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sábado, 20 de dezembro de 2014

Museu da Maré recebe título de Destino Turístico Prioritário do Rio

Decisão valoriza a importância do local para a cidade e promove sua inserção e divulgação no turismo local




Local lida com o registro, preservação e divulgação da história das comunidades da Maré

Neste sábado (20), o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), Angelo Oswaldo, e o Secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ), Cláudio Magnavita, estarão no Museu da Maré, na Zona Norte da capital fluminense, para participar da entrega do título de Destino Turístico Prioritário aos representantes do museu comunitário.

“Esse reconhecimento pelo Conselho Estadual de Turismo como destino prioritário do Estado do Rio de Janeiro valoriza a importância do equipamento e promove sua inserção no setor no turismo”, aposta Claúdio Magnavita. “O museu da Maré é um equipamento importante para a percepção mundial da vida e do aspecto cotidiano da comunidade”, acredita

Para o presidente do Ibram, o museu “sintetiza muito bem aquilo que entendemos por museologia social, por ser um museu concebido com inteira participação dos moradores das comunidades, que cuidaram para que todas as narrativas ali apresentadas fossem muito bem alinhavadas”, explica.

Programação

A partir do meio-dia, será servida uma feijoada no Museu da Maré para os representantes do trade turístico nacional – como a Agência Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Associação Brasileira da Indústria e de Hotéis (ABIH), Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), além de agentes e operadoras locais. Na ocasião, será apresentado o folder turístico desenvolvido para o museu.

Na programação, consta ainda o lançamento da publicação do Ibram Museus e Turismo – estratégias de cooperação, que se debruça nas relações entre museus e turismo, com o objetivo de orientar os setores para o gerenciamento dos espaços museológicos com foco na recepção do turista, além do estabelecimento de estratégias conjuntas de promoção dos museus e do turismo cultural.

Integrando umas das últimas atividades do ano do projeto Música no Museu, um concerto da Orquestra de Cellos das Comunidades Pacificadas, às 14h, acontece nas dependências do Museu da Maré.

Permanência

O encontro deste sábado, resultado da inclusão do museu do Complexo da Maré como destino turístico fluminense, marca ainda a resolução temporária de impasse relacionado ao pedido de desapropriação dos galpões ocupados pela instituição, cuja data final seria 9 de dezembro.

Com a intervenção da Setur, os proprietários aceitaram o pedido de prorrogação do prazo, até 10 de março de 2015, dando assim tempo hábil para que sejam estudadas medidas jurídicas para a manutenção do museu onde se encontra.

Considerado referência internacional para a museologia social, por lidar com o registro, preservação e divulgação da história das comunidades da Maré, o museu mantém uma exposição permanente, além de desenvolver atividades lúdico-educativas, oficinas e outras ações em torno da memória social.

Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti Instituto Brasileiro de Museus

ARTE SUBMERSA 2014. Bongard. Escultura cerâmica

A exposição ARTE SUBMERSA 2014. Bongard. Escultura cerâmica patente no Museu Nacional do Azulejo foi prologada até 4 de janeiro 2015. 
 
 
 
Cartaz


Composta por 62 peças/instalações da autoria do suíço Sylvain Bongard, esta exposição reflecte o olhar do artista sobre a imensidão e riqueza da vida no fundo dos oceanos.

Para além da representação de peixes das mais variadas espécies, moluscos, crustáceos e plantas marinhas, Sylvain Bongard inclui também a figura humana, numa metamorfose que pretende evidenciar a relação entre o Homem e a Natureza. Outra vertente, não menos importante, abordada nesta exposição é o problema da poluição e o impacto da acção do Homem no equilíbrio do ecossistema.

Com um toque de humor e irreverência, esta exposição é uma descoberta constante. Cada peça, cada instalação esconde um sem número de pormenores que convidam a um olhar atento.

Com uma técnica segura apoiada numa imaginação forte, onde sentimos ecos de autores do passado como Rafael Bordalo Pinheiro ou Jorge Barradas, Sylvain Bongard oferece-nos uma viagem a um espaço oculto à maioria de nós alertando-nos, simultaneamente, para as consequências dessa nossa presença. Um mundo em erosão permanente e, por isso, em constante renovação. Aceitemos o convite. Deixemo-nos surpreender.


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://patrimoniocultural.pt/pt/agenda/exhibitions/arte-submersa-2014-bongard-escultura-ceramica/

Patente até  4 de Janeiro de 2015. 

ArtRio marca datas da sua quinta edição

A ArtRio, a Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, acaba de definir as datas da sua quinta edição, em 2015. O evento acontece entre os dias 9 e 13 de setembro no Píer Mauá. O comitê 2015 também foi definido e é formado pelos galeristas Alexandre Gabriel (Galeria Fortes Vilaça / SP); Anita Schwartz (Anita Schwartz Galeria de Arte / RJ); Elsa Ravazzolo (A Gentil Carioca / RJ); Greg Lulay (David Zwirner / Nova Iorque - EUA); Matthew Wood (Mendes Wood DM / SP) e Max Perlingeiro (Pinakotheke Cultural / RJ). As inscrições são para os programas Panorama e Vista já estão abertos e será esse comitê que vai avaliar aspectos como relevância em seu mercado de atuação, artistas que representa – com exclusividade ou não -, número de exposições realizadas ao ano e participação em eventos e feiras para fazer a seleção dos participantes.

Considerada a maior feira de artes da América Latina, a ArtRio 2014 contou com obras de 2 mil artistas, mais de 100 galerias, de 14 países e a mostra ocupou um espaço total de 20 mil metros, ocupando do armazém 1 ao 5 do Pier Mauá. Para o próximo ano, os organizadores prometem superar todas essas marcas.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti  http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2014/12/bartriob-marca-datas-da-sua-quinta-edicao.html
A quinta edição da ArtRio acontece entre os dias 9 e 13 de setembro de 2015 (Foto: Divulgação)
 

Diretoria Artística do Masp tem nova composição


A equipe conta com novos cargos e novas personagens entram em cena no Museu



Adriano Pedrosa lidera a nova equipe – Foto: Reprodução O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubirand anunciou a composição da nova equipe de sua Diretoria Artística, liderada pelo crítico e curador de arte Adriano Pedrosa, que assumiu o cargo de diretor, em outubro. A estrutura curatorial passa por uma transformação e conta com profissionais auxiliares que integram a equipe do Masp.

A curadoria adjunta de arte moderna e contemporânea fica por conta da artista e fotógrafa Julieta González, curadora sênior no Museo Tamayo, na Cidade do México, que já trabalhou em exposições de Caracas a Londres, com artistas como Jac Leirner e Juan Downey. A artista e fotógrafa, Rosângela Rennó, é a curadora adjunta de fotografia, doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP, já participou de diversas Bienais, entre elas de Berlim, Gwangju, Havana, Johanesburgo, Moscou, Nova Orleans, Veneza e mais.

A jornalista e editora de moda Patrícia Carta é quem assume a curadoria adjunta de vestuário e moda. Diretora da edição brasileira da revista Harper’s Bazaar desde 2011, já ocupou cargos importantes na Revista da Folha e na edição brasileira da Vogue. Luiza Proença é a nomeada para assumir o cargo de curadora assistente, foi coordenadora editorial da 9ª Bienal do Mercosul (2013) e curadora associada da 31ª Bienal de São Paulo (2014).

A equipe ainda conta com o arquiteto Martin Corullon, que dirige o escritório Metro Arquitetos Associados desde 2000. Foi autor do projeto expográfico da 30ª Bienal de São Paulo (2012) e coordenador da equipe de arquitetura da 23ª Bienal (1996) e da 24ª Bienal (1998), além de outros trabalhos. O designer é Raul Loureiro, já trabalhou no Departamento de Design do Musem of Modern Art, em Nova York, foi responsável pela identidade visual e publicações da 24ª Bienal de São Paulo (1998), colabora com a editora Companhia das Letras e foi diretor de arte da Cosac Naify.

Além disso, também foi anunciada a contratação da Piratininga Escritórios Associados para desenvolver o plano diretor do edifício do MASP. Liderados pelo arquiteto José Armênio de Brito Cruz, que fará a interlocução da instituição com a Prefeitura de São Paulo e os Departamentos de preservação do patrimônio arquitetônico.

Em 2015, será anunciado o curador adjunto de Arte Europeia. Há ainda a possibilidade de outros curadores se unirem à equipe, visando a arte africana, asiática, arqueologia e a cultura indígena.

 fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://brasileiros.com.br/2014/12/diretoria-artistica-masp-tem-nova-composicao/

 

Arte Urbana se destaca em muro de Santa Cruz

Nos grandes centros urbanos por todo canto do mundo é fácil encontrar cores e desenhos que transformam muros em grandes obras. Manifestações artísticas que são capazes de mudar, encantar e disseminar a técnica do grafite entre admiradores e apreciadores da arte de rua. E por aqui, em Santa Cruz de Minas, uma iniciativa de um grupo de jovens trouxe para a pequena cidade a chance de vivenciar a experiência. Organizado pelo grupo Custom Skate Art em parceria com a Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Meio Ambiente de Santa Cruz de Minas, a 1ª Bienal de Arte Urbana Mineira (BAUM) aconteceu nos dias 6, 7 e 8 de dezembro e deixou para a comunidade uma galeria a céu aberto que ganhou o mesmo nome do evento.



Muro do circuito Estrada Real virou telas para grafiteiros – Foto: JP Souza/Divulgação

Inspirada em espaços de cidades como Nova York e Miami, a galeria BAUM reúne obras de três artistas locais e dois convidados vindos da capital mineira. O muro escolhido para receber as criações está localizado na Avenida Ministro Gabriel Passos, na estrada real que liga Tiradentes a São João del-Rei, em Santa Cruz. “Escolhemos o muro porque ele já sofria com pichação há algum tempo e é um lugar estratégico onde passa bastante gente. Nosso objetivo é justamente esse, alcançar o maior número de pessoas e fazer a arte de rua ganhar sempre mais visibilidade e espaço”, disse o idealizador e um dos organizadores do evento, Francisco de Assis Silva.

Segundo Silva o que motivou a criação do evento é a chance de descentralizar a cultura urbana, criando outras formas de ver e experimentar a arte nas suas diferentes facetas. “Nosso objetivo é sempre contrariar as estatísticas, então organizar uma bienal de arte em uma das menores cidades do Brasil é algo diferente e motivador. As pessoas esperam que um evento desse aspecto aconteça em grandes centros urbanos, por isso planejamos a BAUM aqui para mostrar a força do interior”, concluiu.
 
Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti Por Gazeta de São João del-Rei 

New York ganha galeria de arte só com obras de artistas brasileiros


A galeria é uma organização sem fins lucrativos e promover o intercâmbio entre artistas de diferentes comunidades



Prédio da galeria de arte brasileira em New York

A cidade de New York ganhou no último dia 10 uma galeria de arte 100% dedicada à divulgação do trabalho de artistas plásticos brasileiros. Localizada em Manhattan (4W 43rd Street, Suite 405), a Saphira & Ventura Gallery se define como “um espaço dedicado a artistas que desejam levar o seu trabalho ao mercado global de arte”. Há uma exposição inaugural na galeria que conta com trabalho de artistas plásticos como Marcos Amaro, Rogério Martins, Fatima Campos, Julia Equi, Marita Wolff, Cristiane Amaral e Fabiana Pires.

A Saphira & Ventura Gallery pretende “engajar e promover o intercâmbio entre artistas de diferentes comunidades do planeta, sobretudo brasileiros”. O espaço é uma empreitada de Alcinda Saphira, que é a curadora, e de Louis Ventura, economista, que já estão há mais de 5 anos à frente do Saphira Studio Seigreen, produtora de eventos em atividade nos Estados Unidos, Brasil e Europa.

Vantagens para artistas
Os artistas que se tornam membros da galeria, além de usufruir do espaço para exposições, têm ao seu dispor uma série de serviços, como formação de portfólio, livros e websites. A galeria também os assessora em busca de patrocínio, divulgação para decoradores, colecionadores e galeristas e intermediação na comercialização de obras.

Os artistas interessados em participar de futuros eventos ou em se tornaram membros Saphira & Ventura Gallery devem visitar o site saphirastudio.com ou entrar em contato pelo email alcindas@aol.com

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.acheiusa.com/Noticia/New-York-ganha-galeria-de-arte-so-com-obras-de-artistas-brasileiros-15249

Palácio da Liberdade voltará a abrigar o Museu da Imagem e do Som do Paraná

Na manhã desta quinta-feira, 18 de dezembro, ocorreu a cerimônia de entrega da obra de restauro do Palácio da Liberdade, edifício histórico localizado na Rua Barão do Rio Branco, que é sede oficial do Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) e estava fechado a mais de uma década. O MIS-PR deve abrir ao público em 2015, após todo o acervo ser transferido novamente para lá.
 
 
 
A solenidade contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Paulino Viapiana, do diretor do MIS-PR, Fernando Severo, da coordenadora do Patrimônio Cultural da SEEC, Rosina Parchen, do diretor da Albatroz Arquitetura Construção e Restauro, responsável pela obra, Claudio Maiolino, além de representantes de entidades ligadas ao audiovisual, funcionários do MIS-PR e convidados.
 
Para o secretário de Estado da Cultura, Paulino Viapiana, a volta do MIS-PR à sede oficial engrandece ainda mais o museu. “Hoje estou feliz de estar entregando este espaço restaurado, mas ao mesmo tempo um pouco triste por ver que um equipamento cultural tão importante ficou fechado por tanto tempo por falta de manutenção e conservação. Um espaço cultural só tem função se estiver disponível para a população, apenas assim ele cumpre o seu papel. Tenho certeza de que em breve o MIS-PR estará de volta à sua sede, exercendo sua função de ser um centro de formação, debate e difusão das questões relativas ao audiovisual do Paraná”, disse.
 
De 1989 até 2003, enquanto esteve no Palácio da Liberdade, o MIS-PR promoveu cursos e palestras com profissionais renomados na área do audiovisual, como Mauro Alice e Walter George Durst. Além disso, mostras importantes estiveram em cartaz no museu, por exemplo, a exposição de fotos de Marlene Dietrich, Dario Vellozo e Chico Nogueira. Como ocorreu no passado o museu irá retornar a programação que costumava ter, e que durante este período em que permaneceu fechado estavam sendo realizadas em espaços alternativos.
 
Segundo o diretor do MIS-PR, Fernando Severo, poder voltar a sede oficial é uma emoção. “Ver o prédio restaurado e saber que estamos voltando para cá é algo que nos comove e orgulha. Pessoalmente tenho uma relação muito forte com este lugar, pois foi o primeiro local em que trabalhei quando comecei minha carreira como cineasta”, comentou.
 
O museu possui um vasto acervo de filmes, fotografias, discos, fitas de áudio e vídeo e equipamentos de som e imagem, contando com uma biblioteca especializada com mais de dois mil livros e periódicos sobre cinema, fotografia, música, memória e áreas afins. Esse acervo, que conta uma boa parte de nossa história, é alvo constante do interesse de pesquisadores de diversas áreas, que tem acesso a qualquer item mediante solicitação prévia.
A coordenadora do Patrimônio Cultural da SEEC, Rosina Parchen, falou sobre a importância histórica da construção, que já foi sede do Governo do Estado. “A importância histórica do Palácio da Liberdade é imensurável, ele é inclusive tombado por esse motivo. Então, preservar construções como esta significa mesmo resguardar a memória do Paraná”, disse.
 
O diretor da empresa responsável pela obra, Claudio Maiolino ressaltou que “o edifício estava bem degradado em função do abandono por anos, mas em geral toda obra é uma incógnita. A 1ª fase foi a mais difícil porque havia problemas estruturais sérios como o telhado com risco de queda, rachaduras, entre outros. A 2ª etapa foi mais tranquila porque já havíamos eliminado os riscos e começou o trabalho mais interno. Agora a obra está pronta, é preciso usá-la”.
 
Obras
Em 2012 a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) promoveu, com recursos próprios, a primeira etapa dos reparos, com o reforço estrutural das fundações do edifício, a recuperação total da cobertura, um novo cintamento em concreto para reforço das paredes externas e internas, além da retirada dos pisos do pavimento superior e proteção de elementos decorativos para posterior recuperação, totalizando investimento de cerca de R$ 400 mil.
 
No fim de 2012 foi realizada a licitação para a segunda etapa dos trabalhos que englobaram a restauração completa do edifício. O projeto contemplou obras de recuperação de forros e pisos, das pinturas murais, além de novas instalações elétricas, hidráulicas, lógicas e sanitárias. Os sistemas de segurança e monitoramento, adequação ao novo uso com salas de exposição e pequeno auditório e pintura total do edifício também fizeram parte desta etapa. A realização desta intensa obra permite agora a reutilização do prédio pelo MIS-PR, que desde 2003 funciona em sede provisória, na Rua Máximo João Kopp, 274, bloco 4, no bairro Santa Cândida. Para os custos finais de restauro do prédio foi destinado um valor de R$ 1,355 milhão.

História
Construído entre 1870 e 1890 pelo engenheiro de origem italiana Ernesto Guaita para abrigar a residência de Leopoldo Ignácio Weiss e Izolina Izaura Carneiro Weiss, o edifício foi adquirido em 1890, juntamente com seu mobiliário, pela Fazenda Nacional, passando em 1901 à propriedade definitiva do Estado do Paraná.
 
De 1892 a 1938 o Palácio da Liberdade foi sede do governo paranaense. Posteriormente abrigou órgãos públicos como a sede da Chefatura de Polícia, de 1938 a 1942, e da Secretaria do Interior e Justiça, de 1942 até 1976.
 
Tombado pelo Patrimônio Cultural do Estado em 1977, também abrigou, de 1978 até quase o final da década de 1980, a Coordenação do Sistema Penitenciário (COSIPE) e, por último, a Defensoria Pública do Paraná.
Em maio de 1989 passou a ser a sede do Museu da Imagem e do Som do Paraná.
 
fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

Casal franco-brasileiro doa 1.200 peças a museu


Atrativo cultural vai ter obras de arte sacra de várias partes do Brasil e também de outros países


Material tem origem em lugares como Peru, Indonésia, Índia e China

PUBLICADO EM 19/12/14 - 04h00
Aline Diniz

Ouro Preto, na região Central, vai ganhar o Museu Boulieu – Caminhos da Fé com 1.200 peças sacras de várias partes do país e do mundo. Hoje, o casal franco-brasileiro Maria Helena e Jacques Boulieu assina o protocolo de doação dos artigos à arquidiocese de Mariana, às 20h. A cerimônia vai acontecer na Basílica de Nossa Senhora do Pilar, na cidade. Não há previsão para a inauguração do museu.

Segundo Boulieu, a intenção da doação é fazer com que mais pessoas apreciem a arte adquirida pelo casal durante viagens. “Moramos no Rio de Janeiro, mas gostamos de Ouro Preto e temos uma casa aqui. Esse museu será diferente dos que já existem na cidade, porque temos peças do mundo todo”, descreve.

As viagens do casal começaram em 1960, por cidades de Minas Gerais e de outros Estados. Depois, eles conheceram a arte de países como Peru, Bolívia, México, Indonésia, Índia e China.

Para a colecionadora Maria Helena, a arte conta história. “O conjunto de obras ilustra a expansão da fé cristã. O museu vai reunir esculturas, pinturas e prataria de arte colonial, provenientes de várias partes do mundo”, afirmou.

Ainda segundo ela, a originalidade da coleção se deve à diversidade de origem das obras e à variedade das peça. “Cada item traz a sua história, que nos fez viver aventuras pitorescas e conhecer pessoas de grande riqueza humana”, afirma Maria Helena.

Apoio

Parceria. O projeto para a construção do museu conta com a colaboração da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto e o apoio institucional de Arquidiocese de Mariana, Prefeitura de Ouro Preto e Instituto Cultural Brasileiro do Divino Espírito Santo.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.otempo.com.br/cidades/casal-franco-brasileiro-doa-1-200-pe%C3%A7as-a-museu-1.963443

Há 20 anos, Museu do Mamulengo de Olinda preserva tradição nordestina




Espaço ficou fechado por um mês e reabre nesta sexta com novas peças. Acervo do local conta com 1.200 bonecos.







Todo nordestino que se preze já desviou de suas andanças para assistir a uma apresentação de mamulengos. Os causos encenados pelos fantoches regionais arrancam risos de crianças e adultos e, por anos, foram uma das principais atrações das festas populares brasileiras. A tradição criada na época da colonização portuguesa, no entanto, vem perdendo forças com o passar do tempo. Com apresentações cada vez mais raras, mestres mamulengueiros tentam preservar a brincadeira no interior de Pernambuco. No litoral do estado, o Museu do Mamulengo de Olinda é o responsável por resguardar a tradição. Fechado há um mês, o museu reabre nesta sexta-feira (19) com novas peças para comemorar 20 anos de existência.

No sobrado de paredes amarelas que ocupa o número 344 da Rua de São Bento, próximo ao Mercado da Ribeira, na parte alta de Olinda, o museu volta a funcionar às 11h. Cerca de 400 mamulengos estão expostos nas salas do prédio, que, por serem pequenas, não comportam as 1.200 peças do acervo ao mesmo tempo. Por isso, são fechadas a cada três meses para dar espaço a novos bonecos e, desta vez, trazem produções inéditas de alguns dos mais importantes mamulengueiros pernambucanos. São bonecos assinados por mestres como Tonho, Zé Lopes, Boca Rica, Saúba e Zé Divina. Eles estavam nas mãos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e chegaram a Olinda há poucos meses. No total, o acervo ganhou 500 novas peças, que serão expostas gradativamente.
 
Mateus e Catirina são alguns dos personagens
nordestinos retratados pelos mamulengueiros
(Foto: Marina Barbosa / G1)

Os novos itens ficam ao lado de peças já tradicionais em salas temáticas que buscam retratar os assuntos preferidos dos mamulengueiros. Cenas e personagens típicos do cotidiano nordestino são, de longe, o foco da tradição. O cangaço, por exemplo, é presença carimbada no museu, que agora também retrata um casamento do interior e a dança dos caboclinhos. Ainda há uma sala inteiramente dedicada ao Mestre Salustiano. Natural de Aliança, na Zona da Mata Norte, o mestre é conhecido por ser um grande tocador de rabeca, entretanto, também é um exímio mamulengueiro.

“Esta é uma arte feita pelo povo e para o povo. É por isso que existe um conjunto de temas e personagens tradicionais relacionados às classes menos favorecidas”, explica a professora Isabel Concessa, do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ressaltando que “os espetáculos evocam a alma do povo”.

Contudo, nem só de realidade vivem os mamulengueiros. O universo fantástico também costuma mexer com o imaginário dos mestres e dispõe de uma sala própria no museu de Olinda. Em meio a luzes vermelhas que tiram o visitante do cenário regional, representações da morte, vampiros e diabos fazem alusão ao tema.

História
 
Seres fantásticos como diabos e vampiros também
inspiram artesãos (Foto: Marina Barbosa / G1)

Segundo a professora Isabel Concessa, não há registros oficiais de quando os mamulengos foram criados, mas é certo que eles existem há pelo menos 300 anos. “Não há registro dessas manifestações porque não se preocupavam em arquivar a produção cultural das classes menos favorecidas, já que elas não eram consideradas um segmento social importante”, explica. A teoria mais aceita é que a brincadeira foi trazida para o Brasil no século 16 pelos padres franciscanos, que viram no teatro de bonecos europeu uma forma de ensinar o evangelho de forma didática aos índios. No início, os fantoches eram utilizados em presépios ao final das missas. Com o tempo, caíram no gosto popular, se espalharam e ganharam contornos próprios.

É assim que a história é contada aos visitantes do museu por Mara Ferreira, 53. Desde a fundação do instituto, em 1944, ela trabalha no local. Hoje, é uma das maiores entusiastas dos mamulengos. “Os brasileiros não tinham nenhuma opção de divertimento e adoraram aquilo. Por isso, se interessaram em fazer seus próprios bonecos e levá-los para os engenhos”, conta, lamentando a substituição do teatro de bonecos por outros tipos de entretenimento com o passar do tempo. “É por isso que trabalhamos para guardar a história dos mamulengos. E quando as pessoas vêm aqui ficam loucas, principalmente os turistas”, garante. A história termina com a origem do nome mamulengo. Veio de “mão molenga”, uma referência ao movimento feito pelos artesãos para movimentar os bonecos.

Isabel Concessa ainda lembra que, mesmo inspirado nos fantoches europeus, os mamulengos são uma criação tipicamente nordestina. "É uma forma do teatro de bonecos específica, não se confunde com os fantoches de outros locais. Caracteriza-se principalmente por ser uma produção popular, mas também conta com características próprias de linguagem, encenação, produção e manipulação”, afirma a professora da UFPE. Além da caracterização nordestina, os mamulengos se diferenciam por serem utilizados como uma luva e terem a cabeça e as mãos produzidos com a madeira de uma árvore típica do Nordeste, o mulungu. Os rostos não costumam ganhar muitas cores, reservadas às roupas de chita. “É uma produção simples, mas expressiva”, afirma Concessa.

O museu
Mamulengo gigante recebe visitantes do museu, que fica na Rua de São Bento (Foto: Marina Barbosa / G1)

O Museu do Mamulengo – Centro de Documentação Espaço Tiridá foi fundado pela Prefeitura de Olinda em parceria com a Fundarpe em dezembro de 1944 como o primeiro museu destinado a mamulengos da América Latina. Inicialmente localizado na Rua do Amparo, foi transferido para o prédio atual, na Rua de São Bento, em 2006. Na nova sede, ganhou mais espaço e atenção. Hoje, com 20 anos de existência, é o museu mais visitado de Olinda. Só em 2013, recebeu quase nove mil visitantes. Cerca de 10% do público são formados por estrangeiros.
 
Mamulengos de autoria desconhecida, do século
19 são peças mais antigas (Foto: Marina Barbosa
/ G1)

Entre as 1.200 peças do acervo, há criações de muitos mamulengueiros tradicionais. As peças mais antigas são do século 19 e, por vezes, os artesãos reminiscentes doam novos bonecos. Todos são catalogadas e, se preciso, restaurados no próprio estabelecimento. “O museu é uma iniciativa pioneira muito importante porque permite que novas gerações conheçam a história dessa forma artística que é típica da cultura nordestina, mas poderia ser perdida se não fosse o cuidado dos pesquisadores”, diz a professora da UFPE Isabel Concessa. Segundo ela, o acervo da instituição é “riquíssimo e de valor inestimável”. Para conhecê-lo, o museu só pede uma contribuição simbólica de R$ 2. O estabelecimento fica aberto das 9h às 17h, de terça a sábado.

Os mamulengueiros remanescentes também agradecem o apoio do museu na preservação dos bonecos. “É uma ferramenta importante para manter vivo o malumengo, uma arte linda que não pode acabar. É um espaço sagrado que faz as pessoas entrarem em contato com esse universo tão rico e poético”, elogia o mestre Tonho, de Bonança, distrito da cidade de Moreno, na Região Metropolitana do Recife. O artesão mantém um ateliê no município, mas reconhece que o interesse pelos bonecos já não é o mesmo. “Uma arte precisa ser comentada, vista e praticada. Caso contrário, as pessoas começam a esquecê-la. E é isso que está acontecendo com o mamulengo”, lamenta.

Tonho, por exemplo, já não consegue mais viver apenas com as vendas de mamulengo. Ele diz que pode fazer até 150 bonecos por mês, mas vende no máximo 30. Cada um custa R$ 20. “Já trabalhei com outras coisas, mas sempre mantive o mamulengo na minha vida porque é uma paixão. Não ganho muito dinheiro, mas tenho um prazer imenso em fazer isso”, confessa.

Reconhecimento
 
Estudiosos querem que arte ganhe título de bem
cultural imaterial (Foto: Marina Barbosa / G1)

Em busca da valorização desejada por artesãos, admiradores e estudiosos, um grupo de pesquisadores do Nordeste solicitou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) transformasse o mamulengo em bem cultural imaterial. A professora Isabel Concessa da UFPE é uma das responsáveis pelo pedido, resultado de um estudo de seis anos nos quatro estados que ainda abrigam mamulengueiros tradicionais – Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. “Fizemos um levantamento do acervo, dos instrumentos e dos mamulengueiros. Muita coisa foi filmada e gravada. O fruto desse trabalho foi entregue ao Iphan, que está analisando o pedido”, conta.

Para a professora, o título não é algo impossível e pode até levar ao status de bem cultural da humanidade, já que outras manifestações culturais desse tipo já foram contempladas com a qualificação. O Bunraku, teatro de bonecos típico do Japão, por exemplo, é considerado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “E o título é justo porque, no mundo inteiro, há poucas situações de teatros de bonecos que vivem até hoje, como os mamulengos”, defende Concessa.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti G1.com

Sinagoga portuguesa em Amsterdão nomeada para Prémio Museu Europeu do Ano 2015



A sinagoga portuguesa de Amsterdão, na Holanda, construída no século XVII, está entre os 42 nomeados para o Prémio Museu Europeu do Ano 2015, organizado pelo Fórum Europeu de Museus do Conselho da Europa.

De acordo com a informação do sítio do Fórum na Internet, foram recebidas candidaturas de 21 países, membros do Concelho da Europa e, do conjunto de propostas, o júri selecionou 42 nomeados.

O Prémio Museu Europeu do Ano (European Museum of the Year Award - EMYA, na sigla original) é anualmente atribuído na assembleia geral anual do Fórum Europeu de Museus, que em 2015 decorrerá em maio, no Reino Unido.

Entre os nomeados para o próximo ano está a sinagoga portuguesa e respetiva Biblioteca Ets Haim, localizadas no centro histórico da capital holandesa, construída pela Congregação Portuguesa Israelita de Amesterdão, composta por judeus de origem sefardita.

O edifício foi projetado pelo arquiteto holandês Elias Bouman e a sinagoga foi inaugurada em agosto de 1675.

Na época, a Holanda foi um dos países onde se refugiram famílias de ascendência judaica fugidas de Portugal devido à perseguição da Igreja Católica, que pretendia convertê-los à força em "cristãos-novos".

A sinagoga portuguesa, uma das mais antigas do mundo, resistiu à Segunda Guerra Mundial, devido à intervenção do Governo holandês, que a classificou como monumento nacional quando o conflito estava prestes a deflagrar.

Entre os nomeados para Prémio Museu Europeu do Ano 2015 estão também o Museu Vorarlberg (Áustria), a Torre Maiden (Azerbaijão), o Museu Marítimo Dinamarquês (Dinamarca), o Museu Forssa (Finlândia), O Museu das Civilizações Mediterrânicas Europeias (França), o Museu Kaufbeuren (Alemanha), o Museu Bizantino e Cristão (Grécia), o Vinseum - Culturas Vinícolas da Catalunha (Espanha), o Museu Watch -- Joux Valley (Suíça), o Museu Arqueológico de Aydin (Turquia) e o Museu Nacional do Futebol (Reino Unido).

Este ano, o Museu da Inocência, em Istambul, na Turquia, foi o vencedor, entre 37 nomeados, grupo em que se encontravam dois museus portugueses: o Museu dos Transportes e Comunicações, no Porto, e o da Baleia, na Madeira.

Contactado pela agência Lusa sobre as candidaturas nacionais, João Neto, diretor do Museu da Farmácia (Lisboa), que representa Portugal no Forum, em conjunto com Maria José Santos, diretora do Museu Municipal de Penafiel, indicou que este ano não houve qualquer candidatura do país.

"É com tristeza que soubemos não existir este ano nenhuma candidatura de Portugal, mas não é certamente por falta de qualidade, mas talvez devido à crise económica", lamentou, apontando que a proposta tem de surgir da própria entidade, e a inscrição é paga.

Em 2013, o Museu Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu da Comunidade da Concelhia da Batalha foram finalistas ao Prémio Museu Europeu do Ano, tendo o segundo conquistado o Prémio Kenneth Hudson do Fórum Europeu dos Museus.

Criado em 1977 pelo Conselho da Europa, o Fórum Europeu dos Museus é uma organização transnacional que realiza várias iniciativas para melhorar a qualidade dos museus europeus.


fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/destinos/2014/12/cooper-hewitt-design-museum-reabre-em-nova-york_108778.html

Cooper Hewitt Design Museum reabre em Nova York

Único museu dos Estados Unidos dedicado exclusivamente ao design histórico e contemporâneo, o Cooper Hewitt Design Museum reabriu, renovado e restaurado, no último dia 12 de dezembro. Localizado no quarteirão dos museus de Nova York, a mansão passou a oferecer 60% mais espaço para uma das coleções mais diversas e abrangentes de design existentes. Dez exposições e instalações inaugurais, contarão com mais de 700 objetos ao longo de quatro andares. Pela primeira vez na história do museu, todo o segundo andar será dedicado à coleção permanente por meio de uma variedade de exposições.




Foto: divulgação Marina Nobre



Os visitantes podem experimentar uma série de novos recursos interativos, graças à Bloomberg Connects, programa de engajamento digital da Bloomberg Philanthropies, incluindo a oportunidade de explorar a coleção digitalmente em touch-screen por meio de tabelas de ultra-alta-definição, criando seus próprios desenhos no quarto “Immersion”, e resolvendo problemas de design do mundo real no “Laboratório de Processos”.

Segundo Caroline Baumann, diretora do Cooper Hewitt, o novo Cooper Hewitt é imperdível e deve ser um destino para se desfrutar de um design histórico e contemporâneo de uma forma nunca antes vista. “Os programas dinâmicos da exposição do museu, reforçados por experiências interativas, atraem o visitante para o processo de design, que moldará como as pessoas pensam sobre o poder do design e, finalmente, a sua capacidade de resolver os problemas do mundo real”, finaliza.

