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sábado, 23 de agosto de 2014

Jorge Marinho, desde 2002, quando iniciou o processo de criação de figuras humanas moldadas em cristal e vidro.


Com uma carreira consolidada em arte decorativa e utilitária na Oficina do Vidro no Campeche, em Florianópolis, o artista Jorge Marinho realiza a primeira exposição individual de suas esculturas, um trabalho que desenvolve desde 2002, quando iniciou o processo de criação de figuras humanas moldadas em cristal e vidro.


Jorge Marinho abre exposição Corpos Invisíveis






O resultado deste trabalho aprimorado ao longo de mais de uma década poderá ser conferido a partir do dia 2 de setembro, terça-feira, às 19 horas com a abertura da exposiçãoCorpos Invisíveis, na Helena Fretta Galeria de Arte, em Florianópolis, que recebeu uma pintura especial na fachada com design do arquiteto João Edmundo Bohn Neto para abrigar a mostra.

A exposição é composta por 35 esculturas de corpos, torsos e cabeças humanas em cristal e lâminas de vidro moldado. Como terceiro elemento de composição, o artista utiliza o ferro na montagem de algumas obras.

As peças em cristal são executadas em fornos de cristaleria, atingindo temperatura de 1.300 graus, a mesma tecnologia utilizada na fabricação das tradicionais peças em vidro soprado. Os torsos e as cabeças em vidro moldado são criados nos fornos de seu ateliê, em temperatura de 780 graus.

A linguagem artística de Jorge, que poderá ser conhecida nesta exposição, foi desenvolvida ao longo dos anos através de conhecimentos adquiridos em estudos de escultura em mármore e argila, desenho de nu artístico e das mais variadas técnicas de moldagem e fusão de vidro e cristal.

Sua técnica foi desenvolvida com a participação em workshops sobre cristal e vidro na Alemanha, República Tcheca, Espanha e Estados Unidos. Nascido em Bandeirantes, no Paraná, reside há 32 anos em Florianópolis. Graduado em letras pela UFSC, cursou mestrado em desenvolvimento de produtos para moda e design no Instituto Orbitato, em Pomerode.

abertura da exposição Corpos Invisíveis, de Jorge Marinho.
2 de setembro, terça-feira, às 19 horas.
Visitação até 27 de setembro de segunda a sexta, das 9h às 18h30 e aos sábados, das 9h às 13h. 

Helena Fretta Galeria de Arte. Rua Presidente Coutinho, 532, Centro, Florianópolis. 
gratuito.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.correiodailha.com.br/noticias/lernoticia.php?id=24365

Lunda-Sul: Estudantes da Escola Superior Politécnica abordam escravatura em África

Saurimo - "A traduzibilidade e intraduzibilidade da escravatura" foi aflorada hoje, sexta-feira, numa palestra que teve lugar no Instituto Superior Politécnico da Lunda-Sul, afecto a Universidade Lueji-a-Nkonde.



De acordo com a palestrante, Alessandra Ficarra, o certame visou levar ao conhecimento dos estudantes do curso de história o caso-estudo do projecto de pesquisa intitulado a traduzibilidade e intraduzibilidade da escravatura, uma memória da identidade e poder da cultura na linguagem dos museus de escravatura.

A pesquisadora italiana avançou ainda que a intenção é analisar o modo como o The Internacional Slavery Museum de Liverpool, Inglaterra, e o Museu da Escravatura de Angola representam a escravatura e o tráfico transatlântico de escravos.

Segundo a estudiosa, a forma como os dois museus estão a narrar em dois pontos de vistas, diametralmente opostos, a mesma história de opressão, atrocidades, rancor e vergonha que durou cinco séculos leva a uma investigação sobre a maneira como é recordada e interpretada a escravidão na Europa e na África.

Durante a palestra, Alessandra Ficarra disse que sua metodologia seria uma visita dos estudantes angolanos dos cursos de história, sociologia e antropologia aos museus de Liverpool e de Luanda, para apresentarem o seu ponto de vista africano sobre o assunto e saber se o povo africano reconhece a sua cultura e a sua história no modo em que se vêm expostas nos museus de escravatura na Europa.

Alessandra Ficarra revelou que o principal caso de estudo denominado traduzibilidade e intraduzibilidade da escravatura consiste em percorrer ou fazer uma visita virtual, através de uma selecção de fotografias e vídeos da colecção para escreverem as suas impressões, sensações, sugestões, seus comentários e críticas, através de um guião que cada um terá à disposição.

No seu entender, os museus não são mais “camarins de curiosidades” provenientes de terras colonizadas, mas agentes de mudanças que se propõem formar uma nova consciência pública, numa forma menos didáctica e mais participativa, pois os objectos já não são seleccionados, catalogados e interpretados para oferecer uma visão controvérsia da aventura colonial, traduzindo as culturas de forma fixa e legível para os visitantes, como acontecia nos séculos XIX e XX.

Para a palestrante, os museus contemporâneos, cujas funções é recordar e comemorar o passado, como é o caso dos museus de cultura, têm um papel fundamental no processo contraditório e delicado de tradução de culturas, pois dão uma versão do passado que está a ser consumida aurtomáticamente como oficial, mas é necessário saber quem tem o direito de falar por quem.

Ao longo do debate foram afloradas questões sobre a possibilidade de os museus da escravatura europeus narrem e traduzem a escravatura sem serem influenciados de um sistema de percepção ocidental e se os museus de escravatura de África narrem e traduzam a escravatura exumando uma consciência histórica das cinzas do passado.

O projecto de pesquisa faz parte de um percurso de doutoramento sobre a “teoria e prática da tradução frequentado por Alessandra Ficarra e José Agostinho dos Santos Manassés, na Universidade de Bari “Aldo Moro”, na Itália.

fonte: http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/educacao/2014/7/34/Lunda-Sul-Estudantes-Escola-Superior-Politecnica-informados-sobre-periodo-escravatura-Africa,efa5f296-272c-4c1f-a305-b53ae0846f71.html

Museu holandês retém peças da Crimeia por não saber a quem as entregar

Os objectos arqueológicos emprestados pela Crimeia antes da sua anexação à Rússia são reclamados pelo governo russo e pelo governo ucraniano. O museu Allard Pierson, em Amesterdão, não sabe que leis aplicar para devolver as peças.