Ouvir o texto...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Exposição Memórias das Minas Gerais - em SÃO PAULO

Edison Mariotti Galeria de Artes Virtual vem contribuindo para
às manifestações de artistas brasileiros divulgando seus trabalhos
na internet. Agora, é com grande satisfação que o convidamos para
a exposição Memórias das Minas Gerais em um ambiente real.

O evento acontece no  ESPAÇO MINAS GERAIS, localizado à Rua Minas Gerais,
246, Higienópolis - São Paulo SP. Essa exposição ficará aberta à visitação,
até 05 de agosto de 2013, de segunda a sexta feira, das 10h às 18h;.
Sábados, domingos e feriados, do espaço MINAS GERAIS é fechado para
visitação.

Ressaltamos que vossa presença é de grande importância, valorizando o
evento e evidenciando os artistas brasileiros.

visite: www.rc.com.br

Cerâmicas tapajônicas do museu João Fonas


Laurimar Leal e as cerâmicas tapajônicas do museu João Fonas


Laurimar, o abnegado administrador do museu João Fonas, posa em frente a um quadro antigo que retrata a figura da Justiça que, como ele, é cega. Foto: Marcio Isensee.
Na minha segunda pergunta sobre datas e eventos, o funcionário do museu embatucou. Por trás dele, vi um senhor de bengala lentamente caminhar até nós. Era Laurimar Leal, 74, auto declarado criador do museu João Fonas, que reúne um acervo que mistura cerâmicas pré-históricas – com mais de 6 mil anos –, quadros (pintados por Leal) de políticos contemporâneos, objetos antigos de épocas variadas e o esqueleto de uma baleia minke que morreu na foz do Tapajós há 2 anos, depois de nadar mais de 1.000 quilômetros desde o oceano, adentrando pelo rio Amazonas até a região em que os dois rio se encontram.

– Ele vai explicar para você, disse o funcionário.

Leal ficou cego há 6 anos devido a um glaucoma. Isso não impediu que rapidamente encontrasse a cadeira da mesa de recepção do museu e começasse a desfiar histórias sem fim. 

Ele é uma celebridade local, dono de uma vida cheia de peripécias. Sua profissão é artista plástico, restaurador e pintor. É poliglota (estudou aramaico e grego nos tempos de escola e fala francês, inglês , italiano e espanhol) e cidadão do mundo. Estudou restauração em Paris e educou a voz de tenor no Rio de Janeiro, onde atuou no Teatro Municipal. Foi 6 vezes secretário de cultura de Santarém, é proprietário de uma reserva natural próxima à cidade, fundou a primeira escola de samba de Santarém e segue uma lista de aventuras que não caberia nessa post. Hoje, ele é o administrador do museu. Ganha um salário mínimo por mês.

O museu fica dentro de um casarão colonial histórico que começou a ser construído em 1853 e ficou pronto em 1868. “Aqui foi ministério público, fórum de justiça, câmara de vereadores, prisão pública, intendência municipal, prefeitura, biblioteca pública”, conta Leal. A primeira ocupação foi a intendência (similar à prefeitura) e prisão pública. Os administradores ficavam nas salas da frente e os presos em celas nos fundos. Segundo Leal, a função de cadeia se superpôs a de sede do legislativo (mistura que, no nível nacional, poderia voltar a ser conveniente nos dias de hoje). Na década de 60, todas as funções públicas já tinham se mudado para outros prédios e o casarão ficou no limbo, até ser reativado na década de 90, por Leal, claro, como centro cultural e mais tarde museu.

Um passado a ser descoberto

Clique nas imagens para amplia-las e ler as legendas. Fotos: Marcio Isensee

A parte principal do acervo do museu é uma coleção de cerâmicas e artefatos das civilizações que habitaram a região. No final da década de 80, Anna Roosevelt, arqueóloga norte-americana que leciona na Universidade de Illinois, fez uma série de descobertas sobre as cerâmicas de Santarém (ou Tapajônicas) e sobre as cerâmicas marajoaras. Ela é nada menos do que a neta Theodore Roosevelt, presidente dos EUA entre 1901 e 1909, que também se aventurou na Amazônia, onde contraiu malária,doença que o acompanhou para o resto da vida.

Usando carbono-14, Anna descobriu que peças de cerâmica tapajônica tinham mais de 6 mil anos, mostrando que a região já era habitada por civilizações bastante sofisticadas muito antes do que se pensava. A coleção que está no museu reúne vasos e urnas mortuárias de tamanhos diversos, ornados com figuras humanas e de animais. Também inclui pontas de machados feitas de de pedra e flechas. Do lado de fora, o prédio do museu está em bom estado, mas a parte interna é decadente e a coleção arqueológica exposta de forma mambembe e sem quadros explicativos. Se recebesse um tratamento de museu classe A, seria uma atração suficiente para justificar uma viagem à Santarém. Os achados também mostram o quão pouco conhecemos dos nossos antepassados em terras brasileiras.

