 1,5 milhão para a reforma do telhado e do seu sistema elétrico. Os investimentos para restauração de museus deve chegar a R$ 20 milhões no próximo ano, bancados pela Petrobrás. Ela também anunciou a construção do Museu Afro-Brasileiro em Brasília, "para contar uma história não contada e resgatar a autoestima do povo negro".
Os museus já existentes, garante ela, não serão esquecidos. "Estamos batalhando para a digitalização do acervo de todos eles, mas esbarramos na lei de direitos autorais, que impede a circulação das imagens das obras." Um gesto de filantropia como o de Mário Lasar Segall pode servir de incentivo, ao disponibilizar peças raras do avô, criadas entre 1905 e 1955.
fonte:
http://estadao.br.msn.com/cultura/neto-de-lasar-segall-doa-110-obras-do-av%C3%B4-para-o-museu-que-seu-pai-ajudou-a-criar
Museu Itinerante busca atrair visitantes para acervo de Divinópolis
Museu da cidade fica na Praça da Catedral é pouco procurado. A versão itinerante vai percorrer pontos da cidade até dia 2 de dezembro.
Museu de fica na Divinópolis na Praça da Catedral
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Foi criado em Divinópolis o projeto Museu Itinerante. O objetivo é despertar o interesse da população para conhecer o acervo histórico da cidade que fica reunido na Praça da Catedral. Por dia passam apenas uma média de 50 pessoas pelo local, um número considerado pequeno para uma cidade de cerca de 220 mil habitantes. “Acho que grande parte da população não tem o conhecimento e noção do grau de importância e o tamanho da história que o museu tem aqui em Divinópolis”, explicou o coordenador do museu, Weber Skaull.
Para tentar atrair os visitantes, durante o tempo que o museu fica aberto são tocada músicas na praça, lançadas há mais de 30 anos e agora o museu itinerante leva parte do acervo para vários pontos da cidade. Em uma faculdade os universitários tiveram a oportunidade de conhecer a evolução das maquinas de escrever e das filmadoras. “Há uma discussão muito séria no país sobre o direto a verdade, e o direito a memória. Se o cidadão não conhece e não se apropria da sua história ele não exerce sua cidadania plenamente”, afirmou o coordenador do curso de história, João Ricardo Pereira.
A ideia é levar ao público documentos, objetos e peças que fizeram parte do crescimento, cultural econômico e social de Divinópolis e da região Centro-Oeste.“Desperta em nós uma vontade de saber mais a respeito da cultura material em geral principalmente na primeira metade do século XX”, contou o universitário, George Rodrigues.
saiba mais
O Museu itinerante vai percorrer vários pontos da cidade até o dia 2 de dezembro.Na Praça da Catedral o museu funciona de terça a sexta-feira das 7h30 às 17h30. No domingo, o horário de funcionamento é das 9h até 13h.
Museu de fica na Divinópolis na Praça da Catedral
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Foi criado em Divinópolis o projeto Museu Itinerante. O objetivo é despertar o interesse da população para conhecer o acervo histórico da cidade que fica reunido na Praça da Catedral. Por dia passam apenas uma média de 50 pessoas pelo local, um número considerado pequeno para uma cidade de cerca de 220 mil habitantes. “Acho que grande parte da população não tem o conhecimento e noção do grau de importância e o tamanho da história que o museu tem aqui em Divinópolis”, explicou o coordenador do museu, Weber Skaull.
Para tentar atrair os visitantes, durante o tempo que o museu fica aberto são tocada músicas na praça, lançadas há mais de 30 anos e agora o museu itinerante leva parte do acervo para vários pontos da cidade. Em uma faculdade os universitários tiveram a oportunidade de conhecer a evolução das maquinas de escrever e das filmadoras. “Há uma discussão muito séria no país sobre o direto a verdade, e o direito a memória. Se o cidadão não conhece e não se apropria da sua história ele não exerce sua cidadania plenamente”, afirmou o coordenador do curso de história, João Ricardo Pereira.
A ideia é levar ao público documentos, objetos e peças que fizeram parte do crescimento, cultural econômico e social de Divinópolis e da região Centro-Oeste.“Desperta em nós uma vontade de saber mais a respeito da cultura material em geral principalmente na primeira metade do século XX”, contou o universitário, George Rodrigues.
