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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Primeiro Vant a voar na Amazônia é doado ao Museu TAM em São Carlos


Drone mapeou mais de mil metros quadrados de usina hidrelétrica em 1 mês. Veículo aéreo não tripulado entra para o acervo nesta quinta-feira (27).

O Museu TAM se rendeu à era dos drones e abriu as portas para receber uma nova aeronave em seu acervo: o Apoena 1000B. O drone, também conhecido como Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), foi o primeiro no Brasil a voar na Amazônia e será instalado no museu, em São Carlos (SP), nesta quinta-feira (27).

Doado pela XMobots, empresa responsável pela fabricação do equipamento, o Apoena levou sete anos para ser desenvolvido, entre 2004 e 2010. Com 32 quilos e alta capacidade de mapeamento de grandes áreas, o avião realizou, entre 2010 e 2012, o monitoramento aéreo nas obras de uma das usinas hidrelétricas em construção no Rio Madeira (RO).

Durante os dois anos de operação, quantificou o desmatamento legal necessário para a operação da usina, chegando a mapear, em um único mês, mais de mil quilômetros quadrados, área recorde em aerolevantamento por um Vant privado já realizado no Brasil.
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Vant produzido em São Carlos, SP, facilita monitoramento de plantações

Para o diretor presidente da XMobots, Giovani Amianti, os voos do Apoena na Amazônia contribuíram muito com o salto de qualidade da indústria nacional de Vants, afinal, foi a partir das condições adversas da floresta, como a umidade, ventos fortes e chuva em abundância, que a empresa passou a desenvolver aviões mais resistentes.

Além do avião, a companhia também doará para o Museu TAM a estação de controle e o terminal de comunicação do Vant Apoena. Na estação de controle, que ainda está sendo restaurada para compor o acervo, será exibido um vídeo mostrando o funcionamento da aeronave, com imagens de voos realizados.


Vant Apoena já mapeou mil metros quadrados de usina em um mês (Foto: Thatiana Miloso/Divulgação)



O Museu
Com mais de 20 mil metros quadrados de área e com a chancela de ser o maior museu de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea privada, o museu TAM conta com um acervo de mais de 90 aeronaves, entre pioneiras, clássicas, jatos e caças, a maioria em plenas condições de voo.

O espaço ainda abriga torre de controle, túnel multimídia, simuladores de voo e sala de propulsão. O museu fica na Rodovia SP 318, km 249, em São Carlos (SP). O horário de funcionamento é de quarta a domingo, das 10h às 16h (entradas permitidas somente até às 15h). Informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3306-2020.

fonte:
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2014/02/primeiro-vant-voar-na-amazonia-e-doado-ao-museu-tam-em-sao-carlos.html

Museu de Tsaritsyno inaugura mostra de peças de porcelana

Mestre soviético aprendeu o ofício em fornecedora da corte imperial

O Museu de Tsaritsyno, em Moscou, inaugura nesta quinta-feira, 27, a mostra “Sonhando com o Jardim – As porcelanas de Vladimir Yasnetsov”, que apresentará mais de 200 peças produzidas pelo ícone da moda e do estilo na confecção com o material na União Soviética dos anos 1970 e 1980.

Nascido em 1926 na cidade de Likino-Dulyovo, na região de Moscou, o autodidata Yasnetsov dedicou sua vida à produção artesanal na fábrica de porcelana Dulyovo, antiga fornecedora oficial da corte imperial. Misturando um pouco da tradição popular com a acadêmica na sua técnica de pintura em esmalte, realizou trabalhos de incrível beleza, preferindo gêneros de paisagem e natureza morta.
As peças produzidas por Vladimir Yasnetsov misturam a tradição popular com a acadêmica.

Para deixar a exposição ainda mais interessante, os responsáveis pelo evento disponibilizarão ao longo das salas uma série de vídeos com base em esboços realizados pelo artista. Graças a tecnologias multimídia, os visitantes poderão conferir todas as etapas do processo de produção de Yasnetsov, desde os primeiros desenhos até a finalização gráfica sobre a superfície de variados estilos de pratos, canecas, bules e outros utensílios de porcelana.



fonte:
http://www.diariodarussia.com.br/cultura/noticias/2014/02/27/museu-de-tsaritsyno-inaugura-mostra-de-pecas-de-porcelana/

Museu Rublev da Ucrânia antecipa devolução de acervo para a Rússia

Instituição teme saque dos ícones expostos

Uma coleção de valiosos ícones expostos em Kiev pelo Museu Andrei Rublev será levada de volta para a Rússia antes do prazo previsto, segundo anúncio feito pela instituição na quarta-feira, 26. A exposição "Obras-primas da Arte Russa Antiga - Ícones dos séculos XV e XVI" foi inaugurada em 23 de dezembro na Catedral de Santa Sofia, na capital ucraniana, e a princípio ficaria aberta até março. No entanto, o diretor do museu, Gennady Popov, disse à agência de notícias RIA Novosti que a casa já enviou funcionários a Kiev para fechar a exposição e arrumar o acervo.

Segundo ele, pode haver algum atraso na remoção dos ícones devido a uma troca de documentos necessária entre os Ministérios da Cultura dos dois países. Em meio às expectativas de mudanças iminentes no Gabinete de Ministros da Ucrânia, não está claro quais efeitos as turbulências políticas em Kiev terão sobre a devolução das obras.

A exposição contém 30 peças, incluindo o valioso "Nossa Senhora de Smolensk", ícone do tipo Hodegetria (representação iconográfica da Virgem Maria apontando para o Menino Jesus), e "O Santo Mártir George com Cenas de Sua Vida", ambos do início do século XVI.

Embora nenhuma razão oficial tenha sido dada para o encerramento prematuro da exposição, a medida foi provavelmente tomada por conta dos recentes distúrbios em Kiev, nos quais uma parte dos manifestantes declara sentimentos claramente hostis à Rússia e ao legado soviético. Além disso, o Museu de História de Kiev foi saqueado por invasores no último dia 19, e o Museu Nacional de Arte da Ucrânia também expressou preocupações sobre a segurança de seu acervo.

fonte:
http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/02/27/museu-rublev-da-ucrania-antecipa-devolucao-de-acervo-para-a-russia/

Museus etnológicos mantêm coleções dos tempos das expedições

Há 100 anos, expedições de cientistas pelo mundo eram uma espécie de coleta de objetos de culturas alheias. Essas peças eram integradas a acervos dos Museus de Etnologia. Hoje, curadores têm que cuidar de tais coleções.




No início do século 20, o fascínio por "outros" povos e culturas era um fenômeno de massa. As chamadas "mostras dos povos" atraíam milhões de visitantes e os museus etnológicos da época eram muito procurados. Ali, encontravam-se desde fotografias a joias e objetos de arte – milhares de artefatos provenientes de lugares distantes eram coletados, catalogados e expostos.

Mas os etnólogos e membros das expedições de então não se davam por satisfeitos com peças avulsas, levando de volta a seus países de origem às vezes até cerca de quatro mil peças depois de uma única expedição. Eram máscaras, figuras e objetos de uso cotidiano de toda espécie. A regra era: quanto mais, melhor.

A exposição Mercadoria & Saber, no Museu das Culturas do Mundo, de Frankfurt, mostra como seu fundador Bernhard von Hagen era fascinado "pelo Outro". Ele trabalhou como médico especializado em doenças tropicais em Sumatra (ilha que pertence à Indonésia) e aproveitou para fotografar tipologias humanas. Von Hagen acreditava que os nativos da ilha tinham tipos físicos que se distinguiam daqueles dos europeus.

Ser humano como mercadoria


Objetos trazidos por uma expedição

"Mostramos fotografias nunca antes vistas, por apresentarem os seres humanos de maneira muito difícil", diz a coordenadora do acervo africano no Museu, Yvette Mutumba, a respeito das fotos de Von Hagen. As reproduções em série de genitais masculinos causam tanto estranhamento quanto as "fichas antropométricas", com reproduções de pessoas medidas cuidadosamente pelo médico nas posições frontal, de costas e lateral.

Segundo Mutumba, é importante mostrar esse material, a fim de deixar claro o quanto o ser humano era tratado como objeto. Tanto para fins de pesquisa, quanto no uso da força de trabalho, fica claro que essas pessoas eram vistas como mera mercadoria.

Mas a paixão por colecionar dos etnólogos acabou gerando outro problema, estritamente pragmático: como guardar essa quantidade de objetos? Para isso, foram transpostas mais de duas mil armas africanas do arquivo do Museu para um espaço de exposição em Frankfurt. Esses punhais e facas compõem boa parte da coleção etnográfica e refletem o fascínio dos antigos participantes das expedições. "Era totalmente normal levar consigo essas armas, sem pensar o quanto isso poderia ser ilegal", explica Mutumba.

Impulsos de fora


Funcionário do governo belga compara sua altura à de um homem desconhecido, em fotografia que data de 1930

A diretora do Museu, Clémentine Deliss, tem com essa exposição um objetivo concreto em mente: a abertura dos museus etnológicos do país a novos impulsos vindos de fora. Segundo ela, a tarefa desses museus deixou de ser, há muito, a de apresentar "etnias". Deliss chamou, por isso, artistas de todo o mundo para que abordassem, com o frescor de um novo olhar, a coleção do Museu.

Um deles é o belga David Weber-Krebs, que, fascinado com o volume do material reunido, quis contar a história dos objetos ali expostos de A a Z. Tendo em vista uma coleção com mais de 67 mil peças, foi certamente uma ideia ingênua, conta o próprio Weber-Krebs. Sendo assim, ele acabou tendo que escolher duas mil peças e acrescentou à descrição delas uma espécie de narrativa, estampada nas paredes da sala de exposição com explicações sobre a importância dos objetos.

fonte:

http://www.dw.de/museus-etnológicos-mantêm-coleções-dos-tempos-das-expedições/a-17417046