Ouvir o texto...

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Marilia Bonas Conte, chief executive of the Immigration Museum, São Paulo, Brazil. calls for "Immigrant Fest grows and embraces new communities, "




Arabs will be represented by Syria, Lebanon, Morocco and Egypt in artistic performances, handicraft and cuisine. The event will take place on June 5, 11 and 12 at São Paulo’s Immigration Museum.


São Paulo – The 21st Immigrant Fest opens this Sunday (5) at São Paulo’s Immigration Museum. Arab countries will be represented by Lebanon, Syria, Morocco and Egypt, and not just in cuisine. There will be Moroccan folk dances onstage, as well as bellydancing and workshops on how to cook typical foods.

According to Immigration Museum managing director Marília Bonas, the immigrant communities themselves get in touch with the museum to join the festival. “This celebration was born of the desire of the communities that settled in São Paulo to share their culture and pass it on to the younger generations. The event grew bigger and new communities have joined us in the last five years. Consulates, NGOs and organizations that do social work with immigrants and refugees collaborate with the event,” she said.

A team from the museum is tasked with finding restaurants and performing artists amid the communities of different countries to participate in the festival. Last year, 20,000 people attended. Bonas expects to see visitor numbers increase this year.

Besides Arab countries, the event will feature communities from Germany, Armenia, Austria, Belgium, Bolivia, Bulgaria, Cameroon, Chile, the Democratic Republic of the Congo, South Korea, Croatia, Spain, France, Greece, Madeira Islands, India, Italy, Japan, Lebanon, Lithuania, Mexico, Mozambique, Norway, Peru, Poland, Portugal, Russia, Syria, Turkey and Vietnam.

A bellydance performance is scheduled for this Sunday. Arab dances will also be featured next Saturday (11) and Sunday (12). Also on the 12th, a workshop will teach the basics of belly dancing.

Arab culture should also captivate visitors with its delicacies. In addition to sampling typical dishes, festival goers can also learn to cook a few of them. A cuisine workshop on Sunday (5) will show how to cook Moroccan couscous. Step-by-step instructions on how to cook falafel, a traditional chickpea recipe, will be given on Saturday (11). On that same day, there will be a lesson on how to make toast with zaatar, the traditional Lebanese spice.

Out of the 41 food stands, one will be occupied by the Syrian refugee Talal Altinawi, who opened a restaurant last April in São Paulo’s Brooklin (with an ‘i’) neighborhood. “The festival features immigrants who cook the traditional way and those who put new spins on typical recipes. For instance, visitors can try a recipe by Altinawi and compare it with other versions of the same dish. We also notice that people are becoming more and more interested in sharing their experiences and stories,” said Bonas.

Marília Bonas Conte,  presidente-executiva do Museu da Imigração, São Paulo, Brasil.

The Immigration Museum is set in what was formerly Hospedaria de Imigrantes do Brás (The immigrants’ lodge of Brás neighborhood) from 1887 to 1975. During that time, 2.5 million people from more than 70 different countries stayed at the premises, which also included an infirmary, the Official Colonization and Labor Agency, and a post office.

Quick facts
21st Immigrant Fest
June 5, 11 and 12 from 10am to 5pm
Immigration Museum, Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca, São Paulo, SP
Ticket: BRL 6.00

Marcos Carrieri*







Cultura e conhecimento são ingredientes essenciais para a sociedade.

A cultura é o único antídoto que existe contra a ausência de amor


Vamos compartilhar.





--br via tradutor do google
Imigrante Fest cresce e abraça novas comunidades

Árabes será representada por Síria, Líbano, Marrocos e Egito, em performances artísticas, artesanato e gastronomia. O evento terá lugar em 5 de Junho, 11 e 12 no Museu da Imigração de São Paulo.

São Paulo - A 21ª Imigrante Fest abre neste domingo (5) no Museu da Imigração de São Paulo. países árabes será representado pelo Líbano, Síria, Marrocos e Egito, e não apenas na cozinha. Haverá danças marroquinas populares em palco, bem como dança do ventre e workshops sobre como cozinhar comidas típicas.

