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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Ministério oferece até R$300 mil a projetos de apoio a museus

O Instituto Brasileiro de Museus, do Ministério da Cultura, lançou dois editais para projetos de criação e modernização de museus, com repasses entre R$ 150 mil a R$ 300 mil. O foco é a criação de museus em cidades do país que ainda não têm esses estabelecimentos.
As inscrições podem ser feitas até 12 de setembro pelo site www.sistemas.cultura. gov.br/propostaweb 

fonte:

Ibram lança editais para criação e modernização de museus

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) lançou na última quarta-feira (24), através de publicação no Diário Oficial da União, dois editais públicos para fomento do setor. As oportunidades se destinam ao apoio a projetos de criação e modernização de museus.

O edital Mais Museus tem como foco a seleção de projetos para implantação de museus em cidades que ainda não possuam espaços deste tipo. O Ibram vai conceder aos selecionados repasses com valor entre R$ 150 mil e R$ 300 mil. De acordo com levantamento recente realizado pelo órgão, apenas 20% dos 5.564 municípios brasileiros possuem pelo menos um museu.

As ações apoiadas pelo edital incluem serviços para adaptação de espaços físicos de imóvel; elaboração e implementação de projetos para execução de obras e serviços; elaboração e implementação de planos museológicos ou projetos museográficos; instalação e montagem de exposições; e ainda a manutenção e conservação de bens imóveis.

Outra oportunidade lançada pelo Ibram é o edital Modernização de Museus, que também concederá repasses entre R$ 150 mil e R$ 300 mil aos selecionados. O edital se destina a ações e estudos estratégicos para modernização de museus, manutenção das ações e programações culturais regulares, ampliação do acesso, educação e formação de público.

O edital contempla ainda serviços relacionados à preservação, conservação e digitalização de acervos; atividade editorial e curatorial; capacitação de funcionários/servidores; adaptação, reaparelhamento e modernização de museus; adaptação de espaços e serviços para acessibilidade; e ações de difusão, divulgação e promoção institucional.

Como participar


Podem concorrer aos editais pessoas jurídicas de direito público de âmbitos municipal, estadual e federal, desde que não vinculadas à estrutura do Ministério da Cultura, assim como instituições culturais privadas sem fins lucrativos que sejam mantenedoras de instituições museológicas.

Os projetos inscritos devem possuir valor dentro da faixa de repasse definida pelo Ibram - entre R$ 150 mil e R$ 300 mil. As instituições selecionadas deverão dispor de 20% do valor total do projeto a título de contrapartida. O apoio financeiro será concedido de acordo com disponibilidade orçamentária a partir de banco de dados a ser constituído.

As inscrições para os dois editais podem ser feitas até 12 de setembro através do sistema SalicWeb.

O programa


O Programa de Fomento aos Museus do Ibram tem por objetivo a difusão, a sustentabilidade e desenvolvimento dos museus brasileiros, assim como o estímulo à participação da sociedade na preservação da memória. Sua implementação se dá por meio do lançamento de editais e da seleção de projetos/iniciativas para conveniamento ou premiação.

Com ampla abrangência, o programa apoia e premia iniciativas que vão da construção e modernização de museus até o incentivo a artistas contemporâneos e a experiências de memória social desenvolvida por grupos populares.

fonte:
http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=167521

Museu da Alemanha tem rede gigante inspirada em teia de aranha

Visitantes podem caminhar sobre instalação construída a 25 m de altura. Esferas infláveis de até 300 kg ficam sobre a rede de 3 toneladas.


