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terça-feira, 23 de julho de 2013

USP oferece mais de 4 mil vagas em cursos para a terceira idade




Agência FAPESP – A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (USP) divulgou publicação que traz detalhes do programa Universidade Aberta à Terceira Idade para o segundo semestre de 2013.

O programa, que em 20 anos já teve mais de 100 mil alunos, permite que os idosos frequentem disciplinas de cursos da graduação e participem de atividades físicas e culturais, nos campi da USP da capital e de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

São mais de 4 mil vagas distribuídas em 480 atividades. História da arte, música popular brasileira, literatura japonesa, princípios de administração, economia e educação física na terceira idade são alguns exemplos de disciplinas que os idosos poderão cursar.

Ciclo de palestras, oficinas de artesanato, pintura, canto e dança também fazem parte das atividades oferecidas.

As inscrições podem ser feitas a partir do dia 29 de julho e vão até dia 9 de agosto. Todas as atividades são gratuitas e a idade mínima para participar é 60 anos.

A publicação com a relação completa dos cursos, informações sobre o número de vagas, pré-requisitos e instruções para inscrição pode ser retirada nos campi da USP e está disponível para download no em www.prceu.usp.br/portal.php/terceira-idade.

Informações adicionais pelo telefone (11) 3091-9183 ou pelo e-mail usp3idad@usp.br
Created by Mariotti on 23/07/2013 20:30

Exposição no Museu de Arte Sacra homenageia São Francisco de Assis


Museu está ambientado com decoração parecida com a da igreja de São Francisco, que fica na cidade mineira de São João Del Rei
A vida de São Francisco de Assis, um dos santos mais populares da Igreja Católica, pode ser conhecida na exposição "São Francisco de Assis, das Chagas, de Todo Mundo", no Museu de Arte Sacra de São Paulo. O evento é uma homenagem à visita do Papa Francisco ao Brasil.

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O museu está ambientado com decoração parecida com a da igreja de São Francisco, que fica na cidade de São João Del Rei, em Minas Gerais, para que os visitantes tenham a sensação de estar no santuário.

Plotagens reproduzem segmentos e seções da igreja. Ao centro, diversas imagens do santo são dispostas em uma plataforma, como se todos caminhassem em direção ao altar mor.

SERVIÇO Exposição São Francisco de Assis, das Chagas, de Todo MundoAté 11 de agosto, às 13h
Museu de Arte Sacra de São Paulo (Avenida Tiradentes, 676 - Luz, São Paulo)
Tel.: (11) 3326-5393 - visitas monitoradas
Ingresso R$ 6,00 (estudantes pagam meia); grátis aos sábados
www.museuartesacra.org.br

Museu itinerante leva cultura e arte a comunidades da periferia de Maceió


Museu Cultura Periférica surgiu em 2009 e hoje possui cinco núcleos.
Projeto valoriza a história de comunidades a partir da visão da população.


Os dicionários costumam definir os museus como sendo coleções de objetos de arte, cultura, história ou lugares destinados à reunião desses materiais. E esse conceito estático já foi absorvido por nós. Mas em Maceió um grupo que atua em diversas comunidades da capital trabalha com uma proposta bem diferente: um museu móvel, itinerante. A coleção é composta pelas histórias da população a partir do olhar da própria comunidade.
Exposição "Memória que o vento não levou..." foi feita na  feirinha do Jacintinho, em dezembro de 2012. (Foto: Divulgação)Exposição Memória que o vento não levou... foi feita na feirinha do Jacintinho, em dezembro de 2012.
(Foto: Divulgação)
Estamos falando do 'Museu Cultura Periférica', um ponto de memória que realiza atividades de cidadania com o objetivo de valorizar as lembranças sociais. Ele não tem sede e o diferencial é exatamente a possibilidade de estar em múltiplos lugares.

Assim, o que interessa mesmo são as ações, realizadas pelos cinco núcleos em que se divide, em diversos locais da cidade. São exposições, exibição de filmes brasileiros e documentários construídos a partir de elementos da comunidade, apresentações culturais, palestras sobre memória cultural em escolas públicas, tudo construído sob a ótica das histórias da comunidade.

A ideia surgiu em 2009 a partir do programa Pontos de Memória, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com o governo Federal, como explica Viviane Rodrigues, consultora do núcleo presente no bairro do Jacintinho.