De acordo com o Museu da Imigração diretor Marília Bonas, as próprias comunidades de imigrantes entrar em contato com o museu para participar do festival. "Esta celebração nasceu do desejo das comunidades que se instalaram em São Paulo para compartilhar sua cultura e passá-lo para as gerações mais jovens. O evento cresceu mais e novas comunidades se juntaram a nós nos últimos cinco anos. Consulados, ONGs e organizações que fazem trabalho social com imigrantes e refugiados colaborar com o evento ", disse ela.

Uma equipe do museu é encarregado de encontrar restaurantes e artistas no meio das comunidades de diferentes países para participar do festival. No ano passado, 20.000 pessoas compareceram. Bonas espera ver o número de visitantes aumentar este ano.

Além países árabes, o evento contará com as comunidades da Alemanha, Arménia, Áustria, Bélgica, Bolívia, Bulgária, Camarões, Chile, República Democrática do Congo, Coreia do Sul, Croácia, Espanha, França, Grécia, Madeira, Índia, Itália , Japão, Líbano, Lituânia, México, Moçambique, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Síria, Turquia e Vietnã.

Um desempenho bellydance está programada para este domingo. danças árabes também será apresentado no próximo sábado (11) e domingo (12). Também no dia 12, um workshop vai ensinar as noções básicas de dança do ventre.

cultura árabe também deve cativar os visitantes com as suas iguarias. Além de provar pratos típicos, os freqüentadores do festival também pode aprender a cozinhar alguns deles. Uma oficina de culinária no domingo (5) vai mostrar como cozinhar cuscuz marroquino. Passo-a-passo sobre como cozinhar falafel, uma receita de grão de bico tradicional, será dada no sábado (11). No mesmo dia, haverá uma aula sobre como fazer o brinde com zaatar, o tempero tradicional libanesa.

Fora dos 41 barracas de comida, uma será ocupada pelo refugiado sírio Talal Altinawi, que abriu um restaurante em abril passado no Brooklin, em São Paulo (com um 'i') vizinhança. "O festival apresenta imigrantes que cozinhar a maneira tradicional e aqueles que colocam novos spins em receitas típicas. Por exemplo, os visitantes podem experimentar uma receita por Altinawi e compará-lo com outras versões do mesmo prato. Observamos também que as pessoas estão cada vez mais interessados ​​em compartilhar suas experiências e histórias ", disse Bonas.

O Museu da Imigração está definido em que foi anteriormente Hospedaria de Imigrantes do Brás (lodge bairro Brás dos imigrantes ') de 1887 a 1975. Durante esse período, 2,5 milhões de pessoas de mais de 70 países diferentes se hospedaram no local, que também incluiu uma enfermaria, a colonização Oficial e da Agência do Trabalho, e uma estação de correios.


Fatos rápidos
21 Imigrante Fest
5 de junho de 11 e 12 de dez horas - cinco horas
Museu da Imigração, Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca, São Paulo, SP
Ticket: BRL 6,00

 (em português)

Centro Cultural Brasil-Suriname (CCBS), - 5 de Maio é o Dia Internacional da Língua Portuguesa.

O Dia Internacional da Língua Portuguesa e da cultura pelos países lusófonos.



A data foi oficializada em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do português.

Na ocasião, Governos e sociedade civil celebram a relevância do idioma como parte da identidade dos povos lusófonos.

A comemoração possibilita chamar atenção para as questões idiomáticas e culturais da lusofonia, gerando uma integração entre os povos desses nove países.

O Dia Internacional coloca em evidência o fato de que o português é a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul.


CCB-SURINAME ENSINA PORTUGUÊS A POLICIAIS



No dia 30 de março de 2016, o Centro Cultural Brasil-Suriname (CCBS) concluiu o segundo nível do curso de português ministrado para integrantes do Corpo de Polícia (conhecido pela sigla KPS) e do Corpo de Polícia Militar (KMP) daquele país. A oferta de cursos de português à polícia pelo CCBS insere-se no contexto de aprofundamento da cooperação policial Brasil-Suriname. Objetiva auxiliar o trabalho das autoridades locais a manter contatos com brasileiros, em especial no controle migratório em aeroportos e no trabalho em regiões de garimpo. 



Itália recupera carta de Colombo sobre descoberta do 'Novo Mundo'. --- Italy recovers letter of Columbus on discovery of 'New World'.