SERVIÇO

. Onde: 2 East 91st Street, na Quinta Avenida, em Nova York.
. Funcionamento: de domingo a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábado, das 10h às 21h.
. Taxa de entrada: adultos pagam US$ 18; idosos, US$ 12 e estudantes, US$ 9. Membros Cooper Hewitt e menores de 18 anos têm entrada gratuita. Todos os sábados, das 18h às 21h, o museu é gratuito.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti Para mais informações acesse: www.cooperhewitt.org

No Museu das Confluências misturam-se dinossauros e um acelerador de partículas

Projectado pelo gabinete austríaco Coop Himmelb(l)au, o museu francês abre com dez anos de atraso e uma derrapagem de custos de pelo menos 400 por cento.
O museu está estrategicamente situado na confluência do Ródano e do Saône, na entrada sul da cidade   

O Musée des Confluences de Lyon, uma arrojada obra de arquitectura desconstrutivista desenhada pelo gabinete austríaco Coop Himmelb(l)au, abre esta sexta-feira na cidade francesa de Lyon, 15 anos (e várias derrapagens orçamentais) após o arranque do projecto.

Os números oficiais apontam para um custo de 255 milhões de euros, contra os 400 milhões de francos (61 milhões de euros) inicialmente previstos, o que representa uma derrapagem de cerca de 400 por cento. Mas a Canol, uma associação local que se propõe vigiar a utilização de dinheiros públicos, garante que os custos reais se situam nos 328 milhões de euros. O novo museu, que conjuga a história natural, as ciências humanas e a tecnologia, é “uma catástrofe económica”, disse ao jornal Libération um dirigente da Canol, Pierre Desroches, lembrando que museus recentes com programas mais ou menos comparáveis, como o Quai-Branly, em Paris, ou o MuCEM, em Marselha, inaugurado em Junho de 2013, custaram respectivamente 232 e 191 milhões de euros.

A Canol também não acredita que os custos anuais de manutenção do museu se venham a manter dentro dos 18 milhões de euros orçamentados, prevendo, com base nos números do museu do Quai-Branly , que possam atingir 34 milhões.

O antigo presidente do departamento do Rhône (Ródano), Michel Mercier, que esteve na origem do projecto, já assumiu a sua quota-parte de responsabilidade nas derrapagens financeiras, reconhecendo mesmo que elas lhe pareceram inevitáveis a partir do momento em que o projecto foi confiado ao gabinete austríaco Coop Himmelb(l)au, cujo nome pode significar “construção azul” ou “céu azul” consoante se inclua ou não o “l” entre parêntesis.

“Desde 2001 que sabíamos que o preço anunciado não era realista, porque as estimativas tinham sido feitas para um edifício clássico, quadrado ou rectangular”, disse Mercier ao Libération. “Quando se escolheu uma coisa de arquitectura desconstruída, sabíamos que ia ser mais caro”. O projecto vencedor nunca agradou a Mercier, mas agora que o edifício está finalmente construído – com um atraso de dez anos sobre a data de inauguração inicialmente prevista – é difícil negar que vem dotar Lyon de um objecto altamente icónico, estrategicamente situado na confluência do Ródano e do Saône, na entrada sul da cidade.

Uma localização que proporciona vistas fantásticas aos visitantes, mas que também contribuiu para o atraso e encarecimento da obra, já que se trata de uma zona de aluviões e foram necessárias complexas medidas de consolidação do terreno. “Era o pior sítio possível, e eu teria preferido construir noutro lugar, mas Raymond Barre [então presidente da Câmara de Lyon] insistiu que fosse ali”, diz Mercier.

O edifício projectado pelo gabinete austríaco, todo em vidro, aço e betão, compõe-se, segundo os arquitectos que o projectaram, de três elementos: o “cristal”, a “nuvem” e a “base”. A entrada no museu faz-se pelo “cristal”, uma estrutura de vidro que dá acesso à “nuvem”, a área de exposições, com 11.000 metros quadrados distribuídos por quatro níveis. Os dois auditórios do museu, bem como os seus espaços técnicos, estão concentrados sob a nuvem, na base.

Dirigido por Hélène Lafont-Couturier, ex-responsável do Museu da Imigração, em Paris, e do Museu da Aquitânia, este Museu das Confluências de Lyon abre na sexta-feira as portas, num edifício construído de raiz, mas tem uma longa história, assumindo-se como herdeiro de várias instituições museológicas locais, com destaque para o Museu de História Natural Émile Guimet, baptizado com o nome de um industrial, viajante e coleccionador oitocentista natural de Lyon, que fundou também um museu em Paris com o seu nome.

Reunindo acervos de várias origens, enriquecidos com as aquisições que foram sendo feitas na última década e meia, o novo museu tem 2,2 milhões de objectos, que contam a história natural do planeta e o percurso da humanidade, na sua história e geografia, com colecções especializadas que abrangem a entomologia ou a mineralogia, a arqueologia ou a história das ciências, e que reúnem objectos vindos de todos os continentes.

Uma das estrelas da exposição permanente é um esqueleto de Camarasaurus, um dinossauro de 14 metros de comprimento e quase cinco de altura, que viveu na América do Norte há 150 milhões anos e que agora convive com múmias peruanas e antiquíssimas estatuetas egípcias, mas também com artefactos francamente mais recentes, como um modelo do satélite Sputnik 2 ou um antigo (por assim dizer) acelerador de partículas.

Para a abertura, o museu preparou duas exposições: Tesouros de Guimet, centrado nas colecções do industrial, e A Câmara das Maravilhas, que evoca a história do coleccionismo desde os gabinetes de curiosidades que precederam os museus de História Natural.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/lyon-inaugura-museu-das-confluencias-1679908




Berlim: confira cinco museus para visitar na cidade

Concentrados em uma ilha no centro da capital da Alemanha, conheça cinco museus que não podem ficar de fora do roteiro de Berlim



O Museu Bode é uma das atrações da Ilha dos Museus (Museumsinsel), na área central da capital alemã



Mais que uma metrópole com vida noturna agitada e diversão para todos os tipos de viajantes, Berlim é notoriamente uma cidade cultural. Ao todo, são 175 museus e cerca de 300 galerias privadas e públicas. Tem de tudo para agradar os fãs de arte: de impressionantes tesouros arqueológicos com mais de seis mil anos de história a monumentos históricos, passando por invenções e experimentos interativos para toda a família.