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O Museu itinerante vai percorrer vários pontos da cidade até o dia 2 de dezembro.Na Praça da Catedral o museu funciona de terça a sexta-feira das 7h30 às 17h30. No domingo, o horário de funcionamento é das 9h até 13h.
fonte:
http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2013/11/museu-itinerante-busca-atrair-visitantes-para-acervo-de-divinopolis.html
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Incêndio atinge Memorial da América Latina em São Paulo
Auditório atingido por incêndio abriga obra de Tomie Othake
Uma das peças mais importantes é aTapeçaria Tomie Ohtake feita em quatro cores e com área total aproximada de 800 m² e ocupa toda a lateral do auditório. Em 1990, num livro organizado pelo Memorial sobre as obras do local, a artista disse: Quando Oscar Niemeyer convidou-me para fazer este painél ocupando toda a parede lateral interior do auditório do Memorial da América Latina, percebi que era um enorme desafio, porque havia as duas curvas que trocaram a tradicional base retangular por uma belíssima forma que eu não quis destruir, mas valorizá-la e, ao mesmo tempo, ter um trabalho meu que dissesse alguma coisa. O resultado a que cheguei procurou também manter a unidade platéia-palco-platéia. Ver depois de pronto um painel com aquelas dimensões, feito em tapeçaria a partir de um desenho gestual, é uma grande emoção!
Outro artista que tem uma obra em exposição permamente no auditório é o escultor Alfredo Ceschiatti. A convite de Niemeyer, de quem foi colaborador constante, o escultor Alfredo Ceschiatti executou para o Memorial um de seus últimos trabalhos. Fundida em bronze, A Pomba tem 2,20m de altura e envergadura de 3 m. Ceschiatti assina uma série de esculturas em Brasília, entre elas a estátua da Justiça, em granito, na frente do prédio do Supremo Tribunal Federal.
No Auditório encontra-se também a Homenagem ao Teatro, do artista plástico Carlos Scliar. Trata-se de um painel em tinta vinílica com aplicações de colagens e impressos em serigrafia, composto de 12 módulos totalizando quase 36 m². Em 1990, Scliar lembrou a urgência do pedido de Niemeyer. "Foi uma loucura de Oscar Niemeyer me telefonar para perguntar se eu aceitaria realizar um painel, em menos de um mês, de seis metros de altura por seis de comprimento. A confiança de Niemeyer, o desafio do prazo, a emoção do convite e, principalmente a dedicação do meu grupo de colaboradores, auxiliares e amigos permitiram-me realizar o trabalho. Claro que – como sempre – trabalhando e transpirando 24 horas por dia."
Outra tela que está no auditório é Agora, obra de Victor Arruda, que ocupa uma sinuosa parede de 9,90 x 2,20 m, no foyer do Auditório Simón Bolívar. São dez telas em seqüência, com relógios pintados em tinta acrílica. ”Quando fui convocado para realizar o painel no Memorial da América Latina, considerei não apenas o quanto honroso seria participar de um projeto de Oscar Niemeyer, um dos mais extraordinários criadores de formas que a Arquitetura já produziu, mas fiquei especialmente emocionado com o sentido que tem esse empreendimento, com seu aspecto ideológico. Um espaço que incentive a integração latino-americana surge em hora extremamente oportuna, acolhendo manifestações culturais, recebendo pesquisadores e oferecendo subsídios para que sejam encontradas soluções de nosso interesse comum."
Por volta das 20h10, o fogo foi controlado. Nove bombeiros ficaram feridos. Dois deles foram internados em estado grave
- Daniel FernandesDireto de São Paulo
Um incêndio atingiu na tarde desta sexta-feira o Memorial da América Latina, na avenida Auro Soares de Moura Andrade, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Segundo o Corpo de Bombeiros, oito homens da corporação que combatiam o fogo foram socorridos ao Hospital das Clínicas. Dois deles ficaram gravemente feridos e foram internados inconscientes e com queimaduras nas vias aéreas, mas não corriam risco de morte. Um bombeiro civil, da brigada de incêndio do memorial, também ficou ferido.
As chamas começaram por volta das 15h. Por volta das 20h10, o fogo foi controlado. Segundo o Corpo de Bombeiros, 51 viaturas foram enviadas ao local, além de um helicóptero. No total, 109 homens atuaram diretamente no combate às chamas.
De acordo com o major da Polícia Militar Mauro Lopes, os bombeiros que ficaram feridos foram vitimados por um fenômeno chamado flashover. "Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover", disse. Segundo ele, o fogo atingiu ao menos 50% do auditório.