Carta escrita em 1493 tinha sido roubada de biblioteca de Florença.

Nela, navegador Cristóvão Colombo relata a descoberta de Novo Mundo.


As autoridades italianas apresentaram nesta quarta-feira em Roma uma carta escrita por Cristóvão Colombo em 1493, roubada de uma biblioteca de Florença e vendida nos Estados Unidos, na qual anunciava a descoberta de um "Novo Mundo", um documento excepcional e de imenso valor histórico.

Carta escrita em 1493 tinha sido roubada de biblioteca de Florença (Foto: Domenico Stinellis/AP)
Carta escrita em 1493 tinha sido roubada de biblioteca de Florença (Foto: Domenico Stinellis/AP)

Carta escrita em 1493 tinha sido roubada de biblioteca de Florença (Foto: Domenico Stinellis/AP)

Carta escrita em 1493 tinha sido roubada de biblioteca de Florença (Foto: Domenico Stinellis/AP)

O documento foi recuperado após uma complexa operação coordenada pelos Carabineiros para a Tutela do Patrimônio Cultural, um órgão especializado que defende seu imenso patrimônio histórico, e que envolveu especialistas, historiadores, diplomatas e autoridades de vários países.

O precioso documento, de acordo com os pesquisadores, foi vendido em 1992 nos Estados Unidos em um leilão e adquirido por um fundo privado que o doou para a Biblioteca do Congresso americano, que acabou por devolvê-lo para a Itália.

"Em 1992, a carta original pertencente à Biblioteca Riccardiana de Florença, de valor estimado em cerca de um milhão de euros, foi vendida por uma casa de leilões a um particular que a doou para o Congresso dos Estados Unidos", explicou em uma coletiva de imprensa o comandante dos carabineiros Mariano Mossa.

"Esta importante carta de Colombo relata a descoberta de um Novo Mundo e era dirigida aos reis da Espanha e impressa em 1493 em Roma. Ela foi roubada em uma época indeterminada da biblioteca Riccardiana de Florença, e agora retorna para fazer parte do nosso patrimônio", declarou satisfeito.

O anúncio contou com a presença do ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, e do embaixador dos Estados Unidos, John R. Phillips.

Roubo 'muito sofisticado'

É a história de um roubo muito sofisticado. Foram realizados muitos estudos e verificações. E por anos não se sabia que havia duas cópias do documento original", disse Franceschini.

A "viagem" incomum entre os dois continentes da valiosa carta serve não só para denunciar o tráfico milionário de obras de arte e livros históricos, mas também constitui um exemplo de colaboração entre a Itália e os Estados Unidos.

A carta original escrita em espanhol foi perdida, enquanto as cópias traduzidas semanas mais tarde em latim e impressas em 1493 por Stephan Plannck foram assinadas pelo próprio Colombo, que havia promovido sua publicação como uma maneira de proteger seus interesses.

O documento retornará à biblioteca Riccardiana de Florença após quatro anos de investigações na sequência de uma denúncia apresentada pelo diretor da Biblioteca Nacional de Roma, de onde foram roubados diversos volumes de livros antigos que estavam sendo classificados.

"É um ato simbólico que sela a amizade entre a Itália e os Estados Unidos", disse o embaixador Phillips.

A descoberta da América, tornada pública em 1493 por cartas, das quais foram fabricadas muitos falsas, foi uma descoberta que mudou a história da humanidade e que continua a suscitar interesse.

"Nessa carta, Colombo anunciava aos reis da Espanha a descoberta do que ele acreditava ser as Índias Ocidentais, ilhas sobre o Ganges, o que na realidade era a América.

Informava sobre sua descoberta, resumia a viagem, os problemas com a bagagem e os povos encontrados, segundo o diretor da biblioteca de Florença, Silvano Stacchetti.

O objetivo era "persuadir os reis a financiar novas expedições", acrescentou.

A carta de Colombo era preservada em Florença com um grupo de 42 cartas originais e foi substituída por uma falsificação, muito parecida com a original, que foi exibida ao público junto com a original.


-




Cultura brasileira - Livro: "Grande Sertão: Veredas" - Resumo da obra de Guimarães Rosa. --- Brazilian culture - Book: "Grande Sertao: Veredas" - Summary of the work of Guimarães Rosa.

A obra, uma das mais importantes da literatura brasileira, é elogiada pela linguagem e pela originalidade de estilo presentes no relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.



O romance "Grande Sertão: Veredas" é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora. 


Resumo
Durante a primeira parte da obra, o narrador em primeira pessoa, Riobaldo, faz um relato de fatos diversos e aparentemente desconexos entre si, que versam sobre suas inquietações sobre a vida. Os temas giram em torno das clássicas questões filosóficas ocidentais, tais como a origem do homem, reflexões sobre a vida, o bem e o mal, deus e o diabo. Porém, Riobaldo não consegue organizar suas ideias e expressa-las de modo satisfatório, o que gera um relato bastante caótico. Até que em certo ponto aparece Quelemén de Góis, que o ajuda em parte, e Riobaldo dá início à narrativa propriamente dita.

Riobaldo começa a rememorar seu passado e conta sobre sua mãe e como conhecera o menino Reinaldo, que se declarava ser “diferente”. Riobaldo admira a coragem do amigo. Quando sua mãe vem a falecer, ele é levado para viver com seu padrinho na fazenda São Gregório, onde conhece Joca Ramiro, grande chefe dos jagunços. Selorico Mendes, o padrinho, coloca-o para estudar e após um tempo Riobaldo começa a lecionar para Zé Bebelo, um fazendeiro da região. Pouco tempo depois, Zé Bebelo, que queria por fim na atuação dos jagunços pela região, convida Riobaldo para fazer parte de seu bando, o que esse aceita. Assim começa a história da primeira guerra narrada em "Grande Sertão: Veredas".

O bando dos jagunços liderado por Hermógenes entra em guerra zontra Zé Bebelo e os soldados do governo, mas logo Hermógenes foge da batalha. Riobaldo resolve desertar do bando de Zé Bebelo e encontra Reinaldo, que faz parte do bando de Joca Ramiro. Ele decide então juntar-se ao grupo também. 

A amizade entre Riobaldo e Reinaldo se fortalece com o passar do tempo e Reinaldo o confidencia em segredo seu nome verdadeiro: Diadorim. Em certo momento dá-se a batalha entre o bando de Zé Bebelo e de Joca Ramiro, onde Zé Bebelo é capturado. Então, ele é julgado pelo tribunal composto dos líderes dos jagunços, dos quais Joca Ramiro é o chefe supremo. Hermógenes e Ricardão são favoráveis à pena capital. No fim do julgamento, porém, Joca Ramiro sentencia a soltura de Zé Bebelo, sob a condição de que ele vá para Goiás e não volte até segunda ordem. Após o julgamento, Riobaldo e Reinaldo juntam-se ao bando de Titão Passos, que também lutou ao lado de Hermógenes. 


Após longo período de paz e bonança no sertão, um jagunço chamado Gavião-Cujo vai até o grupo de Titão informar que Joca Ramiro foi traído e morto por Hermógenes e Ricardão, que ficam conhecidos como “os judas”. Nesse ponto da narrativa, Riobaldo tem um caso amoroso com a prostituta Nhorinhá e, posteriormente, com Otacília, por quem se apaixona. Diadorim dica com raiva e durante uma discussão com Riobaldo ameaça-o com um punhal. 

Os jagunços se reúnem para combater “os judas” e assim começa a segunda guerra, organizada sob novas lideranças: de um lado Hermógenes e Ricardão, assassinos de Joca Ramiro e traidores do bando; de outro, os jagunços liderados por Zé Bebelo, que retorna para vingar a morte de seu salvador. Em certo momento da narrativa os dois bandos se unem para tentar fugir do cerco armado pelos soldados do governo, mas o bando de Zé Bebelo foge na surdina do local e deixam Hermógenes e seu bando lutando sozinhos contra os soldados. Riobaldo entrega a pedra de topázio a Diadorim, o que simboliza a união entre os dois, mas esse recusa dizendo que devem esperar o fim da batalha. 

