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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O papel dos museus

Hoje, no país, cerca de 90 instituições estão sendo construídas ou passam por revitalizações profundas

Em todo o mundo, museus desempenham papel fundamental na revitalização urbana e no desenvolvimento social e econômico de importantes cidades, que apresentam incríveis histórias de “antes” e “depois” de seus museus. O Guggenheim Bilbao é um dos casos mais emblemáticos, com dados impressionantes que evidenciam o museu como catalisador de transformação, como, por exemplo, ter gerado um retorno para a economia local seis vezes maior (500 milhões de euros) sobre o valor investido na construção do museu (84 milhões de euros), apenas três anos após a inauguração.

O Brasil, cada vez mais, passa a reconhecer o poder dos museus no desenvolvimento das sociedades e volta seu olhar para o setor. Hoje, no país, cerca de 90 museus estão sendo construídos ou passam por revitalizações profundas (em um universo de 3.500 museus). É claro que as Olimpíadas e a Copa do Mundo são importantes alavancas, mas este boom faz parte de um processo mais amplo que considera os avanços econômicos, a globalização e, sobretudo, a valorização da cultura nas agendas privadas e públicas, incluindo a criação do Instituto Brasileiro de Museus, em 2009.

Esta é também uma aposta do Rio de Janeiro com o MAR, a Casa Daros, o Museu do Amanhã, o MIS e outros projetos anunciados, como o Museu da Moda. São novos museus que precisam lidar com os antigos desafios de atração de público, sustentabilidade financeira e renovação de acervos. Mas a principal demanda para os museus brasileiros é que sejam relevantes! Que façam parte da vida das pessoas, integrando-se ao fluxo das cidades, evoluindo com os movimentos contemporâneos e atuando como polos de reflexão sobre temas atuais. Isto acontece quando as pessoas passam a incluir o museu nas suas escolhas diárias, de motivação turística, econômica, de lazer, espiritual ou intelectual.

A Europa, os EUA, o Canadá e outros países avançaram muito nessa direção. Em 2012, no congresso Communicating the Museum (Comunicando o Museu), no MoMA, em Nova York, debatemos as capacidades que os museus brasileiros precisam fortalecer para chegar lá: experiência — criar uma atmosfera que possibilite aos visitantes viver uma experiência abrangente, além das exposições, seja ela de contemplação, convivência familiar ou entretenimento; conexão — um elo que se cria entre o visitante e o museu, que desperta seu interesse real, e independe das variações temáticas expositivas; presença — que o museu esteja presente, seja onde for, nos jornais, rádios, internet, universidades, ruas, parques, de múltiplas e inusitadas formas, e seja capaz de ir até as pessoas, e não se limitando a esperar que o público venha até o museu.

Nesta semana, o Rio de Janeiro sediará a Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (Icom). Será uma oportunidade ímpar para que os gestores de museus possam se inspirar e encontrar caminhos para estes desafios. A conferência foca no papel social dos museus, área em que o Brasil tem ampla experiência para trocar com o mundo, como seus museus de território, de favela e pontos de memória.

Lucimara Letelier é diretora-adjunta de Artes do British Council/ Brasil

Museu comunitário: templo de memória, cultura e mobilização

À margem da visão tradicional, os novos museus contam e preservam história das comunidades
Nem o salão dedicado aos governadores do Estado, as armas, peças de vestuário do Padre Cícero ou o Bode Ioiô, nem mesmo os antigos artefatos indígenas do acervo - precioso, diga-se de passagem - do nosso Museu do Ceará dariam conta das histórias - e suas múltiplas versões - e a cultura das pequenas comunidades.

O Museu Comunitário do Grande Bom Jardim: FOTO: IGOR GRAZIANO
Na contramão da historiografia tradicional, experiências de museus comunitários, alinhados com a relativamente recente e inovadora corrente da museologia social, resgatam parte deste legado e, assumindo seu papel político na construção da memória, ajudam as próprias comunidades a organizar-se e se reconhecer nesta história.