A Ilha dos Museus (Museumsinsel), localizada no rio Spree, no centro de Berlim, concentra cinco instituições culturais imperdíveis na cidade: Museu Pergamon, Museu Bode, Antiga Galeria Nacional, Antigo Museu e Novo Museu. Em 1999, o conjunto foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco.

O turista pode comprar os ingressos individualmente ou um tíquete combinado chamado "Area Ticket", que dá direito a entrar em todos eles ao custo de 18 € (cerca de R$ 60). Para se ter uma ideia da vantagem, a entrada normal para o Pergamon e o Novo Museu custa 12 € (cerca de R$ 40), cada.

Outra opção é adquirir o "Museum Pass Berlin", semelhante ao Paris Museum Pass, que permite ao viajante explorar mais de 50 museus da cidade, incluindo os cinco da ilha, durante três dias consecutivos. O serviço custa 24 € (cerca de R$ 80) e 12 € (cerca de R$ 40) para estudantes. Ele pode ser comprado em qualquer museu participante ou nos postos de informações turística.

Veja mais detalhes das cinco atrações da Ilha dos Museus:

Museu Pergamon - O Pergamon é o museu mais visitado de Berlim, recebendo aproximadamente 1 milhão de visitantes ao ano. Foi o último dos cinco a ser erguido, em 1930. Engloba três museus: Coleção de Antiguidades Clássicas, o Museu de Antiguidades do Oriente Próximo e o Museu de Arte Islâmica. Um dos destaques são as estruturas de prédios imensos e históricos reconstruídos, como o Altar de Pérgamo, subtraído de escavações que duraram de 1878 a 1886, o Portão do Mercado de Mileto e a Porta de Ishtar, da cidade mesopotâmica da Babilônia. Desde 2013, o museu vem passando por obras de renovação. Com isso, o salão do Altar de Pérgamo deverá ficar fechado ao público até 2019. A ala norte e a galeria de arte helenística também serão afetadas com as mudanças.

Turistas admiram o Portão do Mercado de Mileto (120 d.C) no Museu Pergamon



Antigo Museu - Localizado no sul da ilha, foi o primeiro museu a ser construído no local, entre 1823 e 1830, e a primeira instituição cultural pública prussiana. Está entre os edifícios clássicos mais importantes de Berlim, com destaque para as 18 colunas jônicas caneladas, o pórtico e a escadaria. Foi severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial e sua reconstrução só foi concluída no final da década de 1960. Atualmente exibe uma rica coleção de antiguidades clássicas provenientes da Grécia, Roma e Etrúria. O acervo abrange esculturas de pedra, vasos, objetos de artesanato e joias e obras de arte de valor inestimável.



Localizado em um dos edifícios clássicos mais icônicos de Berlim, o Antigo Museu foi a primeira construção da ilha fluvial



Antiga Galeria Nacional - A bela edificação da Antiga Galeria Nacional foi erguida entre 1866 e 1876 sob o desejo de Frederico Guilherme IV da Prússia em criar um santuário de arte e ciência no local. O impulso para a construção veio após uma doação do banqueiro e cônsul Johann Heinrich Wilhelm Wagener, que mantinha uma rica coleção de arte alemã e belga. Hoje, o museu exibe mais de 1,8 mil pinturas e 1,5 mil esculturas de diversos movimentos artísticos. Entre os artistas de renome estão Caspar David Friedrich, Adolph Menzel, Edouard Manet, Claude Monet, Auguste Renoir e Auguste Rodin.

A Galeria Nacional Antiga exibe aproximadamente 1,8 mil pinturas de grandes artistas da história



Museu Bode - Inaugurado em 1904 sob o nome de Kaiser Friedrich-Museum, o museu ganhou a denominação atual em 1956, uma homenagem ao seu primeiro curador, Wilhelm von Bode. Após um longo período de restauração, reabriu ao público no outono de 2006. Ao contrário do conceito original, de ser um local apenas de "arte elevada", o museu abriga hoje uma interessante e vasta coleção de esculturas e o Museu de Arte Bizantina, comobras tardias-antigas e bizantinas de arte que variam do século 3 ao 15. Uma grande coleção de moedas e medalhas com mais de quatro mil itens também está disponível no museu.

A coleção de esculturas antigas do Museu Bode é uma das maiores do mundo



Novo Museu - O espaço cultural foi reaberto em 2009, após ter ficado em ruínas por 60 anos devido aos danos na Segunda Guerra Mundial. A remodelação foi comandada pelo famoso arquiteto britânico David Chipperfield, que deixou o edifício tinindo em folha, combinando perfeitamente as instalações antigas com elementos contemporâneos. O museu engloba espaços e exposições relacionadas com o conteúdo de três coleções: o Museu Egípcio e a coleção de Papiros, o Museu de Pré-História e objetos da coleção de antiguidades.



O Novo Museu ficou em ruínas por 60 anos após graves danos na Segunda Guerra Mundial


Como chegar à ilha
De metrô (U-Bahn): Linha 6, estação Friedrichstrasse.
De ônibus: 100 e 200, parada Lustgasten; Linha TXL, parada Staatsoper
De trem rápido: (S-Bahn): Linhas S1, S2, S25, estação Friedrichstrasse; Linhas S5, S7, S75, estação Hackescher Markt


fonte: @edisonmariotti #edisonmarioti http://www.pureviagem.com.br/noticia/berlim-confira-cinco-museus-para-visitar-na-cidade_a3937/1