Quando o grupo de Zé Bebelo chega às Veredas-Mortas, em dado momento Riobaldo faz um pacto com o diabo para que possam vencer o bando de Hermógenes. Sob o nome Urutu-Branco, ele assume a chefia do bando e Zé Bebelo deserta do grupo. Riobaldo pede para um jagunço entregar a pedra de topázio à Otacília, o que firma o compromisso de casamento entre os dois. 

O bando liderado por Riobaldo (ou Urutu-Branco) segue em caça por Hermógenes, chegando até sua fazenda já em terras baianas. Lá eles aprisionam a mulher de Hermógenes e, não o encontrando, voltam para Minas Gerais. Em um primeiro momento, acham o bando de Ricardão e Urutu-Branco o mata. Por fim, encontram o grupo de Hermógenes no Paredão e há uma grande e sangrenta batalha. Diadorim enfrenta Hermógenes em confronto direto e ambos morrem. Riobaldo descobre, então, que Diadorim é na realidade a filha de Joca Ramiro, e se chama Maria Deodorina da Fé Bittancourt Marins. 

Lista de personagens
Riobaldo: é o personagem que narra a própria vida, desde a juventude, antes de virar jagunço. Nessa época, estudou e aprendeu a ler e a escrever, tornando-se professor de Zé Bebelo, seu futuro chefe. Quando entra para a vida de jagunço, a personagem é batizada de Tatarana, que significa “lagarta de fogo”, apelido dado em homenagem à sua exímia pontaria. Em um dado momento da narrativa, depois de um suposto pacto com o Diabo, Riobaldo-Ta tarana toma a liderança do grupo, sendo rebatizado de “Urutu Branco”. 

Diadorim: personagem-chave do romance, é tida como homem durante quase toda a narrativa. Apenas nas últimas páginas o narrador conta que, depois de sua morte, quando o corpo é despido e lavado, descobre-se que se tratava de uma mulher. Diadorim havia conhecido Riobaldo, quando ainda eram jovens, em uma travessia do rio São Francisco. Nessa ocasião, ela já vivia disfarçada de menino e dizia chamar-se Reinaldo. Esse nome era secreto no meio da jagunçagem, utilizado apenas nos momentos em que ela e Riobaldo estavam a sós. Quando Riobaldo reencontra Reinaldo/Diadorim, tempos depois, passa para o bando de Joça Ramiro, motivado pela presença de Reinaldo. Riobaldo apaixona-se profundamente por Diadorim, o que provoca nele vários sentimentos contraditórios e de repressão, já que a paixão homossexual era uma relação impossível de ser aceita no meio jagunço. 

Joca Ramiro: grande chefe político e guerreiro, lidera a primeira guerra narrada no romance, e seu assassinato origina a segunda guerra. Em oposição a Hermógenes, Joca Ramiro é o grande guerreiro, o líder sábio, justo, corajoso. Aparece como encarnação das virtudes. 

Zé Bebelo: personagem intrigante. Dono de uma oratória verborrágica, tinha ambições políticas, mas, segundo o narrador, começara tarde essa busca pelo poder. Zé Bebelo é extremamente orgulhoso e gaba-se de nunca se ter deixado comandar por ninguém. Conhece Riobaldo quando esse ainda não era jagunço e aprende com ele um pouco de português. Quando Riobaldo lhe toma a chefia, Zé Bebelo reconhece a força do oponente e decide deixar o grupo. Riobaldo tem uma relação diferenciada com Zé Bebelo, conservando sempre certo apreço por esse personagem. 

Hermógenes: para Riobaldo, Hermógenes era o “Cão”, o “Demo”. É o personagem mais odiado pelo narrador. Na primeira guerra, quando estão lutando do mesmo lado, Riobaldo já revela seu ódio por ele; na segunda guerra, quando Hermógenes e Ricardão assassinam Joça Ramiro, esse sentimento se acentua. No romance, Hermógenes é a personificação do mal. 

Ricardão: enquanto Zé Bebelo guerreava por ambições políticas e Hermógenes era motivado por sua natureza assassina, Ricardão tinha interesse apenas na questão financeira. Fazendeiro rico, guerreava para depois poder enriquecer em paz.

Sobre Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho de 1908 na cidade de Cordisburgo, Minas Gerais. Autodidata, começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês, quando nem completara 7 anos. Em 1925 matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, formando-se em 1930. No mesmo ano, casou-se com Lígia Cabral Penna, com quem teve duas filhas.

