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terça-feira, 1 de abril de 2014

Feira Internacional de Arte de São Paulo, que será inaugurada na quarta-feira, 2, no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera.

É o ano mais estrangeiro da SP-Arte - 

Das 136 galerias presentes na edição, que comemora 10 anos de evento, 40% vêm do exterior e 60%, de brasileiros. Esse quadro traz uma competitividade maior, diz Fernanda Feitosa, diretora e criadora da SP-Arte. Indica aposta no Brasil, mas, até dez dias atrás, como ela mesma conta, o clima ainda era de apreensão por parte dos participantes. "A situação do País é menos otimista do que nos anos anteriores", afirma a advogada. "Mas o mercado se molda".

Entre os motivos de preocupação, enumera, estão as últimas manifestações populares e o polêmico decreto 8.124/13 do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que coloca a possibilidade de obras de acervos privados serem declaradas de interesse público. "Ano passado, os técnicos do Ibram estiveram na feira e, neste ano, comunicaram-se conosco. Em colaboração, enviamos um comunicado às galerias lembrando que as que negociam obras produzidas até 1970 precisam se cadastrar no Instituto Brasileiro de Museus", conta Fernanda Feitosa.

A medida, na verdade, pode afetar mais as galerias de obras modernas e os escritórios do mercado secundário - 25 participantes desta edição da feira, que vai até domingo. "Não há pânico, devemos dizer".

Realizada desde 2005 no Pavilhão da Bienal, a SP-Arte só cresceu a cada edição. Com orçamento de "mais de R$ 6 milhões", como conta Fernanda Feitosa - do montante, R$ 1,94 milhão foi captado via Lei Rouanet -, a feira ocupará, desta vez, 21 mil m² do edifício desenhado por Oscar Niemeyer, ou seja, o piso térreo e 1.º e 2.º andares do prédio (e o contrato de aluguel do local já está firmado para até 2018). Para se ter ideia, o evento estreou em 2005 com a participação de 41 galerias (brasileiras e 1 do Uruguai). Hoje, são 136 participantes, entre eles 78 galerias nacionais e 58 estrangeiras, de 17 países. O evento ainda conta programação de debates, premiações e exposição de seu laboratório curatorial.

Fernanda Feitosa comemora a presença de representantes poderosos do circuito internacional, como os estandes da Gagosian (que, em 2013, apresentou uma escultura do britânico Henry Moore avaliada em US$ 2 milhões), Marion Goodman, Pace (que exibirá fotografias de Hiroshi Sugimoto por US$ 200 mil), White Cube, Lisson, Yvon Lambert, Thaddaeus Ropac e Van de Weghe (que trará pela primeira vez trabalho do norte-americano Jean-Michel Basquiat).

Outro destaque é a exibição de obras do pintor alemão Gerhard Richter - em 2012, sua tela Abstraktes Bild, de 1994, que pertencia ao músico Eric Clapton, foi vendida em leilão por US$ 34,2 milhões, um recorde.

Mas há quem pondere sobre esse atual quadro da SP-Arte. "Tenho dúvidas se essa presença de estrangeiros no Brasil se sustentará", diz o galerista André Millan, de São Paulo, que colocará à venda peças de Mira Schendel (1919-1988), artista celebrada internacionalmente - situação coroada, recentemente, com exposição da suíço-brasileira na Tate de Londres. "Francamente, não sou fã dessas galerias estrangeiras mais agressivas. Acho seu trabalho estritamente comercial, não pensado a longo prazo. Elas vão apenas onde o dinheiro está", completa Millan.

Mais uma vez, para estimular as vendas, as obras comercializadas até domingo na SP-Arte 2014 terão isenção de 18% de ICMS, imposto estadual recolhido na comercialização de mercadorias, para galerias estabelecidas em São Paulo e compradores residentes no Estado (neste caso, atrativo também para os estrangeiros). É o terceiro ano consecutivo que vigora essa medida, feita a partir de decreto assinado com a Secretaria da Fazenda do governo do Estado - e ocorrerá também em 2015. Segundo Fernanda Feitosa, o governo estadual divulgou que a isenção do ICMS durante a feira gerou R$ 50 milhões em negócios em 2012 e R$ 100 milhões em 2013.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Restauração preserva a história e moderniza interior do Museu

O minucioso trabalho de restauração realizado no Museu Histórico e Pedagógico “Amador Bueno da Veiga”, em Rio Claro, fica cada vez mais evidente. A obra foi iniciada em 2011 pela empresa Estúdio Sarasá depois do incêndio que consumiu grande parte do museu.

O prefeito Du Altimari visitou a obra essa semana e aprovou a evolução dos trabalhos e a estrutura que vem substituindo o que antes eram apenas escombros e recordações.

Du Altimari percorreu as instalações comentando a imponência que se ergue no prédio após o infeliz incidente que quase destruiu completamente um dos maiores patrimônios arquitetônicos de Rio Claro.
“É uma grande satisfação ver nosso museu retornando ao cenário urbano do Centro Histórico da cidade”, comenta Altimari.

Quem passa pela Avenida 2 com a Rua 7 já pode verificar as transformações ocorridas no prédio tombado pelo patrimônio histórico. O Museu está ganhando cara nova sem perder o valor histórico. O acabamento interno já está em andamento e a fachada e cobertura entraram na fase final. O elevador será instalado dentro de dois meses.

Cento e dez toneladas de ferro sustentam o novo desenho do museu. O Estúdio Sarasá detalhou em minúcias como mexer com uma estrutura destruída pelas chamas e executa um dos projetos mais bonitos de resgate histórico.

Mauro Bondi, arquiteto que acompanha a obra desde o início e é o representante oficial do Iphan – Instituto de Preservação Histórico e Artístico Nacional - esteve na visita ao lado do restaurador Antonio Sarasá e do prefeito. Segundo Bondi, o Iphan está satisfeito com o trabalho, com destaque para as modernas instalações internas.

O Museu Histórico e Pedagógico “Amador Bueno da Veiga” seguirá padrão de importantes museus nacionais e internacionais. Por fora, a estrutura histórica e por dentro, o que há de mais atual em termos de museu. Os amplos salões, criados em três pavimentos - dos dois que existiam - poderão receber muitos eventos.

Também acompanharam o prefeito Du Altimari na visita o secretário da Cultura, Sergio Desiderá; o secretário de governo Marcos Pisconti; diretores da prefeitura e o museógrafo Gilson Alcântara.

fonte:
http://www.canalrioclaro.com.br/noticia/20639/restauracao-preserva-a-historia-e-moderniza-interior-do-museu.html