O Ceará desponta hoje, no Brasil, como a unidade federativa com o maior número de museus comunitários: são pelo menos 30, metade de um total de 60 registrados. Criados, organizados e mantidos pelas próprias comunidades, eles estão reunidos na Rede Cearense de Museus Comunitários e colocam, em conjunto, o Estado como uma referência na área.

Índios
No particular contexto cearense, os museus indígenas são pioneiros e encarados pelas próprias comunidades como importante ferramenta de organização e luta política por reconhecimento. Os índios cearenses chegaram a ser decretados extintos pelas autoridades da Província, em 1860, e constantemente tem sua matriz étnica e cultural negada.

"Antes, nossos guardiães da memória morriam e levavam tudo com eles, não transmitiam tanto conhecimento e histórias. Hoje, isso está ficando gravado e a gente repassa aos mais jovens", compara Eraldo Alves, 38 anos, índio da tribo Jenipapo-Kanindé, de Aquiraz, mais conhecido como Preá. Ele é também um dos guias do Museu Indígena Jenipapo-Kanindé.

Desde 2009, eles mantém aberto aos visitantes e, especialmente, à própria comunidade, um acervo que inclui peças, roteiros e histórias. É que, para este tipo de experiência museológica, a história não é narrada exclusivamente por um acervo material e o processo de construção do acervo é um dos pontos chaves. "A gente colocou no museu o que tinha de mais significativo para mostrar para ao visitante. Mas o nosso museu é de território, não é apenas o que temos nessa sala. Quando o visitante vem, a gente quer que ele conheça o que temos, nossa escola indígena, a Lagoa da Encantada, a praia do índio, as trilhas, a nossa festa do marco vivo", explica Preá.

Além de trajes tradicionais, panela de barro, artesanato, fotografias antigas de lideranças, o acervo do museu é formado pelos espaços e situações identificadas como fontes de sobrevivência ou locais sagrados, os mitos, os ritos e as histórias da luta pela terra, por exemplo. Entram aí, inclusive cenas cotidianas e atividades como o pôr-do-sol na lagoa e a pesca. Tudo identificado como patrimônio da comunidade e transformados em acervo do museu.

Periferia

Outra experiência bem sucedida em museologia social está sendo desenvolvida no Grande Bom Jardim, território formado pelos bairros do Canindezinho, Siqueira, Bom Jardim, Granja Lisboa e Granja Portugal. Inaugurado em agosto do ano passado com a mostra "Jardim das Memórias", o Museu Comunitário do Grande Bom Jardim é uma instituição que surge entre as ações da Rede de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável do Grande Bom Jardim.

"A gente entende a memória e a museologia como ferramentas políticas. Para uma afirmação de identidade política e de uma identidade territorial. Entendemos isso como estratégia em prol da comunidade", argumenta Adriano Almeida, consultor do museu e militante de direitos humanos. O projeto foi contemplado no primeiro edital Pontos de Memória do Instituto Brasileiro de Museus em 2012.

Articulado pelo eixo de memória da Rede, foi realizado grande inventário nos cinco bairros da região, contando com a participação e sugestões das comunidades. "Identificamos o patrimônio cultural, quais foram e são as grandes lutas da comunidade - como a duplicação da Avenida Osório de Paiva, que durou mais de 12 anos, a luta por acesso a rede pública de saneamento e drenagem, por luz - e os moradores que constituem liderança nessas lutas; as formas de expressão, os grupos musicais literários, teatrais; os movimentos e tendências religiosas", ilustra.

O processo resultou em mais de 50 itens reunidos na exposição para contar essa história. "Nós entendemos a importância das comunidades pastorais, em 1980 e 1990, para o bairro, dos terreiros de umbanda e candomblé. Registramos os ofícios e modos de fazer e saber, da comunidade, identificando produtores, artesão. Descobrimos famílias que trabalham com bio-joias, famílias que trabalham trancelim com palha, produção de artefatos, assessórios com quenga de coco", detalha Adriano sobre o processo de inventário que incluiu realização de rodas de memória nos bairros e contou com pesquisadores da própria comunidade.