Instalação 'In Orbit', que está em um museu de Düsseldorf (Foto: Divulgação/Studio Tomás Saraceno 2013/Kunstsammlung NRW)Visitantes caminham na instalação 'In Orbit' (Foto: Divulgação/Studio Tomás Saraceno 2013/Kunstsammlung NRW)
Visitantes podem se sentir flutuando no ar quando caminham em uma instalação gigantesca atualmente em exibição em um museu da Alemanha.
A obra, chamada “In Orbit” (em órbita), é do artista argentino Tomás Saraceno e está no museu Kunstsammlung, em Düsseldorf.
Instalação 'In Orbit', que está em um museu de Düsseldorf (Foto: Divulgação/Studio Tomás Saraceno 2013/Kunstsammlung NRW)Mulher caminha na instalação
(Foto: Divulgação/Studio Tomás
Saraceno 2013/Kunstsammlung
NRW)
A construção fica a mais de 25 metros de altura e ocupa uma área total de 2.500 m², logo abaixo da cúpula de vidro do museu. Ela é formada por uma rede instalada em três níveis, feita em arame de ferro, com meia dúzia de esferas infláveis com diâmetro de até 8,5 metros – a maior delas pesa 300 kg.
Apesar de parecer leve, a malha de ferro pesa 3 toneladas e permite que os turistas se movam por ela.
O artista planejou a instalação durante três anos e teve a colaboração de engenheiros, arquitetos e biólogos para tirá-la do papel. Ele se inspirou nas teias de aranha, e estudou métodos de construção usadas por várias espécies desses animais antes de criar o desenho de sua rede.
Desde que foi aberta, em junho, mais de 10 mil pessoas visitaram a instalação. Mas a forte onda de calor que atinge a Europa acabou danificando o plástico de algumas de suas esferas, e atualmente os turistas podem observar a estrutura, mas não caminhar sobre ela, até que ela seja reaberta – espera-se que no início de agosto.
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Instalação 'In Orbit', que está em um museu de Düsseldorf (Foto: Divulgação/Studio Tomás Saraceno 2013/Kunstsammlung NRW)Turistas sobem na malha inspirada em teira de aranha(Foto: Divulgação/Studio Tomás Saraceno 2013/Kunstsammlung NRW)
fonte:http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2013/07/museu-da-alemanha-tem-rede-gigante-inspirada-em-teia-de-aranha.html


Museu ‘animado’ resgata trajetória dos governadores mineiros

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, será inaugurado nesta segunda. Fatos históricos são contados por espelhos, paredes e porta-retratos.


Espelhos, paredes, porta-retratos, um piano e um telefone recontam acontecimentos históricos e a trajetória dos governadores mineiros no Palácio da Liberdade, sede simbólica  da administração de Minas Gerais, em Belo Horizonte. A casa onde viveram e trabalharam dezenas de políticos recebe a exposição permanente "Palácio da Liberdade - Memórias e Histórias", que vai ser inaugurada nesta segunda-feira (29), com a presença do governador Antonio Anastasia. O espaço vai estar aberto a visitantes a partir do próximo domingo (4) depois de ter sido reformada.
Animação de João Pinheiro está presente em uma das salas. (Foto: Sara Antunes/G1)Animação de João Pinheiro está presente em uma das salas. (Foto: Sara Antunes/G1)
“O palácio está animado, está vivo, latente, querendo contar coisas a você”, ressalta Marcello Dantas, diretor artístico e curador do projeto, parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade. A exposição permanente poderá ser vista aos sábados, domingos e feriados, com percurso de uma hora em média.
Dezesseis ex-governadores, todos mortos, são relembrados nas salas do museu. A começar pelo belo quarto, onde Bias Fortes, o primeiro morador do Palácio da Liberdade, conversa com os presentes. ”Revalorizando o palácio a partir do que aconteceu nele”, destaca Dantas, também responsável pelo Museu das Minas e dos Metais e pela curadoria do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Animação mostra o ex-governador e ex-presidente Itamar Franco (Foto: Sara Antunes/G1)Animação mostra o ex-governador e ex-presidente
Itamar Franco (Foto: Sara Antunes/G1)
Tudo funciona com sensor de movimento. Há vídeos com animações, filmagens em película para aparentar gravações antigas, e até um piano entoando sem parar “Será o Benedito?”. A expressão surgiu na década de 1930 quando o nome do político mineiro Benedito Valadares estava entre os cotados para assumir o governo do estado. Dito e feito.
“Já vejo as meninas com língua-de-sogra a recepcionar a oposição. Não duvide disso”, diz o arquiteto Oscar Niemeyer ao governador Juscelino Kubitschek, em conversa ao telefone. O diálogo fictício também é reproduzido pelo aparelho, localizado em um dos 30 cômodos do Palácio. A queixa do futuro presidente do Brasil era a de viver e trabalhar no mesmo local, tarefa dificultada pela presença das filhas pequenas. Após reclamar, Juscelino pede para o amigo arquiteto projetar a nova morada dos governadores ao pé da Serra do Curral, o atual Palácio das Mangabeiras.
“É daqui que partiu a grande mobilização para o Golpe de 64”, no então governo de Magalhães Pinto, ressalta a historiadora Maria Eliza Linhares Borges, se referindo ao golpe que tirou João Goulart da Presidência da República e declarou o marechal Castello Branco presidente, pelo Ato Institucional I (AII). Uma sala propositalmente sombria relembra o plano de alçar os militares ao poder. Mais à esquerda, Tancredo Neves é destacado como símbolo da redemocratização.
Sala de jantar já recebeu os reis da Bélgica. (Foto: Sara Antunes/G1)Sala de jantar já recebeu os reis da Bélgica. (Foto: Sara Antunes/G1)
Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Eliza foi responsável pelo resgate da história, transposta no museu para diferentes mídias. O tempo de pesquisa foi de aproximados cinco meses. No período, a historiadora recorreu a biografias dos estadistas e revistas e jornais antigos. E ainda teve acesso a um vasto acervo sobre a construção de Belo Horizonte. Durante o trabalho foram compilados elementos comuns às variadas administrações e outros característicos de cada governo.
“Tecnologia e arte nunca se separaram”, disse Marcello Dantas. A tendência de explorar novas mídias é um modo de tornar a experiência da visita mais interativa e imersiva por meio do caráter lúdico. Mas é preciso mais, segundo Maria Eliza. “A ideia de museu não se encerra em si mesma. A visita continua a acontecer nas escolas”, afirmou a historiadora citando excursões de estudantes como exemplo.
Maria Aparecida Rabelo (Foto: Sara Antunes/G1)Maria Aparecida Rabelo (Foto: Sara Antunes/G1)
O Palácio da Liberdade
Maria Aparecida Rabelo dedicou 27 dos 70 anos à limpeza do palácio. Atualmente, comanda a equipe responsável pelo brilho no piso de madeira e nas inúmeras obras de arte. Cuidar do prédio com arquitetura e mobiliário refinados exige produtos específicos e atenção. Nada de pano molhado, alerta ela.
Quando a sede do governo foi transferida para a Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, Região Norte de Belo Horizonte, o local “ficou pouco movimentado” para a tristeza de Maria Aparecida. “A gente nem vê o tempo passar quando tem muito serviço”. Em todo o tempo de trabalho, viu nove governadores no poder. Questionada se a tarefa é difícil, ela diz precisar de “jogo de cintura”. Mas não considera um problema, afirmou também: “Tiro de letra”.
Outra atração à parte é a arquitetura do museu. Os afrescos e móveis têm diversas influências, como a art nouveau, neoclassicismo e ainda a arte árabe. De acordo com Bruno Mitre, curador do Palácio da Liberdade, há pinturas simbolizando as quatro estações e os ideais de fraternidade, liberdade, ordem e progresso.
A escadaria é a peça de maior destaque. De ferro batido, foi encomendada na Bélgica e fabricada na Alemanha. Os pedaços foram trazidos a Belo Horizonte, onde a montagem ocorreu.
Palácio da Liberdade, sede simbólica do governo de Minas Gerais (Foto: Sara Antunes/G1)Palácio da Liberdade, sede simbólica do governo de Minas Gerais (Foto: Sara Antunes/G1)
fonte:http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/07/museu-animado-resgata-trajetoria-dos-governadores-mineiros.html