De acordo com o coronel Erik Colla, do Corpo de Bombeiros, os feridos foram sedados no hospital, mas não correm risco de morrer. Segundo ele, o interior do edifício continha principalmente materiais como madeira, tecido e borracha, classificados como Classe A.
De acordo com a assessoria de imprensa do Memorial da América Latina, o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida. Segundo os bombeiros, 50% do auditório foi consumido.
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Um incêndio atinge na tarde desta sexta-feira o Memorial da América Latina, na avenida Auro Soares de Moura Andrade, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo
Foto: Alberto Domingues / vc repórter
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve no local e elogiou o trabalho dos bombeiros. “Queria destacar a bravura dos bombeiros, o trabalho deles. Não temos nenhum civil ferido. Lamentavelmente, temos bombeiros em recuperação. Mas dois estamos acompanhando pessoalmente, saindo daqui passarei no Hospital das Clínicas”, disse.
Segundo ele, o local tem a vistoria regularizada até 2014. Ainda de acordo com o governador, o Memorial possui seguro e será restaurado.
O conjunto arquitetônico, projetado por Oscar Niemeyer em uma área de 84,5 mil metros quadrados, foi inaugurado em março de 1989. O complexo se dedica a manifestações artísticas e científicas ligadas à identidade latino-americana. O conceito e o projeto cultural foram desenvolvidos pelo antropólogo Darcy Ribeiro.
A Companhia de Engenharia de Tráfego pediu aos motoristas que evitem trafegar pela região. O cruzamento da avenida Senador Auro Soares de Moura Andrade com a alameda Olga está bloqueado. O desvio para quem vai no sentido Lapa é feito pela alameda Olga, rua Tagipuru e avenida Francisco Matarazzo. As linhas de metrô e trem da Estação Barra Funda, vizinha ao memorial, operam normalmente.
Distribuição de energia elétrica voltou após o incêndio, diz Eletropaulo
Duas testemunhas ouvidas pelo Terra, o chefe de manutenção de uma casa noturna em frente ao Memorial Edvaldo Barbosa e o técnico em eletrônica Alexandre Simião, disseram que faltou energia elétrica na região no início da tarde e que, assim que o abastecimento voltou, uma explosão foi ouvida dentro do memorial.
Duas testemunhas ouvidas pelo Terra, o chefe de manutenção de uma casa noturna em frente ao Memorial Edvaldo Barbosa e o técnico em eletrônica Alexandre Simião, disseram que faltou energia elétrica na região no início da tarde e que, assim que o abastecimento voltou, uma explosão foi ouvida dentro do memorial.
Segundo Simião, que trabalha na avenida Francisco Matarazzo, faltou energia elétrica na região desde a manhã de hoje. “Disseram que voltaria às 12h, 12h30. Não voltou. Depois disseram que voltaria às 18h e, até o incêndio, não tinha voltado disse.
De acordo com Edvaldo, assim que o abastecimento voltou, uma explosão foi ouvida dentro do memorial. Em nota, a Eletropaulo, responsável pela distribuição de energia em São Paulo, afirmou que a interrupção começou às 13h19, “devido a uma falha em componente da rede da distribuidora localizado na rua Homem de Melo” e terminou às 14h58, dois minutos antes do horário registrado do início do incêndio.
“A concessionária monitora a sua rede por meio da Central de Operações e não detectou nenhum outro problema técnico no sistema”, disse a Eletropaulo na nota.
Confira o local do incêndio:
Museu de história natural é aberto para visitas no Sul do ES
Espaço fica em Jerônimo Monteiro e pode ter visitas agendadas. Local possui amostras de botânica, geologia, paleontologia, entre outras.
Um espaço reservado para a pré-história e a vida animal e vegetal está aberto emJerônimo Monteiro, na região Sul do Espírito Santo. O Museu de História Natural fica no Centro do município e possui amostras nas áreas de botânica, geologia, paleontologia, parasitologia, zoologia de invertebrados e vertebrados. O objetivo é levar as pessoas a perceberem a necessidade de preservar o meio ambiente.
O lugar desperta a curiosidade dos visitantes, principalmente a das crianças que ficam com olhos fixos aos objetos e ouvidos atentos às explicações dos monitores. Na sessão de geologia, é possível conhecer diferentes tipos de rocha. O destaque é para a amostra de um fragmento do primeiro meteorito a cair em terras capixabas, em Guaçuí, na região Sul.