Despedimos-nos de Leal e de Jonas Lobato, 52, o funcionário do museu que nos recebeu. Já quase na porta, Leal nos diz com um jeito tímido: “se eu tiver exagerado, me gabado demais, cortem o excesso”. Concordamos com um sorriso e partimos para encontrar o padre Edilberto Cena, principal liderança do movimento Tapajós Vivo, ferrenho adversário do projeto de construir hidrelétricas no Tapajós. Mas essa história fica para um próximo post.

Abaixo, Leal canta uma música folclórica da região de Santarém. Ele diz que colecionou 63 cantigas do gênero que correm o risco de serem esquecidas.



fonte:

Museu de Paleontologia de Marília abre as portas para descobertas



No mês de julho, o museu funciona durante a semana e também aos sábados com o objetivo de despertar mentes para a curiosidade e a descoberta do novo






As férias são um período de brincadeiras e diversão, certo? Errado. Esse período também pode ser aproveitado com atividades que aliam conhecimento, aprendizado e muita descontração.

Foi pensando nisso, que a secretaria de Cultura de Marília decidiu manter a abertura do Museu de Paleontologia da cidade durante o mês de julho e ainda acrescentou um horário especial aos sábados, para que pais e crianças possam se divertir e conhecer um pouco mais da história dos dinossauros.

A exemplo de anos anteriores, o museu terá, além do horário habitual, das 8 às 17h30 durante a semana, estará aberto também aos sábados, das 14 às 18h para receber o público em geral, da cidade e da região, que vem a passeio, para compras ou mesmo só para conhecer o museu.

Segundo o paleontólogo e coordenador do Museu, Willian Nava, a qualquer período é possível tomar conhecimento que a região de Marília foi habitada por outras vidas. “O conhecimento a respeito da mudança do planeta no decorrer dos séculos é importante também para que estejamos preparados e possamos entender o que acontece no mundo e ao nosso redor”.

A entrada ao Museu é gratuita, por isso, Nava destaca esse ponto como um dos principais. “Não é qualquer jovem no Brasil que tem a oportunidade de ver e saber a respeito de um fóssil de dinossauro gratuitamente. A grande maioria dos museus no país são pagos e por isso o acesso é mais difícil”.

Essa é mais uma opção de cultura, lazer e turismo para Marília que foi presenteada com as réplicas de dinossauros distribuídas em pontos variados da cidade, uma delas em frente ao museu, e que tem atraído a atenção. Também para agradar os visitantes será distribuído um dino imã de geladeira com a imagem do dino, e as crianças poderão ganhar também pequenos fragmentos de fósseis.



Um passeio repleto de novidades

Periodicamente alunos de colégios de Marília e região frequentam o Museu de Paleontologia para saber mais a respeito dos dinossauros que habitaram Marília. Como o estudante Igor Alves Porfilo, 13, que foi ao museu pela primeira vez acompanhado dos colegas de classe e gostou muito do que viu por lá. Ainda revelou gostar muito de visitar museus. “Sempre que tenho oportunidade vou a um diferente. Acho legal porque acabo aprendendo coisas que jamais poderia imaginar que existia”, destacou.

À visita do Museu em Marília, o adolescente diz que agora sonha em conhecer grandes museus de São Paulo, como o Memorial da América Latina. “Tem tantos que pretendo visitar que nem mesmo sei o nome, mas já pedi para meu pai me levar”, conta.

Já a estudante Gabrieli Vitória da Silva




, 11, perdeu a conta de quantas vezes foi ao museu em Marília e não se importa quantas vezes ela vá, sempre vai gostar e se surpreender com alguma novidade.

“Acho que o museu nos ajuda a compreender muita coisa no mundo, principalmente sobre história geral. Sem falar que conseguimos guarda o que o professor nos fala quando temos um exemplo ou algo concreto na nossa frente. Na hora da prova fica muito mais fácil”.

No topo da lista de museus que a estudante pretende visitar está o Catavento, localizado na cidade de São Paulo. “É um museu diferente. É interativo e muito mais divertido. Sempre quis ir até lá e um dia pretendo ir”, disse.



Marília é reconhecida como sítio paleontológico

Atualmente, a região de Marília é considerada um dos grandes sítios paleontológicos da América do Sul. Tudo começou com a descoberta da primeira evidência de um dinossauro nessa região, em abril de 1993.

De acordo com o paleontólogo Willian Roberto Nava, que ajuda essa ciência a ser mais divulgada no Brasil, o achado foi de grande importância para Marília, que foi reconhecida pela mídia nacional e até internacional. O paleontólogo conta que sonhava com dinossauros desde sua adolescência e após passar quatro anos procurando por fósseis, ele encontrou o grande tesouro.

São quase vinte anos de escavações e descobertas importantes e inéditas na área da paleontologia. Hoje, a cidade de Marília possui quatro sítios paleontológicos, e inaugurou o Museu de Paleontologia de Marília para abrigar e divulgar todo o material encontrando na região. A última descoberta na região foi em 2009, quando o paleontólogo Willian Nava encontrou o fóssil de um titanossauro, dinossauro herbívoro que deveria medir aproximadamente 13 metros de comprimento, com base em alguns ossos removidos em 2010 e 2011.

O titanossauro foi encontrado às margens da SP-333, na zona rural, a 20 km ao norte de Marília. O animal não estava enterrado em área particular e sim na faixa de domínio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

fonte: