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domingo, 30 de novembro de 2014

As inovações tecnológicas do Museu Goeldi no ITT Amazônia

I Encontro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia da Amazônia Oriental reunirá instituições de ciência, empresas e a sociedade. A programação acontecerá em Belém nos dias 2 e 3 de dezembro

Agência Museu Goeldi – Divulgar é uma premissa para que o conhecimento produzido nos centros de pesquisa chegue ao cotidiano e à prática pública. Por isso, instituições científicas, como o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), empenham-se em construir canais de interação com empresas e a sociedade em geral. Na próxima semana, o Goeldi exibirá cinco projetos na Vitrine Tecnológica do I Encontro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia da Amazônia Oriental – ITT Amazônia.

O ITT Amazônia acontecerá nos dias 2 e 3 de dezembro, em Belém do Pará, e será um momento de apresentação dos resultados de pesquisas científicas geradas nas instituições amazônicas de ciência e tecnologia e de estímulo à transferência destas tecnologias para empresas e organizações nacionais e internacionais.

Realizado pela Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Oriental (Rede Namor), o encontro desenvolverá atividades ligadas à inovação, empreendedorismo e produção científico-tecnológica.

A programação se divide em três partes simultâneas: mesas redondas com palestrantes do Brasil e do exterior, “Vitrine Tecnológica, aberta à visitação do público em geral” para apresentação das tecnologias desenvolvidas para transferência à sociedade; e a “Rodada de Negócios, com agenda previamente marcada entre as ICT e as empresas interessadas” sobre tecnologias e serviços tecnológicos.

Inovações na vitrine – Para informar o público e atrair parcerias comerciais e estratégicas, a organização do evento montará a “Vitrine Tecnológica”, um espaço de apresentação de tecnologias desenvolvidas na região disponíveis para transferência à sociedade. As 12 instituições membros da Rede Namor, dentre elas a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Embrapa Amazônia Oriental, irão mostrar cerca de 30 produtos e serviços tecnológicos, que juntos formam um portfólio de soluções inovadoras que podem ser aplicadas na sociedade, no setor produtivo ou junto a comunidades e organizações sociais.

Coordenador da rede, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) exibirá cinco projetos na Vitrine Tecnológica. Estes são: “Armadilha Ventilada para Coleta de Culicidae com ou sem Atração Humana”, um invento de coleta de mosquitos que impede possíveis picadas nos humanos; o Programa Floresta Modelo de Caxiuanã, tecnologia social certificada pela Fundação do Banco do Brasil em 2013; “A Pesca dos Grandes Bagres Amazônicas: A Piramutaba”, maquete eletrônica mostrando a migração dos grandes bagres amazônicos, em especial a da piramutaba, e “Processo de Extração do Princípio Ativo Poliprenóis Naturais Concentrado A Partir da Montrichardia linifera”, tecnologia de grande interesse para o setor fármaco-cosmético; e “Processo de Transformação de Resíduos Sólidos em Composto Orgânico”, um estudo que pode contribuir para a eliminação dos lixões em todo o país.

A maioria desses projetos está em fase de pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), por meio do Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica do Museu Goeldi (NIT/MPEG), coordenado por Graça Ferraz, que também coordena a Rede Namor. O registro de patente garante a titularidade do invento e o produto ou método pode gerar benefícios econômicos para o inventor e para a instituição detentora. A apresentação deles em eventos públicos, como o ITT Amazônia, gera possibilidades para negócios futuros. Saiba mais sobre os primeiros registros de patente do Museu Goeldi no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=3X4WeUUIL3I

O ITT Amazônia será realizado no Auditório Albano Franco, da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), localizado no bairro de Nazaré, centro da capital paraense. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento: http://museu-goeldi.br/eittamazonia

Transferência tecnológica - Os caminhos para transferir tecnologia do meio acadêmico para a indústria e a sociedade serão o foco das mesas redondas, nas quais especialistas na área vão falar sobre métodos consagrados, como o licenciamento, e discutir as perspectivas dessa prática na Amazônia. O debate de quarta-feira (3), intitulado “Desafios da transferência de tecnologia no Mundo”, terá a presença de representantes de modelos de sucesso na criação de parcerias entre o mundo científico e o comercial, como a Yissum, Companhia de Transferência Tecnológica da Universidade Hebraica de Jerusalém. A mediação será do Diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr.

Rede Namor – Formada pelos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) das principais instituições científicas da Amazônia Oriental, a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Oriental envolve instituições dos estados do Pará, Amapá e Tocantins. Criada em 2010, a Namor articula seus membros em redes de cooperação que, segundo o site da ITT Amazônia, conseguiram “consideráveis avanços na área de inovação, especialmente na proteção do conhecimento gerado, e em esforços conjuntos de capacitação de profissionais e na aproximação com empresas e organizações da sociedade para transferência de tecnologias”.

Além do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), as seguintes instituições amazônicas participam da Rede Namor:

Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Embrapa Amazônia Oriental
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)

Serviço:

I Encontro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia da Amazônia Oriental – ITT Amazônia

Data: 02 e 03 de dezembro
Local: FIEPA - Federação das Indústrias do Estado do Pará (Tv. Quintino Bocaiúva, 1588, Nazaré, Belém/PA)

Texto: João Cunha

Atualizado em 27/11/2014 às 14h30


fonte: @edison.mariotti #edisonmariotti http://www.museu-goeldi.br/portal/content/inova-es-tecnol-gicas-do-museu-goeldi-no-itt-amaz-nia

Descoberta das gravuras rupestres recordada 20 anos depois pelo Museu do Côa



O Parque Arqueológico e o Museu do Côa assinalam 20 anos sobre a descoberta da Arte do Côa, que em 1994 provocou uma polémica cultural e política que ultrapassou as fronteiras nacionais.





Descobriram-se as gravuras do Côa há 20 anos

Marcos Borga/LUSA






O Parque Arqueológico e o Museu do Côa assinalam entre sábado e terça-feira a passagem de duas décadas sobre a descoberta da Arte do Côa, que em 1994 provocou uma polémica cultural e política que ultrapassou as fronteiras nacionais.

Em novembro daquele ano começaram a surgir as primeiras notícias relativas a importantes achados arqueológicos na área que seria submersa pela barragem do Baixo Côa e veio a confirmar-se que se tratava do “maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido” até essa ocasião.

Segundo notícias da época, divulgadas pela agência Lusa, o Conselho de Administração (CA) da EDP anunciou em 30 de novembro de 1994 que só então tivera “conhecimento dos achados arqueológicos de Foz Coa, apesar de ter celebrado um protocolo com o IPPAR para acompanhamento dos trabalhos ali em curso”.

Num comunicado à data emitido pelo CA da elétrica nacional, afirma-se que a EDP só então, através da comunicação social e de uma carta pessoal, tomou conhecimento do importante achado arqueológico.

Ambientalistas, no entanto, contestaram estas afirmações, recordando que um catálogo da EDP já incluía há pelo menos três anos fotos de achados arqueológicos do paleolítico na zona do Côa.

Também em 1994, a Universidade da Califórnia apelou ao então Presidente da República português, Mário Soares, para que fizesse o que pudesse no sentido das gravuras rupestres do Coa não serem submersas devido à construção de uma barragem.

Numa carta dirigida a Mário Soares, a universidade norte-americana considerava que a submersão das gravuras seria um crime contra a humanidade. “Uma tragédia dessas certamente não pode ser permitida”, frisava o documento, assinado por Robert Connick.

Pouco tempo depois, uma petição, assinada por cerca de 11 mil pessoas, era entregue na Assembleia da Republica em defesa das gravuras rupestres de Foz Côa.

As assinaturas foram recolhidas por todo o país pela associação “Olho Vivo”, incluindo nas escolas de Vila Nova de Foz Côa, e a petição pedia “urgência” na discussão do problema pelo Parlamento.

Um outro abaixo-assinado, da própria Escola Secundária de Vila Nova de Foz Côa, em defesa das gravuras rupestres, recolhia mais de 70 mil assinaturas provenientes de praticamente todas as escolas do país.

O abaixo-assinado surgiu de uma iniciativa conjunta dos conselhos diretivo e pedagógico e da associação de estudantes da Escola Secundária de Foz Côa para ser entregue ao então Chefe de Estado, Mário Soares.

No decurso de uma visita a Vila Nova de Foz Côa em março de 1994, que marcou a viragem do processo, Mário Soares disse que as gravuras rupestres da região “realmente não sabem nadar”, numa alusão a uma música dos Black Company então em voga e adaptada pelos opositores à construção da barragem.

A referência do Presidente da República, que sublinhou tratar-se de um problema e de grande complexidade, era uma resposta aos mais de três mil alunos dos ensinos básico, preparatório, secundário e superior que interromperam a passagem da comitiva presidencial, gritando “as gravuras não sabem nadar, a barragem tem de parar”.

Após pararem as viaturas oficiais, os alunos entregaram ao Chefe de Estado a petição contra a suspensão da barragem com cerca de 70 mil assinaturas.

Nas legislativas de outubro de 1995, o socialista António Guterres sucedeu a Cavaco Silva no cargo de primeiro-ministro e o seu governo declarou a suspensão da barragem, enquanto o Vale do Côa, com os diversos “sítios” entretanto identificados ao longo de 17 quilómetros, recebia a classificação de monumento nacional.

Segundo os especialistas, ali se encontrava o maior museu ao ar livre do Paleolítico de todo o mundo, que em 1998 recebe mesmo a classificação de Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Em julho de 2010 o Museu do Côa (MC) abre as portas, 15 anos depois da polémica e com um investimento de cerca de 17 milhões de euros.

Decorria o ano de 2011 quando foi criada a Fundação Côa Parque para gerir o MC e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, com o objetivo de proteger, conservar, investigar e divulgar a arte rupestre.

“Para comemorar a efeméride foi preparado um programa evocativo, do qual se destaca, no dia 29 de novembro, a reabertura ao público da sala D do Museu do Côa, ultrapassados que foram os condicionalismos técnicos que levaram ao seu encerramento”, refere a Direção Regional de Cultura do Norte.

Mantendo o espírito da história que se conta no MC, esta sala continuará dedicada ao chamado coração do “santuário arcaico paleolítico” da Penascosa/Quinta da Barca.

A 02 de dezembro, dia comemorativo da classificação da Arte do Côa como Património Mundial pela UNESCO, as visitas ao Museu e aos sítios de arte paleolítica abertos ao público serão gratuitas para os grupos escolares que agendarem as suas marcações.

 fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://observador.pt/2014/11/28/descoberta-das-gravuras-rupestres-recordada-20-anos-depois-pelo-museu-coa/

MUSEUS E PATRIMÓNIO INTANGÍVEL

MACAU - MESA REDONDA


27 Fevereiro
Horário: 10.00 às 13.00 e 14.30 às 17.00

ENTRADA LIVRE

INTERVENIENTES

Ana Brito e Sousa (Museu Marítimo de Macau);
Vong Kit Han (Museu Marítimo de Macau);
Jorge Crespo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa);
Jorge Santos Alves (Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica de Lisboa);
Rui Simões (Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa);
Elisabetta Colla (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).
 

Reunindo vários especialistas, esta mesa redonda pretende debater casos de estudo ligados ao património imaterial de Macau, cidade global desde o século XVI, e às várias incorporações vindas do Ocidente e da Ásia na sua constituição.


fonte> @ediusonmariotti #edisonmariotti http://www.museudooriente.pt/2198/museus-e-patrimonio-intangivel.htm#.VHvI7GfN79U

RS sediará sétima edição do Fórum Nacional de Museus em 2016

Estado ganhou sobre São Paulo na preferência do público. Será a segunda vez que o fórum acontecerá no Sul do Brasil

Nesta sexta-feira (28), o 6º Fórum Nacional de Museus (FNM) chegou ao fim em Belém (PA). Na conclusão dos trabalhos, os participantes escolheram o próximo estado a sediar o evento em 2016: Rio Grande do Sul.

Com votação simbólica apertada, o estado ganhou sobre São Paulo na preferência do público. Será a segunda vez que o fórum acontecerá no Sul do Brasil – o 3º FNM aconteceu em Florianópolis (SC) em 2008.

Mais de 700 pessoas se inscreveram para participar do evento que, pela primeira vez, foi realizado na região Norte.Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, o evento foi muito positivo. “Foi um momento muito rico, com painéis, conferências, encontros, minicursos, Teia da Memória: os participantes voltam energizados para sua missão nos museus e nos pontos de memória em todo o Brasil,” afirmou Angelo Oswaldo.

Na cerimônia de encerramento, também foi anunciado o resultado da votação – que se deu entre os dias 25 e 27 de novembro – para definir quais as entidades que indicarão membros para representar os setores de museus e memória no Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC).

O Conselho Federal de Museologia (Cofem) recebeu 126 votos; já o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (Icom-BR) obteve 117 votos. Quatro pessoas votaram em branco, somando um total de 247 votos registrados.

Agora o resultado será encaminhado ao Ministério da Cultura (MinC) para que a atual ministra indique o representante no prazo de sete dias corridos.

