O Museu Histórico Abílio
Barreto (MHAB), que fica em Belo Horizonte, guarda parte significativa
da história da cidade. Inaugurado em 1943, tem a função de recolher e
preservar itens que contribuam para a compreensão da dinâmica
sócio-histórica da cidade. No dia 17 de abril, o Museu completa 70 anos e
comemora a data de uma maneira especial. A gestora do museu, Célia
Regina Araujo Alves, conta como será a cerimônia. "O nosso objetivo é
lançar a programação especial do MHAB para 2013. Os fundadores do Museu
Histórico e pessoas que atuaram na sua formação serão homenageadas com a
entrega de placas".
A secretária-executiva do Ministério da Cultura, Jeanine Pires, participará como convidada da cerimônia de comemoração, nesta quarta-feira, às 10h30.
Ainda estão previstas a apresentação do selo comemorativo MHAB 70 anos e a apresentação do novo auditório e do plano de restauração do museu, o primeiro a ser inaugurado na cidade de Belo Horizonte.
O acervo
Quem visita o museu encontra um acervo de cerca de 70 mil itens que contam a história da cidade, em suas origens, ainda Arraial do Curral Del Rei. A finalidade é tornar público o acesso aos bens culturais preservados, fomentando a participação dos cidadãos na construção da memória e do conhecimento sobre a cidade.
Segundo Célia Alves, os visitantes podem apreciar três exposições que trazem reflexões sobre o cotidiano da cidade. No Casarão (construção rural do final do século XIX) está a mostra A Casa e a cidade: construção do espaço doméstico, social e da lembrança em Belo Horizonte, que apresenta a história e os aspectos do cotidiano da capital mineira, iniciando nas ruas e casa do Arraial do Curral Del Rei e estendendo-se até a metrópole contemporânea.
No prédio-sede está a exposição Belo Horizonte F.C. – Trajetórias do futebol na Capital Mineira, que narra a história do futebol na cidade. Já no foyer do Auditório pode ser conhecida a história do samba e do carnaval em Belo Horizonte, na mostra Narrativas.
O Museu também oferece aos visitantes atividades de educação patrimonial relacionadas à proteção de bens culturais e à valorização de acervos sobre a história local e a memória social da cidade, além de intervenções museais fora da sede. Há ainda eventos de difusão cultural em seu palco ao ar livre e no auditório.
Situado no bairro Cidade Jardim, o conjunto arquitetônico compreende um casarão secular, sede da antiga Fazenda do Leitão, construída em 1883, e o moderno edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998. Na área externa, estão os abrigos para o bonde elétrico e a locomotiva a vapor, o palco ao ar livre e os jardins concebidos como local de educação e lazer.
A história
As origens do MHAB datam de 1935, quando o jornalista e escritor Abílio Barreto foi convidado a organizar o Arquivo Geral da Prefeitura. Ele passou a recolher documentos e objetos que deveriam integrar o futuro museu da história da cidade e, a partir de 1941, reuniu acervos de forma mais sistemática e em diferentes suportes, selecionados segundo duas grandes seções: peças originárias do antigo Arraial do Curral del Rei e peças relativas à nova capital.
Paralelamente, promoveu-se a restauração do prédio escolhido para sediar o Museu: a casa da antiga Fazenda do Leitão, remanescente arquitetônico dos arredores do Arraial do Curral del Rei. Em 18 de fevereiro de 1943, a instituição foi finalmente inaugurada, com a denominação de Museu Histórico de Belo Horizonte. Em 1967, recebeu a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor.
Com o objetivo de imprimir uma abordagem museológica mais dinâmica, abrangente e sintonizada com as demandas culturais contemporâneas, o MHAB iniciou, a partir de 1993, amplo processo de revitalização institucional, que proporcionou a construção de seu edifício-sede, voltado para a Av. Prudente de Morais, e promoveu a reformulação de sua política de atuação.
"Desde 2003, o MHAB tem se colocado como Museu da Cidade, o que significa tratar das múltiplas memórias de Belo Horizonte", conclui a gestora do museu, Célia Alves, que acrescenta como desafios para os próximos anos "a manutenção da qualidade dos trabalhos e a criação de novas reservas técnicas para acolher novos acervos".
