Hoje, Sochi é mundialmente conhecida como a capital dos XXII Jogos Olímpicos de Inverno e XI Paralímpicos. Há 4 anos, na cidade foi criado um museu para mostrar a história das competições olímpicas nesta estância do Mar Negro.
Os principais objetos da exposição são tochas dos Jogos Olímpicos de Sochi de 2014 e das Olimpíadas de Moscou de 1980, bem como as bandeiras olímpicas e paralímpicas que foram doadas por Vancouver, última anfitriã das Olimpíadas de Inverno, ao museu.
Entre outros objetos expostos há um trenó de skeleton, bem como uma caneta histórica com a qual foi assinado o acordo de realização dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi. A exposição também possui vários trajes usados pelos grandes dançarinos russos na cerimônia de encerramento dos XXI Jogos Olímpicos, em Vancouver.
O orgulho deste museu é um visualizador tridimensional que recria, em formato de 3D, as obras de construção olímpica. Sentado confortavelmente em uma cadeira, cada um pode observar o início da construção em 2009 e comparar com as pistas, estradas e estádios olímpicos já prontos.
Espera-se que, no futuro, o museu não seja só uma "montra" da história olímpica da cidade de Sochi, mas também um centro cultural, onde os atuais campeões olímpicos poderão compartilhar os segredos de seu sucesso com os futuros campeões.
fonte:
http://portuguese.ruvr.ru/2014_02_14/Museu-Ol-mpico-de-Sochi-7885/
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Salvador vai ganhar museu para abrigar obras de Frans Krajcberg
Enquanto não inaugura, parte das esculturas irá para Palacete das Artes. Artista plástico ganha medalha do MP-BA pela arte em defesa da natureza.
Frans Krajcberg recebe das mãos do Governador Jaques Wagner o Prêmio JJ Calmon de Passos (Foto: Yuri Girardi/G1)
Salvador receberá um museu exclusivo para abrigar as obras do artista plástico polonês naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg. O novo equipamento cultural será instalado no Alto de Ondina, perto da sede do governo baiano. Ainda não há previsão de inauguração.
A novidade foi anunciada pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, nesta quinta-feira (13), na cerimônia de entrega do Prêmio "JJ Calmon de Passos", na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Salvador, onde o também fotógrafo recebeu medalha em homenagem ao seu trabalho em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.
Durante a cerimônia, Jaques Wagner afirmou que, até que o museu se concretize, o Palacete das Artes, que hoje abriga esculturas do francês Auguste Rodin, funcionará temporariamente como local para a exposição de algumas obras de Krajcberg, que tem 92 anos.
O prêmio foi entregue pelo procurador-geral de Justiça, Wellington César Lima e Silva, e contou com a presença ainda do secretário de Cultura da Bahia, Antônio Albino Rubim.
"Para ser universal, é preciso ser local. Se você escolheu Nova Viçosa para viver, é porque você tem noção que seu grito pela defesa da natureza pode ser ouvido em todo mundo, independente de onde esteja. Assim como Calmon [de Passos, jurista], você tronou da adversidade matéria-prima para a transformação da sua vida", disse Lima e Silva em agradecimento ao artista.
Frans Krajcberg aproveitou a oportunidade e contou que foi atraído para Nova Viçosa por um amigo. Ao chegar no local, conta que se deparou com as belezas dos manguezais e decidiu ficar. Segundo ele, a pequena cidade tinha "a floresta mais linda e rica do planeta". Atualmente, boa parte da sua vegetação está degradada, conforme denuncia, mais uma vez.
Krajcberg discursou e confessou estar muito emocionado com a medalha, a qual considera a segunda mais importante das sete que já recebeu. (Assista ao momento no vídeo abaixo).
"Estou muito emocionado, é a sétima medalha que estou ganhando, a primeira medalha que fiquei muito emocionado, tanto quanto ganhei a medalha na mão de [Josef] Stalin [líder da ex-União Soviética], em Moscou, a medalha da guerra. A luta continua, meu trabalho continua, tenho um pequeno museu em Paris que está aumentando, vou fazer uma grande exposição em Monique e em Nova York. Por isso, essa medalha é emocionante para mim", disse.
O Secretário de Cultura da Bahia, Antônio Albino Rubim, afirmou ainda que está com viagem marcada, junto com o reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSBA), para que os alunos de artes, humanidades e meio-ambiente possam ter contato direto com a obra dele.
Frans Krajcberg será homenageado na Bienal da Bahia. A terceira edição do evento ocorre no dia 29 de maio, em Salvador. Exposições e outras atividades estão sendo programadas sobre o legado do artista plástico.
Artista, fotógrafo e ativista, a luta de Kracjberg é pela natureza (Foto: Djanira Chagas)
Frans Krajcberg tnasceu na Polônia e adotou o Brasil como sua nação. Filho de judeus, lutou durante a Segunda Guerra Mundial contra as forças nazistas, para quem perdeu a família em um campo de concentração em 1945, mudando-se no ano seguinte para o Brasil.
Das lembranças da guerra, Krajcberg tira inspiração para fazer suas obras. Ele se naturalizou brasileiro em 1954 e fincou morada no município de Nova Viçosa, no sul da Bahia, onde mora até hoje.
Krajcberg sempre estive ligado às questões do meio ambiente e se dedica ao combate de crimes ambientais, queimadas, desmatamento, crimes contra povos indígenas e exploração de minérios. Em 2012, o artista foi consagrado com o Grande Prêmio de Enku como melhor escultor do mundo.
fonte:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/02/salvador-vai-ganhar-museu-para-abrigar-obras-de-frans-krajcberg.html
Frans Krajcberg recebe das mãos do Governador Jaques Wagner o Prêmio JJ Calmon de Passos (Foto: Yuri Girardi/G1)
Salvador receberá um museu exclusivo para abrigar as obras do artista plástico polonês naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg. O novo equipamento cultural será instalado no Alto de Ondina, perto da sede do governo baiano. Ainda não há previsão de inauguração.
A novidade foi anunciada pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, nesta quinta-feira (13), na cerimônia de entrega do Prêmio "JJ Calmon de Passos", na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Salvador, onde o também fotógrafo recebeu medalha em homenagem ao seu trabalho em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.
Durante a cerimônia, Jaques Wagner afirmou que, até que o museu se concretize, o Palacete das Artes, que hoje abriga esculturas do francês Auguste Rodin, funcionará temporariamente como local para a exposição de algumas obras de Krajcberg, que tem 92 anos.
O prêmio foi entregue pelo procurador-geral de Justiça, Wellington César Lima e Silva, e contou com a presença ainda do secretário de Cultura da Bahia, Antônio Albino Rubim.
"Para ser universal, é preciso ser local. Se você escolheu Nova Viçosa para viver, é porque você tem noção que seu grito pela defesa da natureza pode ser ouvido em todo mundo, independente de onde esteja. Assim como Calmon [de Passos, jurista], você tronou da adversidade matéria-prima para a transformação da sua vida", disse Lima e Silva em agradecimento ao artista.
Frans Krajcberg aproveitou a oportunidade e contou que foi atraído para Nova Viçosa por um amigo. Ao chegar no local, conta que se deparou com as belezas dos manguezais e decidiu ficar. Segundo ele, a pequena cidade tinha "a floresta mais linda e rica do planeta". Atualmente, boa parte da sua vegetação está degradada, conforme denuncia, mais uma vez.
Krajcberg discursou e confessou estar muito emocionado com a medalha, a qual considera a segunda mais importante das sete que já recebeu. (Assista ao momento no vídeo abaixo).
"Estou muito emocionado, é a sétima medalha que estou ganhando, a primeira medalha que fiquei muito emocionado, tanto quanto ganhei a medalha na mão de [Josef] Stalin [líder da ex-União Soviética], em Moscou, a medalha da guerra. A luta continua, meu trabalho continua, tenho um pequeno museu em Paris que está aumentando, vou fazer uma grande exposição em Monique e em Nova York. Por isso, essa medalha é emocionante para mim", disse.
O Secretário de Cultura da Bahia, Antônio Albino Rubim, afirmou ainda que está com viagem marcada, junto com o reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSBA), para que os alunos de artes, humanidades e meio-ambiente possam ter contato direto com a obra dele.
Frans Krajcberg será homenageado na Bienal da Bahia. A terceira edição do evento ocorre no dia 29 de maio, em Salvador. Exposições e outras atividades estão sendo programadas sobre o legado do artista plástico.
Artista, fotógrafo e ativista, a luta de Kracjberg é pela natureza (Foto: Djanira Chagas)
Frans Krajcberg tnasceu na Polônia e adotou o Brasil como sua nação. Filho de judeus, lutou durante a Segunda Guerra Mundial contra as forças nazistas, para quem perdeu a família em um campo de concentração em 1945, mudando-se no ano seguinte para o Brasil.
Das lembranças da guerra, Krajcberg tira inspiração para fazer suas obras. Ele se naturalizou brasileiro em 1954 e fincou morada no município de Nova Viçosa, no sul da Bahia, onde mora até hoje.
Krajcberg sempre estive ligado às questões do meio ambiente e se dedica ao combate de crimes ambientais, queimadas, desmatamento, crimes contra povos indígenas e exploração de minérios. Em 2012, o artista foi consagrado com o Grande Prêmio de Enku como melhor escultor do mundo.
Obra de Kracjberg em foto tirada em praia de Nova Viçosa (Foto: Kracjberg)
fonte:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/02/salvador-vai-ganhar-museu-para-abrigar-obras-de-frans-krajcberg.html
Exposição produzida por votuporanguense sobre Estrada Boiadeira será patrocinada pelo Estado
No próximo dia 17 de março começará uma maratona de exposição fotográfica itinerante produzida pelo votuporanguense Evandro Junior Ferreira da Silva, do projeto intitulado “Pelos Caminhos da Estrada Boiadeira”.
A exposição é patrocinada pelo SISEM – Sistema Estadual de Museus, ligado a Secretaria de Estado da Cultura, por meio da ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari).
O projeto enviado a UPPM – Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico foi aprovado no início deste ano. O conteúdo da exposição conta com imagens de cidades e vilarejos que estão às margens da centenária estrada partindo da margem do Rio Paraná, onde está Rubinéia, até as ruínas da estação férrea Ecatu/Tanabi.
Cultura & História:
A proposta da exposição será evidenciar o patrimônio cultural material e imaterial existente no velho caminho que miscigenou costumes e tradições vivenciadas pela população interiorana paulista. “As pessoas passarão a conhecer a importância cultural da Boiadeira, entendendo seu processode forma visual”, ressaltou Evandro.
Outro objetivo da exposição é reforçar o grande potencial paisagístico para oficialização de um roteiro turístico. Evandro relata que desde 2011 um projeto de tombamento dos vestígios históricos do antigo caminho tramita no Condephaat Estadual (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). “Se isso acontecer, passaremos a ter uma rota turística assim como a Estrada Real, caminho do Sol e da Fé, sendo possível a elaboração de projetos para aquisição de recursos para essa finalidade”.
A mostra terá itinerância nas cidades de Mirassol, Rubinéia, Ouroeste, Tanabi, Monte Aprazível, Zacarias, Sales e Votuporanga. Dos 22 painéis, dois apresentam imagens referentes aos vilarejos Vila Carvalho e Bairro Cruzeiro, além do Cemitério da Prata pertencentes ao trecho de Votuporanga.
São imagens que pela primeira vez ganham reconhecimento do Estado e integram uma exposição que irá mostrar os costumes e tradições representados na arquitetura, fauna e flora típica e nas relações do indivíduo com o meio rural. Após a conclusão do projeto a exposição passará a integrar o acervo do SISEM podendo ser solicitada por outras instituições culturais do estado.
Silva reforça a oportunidade de mostrar elementos tipicamente interioranos de vilas e cidades que estão fortemente ligados com a formação da nossa identidade cultural. A produção conta com trabalho gráfico de Cibeli Moretti e revisão de texto de Bruno Latorre, com colaboração do escritor Genésio Mendes Seixas.
Em março de 2013 Evandro apresentou para a comunidade o filme Velha Vereda do Sertão que conta a história da referida estrada a partir da passagem da Comitiva Fé e Tradição, revelando lugares nunca antes visitados na região.
Evandro desde 2003 trabalha na produção de documentários, inventários e pesquisa na área de patrimônio cultural relacionando e evidenciando as manifestações da cultura tradicional paulista de Votuporanga e região, e, desde 2005 é o responsável pelo Setor de Museus e Patrimônios Históricos de Votuporanga.
fonte:
http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=54954
A exposição é patrocinada pelo SISEM – Sistema Estadual de Museus, ligado a Secretaria de Estado da Cultura, por meio da ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari).
O projeto enviado a UPPM – Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico foi aprovado no início deste ano. O conteúdo da exposição conta com imagens de cidades e vilarejos que estão às margens da centenária estrada partindo da margem do Rio Paraná, onde está Rubinéia, até as ruínas da estação férrea Ecatu/Tanabi.
Cultura & História:
A proposta da exposição será evidenciar o patrimônio cultural material e imaterial existente no velho caminho que miscigenou costumes e tradições vivenciadas pela população interiorana paulista. “As pessoas passarão a conhecer a importância cultural da Boiadeira, entendendo seu processode forma visual”, ressaltou Evandro.
Outro objetivo da exposição é reforçar o grande potencial paisagístico para oficialização de um roteiro turístico. Evandro relata que desde 2011 um projeto de tombamento dos vestígios históricos do antigo caminho tramita no Condephaat Estadual (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). “Se isso acontecer, passaremos a ter uma rota turística assim como a Estrada Real, caminho do Sol e da Fé, sendo possível a elaboração de projetos para aquisição de recursos para essa finalidade”.
A mostra terá itinerância nas cidades de Mirassol, Rubinéia, Ouroeste, Tanabi, Monte Aprazível, Zacarias, Sales e Votuporanga. Dos 22 painéis, dois apresentam imagens referentes aos vilarejos Vila Carvalho e Bairro Cruzeiro, além do Cemitério da Prata pertencentes ao trecho de Votuporanga.
São imagens que pela primeira vez ganham reconhecimento do Estado e integram uma exposição que irá mostrar os costumes e tradições representados na arquitetura, fauna e flora típica e nas relações do indivíduo com o meio rural. Após a conclusão do projeto a exposição passará a integrar o acervo do SISEM podendo ser solicitada por outras instituições culturais do estado.
Silva reforça a oportunidade de mostrar elementos tipicamente interioranos de vilas e cidades que estão fortemente ligados com a formação da nossa identidade cultural. A produção conta com trabalho gráfico de Cibeli Moretti e revisão de texto de Bruno Latorre, com colaboração do escritor Genésio Mendes Seixas.
Em março de 2013 Evandro apresentou para a comunidade o filme Velha Vereda do Sertão que conta a história da referida estrada a partir da passagem da Comitiva Fé e Tradição, revelando lugares nunca antes visitados na região.
Evandro desde 2003 trabalha na produção de documentários, inventários e pesquisa na área de patrimônio cultural relacionando e evidenciando as manifestações da cultura tradicional paulista de Votuporanga e região, e, desde 2005 é o responsável pelo Setor de Museus e Patrimônios Históricos de Votuporanga.
fonte:
http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=54954
Circo e arte em composição no Museu de Arte Moderna de Moscou
Na sexta-feira, 21, o Museu de Arte Moderna de Moscou apresentará uma exposição temática sobre a vida circense. Intitulado "Brincando com o Circo", o programa reunirá uma vasta gama de artistas de diferentes escolas e estilos. O fio condutor é o mesmo: trapezistas, leões, mágicos, mulheres barbadas e palhaços.
Obras de artistas russos representantes da vanguarda de muitas gerações serão tomadas de empréstimo das coleções de diversos museus do país. O resultado será uma exposição de pinturas e fotografias de nomes do mais alto calibre, tanto clássicos quanto contemporâneos. Entre os destaques, o respeitável público poderá apreciar trabalhos de Marc Chagall, Alexander Rodchenko, Alexandra Exter, Konstantin Batynkov, Oleg Kulik e Sergei Bratkov.
Para mergulhar os visitantes ainda mais na atmosfera circense, as salas do museu serão decoradas, e algumas imitarão inclusive as partes menos visíveis do espetáculo, como os camarins e os bastidores.
fonte:
http://www.diariodarussia.com.br/cultura/noticias/2014/02/14/circo-e-arte-em-composicao-no-museu-de-arte-moderna-de-moscou/
Com criações que fazem parte dos principais museus do mundo, Valentin Iudashkin dá conta de tudo
Um estilista dado a intrigas
Com criações que fazem parte dos principais museus do mundo, Valentin Iudashkin dá conta de tudo: alta costura, prêt-à-porter, jeans, joias, móveis e têxteis para decoração.
Com criações que fazem parte dos principais museus do mundo, Valentin Iudashkin dá conta de tudo: alta costura, prêt-à-porter, jeans, joias, móveis e têxteis para decoração.
Valentin Iudashkin Foto: Ufficio Stampa
Valentin Iudashkin é o único estilista russo que há mais de 20 anos consegue manter-se na vanguarda, surpreendendo a cada vez com as suas novas coleções. Parece que ele dá conta de tudo: trabalhar com alta-costura e roupas prêt-à-porter, produzir linhas de jeans, joias e móveis e, ainda, louça e roupa de cama.
Ele apresenta regularmente suas coleções em Paris e na Semana de Moda em Moscou. Suas boutiques estão espalhadas pelo mundo todo: da França a Hong Kong, dos Estados Unidos a Moscou.
As criações de alta costura de Iudashkin fazem parte do acervo do Museu do Traje, no Louvre; do Museu da Moda, na Califórnia; do Museu Histórico, em Moscou; e do Museu Metropolitano de Nova York.
Suas realizações no campo artístico foram agraciadas com a ordem da República Francesa. E, recentemente, o incansável Iudashkin assumiu o treinamento de designers iniciantes.
Ele fala a Gazeta Russa com exclusividade:
Você fundou sua própria casa de moda no final dos anos 1980 e apresentou sua primeira coleção de alta costura em 1991. Mas escolheu Paris, e não Moscou, como palco de sua primeira apresentação...
Não foi bem assim. O primeiro desfile de minha primeira coleção particular, composta de 150 modelos, foi realizado em Moscou, em 1987. Depois, houve mais algumas coleções de alta-costura: "Petróvski Bal” (Baile de Pedro), "Rus Iznatchálnaia" (Rússia Primordial) e "Ecologia". Só depois disso é que fui a Paris, a convite dos representantes da empresa Fabergé, que haviam se interessado por meus trabalhos e por minha coleção dedicada aos famosos ovos Fabergé.
O próprio Pierre Cardin esteve presente em seu primeiro desfile. Não são muitos os que podem se vangloriar de uma estreia assim...
Sim, foi uma sensação incrível: emoção, entusiasmo, alegria e orgulho. Depois da apresentação, Cardin veio me parabenizar nos bastidores. Desde então, ele se tornou professor, amigo e mentor para mim. Dava conselhos, ajudava a organizar os desfiles em Paris... Sou muito grato a ele pelo apoio, e nossa amizade se mantém até hoje.
Sua primeira coleção levava o nome de "Fabergé". Foi seguida por outras que também remetiam à história e à cultura da Rússia. Atualmente, o folclore russo continua a inspirá-lo?
As fontes de inspiração podem ser diferentes. Por exemplo, impressões de viagem, como no caso da coleção "África", um livro que você leu, como no caso da coleção "Anna Karênina", pinturas, como no caso das coleções "Rothko" e "Vanguarda Russa". Muitas vezes, volto-me para os elementos dos trajes populares russos, da história e das tradições russas.
Assim, os ornamentos de cores vivas dos brinquedos de Dimkovo [figuras lúdicas moldadas em argila e pintadas com cores vivas e alegres que começaram a ser produzidas há mais de 400 anos na aldeia Dimkovo] foram a base para a criação das imagens da coleção “Calor Russo”, os contos do [escritor e folclorista russo que coletou e fez adaptações literárias dos Contos dos Urais, que retratavam a vida de garimpeiros e mineradores] Bajov me deram a ideia para as estampas da coleção "Russkie Samotsvéti" (Gemas Russas), assim como a beleza do inverno russo definiu as silhuetas e os detalhes decorativos da coleção "Sévernie Prostôri” (Vastidões do Norte).
Em suas coleções existe tamanha profusão de cor e luxo que você, várias vezes, foi comparado a Versace. De onde veio esse amor pela abundância e pelo luxo eclético?
Acho que isso está ligado ao fato de que, no âmbito da nossa moda, por muito tempo e de uma forma bem aguda, faltou cor e brilho aos tecidos. Atualmente, é possível encontrar qualquer tipo de tecido para incorporar a ideia mais ousada. Mas, até agora, gosto de trabalhar com os detalhes decorativos das coleções. Eles dão uma ênfase especial a qualquer modelo.
Sua musa constante é [a cantora russa] Alla Pugatchova. Qual estrela estrangeira o inspira? Com quem gostaria de trabalhar?
Trabalho com muitas estrelas estrangeiras, com conhecidas e com aquelas que apenas estão começando. Forneço trajes para Celine Dion e Beyoncé usarem no “tapete vermelho” e em seus novos clipes, confeccionei para Mila Jovovich o vestido que ela usou nas filmagens do filme "Vikrutasi” (Excentricidades), e para Natalia Vodianovafiz o vestido para as filmagens de seu projeto beneficente “White Fairy Tale”, além de muitos outros.
Para você, qual designer é um exemplo a seguir, um professor?
Considero como meus professores Pierre Cardin, que me ajudou a ocupar as passarelas de Paris e, em seguida, as passarelas do mundo, e Viacheslav Zaitsev, com quem estagiei na Casa de Moda da rua Kuznetski Most.
Quem você destacaria entre os atuais designers russos?
Talvez, Aliona Akhmadulina e Denis Simachev. Eles têm aquela singularidade, originalidade e visão especial do mundo que os destacam entre os muitos designers russos atuais.
No que consiste a singularidade da moda russa?
Acho que consiste na sua juventude. A moda russa surgiu há relativamente pouco tempo. Cerca de 20 anos atrás, apenas, a indústria da moda não existia no país. Agora, ela está se desenvolvendo ativamente, estão surgindo novos nomes de designers e de grifes russas. Gradualmente, a moda russa está deixando de ser uma imitação dos padrões ocidentais e está adquirindo uma cara própria.
Em uma de suas entrevistas, você disse que espera da passarela provocações e grandes espetáculos. Para se destacar na moda, o escândalo é indispensável?
A moda e qualquer desfile de moda não é apenas a apresentação das tendências da próxima estação, é também um show bem planejado para os espectadores, jornalistas e compradores. As coleções não devem ser "secas”, nelas sempre deve estar presente um toque de surpresa, intriga e provocação.
Você é um dos mais bem-sucedidos designers russos: a Casa de Moda Valentin Iudashkin produz alta-costura, roupas prêt-à-porter, uma linha de jeans, joias e artigos têxteis para decoração. Seus showrooms estão espalhados pelo mundo inteiro, e os vestidos fazem parte dos acervos dos mais prestigiados e respeitados museus de moda. Com o que mais você sonha?
Na qualidade de designer, eu sempre vivo várias estações à frente. Agora, a primavera está apenas se aproximando e eu já estou imaginando a coleção outono-inverno 2014/15. É claro que eu sonho com as novas coleções que ainda não foram criadas. A coleção mais interessante e querida é aquela com a qual você está apenas começando a trabalhar.
Valentin Iudashkin é o único estilista russo que há mais de 20 anos consegue manter-se na vanguarda, surpreendendo a cada vez com as suas novas coleções. Parece que ele dá conta de tudo: trabalhar com alta-costura e roupas prêt-à-porter, produzir linhas de jeans, joias e móveis e, ainda, louça e roupa de cama.
Ele apresenta regularmente suas coleções em Paris e na Semana de Moda em Moscou. Suas boutiques estão espalhadas pelo mundo todo: da França a Hong Kong, dos Estados Unidos a Moscou.
As criações de alta costura de Iudashkin fazem parte do acervo do Museu do Traje, no Louvre; do Museu da Moda, na Califórnia; do Museu Histórico, em Moscou; e do Museu Metropolitano de Nova York.
Suas realizações no campo artístico foram agraciadas com a ordem da República Francesa. E, recentemente, o incansável Iudashkin assumiu o treinamento de designers iniciantes.
Ele fala a Gazeta Russa com exclusividade:
Você fundou sua própria casa de moda no final dos anos 1980 e apresentou sua primeira coleção de alta costura em 1991. Mas escolheu Paris, e não Moscou, como palco de sua primeira apresentação...
Não foi bem assim. O primeiro desfile de minha primeira coleção particular, composta de 150 modelos, foi realizado em Moscou, em 1987. Depois, houve mais algumas coleções de alta-costura: "Petróvski Bal” (Baile de Pedro), "Rus Iznatchálnaia" (Rússia Primordial) e "Ecologia". Só depois disso é que fui a Paris, a convite dos representantes da empresa Fabergé, que haviam se interessado por meus trabalhos e por minha coleção dedicada aos famosos ovos Fabergé.
O próprio Pierre Cardin esteve presente em seu primeiro desfile. Não são muitos os que podem se vangloriar de uma estreia assim...
Sim, foi uma sensação incrível: emoção, entusiasmo, alegria e orgulho. Depois da apresentação, Cardin veio me parabenizar nos bastidores. Desde então, ele se tornou professor, amigo e mentor para mim. Dava conselhos, ajudava a organizar os desfiles em Paris... Sou muito grato a ele pelo apoio, e nossa amizade se mantém até hoje.
Sua primeira coleção levava o nome de "Fabergé". Foi seguida por outras que também remetiam à história e à cultura da Rússia. Atualmente, o folclore russo continua a inspirá-lo?
As fontes de inspiração podem ser diferentes. Por exemplo, impressões de viagem, como no caso da coleção "África", um livro que você leu, como no caso da coleção "Anna Karênina", pinturas, como no caso das coleções "Rothko" e "Vanguarda Russa". Muitas vezes, volto-me para os elementos dos trajes populares russos, da história e das tradições russas.
Assim, os ornamentos de cores vivas dos brinquedos de Dimkovo [figuras lúdicas moldadas em argila e pintadas com cores vivas e alegres que começaram a ser produzidas há mais de 400 anos na aldeia Dimkovo] foram a base para a criação das imagens da coleção “Calor Russo”, os contos do [escritor e folclorista russo que coletou e fez adaptações literárias dos Contos dos Urais, que retratavam a vida de garimpeiros e mineradores] Bajov me deram a ideia para as estampas da coleção "Russkie Samotsvéti" (Gemas Russas), assim como a beleza do inverno russo definiu as silhuetas e os detalhes decorativos da coleção "Sévernie Prostôri” (Vastidões do Norte).
Em suas coleções existe tamanha profusão de cor e luxo que você, várias vezes, foi comparado a Versace. De onde veio esse amor pela abundância e pelo luxo eclético?
Acho que isso está ligado ao fato de que, no âmbito da nossa moda, por muito tempo e de uma forma bem aguda, faltou cor e brilho aos tecidos. Atualmente, é possível encontrar qualquer tipo de tecido para incorporar a ideia mais ousada. Mas, até agora, gosto de trabalhar com os detalhes decorativos das coleções. Eles dão uma ênfase especial a qualquer modelo.
Sua musa constante é [a cantora russa] Alla Pugatchova. Qual estrela estrangeira o inspira? Com quem gostaria de trabalhar?
Trabalho com muitas estrelas estrangeiras, com conhecidas e com aquelas que apenas estão começando. Forneço trajes para Celine Dion e Beyoncé usarem no “tapete vermelho” e em seus novos clipes, confeccionei para Mila Jovovich o vestido que ela usou nas filmagens do filme "Vikrutasi” (Excentricidades), e para Natalia Vodianovafiz o vestido para as filmagens de seu projeto beneficente “White Fairy Tale”, além de muitos outros.
Para você, qual designer é um exemplo a seguir, um professor?
Considero como meus professores Pierre Cardin, que me ajudou a ocupar as passarelas de Paris e, em seguida, as passarelas do mundo, e Viacheslav Zaitsev, com quem estagiei na Casa de Moda da rua Kuznetski Most.
Quem você destacaria entre os atuais designers russos?
Talvez, Aliona Akhmadulina e Denis Simachev. Eles têm aquela singularidade, originalidade e visão especial do mundo que os destacam entre os muitos designers russos atuais.
No que consiste a singularidade da moda russa?
Acho que consiste na sua juventude. A moda russa surgiu há relativamente pouco tempo. Cerca de 20 anos atrás, apenas, a indústria da moda não existia no país. Agora, ela está se desenvolvendo ativamente, estão surgindo novos nomes de designers e de grifes russas. Gradualmente, a moda russa está deixando de ser uma imitação dos padrões ocidentais e está adquirindo uma cara própria.
Em uma de suas entrevistas, você disse que espera da passarela provocações e grandes espetáculos. Para se destacar na moda, o escândalo é indispensável?
A moda e qualquer desfile de moda não é apenas a apresentação das tendências da próxima estação, é também um show bem planejado para os espectadores, jornalistas e compradores. As coleções não devem ser "secas”, nelas sempre deve estar presente um toque de surpresa, intriga e provocação.
Você é um dos mais bem-sucedidos designers russos: a Casa de Moda Valentin Iudashkin produz alta-costura, roupas prêt-à-porter, uma linha de jeans, joias e artigos têxteis para decoração. Seus showrooms estão espalhados pelo mundo inteiro, e os vestidos fazem parte dos acervos dos mais prestigiados e respeitados museus de moda. Com o que mais você sonha?
Na qualidade de designer, eu sempre vivo várias estações à frente. Agora, a primavera está apenas se aproximando e eu já estou imaginando a coleção outono-inverno 2014/15. É claro que eu sonho com as novas coleções que ainda não foram criadas. A coleção mais interessante e querida é aquela com a qual você está apenas começando a trabalhar.
fonte:
http://gazetarussa.com.br/arte/2014/02/14/um_estilista_dado_a_intrigas_24149.html
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