Passou a exercer a profissão de médico no interior de Minas Gerais, onde teve um primeiro encontro com os elementos e a realidade do sertão. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 atuou como médico voluntário. Mais tarde foi aprovado no concurso e ingressou na Força Pública. Em 1934 foi aprovado em um concurso para o Itamaraty e exerceu diversas funções diplomáticas no exterior, tais como a de cônsul em Hamburgo, na Alemanha – onde conheceu Aracy Moebius de Carvalho (Ara), sua segunda mulher. De volta ao Brasil, em 1951, assumiu outros cargos no Itamaraty, sendo promovido em 1958 a ministro de primeira classe, cargo correspondente a embaixador. 

Ao lado de sua atividade profissional, como médico ou como diplomata, Guimarães Rosa nunca deixou de escrever. Tinha também paixão por aprender outros idiomas. Seus conhecimentos nesse campo impressionavam pela amplitude: falava fluentemente alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e esperanto, além de um pouco de russo. Lia em sueco, holandês, latim e grego. Havia estudado também a gramática das seguintes línguas: húngaro, árabe, sânscrito, lituano, polonês, tupi, hebraico, japonês, tcheco, finlandês e dinamarquês.

A estreia literária de Guimarães Rosa se deu em 1929, quando a revista “O Cruzeiro” publicou alguns contos seus, vencedores de um concurso literário da edição. Seu primeiro livro, a coletânea de contos "Sagarana", foi publicado em 1946 e chamou muita atenção pelas inovações técnicas e riqueza de simbologias. 

O escritor fez, em maio de 1952, um percurso de 240 quilômetros no sertão mineiro, durante dez dias, conduzindo uma boiada. Na viagem, anotou expressões, casos, histórias, procurando apreender de forma mais profunda aquele universo com o qual tinha contato desde a infância. Seu intuito era recriar literariamente o sertão, dando voz a seus personagens. Dessa viagem resultou seu único romance, "Grande Sertão: Veredas", publicado em 1956 e tido como um dos mais importantes textos da literatura brasileira de todos os tempos.

Em 1961, Guimarães Rosa recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, pela segunda vez, em 1963 e foi eleito por unanimidade. Mas não foi empossado imediatamente, porque adiou a cerimônia enquanto pôde. Dizia ter medo de morrer no dia do evento. Só tomou posse em 16 de novembro de 1967. Três dias depois, em 19 de novembro, morreu subitamente em seu apartamento no Rio de Janeiro, de infarto.

Suas principais obras são: "Sagarana" (1946), "Grande Sertão: Veredas" (1956), "Corpo de Baile" (1956; atualmente é publicada em três volumes: "Manuelzão e Miguilim", "No Urubuquaquá, no Pinhém" e "Noites do Sertão") e "Primeiras Estórias" (1962).





Fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti

colaboração: Marcela Boni 




--in via tradutor do google

Brazilian culture - Book: "Grande Sertao: Veredas" - Summary of the work of Guimarães Rosa.


The work, one of the most important of Brazilian literature, is praised by language and style of originality present in reporting Riobaldo, ex-hoodlum who recalls his struggles, fears and repressed love for Diadorim.

The novel "Grande Sertao: Veredas" is considered one of the most significant works of Brazilian literature. Published in 1956, initially draws attention by its size - over 600 pages - and the absence of chapters. Guimarães Rosa merged this novel elements of linguistic experimentalism of the first phase of modernism and the regionalist theme of the second phase of the movement, to create a unique and innovative work.

summary
During the first part of the work, the first-person narrator, Riobaldo, gives an account of various facts and seemingly unrelated to each other, that deal with their concerns about life. The issues revolve around the classic Western philosophical questions such as the origin of man, reflections on life, good and evil, God and the devil. But Riobaldo can not organize your satisfactorily ideas and express them, which creates a very chaotic story. Until at one point appears Quelemén de Gois, the part in aid, and Riobaldo begins the narrative itself.