Plano Nacional Setorial de Museus

Ainda durante o FNM 2014, o Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM) passou por sua primeira revisão. Os participantes do Fórum se reuniram, na última quinta-feira (27), em oito grupos para elaborar indicadores para as diretrizes do Plano. Os resultados desse trabalho foram apresentados e aprovados por todos no encerramento do Fórum.

“As discussões foram muito produtivas, e nós conseguimos sair com um material de alta qualidade em pouco tempo,” avaliou o consultor Alexandre Borges, contratado pelo Ibram para esse trabalho de revisão do PNSM.

Por fim, foi lida no auditório a Carta de Belém, escrita pelos participantes do Encontro Nacional do Programa Nacional de Educação Museal – que agora passa a ser chamado de Política Nacional de Educação Museal.

Essa carta estabelece os princípios norteadores dessa política e solicita um novo encontro nacional para o segundo semestre de 2015.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/cultura/2014/11/rs-sediara-setima-edicao-do-forum-nacional-de-museus-em-2016 @edisonmarioti #edisonmariotti 

 

Au musée Guimet, la Chine des Han, les fondations d’une civilisation

Si certaines expositions passées du musée Guimet, à Paris, consacrées à la Chine, se sont révélées décevantes, c’est sans réserves que l’on peut conseiller l’expo « Splendeur des Han », qui marque le cinquantième anniversaire de l’établissement des relations diplomatiques entre la Chine populaire et la France.

27 musées chinois ont prêté plus de 200 objets d’importance et un travail remarquable de présentation a été réalisé notamment par le commissaire de l’exposition, Eric Lefèvre.



Sculpture de l’époque Han (Musée Guimet)

Disposition et éclairage des objets, mais aussi utilisation optimale de surfaces réduites qui contraignent nécessairement les ambitions mais qui n’ont pas limité les supports d’information.



Cheval de bronze (Musée Guimet)

Un diaporama nous montre également les tombes lors de leur ouverture avec tout ce qui est nécessaire pour le voyage dans l’au-delà. L’archéologie est celle des tombes car les bâtiments et les villes ont disparu même si l’on fouille de façon plus systématique les fondations des villes et notamment de la capitale Chang’an.

Cette exposition réussit à nous montrer une synthèse très complète de la vie politique, économique, intellectuelle et militaire des 400 ans de la Chine des Han et surtout de son art de vivre.
Les Han et Chang’an leur capitale

Michèle Pirazzoli- t’Serstevens sait nous présenter la Chine des Han. Directeur d’études à l’Ecole Pratique des Hautes Etudes, où j’ai eu la chance d’être son élève, elle a écrit un ouvrage remarquable sur le sujet « La Chine des Han » (Office du Livre, 1982) :


« Au cours des quatre siècles de son histoire, la dynastie des Han (206 av –220 ap JC) a mis en place les principales structures politiques, économiques, sociales et culturelles qui caractérisent le monde chinois pendant deux millénaires.

L’empire Han fut l’époque romaine de la Chine…Cette monarchie autocratique, fortement centralisée et hiérarchisée, va s’appuyer sur une idéologie confucéenne syncrétique, véritable pôle d’unité et régulateur moral de la société.

L’élite lettrée qui adhère massivement à cette idéologie va peu à peu se constituer en une classe sociale puissante et accaparer les charges administratives comme les leviers économiques de l’Etat. La bureaucratie ainsi formée survivra à la dynastie et constituera l’un des facteurs de pérennité et de stabilité de la société chinoise jusqu’au XXème siècle ».



Sculpture de l’époque Han (Musée Guimet)

L’empereur Qin, Shihuangdi, meurt en 210 av. JC, mondialement célèbre depuis quelques années pour son armée de terre cuite ; il a unifié un empire de 60 millions d’habitants, protégé les frontières avec une grande muraille, développé routes et canaux ainsi que l’agriculture, enfin détruit l’ancien système féodal.

La nouvelle dynastie, celle des Han, est née d’une rébellion contre les excès de Qin, la rigueur du système, la démesure des travaux et des énormes transferts de population ; mais elle a hérité de l’organisation politique d’une Chine unifiée et d’une capitale.

De cette capitale, Chang’an, près de l’actuelle cité de Xian, il ne subsiste pratiquement rien . Et pourtant la ville était entourée d’une muraille de terre damée de 16 m d’épaisseur à la base et de 25 km. de long ; les deux- tiers de la superficie était occupée par les palais.

C’était l’une des plus grandes villes du monde à son époque. Le sud-ouest de la ville était occupé par un immense parc et réserve de chasse, le Shanglin yuan, où étaient réunies toutes les espèces du monde connu végétal et animal.