A próxima exposição, já está a caminho e terá como tema a criação do bairro propriamente dita e a forte influência religiosa neste processo. "Entendemos nosso museu como uma estratégia discursiva de afirmar, de realizar política afirmativa sobre o território do Grande Bom Jardim. Nessa perspectiva, a gente trabalha uma identidade territorial", diz Adriano Almeida.

fonte:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1302870

Especialistas debatem relação de museus com mudança social



Rio de Janeiro – O British Council, organização internacional do Reino Unido para oportunidades educacionais e relações culturais, participa da 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (Icom) com quatro especialistas na relação entre os museus e a mudança social, tema principal do encontro que começa hoje (10) na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Para esse intercâmbio, que vai além da conferência, o British Council criou um programa de desenvolvimento de museus, o Transforme, fruto dos vínculos olímpicos que se estabeleceram entre Londres, que sediou as Olimpíadas de 2012, e o Rio de Janeiro, que realizará os Jogos de 2016.

A diretora assistente de Artes do British Council, Lucimara Letelier, destacou que o Reino Unido e o Brasil têm muitas experiências para trocar na área de museologia. “Há um reconhecimento de que o Brasil já desenvolveu uma expertise, uma capacidade nova que tem sido percebida pelos museus britânicos, principalmente na área de inclusão social”, explicou em entrevista à Agência Brasil. “Isto se dá claramente na museologia social, com o surgimento dos museus de favela, dos pontos de Memória”, acrescentou.

Por sua vez, os museus do Reino Unido, país que abriga algumas das mais importantes instituições da área em todo o mundo, têm muito o que oferecer aos seus congêneres brasileiros em capacidade administrativa. “São museus cuja gestão é uma referência mundial”, disse a diretora do British Council.

Segundo Lucimara, há outras contribuições, além da competência em matéria de gestão. “Os museus britânicos têm trabalhado muito a relação entre museu e justiça social, tema de um dos workshops da conferência. Um exemplo é o Museu de Liverpool, que desenvolve temas como a afrodescendência e as questões de gênero”, comentou.

Os palestrantes britânicos vão participar de oficinas e de seminários em quatro comitês internacionais da conferência do Icom. São os que tratam de educação e ações culturais; museus de cidades; administração de museus e museus e coleções de arte moderna. Os especialistas Viv Golding e Richard Sandell são da Universidade de Leicester, considerada referência na Europa em estudos museológicos. Os outros dois são o curador do The Baltic Centre of Contemporary Art, da cidade de Newcastle, Laurence Sillar, e o diretor dos Museus Nacionais de Liverpool, David Fleming.

De acordo com Lucimara Letelier, o comitê que debaterá a relação entre os museus e a transformação da cidade será o espaço para que Richard Sandell fale sobre a experiência britânica. “Em Londres, os museus conseguiram se unir e trocar experiências para a programação cultural paralela aos Jogos Olímpicos. Aqui, o comitê está propondo uma troca bastante intensa com a região do Porto Maravilha. Será a oportunidade de abordar como os museus se relacionam com as transformações de uma cidade que está para receber um evento do porte das Olimpíadas”, disse.

fonte:
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2013/08/10/especialistas-debatem-relacao-de-museus-com-mudanca-social/

UFMG terá museu interativo com o funcionamento do corpo humano

A UFMG inaugura, no dia 24 de agosto, no Museu de História Natural e Jardim Botânico, o Espaço Interativo Ciências da Vida (EICV) com o objetivo de promover a difusão e popularização da ciência e tecnologia. A estrutura vai mostrar ao público o funcionamento do corpo humano em uma abordagem lúdica, digital e participativa, tendência museológica seguida por outras instituições em Minas e no Brasil. A montagem do espaço custou US$ 1,5 milhão, financiado em partes iguais pela Fundação Lampadia e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

Serão sete salas representativas da célula e dos sistemas fisiológicos e biofísicos do homem – além da recepção, onde o visitante entra em contato com as primeiras estruturas em exposição. Cada sala trata de um dos subsistemas do organismo: Corpo e movimento (ossos, estruturas, reações); Digestão e nutrição; Coração e circulação; Reprodução; Célula ao alcance da mão; Sentidos e Sentir, lembrar e agir (sistema nervoso).

Manequim do ambiente Corpo e movimento: complexidade da estrutura corporal (Lucas Braga/UFMG)
Manequim do ambiente Corpo e movimento: complexidade da estrutura corporal
O espaço também terá uma biblioteca virtual, com quatro nichos para a imersão em temas que dialogam com as demais estruturas do museu: O homem e a natureza; O homem e o universo; O homem e seu espaço de vida e O homem e sua história. Todo mês a instituição deve ter uma oficina relativa para capacitar professores do ensino fundamental e médio, de forma que eles possam levar para as salas de aula novos conhecimentos e perspectivas educacionais.

O horário de funcionamento é o mesmo do Museu: de terça a domingo, de 10h às 17h.

Multidisciplinar
Uma das principais características do Espaço é a utilização da tecnologia para a transmissão de conhecimento. As salas são equipadas com instalações interativas, vídeos e modelos anatômicos, tanto em tamanho natural quanto em versões ampliadas. As instalações da sala Célula ao alcance da mão estão preparadas para receber públicos diversos, como os deficientes visuais, pois são, em grande parte, táteis.

O processo de concepção e desenvolvimento do Espaço envolveu equipe multidisciplinar de professores e pesquisadores da UFMG, além de designers e especialistas nas áreas de multimídia e interatividade. Além dos professores do ICB, atuam docentes da Escola de Belas-Artes (EBA). Tudo para atingir o objetivo de combinar entretenimento com educação, tornando o lugar educativo e instigante.

fonte
http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2013/08/11/interna_tecnologia,433986/ufmg-tera-museu-interativo-com-o-funcionamento-do-corpo-humano.shtml  

Empresários do setor hoteleiro de Joinville buscam opções para turistas


Ao conhecer pontos turísticos de Joinville, diretores do Convention & Visitors Bureau querem oferecer opções de passeios para que visitantes fiquem mais tempo na cidade





Empresários do setor hoteleiro de Joinville buscam opções para turistas Leo Munhoz/Agencia RBS
Grupo conheceu pontos turísticos e se surpreendeu com quantidade de opções para visitantes Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS
Caroline Stinghen
Olhe bem para a imagem desta página. Você acredita que isto é Joinville? Ao analisar a foto, você deve estar se perguntando: como eu nunca estive neste lugar antes? Joinville têm jardins parecidos com os de mansões e castelos europeus, bosques de flores raras, caras e exóticas, comida colonial, melado feito no tacho e até passeios de trator pelo sítio. Há ainda uma dezena de museus, que por incrível que pareça, mesmo localizados no Centro da cidade, ainda são pouco conhecidos pela população. Sem esquecer da história da imigração do município, que por si só rende uma boa roda de conversa com a família e amigos.

Foi com esta curiosidade que o grupo de diretores do Convention & Visitors Bureau de Joinville fez na última sexta-feira um tour pela cidade para conhecer melhor estes cantinhos e histórias especiais. O objetivo era visitar os pontos turísticos esquecidos pelos moradores e até pelo poder público, para analisar os pontos positivos e o que está faltando para que o turismo nestes locais possa deslanchar de vez.

O grupo pretende sentar e conversar nos próximos dias para decidir quais melhorias — se elas realmente forem necessárias — serão sugeridas à Prefeitura e à Fundação Turística. Mas neste momento, explica a presidente do Convention, Ana Luiza Moeller Wetzel, não serão feitos elogios e nem críticas.