Riobaldo begins to recall his past and tells of his mother and the boy known as Reinaldo, who claimed to be "different". Riobaldo admires his friend's courage. When her mother passes away, he is taken to live with his godfather on the farm St. Gregory, where he meets Joca Ramiro, big boss of the gunmen. Selorico Mendes, the godfather, puts it to study and after a Riobaldo time begins to teach to Ze Bebelo, a local farmer. A short time later, Ze Bebelo, who wanted to end the activities of the gunmen through the region, invites Riobaldo to join his band, which it accepts. So begins the story of the first war told in "Grande Sertao: Veredas".

The gang of thugs led by Hermogenes goes to war zontra Ze Bebelo and government soldiers, but soon Hermogenes flees the battle. Riobaldo resolve deserting Ze Bebelo gang and finds Reinaldo, which is part of Joca Ramiro bunch. He then decides to join the group as well.

The friendship between Riobaldo and Reinaldo is strengthened over time and Reinaldo confides the secret his real name: Diadorim. At one point gives the battle between the gang of Joe Bebelo and Joca Ramiro, where Ze Bebelo is captured. Then, it is judged by the tribunal of the leaders of gunmen, of which Joca Ramiro is the ultimate boss. Hermogenes and Ricardao are in favor of capital punishment. At the end of the trial, however, Joca Ramiro dooms the release of Ze Bebelo, under the condition that he go to Goiás and not return until further notice. After the trial, Riobaldo and Reinaldo join the band of Titão Passos, who also fought alongside Hermogenes.

After a long period of peace and calm in the wilderness, a roughneck named Sparrowhawk Cujo goes to the Titão group report that Joca Ramiro was betrayed and killed by Hermogenes and Ricardao, which are known as "judas". At this point of the narrative, Riobaldo has an affair with Nhorinhá prostitute and later with Otacilia, with whom she falls in love. Diadorim tip angry and during a discussion with Riobaldo threatens him with a dagger.

The gunmen gather to fight "judas" and so begins the second war, organized under new leadership: a Hermogenes and Ricardao hand, Joca Ramiro murderers and traitors of the bunch; the other, the gunmen led by Ze Bebelo, who returns to avenge the death of their savior. At one point in the narrative the two sides come together to try to escape the armed siege by government soldiers, but Joe Bebelo band flees the site quietly and leave Hermogenes and his band fighting alone against the soldiers. Riobaldo delivery stone topaz to Diadorim, which symbolizes the union between the two, but this refusal saying that they should wait for the end of the battle.

When Joe Bebelo group reaches the Veredas-Dead, at some point Riobaldo makes a pact with the devil so that they can win Hermogenes bunch. Under the Urutu-White name, he takes the gang's leadership and Ze Bebelo deserted the group. Riobaldo asks for a roughneck deliver the stone topaz to Otacilia, which signs the marriage commitment between the two.

The band led by Riobaldo (or Urutu-White) follows in hunting by Hermogenes, reaching his farm already in Bahia lands. There they imprison Hermogenes woman and not finding, go back to Minas Gerais. At first, they find the Ricardao bunch and Urutu-White kills. Finally, find Hermogenes group in Seawall and there is a great and bloody battle. Diadorim faces Hermogenes in direct confrontation and both die. Riobaldo discovers then that Diadorim is actually the daughter of Joca Ramiro, and is called Maria Deodorina of Faith Bittancourt Marins.

character list
Riobaldo: the character who narrates his life, from his youth, before turning roughneck. At that time, he studied and learned to read and write, becoming professor of Ze Bebelo, your future boss. When it comes to life roughneck, the character is named Tatarana, which means "fire caterpillar", nickname given in honor of his excels aim. At one point in the narrative, after a supposed pact with the Devil, Riobaldo-Ta tarana takes leadership of the group, being renamed "Urutu White".

Diadorim: key character in the novel, is seen as a man for most of the narrative. Only in the last pages the narrator tells that after his death, when the body is stripped and washed, it is discovered that it was a woman. Diadorim had known Riobaldo when they were young, in a crossing of the river San Francisco. At that time, she lived longer boyish disguise and called himself Reinaldo. This name was secret in the middle of jagunçagem used only at times when she and Riobaldo were alone. When Riobaldo finds Reinaldo / Diadorim, some time later, he passes to the band of Joca Ramiro, motivated by the presence of Reinaldo. Riobaldo falls deeply in Diadorim, which causes him several contradictory and repression feelings, as the homosexual passion was an impossible relationship to be accepted among roughneck.