Les archéologues pourront travailler pendant des siècles sur les tombes impériales et leurs énormes tumulus, car pratiquement rien n’a été fouillé..
L’armée et les « barbares »



Sculpture de l’époque Han (Musée Guimet)

On est bien informé sur l’armée et les armements par les fantassins de l’armée de Qin mais aussi par de plus petites figurines (dont une dizaine sont présentées), celles de la tombe de Yangjiawan où l’on a trouvé 1800 fantassins et 500 cavaliers.

Les relations avec les « barbares » de Mongolie, les Xiongnou, sont évoquées de manière un peu elliptique. Les Xiongnous envahissent le nord de l’empire et les armées chinoises, vaincues en 201 près de l’actuel Datong, doivent signer un pacte et payer des tributs, ce qui ne règle rien car les Xiongnous, quarante ans plus tard, parviennent à 150 km de la capitale.

Ce sera la grande affaire du règne de Wudi (140-87 av. JC) que de repousser ces « barbares », notamment en pénétrant en Asie centrale pour s’assurer d’alliés sur leur flanc ouest (mission de Zhang Qian).

Il fallait aussi se procurer des chevaux, des chevaux superbes comme leur représentation en bronze du site de Leitai. L’exposition ne s’étend pas sur la conquête du royaume des Dian et l’on est un peu frustré de ne pas retrouver plus nombreux les bronzes splendides du musée de Kunming (Yunnan).
L’art de vivre



Sculpture de l’époque Han (Musée Guimet)

Les princes qui ont perdu leur pouvoir politique, conservent le produit de certains impôts et mènent grand train. Des pièces exceptionnelles proviennent de la tombe de Mancheng (au sud de Pékin) : deux vases en bronze, or et argent, qui servaient à conserver les boissons fermentées et un magnifique brûle-parfum incrusté d’or, une reproduction en miniature des montagnes sacrées.

Plusieurs pièces proviennent des tombes de Mawangdui près de Changsha (Hunan) ; les tombes d’une famille : Li Cong, marquis de Dai, sa femme et l’un de leurs fils. La tombe de la marquise, située au fond d’une grande fosse avec plusieurs cercueils emboîtés (dont l’un en bois laqué), protégés par une couche de charbon de bois puis d’un mètre d’argile.

Cette isolation explique l’état de conservation exceptionnel du corps de la marquise, de textiles et de laques splendides et de tous les objets nécessaires à la vie quotidienne, qui ont été retrouvés. Par contre la fameuse bannière en soie peinte, centrée vers le passage vers l’au- delà, n’est pas présentée.
La vie économique et l’écriture

Le développement de l’agriculture et les avancées techniques (outils en fer, socs de charrue, travaux d’irrigation) ont un impact considérable sur la société chinoise. Le contrôle étatique se développe avec le monopole d’Etat sur le sel et le fer en 119 av. JC puis celui sur les boissons alcoolisées. Des manufactures gouvernementales sont créées également pour la fabrication des laques.

L’exposition nous montre les monnaies et leur fabrication ; à un monopole et à l’unification de l’époque de Qin, a succédé la possibilité pour chaque fief de battre monnaie, ce qui fut finalement interdit en 112 av. JC.

Nous sommes dans une civilisation de l’écrit ; pinceaux, encre, pierres à encre, estampage des stèles en pierre, tout cela est fort bien présenté. Les tombes fournissent de grandes quantités de tablettes en bois et en bambou, des liens les fixant entre elles. La soie est également un support de textes et d’archives. Mais c’est le papier, l’une des inventions majeures de la Chine, qui va jouer un rôle important.
Les arts et l’au delà



Sculpture de l’époque Han (Musée Guimet)

Les figures funéraires des danseuses sont particulièrement belles avec leurs robes aux longues manches. De nombreux instruments de musique sont présentés : cithare, cloches mais aussi pierres sonores et surtout carillon de cloches en bronze (19 cloches), dépourvues de battant, suspendues à une poutre en bois et disposées en ordre croissant de tonalité.

Faute de place, on ne peut évoquer les textes concernant les conceptions dualistes de l’âme, les rituels, l’évocation du ciel et les immortels mais on mentionnera une pièce phare de l’exposition : le costume en jade, cousu de fils d’or, découvert il y a vingt ans près de Xuzhou (Jiangsu).

On attribuait au jade la faculté de favoriser l’immortalité de l’âme et l’intégrité du corps ; ce costume de jade réalisé pour le troisième prince de Chu, se compose de 4248 plaquettes de jade et de fils d’or (de près de trois livres).