Os empresários do ramo do turismo querem apenas dizer, de boca cheia, que Joinville tem sim muita coisa a se fazer e conhecer. E a partir de então, indicar estes roteiros e lugares com a certeza de que a visita valerá a pena ao turista.

— Nós queremos acabar com esta mania das pessoas falarem que em Joinville não tem nada para se fazer — explica Ana Luiza.

De van e acompanhados por uma guia turística bem informada sobre a cidade, dona Conceição Junkes, o grupo passou e soube mais sobre a história da Estrada da Ilha, local que pode ser chamado de caminho dos produtores de flores, onde encontraram grandes exemplos de empreendedorismo, como as hemerocallis da Agrícola da Ilha – uma das maiores empresas do Brasil neste ramo. De lá, seguiram para a Estrada Bonita, onde conhecerem a fazenda da família Ango Kersten. Preservando a tradição e, ao mesmo tempo, se preocupando com a sustentabilidade, Ango faz passeios com turistas e com crianças de escolas.

Já na casa de dona Olinda Kersten, eles aproveitaram e levaram para casa produtos coloniais como pães e biscoitos caseiros. Museus e a rua das Palmeiras também entraram no roteiro na parte da tarde.

— Precisamos valorizar mais estes espaços culturais. Uma das nossas conquistas foi pedir para que os museus abrissem no domingo de manhã, durante o Festival de Dança. E deu certo. Em um dia, foram 90 visitas – comemorou a integrante do Convention e também presidente do Conselho Municipal de Turismo, Rosi Dedekind.

Objetivo é conquistar o empresário
Como o principal ramo do turismo em Joinville ainda é o de eventos, principalmente empresariais, o Convention quer conquistar cada vez mais este tipo de turista.

quer aproveitar a campanha da Fundação Turística, "Fique mais um dia", e sugerir roteiros de passeios diferentes, que podem ser feitos após o expediente e que faça o empresário aproveitar melhor a cidade. Se ele trouxer a família junto, afirmam os hoteleiros, será melhor ainda.

Este tipo de turista, segundo estudos da Fundação, gasta em torno de R$ 250 por dia em Joinville. Caso ele resolva ficar mais um dia para passeio, o lucro será dividido tanto entre o setor hoteleiro (mais uma diária), quanto aos restaurantes, e aos produtores rurais, que passarão a receber mais visitas.

Para isto acontecer, concordam, é preciso olhar com mais carinho para outras cenas da cidade e tirar o dinheiro do bolso para investir.

Eles reclamam que a sinalização para chegar à Estrada da Ilha, por exemplo, é bastante precária.

— Para nós mesmos colocarmos placas pela cidade para informamos sobre as nossas produtoras, fica muito caro – contou o produtor de flores da Estrada da Ilha e dono da empresa Agrícola da Ilha, Dário Bergemann.

Quando o roteiro de turismo rural foi criado na Estrada Bonita, em 92, eram 16 produtores, lembrou o agricultor Ango Kersten. Segundo ele, quando colocaram o pórtico, já em 92, o movimento aumentou. Com o asfalto, no início dos anos 2000, a situação melhorou. O agricultor ainda luta, junto dos demais integrantes da comunidade, pela construção de uma ciclofaixa.

— Os turistas ficam nas pousadas e têm medo de sair de bicicleta, porque não há acostamento — argumenta o agricultor.

Segundo Douglas Hoffmann, gerente de Marketing e eventos da Fundação Turística, os projetos de sinalização para os pontos turísticos da área urbana e rural já estão prontos. Uma emenda parlamentar do deputado Marco Tebaldi, com dinheiro do governo federal, irá garantir a instalação das placas na cidade.

A expectativa é que até o fim do ano elas estejam colocadas. O investimento será de aproximadamente R$ 1 milhão para 250 placas.

Já para a área rural, um projeto busca captar em Brasília R$ 1 milhão para a instalação de 180 placas e colocações de pórticos para a Estrada da Ilha, Pirabeiraba e áreas do Vila Nova.