Joca Ramiro: great political leader and warrior, leads the first war narrated in the novel, and his murder leads to the second war. In opposition to Hermogenes, Joca Ramiro is the great warrior, the wise leader, fair, courageous. It appears as the embodiment of virtue.

Ze Bebelo: intriguing character. Owner of a wordy oratory, had political ambitions, but, according to the narrator, started late this quest for power. Ze Bebelo is extremely proud and boasts of never having left control by anyone. Riobaldo know when this was not yet roughneck and learn from it a little Portuguese. When Riobaldo taking her head, Ze Bebelo recognizes the strength of the opponent and decides to leave the group. Riobaldo has a different relationship with Ze Bebelo, keeping always a certain appreciation for this character.

Hermogenes: to Riobaldo, Hermogenes was the "dog", the "Demo". It is the most hated character by the narrator. In the first war, when they are fighting on the same side, Riobaldo already reveals his hatred for him; in the second war, when Hermogenes and Ricardao murder Joca Ramiro, this feeling is accentuated. In the novel, Hermogenes is the personification of evil.

Ricardao: while Ze Bebelo warred for political ambitions and Hermogenes was motivated by his murderous nature, Ricardao was interested only in financial issue. Farmer rich, warred and then you can enrich alone.

About Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa was born on June 27, 1908 in the city of Cordisburgo, Minas Gerais. Self-taught, yet child began to study different languages, starting with French, when not completed 7 years. In 1925 he enrolled at the Faculty of Medicine of the University of Minas Gerais, graduating in 1930. In the same year, married with Ligia Cabral Penna, with whom he had two daughters.

He returned to practice the medical profession in Minas Gerais, which had a first meeting with the elements and the reality of the hinterland. During the Constitutionalist Revolution of 1932 he served as a volunteer doctor. It was later approved in the contest and joined the Public Force. In 1934 it was approved in a contest for the Foreign Ministry and held several diplomatic functions overseas, such as the consul in Hamburg, Germany - where he met Aracy Moebius de Carvalho (Ara), his second wife. Back in Brazil in 1951, took other positions in the Foreign Ministry, being promoted in 1958 to first-class minister, corresponding charge of ambassador.

Beside his professional activity as a doctor or as a diplomat, Guimarães Rosa never stopped writing. I also had a passion for learning other languages. His expertise in this field impressed by the breadth: spoke fluent German, French, English, Spanish, Italian and Esperanto, and some Russian. I read in Swedish, Dutch, Latin and Greek. Had also studied the grammar of the following languages: Hungarian, Arabic, Sanskrit, Lithuanian, Polish, Tupi, Hebrew, Japanese, Czech, Finnish and Danish.

The literary debut Guimarães Rosa took place in 1929, when the magazine "O Cruzeiro" published some short stories her, winners of a literary contest the issue. His first book, the short story collection "Sagarana" was published in 1946 and drew a lot of attention by the technical innovations and wealth symbologies.

The writer did in May 1952, a 240 km route in the mining hinterland, for ten days, driving a herd of cattle. On the trip, he noted expressions, cases, stories, seeking to grasp more deeply that universe with which contact had since childhood. His aim was to recreate the interior literarily, giving voice to their characters. This trip resulted in his only novel, "Grande Sertao: Veredas," published in 1956 and considered one of the most important texts of Brazilian literature of all time.

In 1961, Guimarães Rosa received from the Brazilian Academy of Letters Machado de Assis Prize for his body of work. He applied to the Brazilian Academy of Letters for the second time in 1963 and was elected unanimously. But it was not sworn in immediately because delayed the ceremony as he could. He said to be afraid to die on the day of the event. Only took office on November 16, 1967. Three days later, on November 19, suddenly died in his apartment in Rio de Janeiro, of a heart attack.

His main works are: "Sagarana" (1946), "Grande Sertao: Veredas" (1956), "Corpo" (1956, is currently published in three volumes: "Manuelzão and Miguilim", "No Urubuquaquá in Pinhém" and "Nights of the Wild") and "First Story" (1962).