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domingo, 26 de janeiro de 2014

Morro de Santos abriga museu com obras de arte sacra e exposições itinerantes

Logo na entrada de Santos, no sopé do Morro São Bento, uma antiga construção similar a uma fortaleza alerta o visitante de que ele está chegando a uma cidade que respira história.




Trata-se do prédio do Museu de Arte Sacra de Santos (Mass), que fica na Rua Santa Joana D’Arc, 795. Erguido no século 16 – anexo à Igreja de Nossa Senhora do Desterro –, abrigou o extinto Mosteiro de São Bento até 1958.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1948, o edifício também funcionou como um internato para refugiados russos entre 1958 e 1968, antes de receber a coleção de esculturas e pinturas sacras datadas desde o século 16.

Idealizado pelo antigo Bispo Diocesano de Santos, Dom David Picão (1923–2009), o museu possui em torno de 600 obras, das quais 400 estão em exposição permanentemente.

Na administração do espaço desde maio de 2013, Ana Cristina Requejo vem ajudando a pensar em exposições temporárias que estão ajudando a dinamizar a programação do museu, fazendo com que os visitantes retornem.



Acervo com 600 peças do gênero feitas em diferentes períodos e artistas retrataram a história da sagrada família

Hoje mesmo, será encerrada a mostra Menino Deus, com esculturas e pinturas de diferentes artistas, períodos e técnicas, que retratam a sagrada família para além da batida imagem do presépio.

Outra exposição que está em cartaz até 2 de fevereiro se chama Santo Anjo do Senhor, com fotografias de vitrais das igrejas santistas impressas em telas de voal espalhadas pelos corredores do museu, além de representações esculpidas e pintadas.


A entrada para o Mass custa R$ 5,00. O turista que apresentar o voucher do Bonde Turístico ou da linha de ônibus Conheça Santos paga R$ 2,50. O museu funciona de terça a domingo, das 10 às 17 horas. Mais informações pelo telefone 3219-2898.
 
fonte:
http://www.atribuna.com.br/cidades/morro-de-santos-abriga-museu-com-obras-de-arte-sacra-e-exposi%C3%A7%C3%B5es-itinerantes-1.362517

Museu na selva recria seringal

A série 'Bem Viver Indica' do jornal A Crítica faz um passeio pelo espaço cultural que remete ao tempo áureo da borracha




Local serviu de cenário para o filme "A Selva", lançado em 2002 (Luiz Vasconcelos)


Situado a 15 minutos de lancha da Marina do Davi, fazendo divisa com a Comunidade Nossa Senhora de Fátima, está o Museu Seringal Vila Paraíso, erguido há mais de dez anos entre espécies nativas da região e diversos exemplares da Hevea brasiliensis. Gerenciado pela Secretaria de Cultura, o espaço serviu de locação para o filme “A Selva” e hoje recebe visitantes das mais diferentes nacionalidades, curiosos em descobrir de onde saíram as riquezas que financiaram o luxo da Belle Époque amazonense.

Quem conduz a reportagem é Marilene Batista, moradora da comunidade vizinha e guia do museu há quase um ano. Para quem chega, ela começa explicando que o local é uma réplica do verdadeiro Seringal Vila Paraíso, localizado no Município de Humaitá, onde o escritor português Ferreira de Castro trabalhou durante quatro anos e no qual ele ambientou o seu livro “A Selva” (que viria a inspirar o longa-metragem homônimo).

A primeira parada da visita guiada é a sala de jantar do coronel, colada ao “canto da cultura”, que abriga um piano centenário e um autêntico relógio suíço. No ambiente, as únicas coisas que parecem ser genuinamente amazônicas são as tábuas que dão forma à casa e o teto, que naquela época era feito de palha de tupé – como explica a guia.

 

Casa do coronel e barracão de aviamento têm objetos de época

“O coronel morava no meio da selva amazônica, mas vivia no luxo. Na mesa dele tinha prata, porcelanas portuguesas e cristais italianos. Nas paredes, telas pintadas na Europa. Todas as peças são originais da época, mas não pertenciam ao seringal”, acrescenta Marilene. Conhecedora de cada palmo do lugar, por vezes ela fala como se recitasse o texto do livro de Ferreira de Castro.

