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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Salvador e RMS têm 86 museus



Cerveja gelada, sol, praia, acarajé e música popular. Quem pensa que essa é a combinação perfeita e a preferência dos baianos pode ficar surpreso. Frequentar shoppings, cinemas, teatros e museus também são algumas das alternativas mais procuradas pelos soteropolitanos nos finais de semana. Segundo dados da Diretoria de Museus do Instituto Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC), anualmente, cerca de 315 mil pessoas visitam os museus do Estado, administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

De acordo com informações da Dimus, Salvador e Região Metropolitana possuem um total de 86 museus particulares e públicos com acervos variados. Atualmente, 11 permanecem sob administração do Ipac, que são o Museu de Arte Moderna (MAM), com 200 mil visitantes por ano, Museu de Arte da Bahia (MAB), 35 mil, Palacete das Artes, com 43 mil por ano, Solar do Ferrão E Abelardo Rodrigues, ambos com 24. 250 visitantes ao ano, Museu Tempostal, com 4,5 mil, Udo Knoff, com 5,5 visitantes, Parque Histórico Castro Alves, Museu dos Humildes, Vanderlei Pinho e o Palácio da Aclamação. Os três últimos permanecem fechados para reforma, sem previsão de abertura, o que impossibilita a obtenção de dados.



A estudante de produção cultural da Universidade Federal da Bahia, Ana Maria de Azevedo Rocha é uma dessas pessoas. Segundo ela, praia, sol e cerveja é uma boa pedida, mas não há nada mais ‘rico’ do que dormir após visitar uma galeria de artes. “Gosto de praias, mas prefiro visitar alguma exposição e aprender algo que sei que ficará comigo para o resto da vida. Tem coisa melhor do que sair de uma exposição, tomar um vinho com amigos e durante o sono ainda sonhar com todas as cores e técnicas vistas no passeio? Acho que não”, disse a jovem de apenas 26 anos. Questionada se o gosto apurado é empecilho para a socialização, Ana Maria é taxativa. “Claro que não! Não sou uma chata que só pensa em cultura, mas assumo que termino lidando melhor com pessoas que têm as preferências parecidas com as minhas”, explica.

A última exposição feita em Salvador, o artista plástico Paulo Darzé conversou com a Tribuna e disse que o estereótipo de que baianos não apreciam quadros, peças artísticas e históricas, não deve ser considerado. “Aqui em Salvador já fiz muitas exposições importantes, tanto de artistas nacionais como internacionais. Tudo que ganhei, até agora, foi daqui. Se não existisse admiradores da arte não estaria a tanto tempo vivendo disso. Posso dizer com segurança que o número de apreciadores cresce cada dia mais”, afirmou. Há 30 anos Darzé tem uma galeria, na Rua Doutor Chrysippo de Aguiar, Corredor da Vitória, que leva o próprio nome.

Cidade-museu

Conhecida como uma cidade-museu diante da quantidade de igrejas, palácios, conventos e fortes, a Bahia é um estado com grande carga cultural que pode ser encontrada em qualquer parte. Em Salvador, quem pretende conhecer um pouco do mundo artístico pode fazer um passeio na região do Centro Histórico, Pelourinho, e visitar museus de diferentes acervos.

Entre eles estão o Museu Abelardo Rodrigues, instalado no Solar do Ferrão, com 800 peças entre santos barrocos, gravuras e ourivesaria; Museu da Catedral Basílica, localizado na praça 15 de Novembro; Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA, que abriga objetos indígenas, pinturas e fotografias, Museu Erótico, instalado no Grupo Gay da Bahia (GGB); o Museu Eugênio Teixeira de Leal/Memorial do Banco Econômico, que conta a história do dinheiro e abriga uma biblioteca sobre a história social, econômica, política e cultural da Bahia, com cerca de 5.000 peças, dentre elas, moedas, medalhas e, condecorações nacionais e estrangeiras, mobiliário, pintura, placas e troféus, documentos, fotografias, fitas cassetes e vídeos; entre outros.

Já na região do centro da cidade, no Museu do Palácio da Aclamação é possível encontrar um acervo mobiliário, quadros, colchas, objetos de decoração, cúpulas e lustres. Já no Museu de Arte Antiga e Popular Henriqueta Catharino é possível encontrar peças de vestuário, dentre estas, a cauda e saia usadas pela Princesa Isabel quando assinou a Lei Áurea, o solidéo do Papa Pio X e imagens sacras.



No Corredor da Vitória está instalado o Museu Carlos Costa Pinto, que desenvolve programação cultural, com palestras, seminários, exposições e oficinas de arte. O acervo conta com 3172 peças dos séculos XVII, XVIII e XIX entre prataria, joias, mobiliário, cristais, porcelanas, artes plásticas e pequenos objetos decorativos. Há alguns metros está o Museu Geológico da Bahia, com rochas, fósseis e pedras preciosas; entre outros. 


fonte:
http://www.tribunadabahia.com.br/2013/09/03/salvador-rms-tem-86-museus