Já na sessão de zoologia, os visitantes aprendem sobre diversas doenças e podem ver amostras através do microscópio. Do lado dos vertebrados, mais de 50 animais estão empalhados, entre aves, répteis e mamíferos. Na mostra de paleontologia, o estudante Lúcio, contou que vários fósseis foram apresentados, mas que o de um pterossauro foi o favorito. "Ele veio do Ceará, e é muito grande", afirmou.
Em botânica, as crianças que acompanharam a visita fizeram festa com a serrapilheira, um amontoado de folhas, caules e frutos, essenciais para a nutrição do solo. "Eu gostei de conhecer outras novas sementes, que eu não conhecia", contou uma das estudantes.
As visitas são guiadas por estudantes do curso de ciências biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que trabalham no local como monitores. "Isso nos complementa, no sentido de que quando a gente tiver indo para a sala de aula, a gente já vai saber melhor lidar com esse público", afirmou uma das monitoras.
O acesso ao Museu de História Natural do Estado do Espírito Santo é gratuito. As escolas, faculdades e empresas podem agendar um horário para visitar o local. Durante a visita, o grupo vai ser acompanhado por monitores. O agendamento podem ser feitos pelo email muses.ufes@gmail.com .
Visita ao Museu são guiadas por estudantes universitários, no ES. (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
fonte:http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/11/museu-de-historia-natural-e-aberto-para-visitas-no-sul-do-es.html
fonte:http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/11/museu-de-historia-natural-e-aberto-para-visitas-no-sul-do-es.html
Patrimônio cultural da Itália não recebe cuidado adequado
Primeiro censo dos museus mostra que o país não explora como poderia o seu patrimônio cultural
Coliseu: os 15 principais museus e lugares históricos italianos tiveram menos de 1 milhão de visitantes cada um em 2011
Roma - A Itália abriga tesouros artísticos e arqueológicos, da "Última Ceia" de Da Vinci às ruínas de Pompeia, mas o primeiro censo dos museus, monumentos e lugares históricos italianos mostra que o país não explora como poderia o seu patrimônio cultural.
Somente metade dos museus do país tem um site, os conteúdos dessas instituições costumam não ser identificados e os visitantes são poucos se comparados a outros lugares, de acordo com o estudo divulgado nesta quinta-feira.
Os 15 principais museus e lugares históricos italianos, como o Fórum Romano, a Galleria degli Uffizi de Florença e a cidade de Pompeia, tiveram menos de 1 milhão de visitantes cada um em 2011, de acordo com o censo. O Louvre, na França, teve 9,7 milhões no ano passado.
O estudo foi divulgado semanas depois de o governo lançar um pacote para incrementar o setor cultural que, acredita-se, pode ajudar a economia atualmente em crise. O relatório da agência nacional de estatística indica, porém, o tamanho do desafio.
O pacote de outubro inclui um plano para resgatar Pompeia, uma cidade preservada em uma erupção vulcânica há 2.000 anos e considerada em estado de emergência em 2008 por causa de saques, danos e falta de manutenção.
O turismo é vital para a economia da Itália, país que tem o maior número de lugares considerados patrimônio mundial pela Unesco. O setor corresponde a 10 por cento do Produto Interno Bruto e emprega 2,7 milhões de pessoas.
fonte:
O mundo mágico dos contos nas obras de pintores russos
A Casa Central do Artista está a ser palco de uma exposição de ilustrações dos melhores contos russos e europeus, criadas por famosos pintores do séc. XX.
Foto: centro de imprensa da galeria Vellum
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Em Moscou teve início a feira de literatura intelectual non/fiction, onde decorrem apresentações, discussões e mesas redondas dedicadas ao processo literário. Paralelamente, nas salas da Casa Central está aberta ao público uma exposição onde se pode ver ilustrações dos melhores contos russos e europeus, da autoria de pintores famosos do séc. XX.
A história fez com que, na Rússia, conhecidos pintores se tenham dedicado ao gênero do conto: Viktor Vasnetsov, Ilia Repin, Valentin Serov, Mikhail Nesterov, Nikolai Roerich, e, mais tarde, na era soviética, Pavel Korin, Alexander Bubnov, Alexander Guerasimov.
Segundo Liubov Agafonova, curadora da exposição, “foi precisamente a edição de contos populares, bem como de poemas de Pushkin, ilustrados por Viktor Vasnetsov, Elena Polenova, Serguei Malyutin, que impulsionou o desenvolvimento da arte livreira na Rússia”.
Na exposição pode-se apreciar as ilustrações do “Conto do Rei Saltan” de Pushkin (1906), desenhadas por Ivan Bilibin, talvez o mais famoso dos ilustradores de contos russos. Tendo como ponto de orientação a tradição da arte russa antiga e popular, Bilibin criou um estilo decorativo muito interessante, que manteve durante toda a sua obra.
É sabido que o gosto do artista pelos contos começou depois de, em 1899, em São Petersburgo, ter visto pela primeira vez o quadro de Viktor Vasnetsov “Heróis”. Bilibin não só se apaixonou pelo estudo da arte russa, ele visitou a longínqua aldeia de Egna, no Distrito de Tver, para ver com os próprios olhos as densas florestas, riachos transparentes, casinhas de madeira, ouvir contos e canções. As impressões dessa viagem permitiram ao pintor criar uma série de ilustrações maravilhosas de contos populares russos.
O pintor não fazia ilustrações separadas, ele tentava criar conjuntos: desenhava a capa, fazia ilustrações, ornamentos, letras, tudo estilizado segundo os manuscritos antigos. É de assinalar que os contos com ilustrações de Ivan Bilibin são também editados hoje, e não só em russo.
Na exposição pode-se ver também desenhos para contos populares russos feitos por Alexandra Konovalova nos anos de 1920. Os seus trabalhos estão estilisticamente próximos das obras de Kuzma Petrov-Vodkin e da criação de Alexander Deinek na sua fase inicial.
Parte da exposição é dedicada às obras de ilustração de livros de Alexander Bubnov, autor do famosíssimo quadro “Manhã no Campo de Batalha de Kulikovo”, inspirado nas baladas russas durante a Segunda Grande Guerra. Em tempo de paz, Bubnov dedicou-se constantemente a contos e poemas épicos russos. É famoso o seu grandioso ciclo para “Canção de Oleg, o Furioso”.
Na exposição pode-se igualmente apreciar as ilustrações do poema de Pushkin “Boris Godunov”.
Museu em SP contará história do judaísmo e da arte judaica no Brasil
Complexo integra uma antiga sinagoga e uma moderna estrutura de vidro e deve ser inaugurado em 2015. Casa terá acervo próprio e focará no judaísmo, na história dos judeus no Brasil e na arte judaica.
Projeto mostra como será o Museu Judaico de São Paulo
A exemplo de grandes cidades como Berlim e Nova York, São Paulo vai ganhar no segundo semestre de 2015 um Museu Judaico. O projeto arquitetônico será um dos destaques, já que o complexo vai integrar as linhas clássicas de uma antiga sinagoga, inaugurada em 1932, com um moderno anexo em vidro, o que fará do museu uma referência urbana para a região central da maior metrópole brasileira.
O museu, por meio de seu acervo e exposições itinerantes, vai focar no judaísmo, na história dos judeus no Brasil e na arte judaica. Na prática, servirá para preservar o legado de tradições e costumes de um povo com uma longa trajetória e de forte influência na economia e na cultura brasileira. A expectativa dos responsáveis é que o Museu Judaico se torne um dos ícones culturais locais, como a Pinacoteca ou o Museu da Língua Portuguesa.
"Cidades onde houve uma importante imigração judaica já têm seus museus, como Berlim e Nova York", disse Roberta Alexandr Sundfeld, diretora-executiva do Museu Judaico de São Paulo, em entrevista à DW Brasil. "E o Brasil, para onde vieram muitos judeus, ainda não tinha um museu, somente centros culturais e arquivos históricos. É importante termos um lugar para mostrar quem são os judeus, de onde eles vieram e as diferenças nos ritos."
A ideia de transformar a sinagoga Beth-El num museu começou a ganhar contornos em 2000, quando foi fundada a Associação de Amigos do Museu Judaico de São Paulo. A partir daí, o projeto foi ganhando adeptos e tomando forma. A sinagoga foi cedida por meio de comodato em 2006 e, assim, o projeto arquitetônico foi definido, preservando as características originais da sinagoga e incorporando traços de modernidade.
O custo total do museu está estimado em cerca de 22 milhões de reais, valor que está sendo captado em grande parte por meio da Lei Rouanet e doações de empresas privadas e pessoas físicas. A instituição também recebeu do governo alemão, por meio de um programa de restauração de sinagogas do Ministério das Relações Exteriores, uma verba de 310 mil euros (cerca de 1 milhão de reais).
Exposições de Berlim, Israel e Nova York
As exposições no novo museu terão três enfoques: o judaísmo, os judeus no Brasil e a arte judaica. A primeira parte vai mostrar o que é o judaísmo no sentido religioso do povo e contar sobre as festas judaicas, os rituais de vida judaica como o nascimento, brit-milá [circuncisão], bar-mitzvá[celebração da maioridade religiosa judaica, quando o jovem atinge 13 anos], casamento e também o enterro.
Projeto mostra como será uma das seções do futuro Museu Judaico de São Paulo
O maior fluxo de judeus para o Brasil foi durante a invasão e posterior ocupação de parte do Nordeste pelos holandeses, entre 1630 e 1654. Banqueiros judeus estabelecidos em Amsterdã financiaram, desde o início do século 16, a manufatura açucareira. A partir da invasão, houve um aumento da presença judaica na região. Não é à toa que a primeira sinagoga da América foi construída em Recife.
"Após a expulsão dos holandeses, os judeus foram perseguidos e, embora existam registros de sua presença durante o ciclo do ouro, no século 18, eles só voltarão a ter uma expressão de maior importância quando, a partir do século 19, judeus sefarditas vindos principalmente do Marrocos chegam à região Amazônica brasileira e formam uma importante comunidade", diz Schwartz.
Outro importante ciclo se deu no contexto da substituição da mão-de-obra escrava pela de imigrantes, a partir de 1870, quando milhões de imigrantes se dirigiram para as regiões sudeste e sul do Brasil, incentivadas pelo governo que desejava sanar a questão da falta de trabalhadores e branquear a população.
Esse ciclo se encerra quase ao mesmo tempo em que começam a chegar, em menor número, os judeus perseguidos pelos regimes fascistas europeus, no início da década de 1930. Durante o nazismo, mais de 20 mil judeus emigraram para o Brasil, onde acharam um novo lar e contribuíram para o desenvolvimento econômico e cultural do país.
Projeto mostra como será o Museu Judaico de São Paulo
A exemplo de grandes cidades como Berlim e Nova York, São Paulo vai ganhar no segundo semestre de 2015 um Museu Judaico. O projeto arquitetônico será um dos destaques, já que o complexo vai integrar as linhas clássicas de uma antiga sinagoga, inaugurada em 1932, com um moderno anexo em vidro, o que fará do museu uma referência urbana para a região central da maior metrópole brasileira.
O museu, por meio de seu acervo e exposições itinerantes, vai focar no judaísmo, na história dos judeus no Brasil e na arte judaica. Na prática, servirá para preservar o legado de tradições e costumes de um povo com uma longa trajetória e de forte influência na economia e na cultura brasileira. A expectativa dos responsáveis é que o Museu Judaico se torne um dos ícones culturais locais, como a Pinacoteca ou o Museu da Língua Portuguesa.
"Cidades onde houve uma importante imigração judaica já têm seus museus, como Berlim e Nova York", disse Roberta Alexandr Sundfeld, diretora-executiva do Museu Judaico de São Paulo, em entrevista à DW Brasil. "E o Brasil, para onde vieram muitos judeus, ainda não tinha um museu, somente centros culturais e arquivos históricos. É importante termos um lugar para mostrar quem são os judeus, de onde eles vieram e as diferenças nos ritos."
A ideia de transformar a sinagoga Beth-El num museu começou a ganhar contornos em 2000, quando foi fundada a Associação de Amigos do Museu Judaico de São Paulo. A partir daí, o projeto foi ganhando adeptos e tomando forma. A sinagoga foi cedida por meio de comodato em 2006 e, assim, o projeto arquitetônico foi definido, preservando as características originais da sinagoga e incorporando traços de modernidade.
O custo total do museu está estimado em cerca de 22 milhões de reais, valor que está sendo captado em grande parte por meio da Lei Rouanet e doações de empresas privadas e pessoas físicas. A instituição também recebeu do governo alemão, por meio de um programa de restauração de sinagogas do Ministério das Relações Exteriores, uma verba de 310 mil euros (cerca de 1 milhão de reais).
Exposições de Berlim, Israel e Nova York
As exposições no novo museu terão três enfoques: o judaísmo, os judeus no Brasil e a arte judaica. A primeira parte vai mostrar o que é o judaísmo no sentido religioso do povo e contar sobre as festas judaicas, os rituais de vida judaica como o nascimento, brit-milá [circuncisão], bar-mitzvá[celebração da maioridade religiosa judaica, quando o jovem atinge 13 anos], casamento e também o enterro.