A iniciativa foi tão bem recepcionada que o museu sofreu uma ampliação. “Inicialmente os trabalhos se concentrariam apenas no Jacintinho, mas hoje Maceió conta com núcleos também na Zona Sul, que engloba os bairros da região lagunar, na Vila Emater II, na Vila de Pescadores de Jaraguá e existe também o recorte no hip hop, formado por grupos que praticam esse movimento artístico por toda a cidade”, explica Viviane.

A gerência do museu é feita por um grupo formado por pessoas dos locais onde os núcleos estão. “Foi criado um conselho gestor, composto por lideranças das comunidades onde os núcleos estão concentrados, e hoje esse grupo, após capacitações, coordena o museu e desenvolve as atividades, voltadas sempre à valorização e fortalecimento das tradições locais”, explica a consultora.
Algumas das integrantes do grupo de senhoras que participou de uma das edições do Chá de Memória. (Foto: Rivângela Gomes/G1)Algumas das integrantes do grupo de senhoras que
participou de uma das edições do Chá de Memória.
(Foto: Rivângela Gomes/G1)
Bebendo na fonte
Seria necessário produzir uma série de reportagens para que as ações realizadas pelo museu pudessem ser detalhadas uma a uma. Elas são muitas e todas merecem destaque. Mas uma chama atenção pela própria razão de ser, uma vez que ilustra bem a proposta do projeto.

O 'Chá de Memória', uma espécie de sarau de contos, reúne a convite do núcleo pessoas, muitas delas idosas, numa roda de conversa para partilhar relatos antigos sobre a comunidade e ajudar a reconstruir a história do lugar onde vivem ou viveram por muito tempo.

Ao todo, já foram promovidos quatro chás. Em uma das edições no núcleo do Jacintinho, o evento teve a participação de um clube de senhoras que existe há 13 anos e hoje conta com cerca de 30 frequentadoras. Nos encontros, feitos diariamente, as integrantes do grupo Boa Esperança conversam, fazem artesanato, trocam experiências e partilham aprendizados.

Durante a edição do chá, elas puderam compartilhar um pouco do que sabem sobre a comunidade e revelaram fatos existentes num conjunto de informações sobre o lugar que nunca foi escrito, apenas vivido: as lembranças.
Para a aposentada Margarida Oliveira, a oportunidade de contribuir para o museu foi muito significativa. “Participar do chá foi muito importante porque nós somos um pouco de história viva e pudemos compartilhar um pouco do que conhecemos para as pessoas que estavam participando”, comenta.

Registro virtual
À medida que as atividades foram sendo desenvolvidas, foi surgindo a necessidade de um espaço fixo para registro dos eventos promovidos. O grupo, então, criou o blog Museu Cultura Periférica. Lá abrigam fotos e descrições das ações promovidas. “O blog surgiu por causa da necessidade de mostrar as ações para além de quem vê. É uma maneira de manter vivas as ações e compartilhá-las também entre os que não compareceram em um determinado evento cultural”, explica Viviane Rodrigues.

Mas a proposta do museu não se confunde com a do blog, destaca ela. “Lá é um espaço para documentar o que promovemos. O museu em si é alimentado quando levamos as atividades para diversos pontos da cidade. A marca do projeto é a mobilidade”, frisa.
A consultora do núcleo do Jacintinho explica como foi montada a exposição Livres Olhares. (Foto: Rivângela Gomes/G1)A consultora Viviane Rodrigues do núcleo do Jacintinho explica como foi montada a exposição Livres Olhares.
(Foto: Rivângela Gomes/G1)
Resistência cultural
Mesmo diante de algumas dificuldades, o conselho gestor trabalha para manter o museu de pé. “Como não há recursos, as atividades não são tão frequentes como o grupo gostaria. Mas, como os núcleos já estão bem mais estruturados e a comunidade mais agregada, uma quantidade maior de atividades vêm acontecendo”, pontua a consultora.

Atualmente o Museu Cultura Periférica está apoiando a exposição “Livres Olhares: Memória em Permanência”, que exibe fotografias capturadas por crianças de 07 a 14 anos na Vila dos Pescadores do bairro do Jaraguá. O trabalho é fruto de uma oficina realizada em 2011 e apresenta a vida na vila sob uma perspectiva inocente e ao mesmo tempo crítica.

O trabalho fica em exposição no Memorial à República, localizado na Avenida da Paz, no Bairro de Jaraguá, em Maceió, até o dia 30 de Agosto. As visitações podem ser feitas de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 17h.

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