Enfin, il faut mentionner que cette belle exposition est accompagnée d’une journée d’études le 4 décembre, de plusieurs conférences et d’un bon catalogue. L’auditorium du musée, dirigé par Hubert Laot a préparé une série de documentaires et de films de fiction, un très beau programme.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariottio http://rue89.nouvelobs.com/2014/11/29/musee-guimet-chine-han-les-fondations-dune-civilisation-256276

D'un millénaire de présence juive en Pologne, beaucoup ne retiennent que le ghetto. Le tout nouveau musée Polin raconte une coexistence complexe.

D'un millénaire de présence juive en Pologne, beaucoup ne retiennent que le ghetto. Le tout nouveau musée Polin raconte une coexistence complexe.



Si, depuis 1989, la capitale polonaise a su séduire les touristes avec sa vieille ville entièrement reconstruite après guerre, ses bâtiments industriels du désormais branché quartier de Praga ou son impressionnant Palais de la culture et de la science — genre d'Empire State Building à la sauce réaliste socialiste —, il semblait lui manquer encore un pan de son histoire. De sa communauté juive (la plus grande d'Europe en 1939, plus de 30 % de la population d'alors), anéantie presque entièrement par les nazis, puis malmenée, pour le peu qu'il en restait, par les années de communisme, la ville ne conservait la mémoire que par une poignée de bâtiments épargnés par la guerre et un monument aux héros du ghetto.

Il aura fallu attendre la démocratie et quinze ans de débats pour que, le 28 octobre dernier, soit inaugurée en grande pompe, par les présidents polonais et israélien, l'exposition permanente du musée Polin, qui retrace l'histoire des Juifs polonais. Une histoire dont on ne connaît souvent que l'issue dévastatrice de 39-45, et non les débuts. C'est l'immense ambition de ce musée, magnifique bâtiment de verre construit à Muranow, le quartier de l'ancien ghetto, par l'architecte finlandais Rainer Mahlamäki : exhumer mille ans d'histoire, non au moyen d'objets anciens mais en prenant le parti de l'interactivité. Ecrans tactiles, films, reproductions, témoignages et reconstitutions spectaculaires (la coupole de la synagogue de Gwozdziec ou une rue typique de l'entre-deux-guerres) ponctuent ce récit chronologique d'une grande richesse. Car les relations des Juifs avec la Pologne ne se limitèrent pas aux méfiances, inimitiés et croyances populaires dont ils seront victimes au fil des siècles. C'est ce que s'applique à nous montrer l'exposition, sans pour autant éluder les tragédies (depuis le premier massacre perpétré par les Cosaques de Bogdan Chmielnicki en 1648) ni l'antisémitisme. Le musée, qui a mis le paquet sur les ateliers pédagogiques, s'adresse d'ailleurs beaucoup aux jeunes Polonais, encore souvent pollués par les stéréotypes. Et pour l'instant, de nombreux enseignants ont répondu présent.

Lors de son discours d'inauguration, le président polonais considérait que le devoir de tout pays libre et démocratique était de se confronter à la vérité, si douloureuse qu'elle fût. Pour Audrey Kichelewski, maître de conférences à l'université de Strasbourg et auteur d'un ouvrage à paraître sur les Juifs polonais depuis 1945, « même si l'historiographie critique reste assez peu présente et les interactions entre les communautés polonaise et juive pas assez abordées, ce musée a le mérite d'inclure l'histoire juive dans l'histoire nationale ». Une part d'identité amputée puis refoulée en passe, espérons-le, d'être redécouverte sans oeillères.



Y aller

| Paris-Varsovie en avion par la LOT (2h15 env.) | lot.com



Voir

| Musée Polin, ul. Mordechaja Anielewicza 6 | polin.pl | Tlj sf mar. 10h-18h (sam. 20h) | 3,50-6 € (15-25 PLN), entrée libre lun. | Prévoir un audioguide.



Dormir

| Metropol Hotel, ul. Marszalkowska 99a | hotelmetropol.com.pl | Chambre dès 38 €. Central, confortable, face au Palais de la culture.



Manger

| Warszawa Wschodnia by Mateusz Gessler, ul. Minska 25 | gessler.sohofactory.pl | A Praga, dans une ancienne fabrique en brique rouge | Cuisine franco-polonaise délicieuse, grand comptoir carré d'où l'on peut suivre les opérations | 13-18 € (56-78 PLN le plat).