Após virar museu, a sinagoga Beth-El, inaugurada em 1932, também vai receber exposições itinerantes de Berlim e Nova York
A seção sobre os judeus no Brasil terá uma abordagem cronológica de como eles chegaram ao país, a Inquisição, a vinda dos holandeses para o Recife, a imigração marroquina para a Amazônia, a imigração russa para as colônias do Rio Grande do Sul, os imigrantes que vieram para São Paulo na década de 1920 e o Holocausto do ponto de vista brasileiro.
"Vamos abordar, por exemplo, o governo de Getúlio Vargas, como eram as relações desse presidente com a Europa no período da Segunda Guerra Mundial, as deportações que aconteceram e as pessoas que não puderam emigrar porque Vargas não permitiu, além da história de uma família que emigrou para o Brasil em decorrência do Holocausto", complementou Sundfeld.
A terceira abordagem, a das artes, vai reunir obras de artistas judeus e também de artistas não-judeus que retratem a vida da comunidade. Está previsto, também, que o Museu Judaico de São Paulo receba obras e exposições itinerantes dos museus de Berlim, Israel e Nova York.
"Já estamos em contato com o Museu Judaico de Nova York, que tem um acervo gigantesco guardado e manifestou interesse em emprestar algumas obras", comenta Sergio Daniel Simon, presidente do Museu Judaico de São Paulo em entrevista publicada no site do museu. "E também com o Museu de Israel, que é fantástico. Eles têm exposições temporárias que podem ser montadas em São Paulo, se conseguirmos patrocínio."
Até o momento, o museu possui em seu acervo mais de 700 peças relacionadas à Segunda Guerra Mundial e continua recebendo doações ou empréstimos, tais como fotografias, objetos de uso cotidiano, vestidos e xales bordados, objetos ligados à religião, livros e candelabros.
Judeus no Brasil
Os judeus estão presentes no Brasil desde a viagem de descobrimento comandada pelo almirante português Pedro Álvares Cabral, em 1500. Na construção do "Novo Mundo" destacam-se os cristãos-novos, a diáspora ibérica e a presença dos judeus durante o período colonial.
De acordo com Rosana Schwartz, historiadora e socióloga da Universidade Mackenzie, três séculos de Inquisição na Península Ibérica contribuíram, se não para o genocídio, ao menos para o abafamento de boa parte da cultura, religião e arte de um povo de tão rica formação humanística.
"A assimilação deles na cultura brasileira foi imposta pela Inquisição, sob pena de expatriação ou morte, deixando muitas características judaicas no substrato dos brasileiros por causa do ambiente de convivência e tolerância que o Brasil proporcionou", complementa Schwartz.
A seção sobre os judeus no Brasil terá uma abordagem cronológica de como eles chegaram ao país, a Inquisição, a vinda dos holandeses para o Recife, a imigração marroquina para a Amazônia, a imigração russa para as colônias do Rio Grande do Sul, os imigrantes que vieram para São Paulo na década de 1920 e o Holocausto do ponto de vista brasileiro.
"Vamos abordar, por exemplo, o governo de Getúlio Vargas, como eram as relações desse presidente com a Europa no período da Segunda Guerra Mundial, as deportações que aconteceram e as pessoas que não puderam emigrar porque Vargas não permitiu, além da história de uma família que emigrou para o Brasil em decorrência do Holocausto", complementou Sundfeld.
A terceira abordagem, a das artes, vai reunir obras de artistas judeus e também de artistas não-judeus que retratem a vida da comunidade. Está previsto, também, que o Museu Judaico de São Paulo receba obras e exposições itinerantes dos museus de Berlim, Israel e Nova York.
"Já estamos em contato com o Museu Judaico de Nova York, que tem um acervo gigantesco guardado e manifestou interesse em emprestar algumas obras", comenta Sergio Daniel Simon, presidente do Museu Judaico de São Paulo em entrevista publicada no site do museu. "E também com o Museu de Israel, que é fantástico. Eles têm exposições temporárias que podem ser montadas em São Paulo, se conseguirmos patrocínio."
Até o momento, o museu possui em seu acervo mais de 700 peças relacionadas à Segunda Guerra Mundial e continua recebendo doações ou empréstimos, tais como fotografias, objetos de uso cotidiano, vestidos e xales bordados, objetos ligados à religião, livros e candelabros.