Realidade e ficção

Os outros cômodos conduzem o visitante a um verdadeiro mergulho ao modo de vida em um seringal do fim do século 19 e início do século 20, período considerado como o ápice do ciclo econômico da borracha. Os ambientes, de certa forma, aproveitam o enredo de “A Selva” para contar passagens da História do Amazonas, assim como as extravagâncias da Belle Époque amazônica.

Na cômoda de um dos quartos, repousa uma caixa de charutos cubanos, hoje puídos pela ação do tempo. A guia, então, reconta causos já conhecidos pelos amazonenses: charutos que eram acesos com notas de 100 mil réis e roupas mandadas para lavar em Lisboa ou Paris, porque acreditava-se que a água do Rio Negro mancharia as peças.

Contraste

Na sequência, visita-se o barracão de aviamento, a pequena capela, e os locais de trabalho e descanso dos seringueiros do primeiro ciclo da borracha. É quando toda a experiência começa a ser contrastante.

A guia vai revelando detalhes da rotina de sofrimento e privações de quem ocupava o posto mais baixo no sistema produtivo que ergueu o Teatro Amazonas e deu contornos europeus à capital amazonense. “Era proibido caçar, plantar e pescar, para que os seringueiros comprassem tudo aqui e fizessem dívidas. Quanto mais dívidas, melhor para o coronel”, conta Marilene.


fonte:
 http://acritica.uol.com.br/vida/Manaus-Amazonas-Amazonia-cotidiano-museu_da_borracha-selva-seringa-borracha-historia-paraiso-realidade-ficcao-cultura-arte-passeio-turismo-Turistas_0_1073292668.html

 

Museus do Rio serão ligados por rede digital

Um sistema de gerenciamento de acervos museológicos será disponibilizado gratuitamente para os museus do estado. O projeto Musa – Rede Web de Museus vai permitir uma catalogação digital padronizada do acervo das instituições. Com isso, será possível fazer busca e visitas pela internet a todos os museus da rede, que poderão também montar exposições virtuais com peças e obras presentes em todas as instituições.

A superintendente de Museus da Secretaria de Cultura do estado (SEC), Mariana Várzea, explica que as oito unidades ligadas ao órgão utilizam o Sistema de Gerenciamento de Acervos Museológicos (Sisgam) desde 2009. Agora, a SEC planeja disponibilizar o sistema para integrar outras instituições.


“O conceito é atender a pequenos museus do Rio, que hoje não dispõem de recurso para ter um sistema próprio de documentação de seus acervos. As instituições que aderirem à rede poderão também contar com o conhecimento colaborativo na construção de seus trabalho e de seus desafios”, acrescenta Mariana

Atualmente, cada museu tem seu próprio sistema, o que impossibilita o intercâmbio de informações. Outro fator que será reforçado com a rede é a segurança, já que a digitalização vai melhorar a gestão e o controle dos acervos. De acordo com a superintendente, a implantação em 2014 é um piloto para verificar a viabilidade do projeto.

“É uma ideia inovadora. Do que a gente conhece, vai ser a primeira rede de um sistema colaborativo no Brasil, aberto a instituições públicas e privadas. http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-01/para-fim-de-semana-museus-do-rio-de-janeiro-serao-ligados-por-rede-digital


 Acho que a gente está dando um passo importante não só para as instituições se organizarem, mas também para que o público possa ter acesso on-line a essas coleções. Será possível, inclusive, atender às escolas, aos curadores, aos pesquisadores e a todos aqueles interessados”.

Mariana ressalta que o sistema é uma tecnologia desenvolvida pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj). O edital de seleção para adesão ao Sisgam será publicado no segundo semestre deste ano. Devem ser abertas 20 vagas para instituições do interior que queiram organizar seus acervos.

O Projeto Musa é uma parceria do Clube da Cultura e da Superintendência de Museus da SEC e foi inaugurado oficialmente nesta semana, com o Colóquio Fazer e Vender Cultura: Museus em Rede, no Oi Futuro Flamengo.


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