(Texto: Rosiene Assunção
Foto: Eugênio Sávio)
fonte:
http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/70-anos-do-museu-historico-abilio-barreto-mhab-/10883
A secretária-executiva do Ministério da Cultura, Jeanine Pires, participará como convidada da cerimônia de comemoração, nesta quarta-feira, às 10h30.
Ainda estão previstas a apresentação do selo comemorativo MHAB 70 anos e a apresentação do novo auditório e do plano de restauração do museu, o primeiro a ser inaugurado na cidade de Belo Horizonte.
O acervo
Quem visita o museu encontra um acervo de cerca de 70 mil itens que contam a história da cidade, em suas origens, ainda Arraial do Curral Del Rei. A finalidade é tornar público o acesso aos bens culturais preservados, fomentando a participação dos cidadãos na construção da memória e do conhecimento sobre a cidade.
Segundo Célia Alves, os visitantes podem apreciar três exposições que trazem reflexões sobre o cotidiano da cidade. No Casarão (construção rural do final do século XIX) está a mostra A Casa e a cidade: construção do espaço doméstico, social e da lembrança em Belo Horizonte, que apresenta a história e os aspectos do cotidiano da capital mineira, iniciando nas ruas e casa do Arraial do Curral Del Rei e estendendo-se até a metrópole contemporânea.
No prédio-sede está a exposição Belo Horizonte F.C. – Trajetórias do futebol na Capital Mineira, que narra a história do futebol na cidade. Já no foyer do Auditório pode ser conhecida a história do samba e do carnaval em Belo Horizonte, na mostra Narrativas.
O Museu também oferece aos visitantes atividades de educação patrimonial relacionadas à proteção de bens culturais e à valorização de acervos sobre a história local e a memória social da cidade, além de intervenções museais fora da sede. Há ainda eventos de difusão cultural em seu palco ao ar livre e no auditório.
Situado no bairro Cidade Jardim, o conjunto arquitetônico compreende um casarão secular, sede da antiga Fazenda do Leitão, construída em 1883, e o moderno edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998. Na área externa, estão os abrigos para o bonde elétrico e a locomotiva a vapor, o palco ao ar livre e os jardins concebidos como local de educação e lazer.
A história
As origens do MHAB datam de 1935, quando o jornalista e escritor Abílio Barreto foi convidado a organizar o Arquivo Geral da Prefeitura. Ele passou a recolher documentos e objetos que deveriam integrar o futuro museu da história da cidade e, a partir de 1941, reuniu acervos de forma mais sistemática e em diferentes suportes, selecionados segundo duas grandes seções: peças originárias do antigo Arraial do Curral del Rei e peças relativas à nova capital.
Paralelamente, promoveu-se a restauração do prédio escolhido para sediar o Museu: a casa da antiga Fazenda do Leitão, remanescente arquitetônico dos arredores do Arraial do Curral del Rei. Em 18 de fevereiro de 1943, a instituição foi finalmente inaugurada, com a denominação de Museu Histórico de Belo Horizonte. Em 1967, recebeu a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor.
Com o objetivo de imprimir uma abordagem museológica mais dinâmica, abrangente e sintonizada com as demandas culturais contemporâneas, o MHAB iniciou, a partir de 1993, amplo processo de revitalização institucional, que proporcionou a construção de seu edifício-sede, voltado para a Av. Prudente de Morais, e promoveu a reformulação de sua política de atuação.
"Desde 2003, o MHAB tem se colocado como Museu da Cidade, o que significa tratar das múltiplas memórias de Belo Horizonte", conclui a gestora do museu, Célia Alves, que acrescenta como desafios para os próximos anos "a manutenção da qualidade dos trabalhos e a criação de novas reservas técnicas para acolher novos acervos".
(Texto: Rosiene Assunção
Foto: Eugênio Sávio)
fonte:
http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/70-anos-do-museu-historico-abilio-barreto-mhab-/10883