Judeus no Brasil
Os judeus estão presentes no Brasil desde a viagem de descobrimento comandada pelo almirante português Pedro Álvares Cabral, em 1500. Na construção do "Novo Mundo" destacam-se os cristãos-novos, a diáspora ibérica e a presença dos judeus durante o período colonial.
De acordo com Rosana Schwartz, historiadora e socióloga da Universidade Mackenzie, três séculos de Inquisição na Península Ibérica contribuíram, se não para o genocídio, ao menos para o abafamento de boa parte da cultura, religião e arte de um povo de tão rica formação humanística.
"A assimilação deles na cultura brasileira foi imposta pela Inquisição, sob pena de expatriação ou morte, deixando muitas características judaicas no substrato dos brasileiros por causa do ambiente de convivência e tolerância que o Brasil proporcionou", complementa Schwartz.
Projeto mostra como será uma das seções do futuro Museu Judaico de São Paulo
O maior fluxo de judeus para o Brasil foi durante a invasão e posterior ocupação de parte do Nordeste pelos holandeses, entre 1630 e 1654. Banqueiros judeus estabelecidos em Amsterdã financiaram, desde o início do século 16, a manufatura açucareira. A partir da invasão, houve um aumento da presença judaica na região. Não é à toa que a primeira sinagoga da América foi construída em Recife.
"Após a expulsão dos holandeses, os judeus foram perseguidos e, embora existam registros de sua presença durante o ciclo do ouro, no século 18, eles só voltarão a ter uma expressão de maior importância quando, a partir do século 19, judeus sefarditas vindos principalmente do Marrocos chegam à região Amazônica brasileira e formam uma importante comunidade", diz Schwartz.
Outro importante ciclo se deu no contexto da substituição da mão-de-obra escrava pela de imigrantes, a partir de 1870, quando milhões de imigrantes se dirigiram para as regiões sudeste e sul do Brasil, incentivadas pelo governo que desejava sanar a questão da falta de trabalhadores e branquear a população.
Esse ciclo se encerra quase ao mesmo tempo em que começam a chegar, em menor número, os judeus perseguidos pelos regimes fascistas europeus, no início da década de 1930. Durante o nazismo, mais de 20 mil judeus emigraram para o Brasil, onde acharam um novo lar e contribuíram para o desenvolvimento econômico e cultural do país.
DW.DE
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Museu de Aguascalientes ensina ciência com interatividade
Inaugurado em novembro de 1996, o museu está situado em um moderno edifício de mais de 6,4 mil metros quadrados construído especialmente para receber suas atrações. Um dos destaques do espaço é o insetário, onde é possível aprender na prática sobre a vida e os hábitos de insetos e aracnídeos.
As atrações do museu estão distribuídas em quatro seções principais. A primeira, denominada Nosso Universo, faz com que o visitante use seus cinco sentidos para conhecer o Sistema Solar e as teorias de formação do universo. Já em Nosso Planeta, é possível obter explicações sobre o globo terrestre e fenômenos naturais, como terremotos, furações e erupções vulcânicas.
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Localizado em um moderno edifício de mais de 6,4 mil metros quadrados, o Museu de Ciência e Tecnologia Descubre é equipado com modernos recursos interativos
Foto: Creative Commons
No espaço dedicado à Vida, é possível ter uma visão geral sobre a origem e a evolução das espécies que habitam a Terra, bem como conhecer as partes que formam uma célula. Finalmente, na sala dedicada ao Homem, você irá descobrir as utilidades dos nossos sentidos, além de ver como o ser humano é capaz de criar e transformar seu entorno social por meio de arte, ciência e tecnologia.
Recentemente, o museu passou por uma profunda reforma, que custou 54 milhões de pesos mexicanos, o equivalente a R$ 9,4 milhões. Entre as novidades incorporadas a suas instalações está uma moderna sala de cinema que possibilita uma visão de 136º da tela, ideal para a projeção de películas que tratam dos temas abordados dentro de suas dependências.
O Museu de Ciência e Tecnologia Descubre fica na Avenida San Miguel, s/n. O espaço abre todos os dias, das 9h às 19h. O telefone é o +52 449 913-7015.
fonte:
http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/turismo-de-negocios/aguascalientes/museu-de-aguascalientes-ensina-ciencia-com-interatividade,d454c92986592410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
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